Entre Memória Brancas escrita por ItsJhay


Capítulo 3
Capitulo 2 - Precisava Destruir o Peixe?


Notas iniciais do capítulo

Finalmente saiu!
Vivaaaaa.
Uhuuuuul.
Cadê as palmas?
O.k.
Parei.
Aproveitem a leitura.
P.s. Não se esqueça de comentar, criticas produtivas são bem vindas!



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Capitulo 2 completo

Jean acordou na manhã seguinte caído na areia branca e fofa, noite passada o garoto estava tão cansado que nem cogitou a ideia de ir para sua cama improvisada.

Estava sujo, fedendo e cheio de areia espalhada pelo seu corpo, pensou em dar um mergulho no mar e se lavar, mas a água salgada o incomodava, ele não sabia que tipos de peixes habitavam o lugar e a garota ainda estava deitada logo ali a beira-mar. Não, não havia chance alguma de Jean se despir ali.

Na última noite Grace comentou algo sobre o lago em que foi na sua “caminha matinal” e acrescentou alguns detalhes que o garoto não pensou atenção por estar com a cabeça nas nuvens – um dos deus piores defeitos.

Lembrou-se de que a garota deixou marcas de “X” em diversas arvores do caminho e de que não ficava muito longe dali. Hesitou em partir, mas não queria que ela acordasse e se deparasse com ele naquele estado.

Caminhou um pouco sobre a areia até achar a entrada do acesso a clareira, olhou para trás pra ter certeza que a garota ainda estava ali, por mais óbvia que seja a resposta.

Se arrastando atrás de Jean estava Larel, o pequeno furão de pelagem escura e rabo peludo.

—Ei garoto, chispa daqui, vá cuidar da Grace – o pequeno continuou olhando – vamos, anda, não podemos deixa-la sozinha, podemos?

Ele se virou e seguiu seu trajeto, e Jean o seu.

Andou cada passo, pulou cada raiz, deixava as mãos soltas batendo nas árvores e seguia olhando o céu sob a copa das árvores.

Fazia como se recordava em uma vaga lembrança.

Após algum tempo andando, as marcações nas árvores desapareceram, mas o reflexo da luz na água deixava nítido o caminho para qualquer míope que passasse por ali.

Jean chegou as margens da lagoa e se despiu, ficando apenas com a roupa de baixo.

Enquanto lavava sua roupa apenas com água e areia sentiu algo relando seu pé pouco abaixo do solo submerso. Ele mergulhou até lá e retirou uma pequena camada de terra arenosa que cobria o objeto brilhante.

Era uma adaga pequena estilo greco-romana de ponta arredondada, com o cabo negro detalhado em prateado, a lamina pequena e grossa tinha pequenos detalhes difíceis de distinguir devido a ferrugem e uma camada de pedra que persistiu em ficar. Ele jogou a faca para fora d'agua e saiu logo em seguida, torceu suas roupas, mas só vestiu a bermuda.

Agarrou a adaga do chão e seguiu a trilha de volta à praia.

***

—Hey Jean, está atrasado, já passou do horário de almoço - disse a garota com um pedaço de carne branca em mãos.

—E como você sabe se é hora do almoço, espertalhona?

—Pelo movimento da sombra, espertalhão. - ela sorriu com o canto da boca.

—E o que temos para o almoço, vossa divindade do tempo? - exclamou entrando na brincadeira.

—Peixe assado com tempero de ervas finas, mortal insignificante - fez uma careta - Larel quem trouxe.

—Hã, temperado com baba de furão?

—Não seja bobo, eu lavei no mar, tem até pedaços de areia que deixam crocante - Jean fez uma careta e riu.

O garoto tirou a adaga do bolso e mostrou a garota - Encontrei no fundo do lago.

—Uau, um belo achado, é linda.

—Claro que é linda - pegou das mãos dela - fui eu que achei - Ela riu

Sentou-se ao lado dela e agarrou um pedaço do peixe destroçado na brasa.

