quando abri meus olhos estava em um jardim, coberto por rosas de diversas cores e delas eu sentia um cheiro familiar, um cheiro que não sentia há muito muito tempo, foi então que me lembrei que já havia estado naquele lugar muitas vezes e que a criatura que aparecia entre as mesmas não me era estranha e que eu sabia o porque do enigma agora...

—Olá minha princesa, quanto tempo não a vejo.-falou a criatura.

—Olá, desculpe, mas voltei para saber respostas.

—Hmmm, entendo...Mas é claro que você já sabe minha princesa que eu sou o Oráculo e que pode me perguntar o que quiser, porém o seu coração me  dirá se é digna de perguntar...

—Eu sabia! Mas como eu faria para provar isso?

—Terás que provar através de um ato de honra e humildade, de bravura e compaixão, quando fizer isso conseguirás o direito de fazer três perguntas,mas antes de ir- falou ele indicando com o dedo uma luz até meu coração- leve isto com você, assim virá até mim quando cumprir o que falei.

E como se tudo que tivesse acontecido fosse como um sonho, despertei, Sollan estava do meu lado e Dillon me olhava muito ansioso.

—Então, como foi? Você passou um tempão desacordada mestra.

—Bem, não foi o que eu esperava, mas preciso  realizar um ato de honra e humildade, bravura e compaixão, pra saber o que preciso.

—como assim? Não conseguiu perguntar? Não encontrou o Oráculo?

—Não é isso Sollan, eu o encontrei, ele estava comigo o tempo todo, mas preciso cumprir com o que acabei de falar para saber se sou digna de perguntar. Ele que me falou isso e que só meu coração dirá.

—Assim fica difícil...Como você fará isso? 

—Não sei ainda...Mas o que sei é que as trevas a cada dia ficam cada vez mais e mais fortes e que o eclipse está se aproximando.

—Mas quanto à isso mestra não precisa se preocupar, estamos em tempo ainda, e nós temos que descansar e arranjar comida, eu estou com fome...

—É verdade...-falou Sollan-Eu também, à alguns dias que não comemos

—Mas estamos em Greynov, e sei de um lugar perfeito para descansarmos, comer e passar a noite, não esqueçam que esta é minha terra natal, vamos...

Ele esticou os braços depois os inclinou  e então, as asas apareceram novamente.

—Vamos Diamante, temos que ir- falou sorrindo.

—Okey, mas tem que ir mais baixo dessa vez.

—Sim, senhorita, não se preocupe.

Depois de algum tempo sobrevoando pelo céu, avistei uma vila muito simples, mas de longe percebia-se que moravam por lá pessoas muito  humildes e de bom coração, trabalhavam coletivamente, além de terem uma mão de obra perfeita para construções, dava para notar pelo modelo das casas,dos equipamentos e ferramentas de serviço.

—Vocês veem lá de longe, é minha vila, lá que eu nasci e fui criado.

—Parece muito bonita.-falou Dillon

—Bonita? Vocês não viram nada, esperem até conhecer as pessoas.

Então rápido como uma flecha, Sollan fez um pouso de matar minha fobia de altura.