Shadows of the past escrita por larissabaoli


Capítulo 40
Capitulo 40


Notas iniciais do capítulo

Com o epilogo de O Circulo de Rubi

Anastacia



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/639862/chapter/40

No dia de ação de graças, eu caminhava com Jill, Rose e Dimitri até a casa de Sydney e Adrian. O jantar aconteceria na casa deles, já que Janine estava de plantão e Abe estava viajando, então Sydney nos convidou para a ceia, que seria também uma espécie de inauguração da casa, agora reformada, deles. O inverno já estava começando e segundo as noticias, esse provavelmente seria o inverno mais severo em anos. Eu honestamente achava maravilhoso ter tanta neve, por me lembrar de casa e acho que Dimitri também partilhava da mesma alegria, mas não só por isso. Eu não tinha comentado nada e também tinha pedido para que Jill não falasse nada quando a visse, mas assim que cheguei à Corte e vi Rose, também vi o anel que tinha o ajudado a escolher em seu dedo.

Quando chegamos, Adrian atendeu a porta e Daniella estava organizando a mesa. Jill e Eddie começaram uma cena que me fez corar e Adrian começou com suas piadinhas.

— Whoa, hey – ele disse. — Não faz tanto tempo que vocês viram um ao outro. Se controlem.

E então eles começaram a conversar sobre amenidades enquanto eu tirava meu casaco e gorro – que uma vez fora amarelo quando Oksana havia me enviado, mas por um acidente que tinha acontecido na lavanderia, era branco - e depois de um tempo nós ouvimos Declan acordar. Adrian foi pega-lo e o entregou para Jill que me chamou para sentar no sofá ao lado de Eddie enquanto brincávamos com Declan que agora gostava de bater palmas e tentar ficar em pé.

Eu notei que Rose e Dimitri também observavam Declan, mas duvidava que um bebê estivesse nos planos de Rose. Eu não conseguia imagina-la como mãe ou adulta, na verdade.

— Olha para ele – guinchou Jill quando eu desci as escadas — Ele ficou tão grande.

— Devíamos ter trazido uma estaca de prata para ele – Dimitri disse — Estou surpreso que Eddie não tenha o ensinado ainda.

Eddie, com seu braço repousando em Jill, sorriu.

— Trabalhamos nisso logo depois a soneca da manhã.

Eddie agora era o guardião de Adrian e apesar de poder ter sua própria casa, morava com eles. Sydney havia planejado um quarto de hospedes onde Eddie poderia dormir, mas segundo Jill, quando ela não estava lá, ele sempre preferia dormir no quarto de Declan.

Depois Sydney chegou, ainda com a roupa que usava para trabalhar no museu e nós seguimos para a mesa.

Durante a ceia, enquanto Rose se servia, Adrian notou o anel em sua mão e não foi tão discreto como eu ou Jill.

— Puta merda – ele exclamou fazendo todos nós viramos para saber o que tinha lhe chamado atenção —O que é isso? Você roubou as joias da coroa de Lissa?

Rose olhou para o anel, ao redor e finalmente para Dimitri, enquanto lhe dava um olhar que eu conhecia como “viu?” e parecia começar a corar.

— Talvez seja muito. – ela disse.

Dimitri trouxe a mão dela para seus lábios e beijou a parte de cima.

— Não, é perfeito.

Jill aplaudiu em alegria.

— Um anel de noivado!

— Espere – Adrian disse — Mostre os bens.

Com Dimitri sorrindo largamente, Rose cumpriu, estendendo sua mão esquerda para o resto da mesa ver. Era um trabalho notável. Um diamante largo, perfeitamente cortado redondo estava dentro de um quadrado rendado de platina filigrana que era beirado por minúsculas opalas azuis.

— Você escolheu isso? – Adrian perguntou.

Eu olhei para Dimitri e tentei o máximo que pude para lhe dizer para ficar com todo o mérito. Se Rose um dia soubesse que eu tinha ajudado Dimitri a lhe levar para o altar, eu não tinha tanta certeza de qual seria sua reação.

— Ele escolheu – disse Rose, seu bom humor retornando — Ele ficava me dizendo que quando eu fizesse 20 anos, seria só uma questão de tempo antes que ele propusesse. Eu lhe disse que se ele fizesse, seria melhor fazer com um anel rockstar – nada sutil.

— Isso é bem rockstar – disse Eddie — Há quanto tempo isso aconteceu?

— Cerca de um mês – disse Dimitri — Eu a fiz usá-lo, mas não consigo fazê-la marcar uma data.

Rose sorriu largamente.

— Tudo em seu bom tempo, camarada. Talvez quando eu tiver 30. Não há pressa. Além disso, com toda certeza Christian vai propor a Lissa um dia desses. Não queremos ofuscá-los.

Dimitri balançou a cabeça em exasperação, mas manteve-se sorrindo.

— Você sempre tem uma desculpa, Roza. Um dia desses...

— Um dia desses – Ela concordou.

Nós conversamos por horas e mesmo depois que Sydney colocou Declan para dormir, nos atualizamos sobre as vidas de cada um e como sempre, maioria já sabia do que tinha acontecido no meio tempo em que estivemos em St. Vladmir.

– Eu ainda não me acostumei a bebidas de feriado sem álcool. – eu ouvi Adrian dizer enquanto o ajudava a tirar a louça da mesa.

– Tem um gosto diferente. – eu confirmei, pondo alguns copos na pia.

– Ana? – Adrian me chamou e então eu virei para ele. – Não preciso ler auras para saber que você não está muito bem.

