Casados pela razão errada 2 escrita por WendyReis


Capítulo 12
Capitulo 12 - Surpresa




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Castiel POV

A verdade é que… Eu já sabia! Eu descobri sem querer. Eu estava na sala, o telefone tocou, eu atendi e era para confirmar o dia do exame dela. Óbvio que eu fiquei preocupado pra cacete. Aquela idiota não vai ao hospital nem se estiver morrendo! Daí eu disse que era o marido e que queria saber qual era o exame. E a pessoa disse que era exame de sangue. Legal! Respondeu coisa pra caralho! (ironia) Eu disse pra ligar mais tarde e falar direto com ela porque eu não sabia. Se ela não havia me contado é porque alguma coisa ela estava escondendo.

Talvez um pouco desesperado, eu liguei para o meu irmão pra saber o que se podia descobrir num exame de sangue. Ele disse uma porrada de doenças que só me preocuparam ainda mais. Mas por fim ele só disse uma coisa boa. Que podia ser um filho! Se eu fiquei mais aliviado?! Porra nenhuma! Eu imaginei que se fosse uma gravidez ela teria me falado, certo?! Então eu fiquei igual a um maluco procurando qual daquelas possíveis doenças era a menos perigosa.

Meu irmão preocupado com a minha “paranoia”, disse que era pra eu ver o nome do hospital que ela faria o exame que ele tentava descobrir qual era o problema. Então eu precisei pegar a gravação da ligação e encontrar a parte em que falava o nome do hospital e então falar para o meu irmão pra ele poder quase me dar um soco dizendo que estava certo e que era apenas uma gravidez. Se eu fiquei com raiva dela?! Porra! Eu não sabia distinguir se era raiva, alívio, felicidade, preocupação… Só sei que comecei a chorar como uma menininha! Pra minha sorte eu estava na minha sala, então ninguém podia ver essa cena desprezível. Bom, pelo menos teve um lado bom nisso tudo. Agora que eu já sei não ficarei tão emocionado quando ela me disser, o que é bom porque aí eu não pago de bobão idiota!

— Claro que vou! Gorda, magra, loira, careca… Só que eu me preocupo com a sua saúde e do nosso filho. (Porra! Saiu sem querer!)

— Nosso filho?! (Então eu precisei pensar rápido)

— Nossos futuros filhos ué! (Sacada de gênio! Eu sou muito pica!)

— Então, você acha que podemos ter um futuro juntos?!

— Eu acho que sim né?! (Eu me levantei)

— Aonde vai?! (Ela perguntou me olhando)

— Guardar isso. (Eu peguei o pote de sorvete e fui até a cozinha)

— Não era pra você guardar?! Por que está comendo meu sorvete?!

— Sabia que você viria atrás de mim! (Eu comecei a rir)

— Que convencido! Me dá isso! (Ela tentou pegar o pote da minha mão, mas eu o levantei acima da minha cabeça) Assim não é justo! (Eu comecei a rir) Tiel!

— Pfff… Mas você é incorrigível! Quando vai parar de me chamar assim?!

— Nunca! Agora me dá!

— Não! Vou guardar! (Eu fechei o pote ainda acima da cabeça dela e guardei)

— Quer saber?! Eu vou falar pros seus filhos e netos eternizando esse apelido tosco! (Ela disse raivosa, o que me fez rir; eu guardei o pote de sorvete no freezer)

— Como assim meus filhos?!

—… Você não quer ter filhos?

— Não, não é isso! É só que não são meus filhos, são nossos filhos!

— Como assim nossos?! Quanto tempo pretende ficar casado comigo?!

— Não sei. Pra sempre talvez! (Eu disse como se fosse óbvio)

— Ah, não, para! Pra sempre é muito tempo! Muito coisa de filme romântico!

— Tá, então… Que tal cinquenta anos?!

— Cinquenta anos é muito pouco!

— Cem pode ser?!

— Cem ainda é muito pouco!

— Duzentos anos ainda é pouco pra você?! (Eu olhei no fundo dos olhos dela)

— Talvez… Se você prometer nunca me trocar eu posso pensar em aceitar duzentos anos de contrato! E eu estou falando sério! Eu estou falando de uma mulher com bigode, sem dente, careca e encurvada!

