My Old Man escrita por WeekendWarrior


Capítulo 7
What You've Done to Me


Notas iniciais do capítulo

WELL, WELL! AMO ESSE CAPÍTULO! ♥
Boa leitura.



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A semana passou mais rápido do que eu esperava e estava mais do que nunca entalada até o pescoço de serviço pra casa, o que era ótimo, manteria Jim bem longe da minha mente. Assim esperava.

Depois de uma semana inteira pensando no bendito eu não conseguia mais fazer nada sem que ele viesse em minha mente e admito que a vontade rodar L.A atrás de Jim era enorme, mas fui mais forte e tentei focar nos pontos ruins dessa história. Acho que foquei, porque o sentia desvanecendo aos poucos.

E como mais um típico final de semana meu, passaria completamente sozinha. Até pensei em comprar um gato, sabe, mas fiquei com medo que o bichano me desgostasse, então desisti da ideia.

Então o sábado chega e os únicos que me fazem companhia são os cigarros, tirando a bebida que ficava no armário da cozinha, mas eu estava querendo distancia dela, a minha melhor amiga nos últimos tempos. Podia jurar que às vezes escutava ela me chamar. Sim! Realmente estou ficando louca. Ficando louca dentro dessa casa, totalmente sozinha. É um sábado à noite, normalmente as pessoas saem à noite, vão confraternizar e tudo mais, sair com os amigos, esses tipos de coisas. Mas ultimamente tenho andado tão presa em mim mesma, fico pensando nessa teia que eu mesma teci. Às vezes ligo pra Stefani ou ela me liga, ficamos nisso. A loira ainda mora em NY.

Tá bom! Já foi o bastante! Levanta esse traseiro daí agora! Vamos dar uma volta.

Me levantei rapidamente do sofá da sala e corri pro quarto em busca de algo pra vestir, mas espere, eu nem sei aonde vou. Pensei por alguns segundos e um lugar me veio à mente. Bom, tinha um parque que estava alojado em um lugar não tão longe daqui, eu poderia ir andando. Sabe, aquele tipo de coisas que enlouqueceriam crianças como: carrosséis, roda gigante e algodão doce. Era só pra esfriar a mente, não que eu fosse andar nos brinquedos, mas o algodão doce era tentador.

Escolhi o primeiro vestido florido que achei e calcei minhas sapatilhas, mal me maquiei e coloquei a minha pequena carteira no bolso do vestido. Me olhei no espelho e percebi que estava parecendo uma ninfeta prontinha para o acasalamento, nem parecia uma mulher de vinte e cinco anos, acho que isso era bom. Acho que meus longos cabelos ajudavam pra isso.

Após vinte minutos de caminhada cheguei ao local, qual não era tão perto como antes imaginei e me deparei com mais que um parque, um circo estava instalado nesse terreno, tinha palhaços caricatos, malabaristas e tudo que um circo tem direito, e uma banda engraçadinha tocava num palco improvisado.

Primeiramente passei meus olhos ao redor do local extremamente cheio e avistei pais e filhos, grupo de amigos e até casais, óbvio.  E eu me encaixava no grupo dos ‘’sozinhos num sábado à noite’’. Não que eu esteja reclamando, tudo tem seu lado bom, não?

Me aproximei das barracas variadas que lá se encontravam, haviam jogos de azar e uma variedade de bugigangas, a maioria inusitada pra mim.

Então me viro pro lado e meus olhos brilham ao ver... o Algodão Doce.

Eu parecia uma criancinha desesperada, Deus, há quanto eu não comia um algodão doce? Praticamente pulei em cima do senhor que vendia os algodões. Ele deu risada da minha atitude, com certeza as crianças se comportariam melhor. Logo saí com o algodão doce em mãos. Me deliciando, claro. Muito bom. Quando eu era mais nova achava que os algodões eram feitos de nuvens e que os vendedores de algodão doce eram mágicos ou amigo de anjos, coisas assim. Ri de mim mesma.