Eu hesitei.

– Ah, não é nada demais. Eu agradeço pelo convite, Adrian. O assado estava maravilhoso. – eu disse enquanto voltava para pegar mais louça da mesa.

– É, isso eu sei, mas... você ainda está frequentando a psicóloga da escola?

– Sim. – eu respondi prontamente.

– E como estão as coisas?

– Bem. Como eu disse, está tudo bem, Adrian. – eu disse e então voltei a retirar a louça, preenchendo o silencio com perguntas sobre Declan, Sydney ou a sua galeria.

Adrian agora dava aulas para as crianças do jardim de infância da escola que havia na Corte, que era uma espécie de preparatório para a St. Vladmir. Ele dava aulas de artes e parecia estar realmente feliz com tudo que estava acontecendo e em ter uma família. Sua mãe tinha conseguido se divorciar e agora morava com eles, sendo de grande ajuda com Declan enquanto Sydney trabalhava no museu e fazia faculdade de arquitetura. Eles estavam conseguindo se equilibrar e tinham até um firme planejamento para o futuro e isso realmente me deixou feliz.

Já era tarde quando nós resolvemos ir embora e Jill decidiu que ficaria dormiria ali. Nós nos despedimos deles e fomos embora até passarmos próximo as pequenas casas onde os guardiões moravam.

– Ana, eu e Dimitri vamos ficar por aqui, já que ainda estamos de folga. Você quer dormir aqui? – Rose me perguntou, apontando para a casa que deveria ser de Dimitri.

Eu olhei para os dois e balancei a cabeça.

– Eu passo, obrigada.

– Quer que eu lhe deixe na porta do hotel? – perguntou Dimitri.

– Não, obrigada. Tenham uma boa noite, feliz dia de ação de graças. – eu disse e então sai continuando no caminho.

A nevasca do começo da noite estava ficando cada vez pior, mas eu gostava do clima. Cruzei os braços enquanto continuava andando e observando o local, até começar a passar pelas mansões reais dos Moroi. Eu considerei parar na mansão onde Bea morava, mas eu tinha certeza que seria demais para mim. Antes de vir para cá, eu tinha passado no cemitério para visitar o tumulo de Bea e isso já tinha me afetado o suficiente. Olhar para a cara de Helena ou Ralf e que eles provavelmente já reformaram ou destruíram o anexo onde ela morava iria me fazer cometer dois homicídios sem o menor remorso.

E então eu me mantive caminhando, passando também pela mansão Zeklos e sem conseguir evitar me perguntar como Dane deveria estar comemorando seu dia de ação de graças. Ele se mantinha bebendo em qualquer festa que tivesse na escola, isso quando ele e Logan não davam suas festinhas particulares. Eu tinha vontade de me meter e pedir para que ele parasse antes que as coisas ficassem tão ruins quanto estavam no passado, mas apesar de não gostar ou confiar em Logan, eu sabia que ele era um bom amigo para Dane, ou pelo menos não deixaria que ele se matasse. Ele parecia estar magoado comigo e por isso passou a me evitar, mas apesar de me doer saber disso, eu pensava ser melhor assim. Depois do que tinha acontecido no Halloween e da conversa que tivemos no outro dia, nós não trocamos nada além de “com licença” quando necessário.

Eu já estava chegando próximo ao hotel, enquanto passava por uma cafeteria que estava fechando e um garçom estava tendo problemas com um cliente que não queria sair dali, me fazendo parar para observar. Então depois de um tempo o garçom saiu trazendo um Dane praticamente desmaiando de bêbado pela camisa.

Ele trouxe Dane para fora do estabelecimento e voltou para dentro fechando a porta. Dane parecia reclamar com palavrões e ofensas sem sentido, enquanto saia do lugar, sem casaco ou nada parecido, caminhando de cabeça baixa, enquanto eu me escondia próximo a uma cerca que havia ali perto. Foi só até vê-lo escorregar e cair na neve que começava a se acumular que eu me levantei e resolvi ajuda-lo.

Eu olhei para os céus me perguntando diversas coisas ao mesmo tempo e em seguida fui até Dane.

– Ana! – Dane disse ao me ver, dando um sorriso apatetado. – Finalmente algo bom no meu dia. Minha guardiã está aqui. Ou seria anjo da guarda?

Eu revirei os olhos e então vi um guardião se aproximar, mas antes que as coisas ficassem ruins, eu me dirigi ao guardião.

– Senhor, se importa em me deixar leva-lo? – eu disse sem pensar direito no que eu estava fazendo.

– Eu vi o que aconteceu e vou leva-lo para casa. Ele é um menor de idade que está visivelmente embriagado. – o guardião disse.

– Sim, senhor. Mas veja bem, é ação de graças e ele tem problemas com alcoolismo. Provavelmente começou tomando algumas doses em casa e... O senhor não gostaria de arruinar o feriado de uma família o levando dessa maneira para casa, não é mesmo? – eu disse rezando para que o guardião caísse no que eu dizia, enquanto Dane começava a fazer um anjo na neve, balançando as pernas e os braços.

Ele pareceu pensar e analisar se eu era confiável. Eu pus minha melhor imagem de boa moça.

– Sabe, eu tenho um familiar que também é alcoólatra. Ele está há 17 anos sóbrio e contando. – ele disse com orgulho. – Eu espero que seu amigo consiga melhorar também. Anda, eu lhe ajudo a carrega-lo. Para onde quer leva-lo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shadows of the past" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.