— Nossa! Que monstro! (Nós rimos) Mas se você continuar me chamando de “meu Pica-pau” eu aceito! (Eu coloquei minhas mãos na cintura dela)

— Então temos um acordo?! (Ela sorriu) São duzentos anos sem trocar de “jaqueta”, hein?! (‘Referência ao capitulo 48-1ªtemporada’ Ela esticou a mão pra eu apertar)

— Imagina como vai feder essa jaqueta daqui a duzentos anos! (Eu ri)

— É só lavar, idiota! Não vai apertar minha mão?!

— Ela vai se desgastar se eu não cuidar bem dela então a prefiro fedida! E por que eu tenho que apertar sua mão?! Não é assim que se sela um acordo!

— Então como é?! (Ela disse arqueando uma sobrancelha, eu sorri e puxei sua nuca a beijando) Quer dizer que você sela todos os seus contratos assim?!

— Não! Só os que eu faço com você! (Eu ri a beijando novamente, mas ela me empurrou) O que foi?!

— Eu posso confiar, não é?! A única mulher que você beija sou eu, certo?!

— Errado! Eu também beijo minha mãe. E minha sobrinha. E minhas primas…

— Você entendeu o que eu quis dizer! (Ela me interrompeu)

— É óbvio que você é a única, minha pequena!

— A única, certo?!

— Sim! A única pra hoje e sempre! (Eu disse desenhando os lábios dela com o dedo polegar e depois me aproximei a beijando) Eu te amo…

— Eu tenho que te dar seu presente… (Ela disse soltando meu pescoço)

— Mas tem que ser agora?!

— Tem…

Eu bufei, mas então a segui até o quarto onde ela me mandou sentar na cama e fechar os olhos, foi mais forte do que eu…

— Não é o que você está pensando! (Eu comecei a rir) Seu pervertido!

Ela demorou alguns minutos e então…

— Estica as mãos… (Eu estiquei e ela colocou uma caixinha em minhas mãos, eu segurei firme e tentei imaginar o que era) Pode abrir os olhos… (Eu abri)

Eu tirei a tampa da caixinha e a fiquei encarando por alguns segundos. Estava lá um teste desses de farmácia e o resultado do exame. Calmamente eu tirei o teste e o coloquei em cima da cama, em seguida peguei o exame e li atentamente e depois abaixei ainda mais minha cabeça. Porra! Eu já sabia disso, não era pra mexer assim comigo! Eu não sei por quê! Só sei que eu não consegui me controlar e comecei a chorar! Eu nem sabia que era possível sentir tanta felicidade assim!

— N-não gostou?! (Ela se afastou um pouco de mim)

Morgan POV

Eu podia sentir a tristeza se consumir de mim de uma forma que eu nunca havia sentindo antes. Eu levei meus braços até minha barriga e a “abracei” enquanto estava de cabeça baixa e sentia as lágrimas escorrerem cada vez mais forte.

—… (Ainda sem levantar minha cabeça eu deixei que as palavras falassem por elas mesmas) Castiel… eu sinto muito… eu queria que você ficasse feliz… mas não foi assim que aconteceu… então eu… (Antes que eu pudesse terminar minha fala eu senti braços fortes me abraçando. Ele me abraçou tão forte que eu mal consegui respirar, ele não disse nada apenas ficou ali por alguns segundos e então como se deixasse as palavras falarem por elas mesmas ele começou a balbuciar ainda abraçado comigo)

— Sua idiota! Como você pode dizer isso?!

— Eu sei que foi inesperado, mas não é como se eu também não estivesse nervosa e com medo… mas você podia ao menos ficar feliz… (Ele me interrompeu)

— Você é louca?! (Ele disse grosso me soltando e puxando meu queixo pra cima para que eu pudesse ver seu rosto molhado de lágrimas) Como pode achar que eu não estou feliz?! Como você é capaz de pensar que eu não gostei?! (Ele disse grosso e me abraçou novamente e eu o abracei de volta me sentindo aliviada)

— Você está chorando de felicidade?!

— É claro! Como eu poderia não ficar feliz com um filho da mulher que eu amo?! (Ele deixou algumas lágrimas de seu rosto pingarem sobre meu ombro) Estou curioso pra ver o rosto de nossos filhos! (Ele me apertou ainda mais...)


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