Shadows of the past escrita por larissabaoli


Capítulo 2
Capitulo 2




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Capitulo 2

Eu tinha que admitir, eu estava assustada.

Eu deveria ter me preparado para isso, porque é claro que em algum momento da minha vida eu veria isso acontecer, mas eu não estava preparada. A dhampir lutou contra o Strigoi sozinha e o venceu. Ela era incrivelmente boa, para alguém tão nova e eu não consegui fazer nada além de tentar não entrar em pânico e observar enquanto ela se movia de maneira eficiente para o ataque. Eu já havia ouvido muitas pessoas falarem sobre como os Strigois eram e já havia observado Sidney fazer um cadáver de Strigoi desaparecer, mas ver um vivo em primeira mão, foi muito mais aterrorizante do que eu havia pensado. Ele se movia com uma rapidez sobre-humana, era mais pálido do que qualquer outro Moroi e seus olhos além de vermelhos possuíam um brilho de puro ódio, embora todos tenham me dito que Strigois não possuíam sentimentos, bem... esse com certeza possuía e ele estava com muita raiva da estranha. Mesmo assim ela o derrotou e depois de Sidney ter falado e ela também eu me vi as seguindo sem saber direito para onde ia, até que a dhampir me notou e perguntou.

– Ei, você está bem?

Eu notei que havia derrubado a comida enquanto assistia a tudo e como não conseguia encontrar palavras, Sidney percebeu e foi em meu favor.

– Ela está bem, só precisa de um tempo e... comer. Vamos.

Foi o jantar mais estranho que eu já participei? Provavelmente. Nós comemos e eu tive oportunidade de mais uma vez observar e ouvir coisas sobre Sidney que eu ainda não sabia e também descobri algumas coisas sobre a estranha, que se chama Rose, na verdade. Uma dhampir que não se formou na escola, mas não é como se ela precisasse, pelo visto. Eu sentei, comi – porque afinal, não é por eu estar tentando não entrar em pânico que eu não comeria – e fiquei encarando as duas até que Rose olhou para mim e mais uma vez eu percebi que devia estar a encarando por muito tempo. E eu me mantive escutando boa parte da conversa até olhar para o relógio na parede em cima das bebidas.

– Uh-oh, com licença. Eu volto logo – dei um sorriso e peguei o celular na minha bolsa, enquanto digitava apressada e ligava pra minha mãe. Me encostei na parede próxima ao banheiro e esperei que ela atendesse.

– O que está fazendo acordada há essa hora?

– Boa noite para você também, pai – eu sorri, percebendo que estava com mais saudade do que eu imaginava.

– Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

– Não aconteceu nada, eu apenas senti ela há algumas horas e pensei em ligar e checar como ela está.

– Com saudades, é claro. – ele suspirou – E preocupada com você.

– Sabe que não tem com o que se preocupar, eu sei me cuidar.

– Você tem 14 anos, não deveria ficar tanto tempo fora de casa...

– Pai, pode passar para ela? – eu tive que interromper, não precisava ouvir um sermão que eu já havia decorado.

Eu esperei por mais um longo suspiro e entregar o celular para minha mãe.

– Boa noite, filha. Está tudo bem? Você já está voltando? O seu aniversário está próximo e eu queria muito que você estivesse aqui... já faz tempo desde que...

– Mãe, calma. Eu estou bem. Eu senti você e quis ligar para que pudesse ficar tranquila.

– Bem, eu vou ficar tranquila quando você voltar para casa – ela tentava manter a calma, mas eu percebia o quanto ela queria conversar comigo frente a frente.

– Olha, eu vou desligar agora. Eu estou bem, eu prometo voltar logo. Eu te amo, mãe.

– Eu também, mas, por favor... Volte logo. Antes do seu aniversário.

Eu desliguei sem dar uma resposta além de um murmúrio e voltei para mesa com a cabeça pesada de remorso e saudade. Era bem ruim estar longe deles por muito tempo e eu nem sequer lembrava que meu “aniversário” estava chegando. Não era bem o meu aniversário e sim a data em que eu fui encontrada pela minha mãe, mas eles comemoravam mesmo assim, me fazendo um jantar e me dando alguns presentes.

Quando eu voltei para a mesa, encontrei apenas Rose e me sentei tentando pensar em algo para puxar assunto e aliviar a tensão, mas eu era péssima nisso.

– Então... – eu comecei – A Sidney... ela é legal apesar de tudo – eu dei de ombros e dei um pequeno sorriso.

– Apesar de achar que nós somos criaturas do mal? É, certo. – ela bufou.

– Em sua defesa, é o que ela sempre achou. Ela foi criada para pensar desse jeito.

– Que ótima criação.

– Não é como se você pudesse falar sobre isso.

– O que quer dizer com isso? – ela perguntou irritada.

– Bem, você foi criada para se sacrificar por Morois, sem perguntas, como uma marionete.

Okay, não era muito sensato da minha parte irritar uma pessoa que havia matado um Strigoi tão facilmente como ela havia feito, mas ela estava sendo hipócrita e eu não estava gostando que ela falasse da mais próxima pessoa que eu tinha como amiga por aqui.

– Não é bem assim e o que você sabe, afinal?

– Posso não saber muito, mas pelo menos tenho liberdade. – o que não era bem uma mentira, mas não era verdade também.

– Eu também, ou o que eu estaria fazendo aqui? – ela me disse cruzando os braços e parecendo magoada.

– Okay, então.

– Rose? – Sidney disse percebendo a tensão, quando voltou. – Então, parece- Qual de vocês comeu minhas fritas?

Eu cruzei os braços e olhei para baixo, nem havia percebido que eu e Rose estávamos comendo no mesmo prato enquanto discutíamos.

– Eu sei onde é essa cidade. Eu já estive lá. – ela continuou olhando para Rose.

Eu encarei Sidney me perguntando se ela sabia o que estava fazendo.

– Obrigada, muito obrigada –

– Mas não vou te dizer onde é. – ela interrompeu.

Me controlei para não soltar um suspiro de alivio.

– O que? – Rose disse.

– Eu mesma vou te levar lá.

E então prendi a respiração.


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