—Está uma delícia, mas precisava destruir o coitado?

—Fiz o meu melhor, isso foi obra do grandão ali.

A menina olhou pro animal, e foi nesse momento em que Jean percebeu o quando Grace irradiava sentimentos por onde passa, num rápido olhar, foi possível perceber compaixão, bondade, orgulho, e até amor.

Ele levou sua mão sob a dela, e ela o encarou, agora ele podia sentir roda a energia que ela exalava e, por um momento eles estavam conectados.

Uma luz forte interrompeu o clima, a adaga estava brilhando e fumegando. Grace apertou a mão de Jean. A luz foi aumentando gradativamente, até chegar a um ponto de luz tão forte que obrigava-os a fechar os olhos.

Ao retomar a visão os garotos direcionaram o olhar instantaneamente para a areia, no local onde estava a adaga.

Mas no lugar de apenas uma adaga prateada, haviam duas, umas preta, e outra branca, ambas com o mesmos detalhes e mesmo brilho.

A mão de Grace suou gelada, Jean a olhou em busca de respostas.

—Palmas, a primeira magia dos novatos.

Eles olharam.

Onde acabavam as pegadas de Larel agora havia uma pequena criatura entrelaçada por toda a parte por galhos e raízes, seu rosto era como uma máscara feita da casca de uma arvore.

—Quem... Oque diabos é você? - Jean exclamou assustado.

—Quem deveria estar fazendo perguntas sou eu, o que fizeram com a Adaga de Muspell? - exclamou a criatura indignada.

Ele chegou mais perto (e os garotos mais longe) tocando a adaga com sua mão/galho.E os garotos f

Grace estudava a criatura horrorizada, repleta de dúvidas, mas perdida em pensamentos.

—A profecia destinava a adaga apenas a um herói - resmungou para si mesmo. Mas num relance de gentileza, lançou seu olhar sobre eles.

—Oh, perdão, não respondi sua pergunta, me chamo Ratatosk, alguns me chamam de Rata, outros Tosk, vocês costumavam me chamas de Larel. - Exclamou a criatura.

***

—Recapitulando, você é um descendente de elfo, mandrágora e tem traços de magia em seu sangue? - perguntou Grace um tanto assustada.

—Sim... Quer dizer, em partes.

—E você se passava por um furão? – indagou Jean – Por quê?

—Sim novamente. Eu precisava cuidar de duas crianças abandonadas... – Respirou fundo (ou iniciou o processo de fotossíntese, vai saber) – Mas isso é uma longa história que será deixada para uma longa viajem.

Jean e Grace se entreolharam.

—O que mais me preocupa é oque fizeram com a Adaga, desde os primórdios de Thasgar a arma perdida é simbolizada como uma personificação da perfeição, um sinal de estabilidade, dita na profecia que foi forjada por Jósag. O criador da vida juntou todos os elementos nessa lamina e a destinou para o salvador da nossa terra. E agora, puf, está dividida – pronunciou a última palavra devagar e separando as silabas.

Os garotos trocavam olharem apavorados.

—A menos que... – ele parou, pensou, respirou e continuou, agora falando para o casal – Nosso reino sempre foi dividido, trevas e luz, bem e mal, vivo e não vivo, matéria e anti-matéria. Lamento informar garota, você terá que conviver com isso (indicou com seu galho para Jean) pra sempre.

Eles trocaram sorrisos e logo deram um riso contido.

—Agora vamos descansar, amanhã temos um longo caminho a seguir.

***

Jean estava deitado a muito tempo, mas não conseguia pegar no sono, toda aquela informação, aquela sensação que algo não estava certo não o deixava, ele não conseguia baixar a guarda.

A única coisa que fazia ele se sentir mais seguro era ela ali ao seu alcance, e não, ele não estava pensando na adaga.


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Notas finais do capítulo

Espero que já estejam shippando Jeace ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Obrigado por ler até aqui, e não esquece de comentar, hein.



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