Estava eu, absorta em meus pensamentos, totalmente livre de quaisquer vestígios de Jim em minha mente quando olho para uma barraca e lá está ele. Pisquei trocentas vezes não acreditando. Não, era ele mesmo, não uma miragem ou ilusão criada por meus incrédulos olhos. Estava sorrindo, sorrindo como se nada o atingisse, ele parecia ser inatingível e ali percebi que nunca poderia penetrar o mundo dele, nunca. Mas de uma coisa eu sei, poderia fazer esse homem sorrir, até mesmo nos piores momentos da vida dele. Eu me senti assim.

 Paro estática onde estou, ele não pode me ver pois está com uns homens robustos na barraca de tiro ao alvo, é a vez dele, Jim pega a espingarda de chumbinho e atira, sim, ele acertou todos os alvos. Por um instante a imagem dele segurando uma arma real em mãos me fascinou, não, não, isso não me assustou.

Ainda estou estática em meu lugar, o observando, meus pés parecem presos, não consigo me mexer, droga, vá até ele! Não! Saia! Fuja! Ai, senti uma pontada no meu peito. Vai! Se mexa, vadia.

Olhei pra baixo por alguns segundos e novamente olho para onde ele está, encontro seus olhos, meus batimentos cardíacos estão descompassados. Jim me encara não mexendo um músculo sequer, um de seus amigos o chama, porém ele não se move, então eles se retiram, mas continuamos assim, parados, encarando um ao outro. Com certeza deve estar pensando que eu sou uma miragem ou algo parecido.

Um choque encontra meu corpo quando percebo que ele tomou a decisão, está vindo em minha direção. Está vindo com aquele andar de usurpador de corações, está tão diferente mas ao mesmo tempo tão o mesmo. Tão ele. Por quê? Por que ele tem que ser tão ele? Assim, tão Jim. Tão mau, mas tão bom. Eu poderia comê-lo vivo. Ele é o pior tipo que já vi.

E todas as coisas ruins que pensei falar pra ele no momento em que possivelmente nos reencontrássemos caíram por terra no momento em que ouvi sua voz.

— Lana — disse serenamente me encarando bem nos olhos. Esses olhos verdes. Maldição!

Meu Deus, no momento em que ele pronunciou meu ‘’nome’’, meu baixo ventre esquentou e minhas mãos suaram e o algodão doce... Ah, quem liga pra um algodão doce quando se tem Jim em sua frente? Te chamando pelo seu apelido sexy.

— Jim —  respondi tentando transparecer calma da minha parte.

— Você parece estar bem, pelo que vejo.

Jim não se parecia em nada comigo nesse instante, eu estava desesperada. Na verdade, desesperada por ele.

— Ér... Eu tô bem sim, obrigada. Bom, você parece estar também — o encarei bem. A verdade é que eu sentia uma raiva enorme dele, mas também queria que ele me beijasse. Não entendo.

— Então você me achou — brincou o homem.

Encarei o chão, depois voltei a olhar em seus olhos.

— Sim, te achei. Saiba que não foi nada fácil. Contratei um detetive muito caro — ele riu. Sabia que eu estava brincando.

Comecei a caminhar, não poderia ficar parada ali pra sempre. Pra falar a verdade, eu nem acreditava que estava realmente falando com ele, o havia visto há uma semana atrás. Parece surreal. Jim acompanha minha calma caminhada.

— Não, eu estou falando sério. Você percebeu isso? — disse ele — Acho que é algum modo da vida nos advertir de algo. Destino, talvez.

Ele só podia estar brincando. Me deixa e depois… Hã? Não. Sei que fui tola, me apaixonei quase que instantaneamente por ele, mas… Dane-se!

— Olha, só! Você acredita em destino. Quem diria! Então foi tudo proposital? Me deixar? Porque você sabia de alguma maneira que o destino ia dar um jeito? – dei um sorriso sarcástico. 

Ainda caminhava, ele me acompanhava, seu braço as vezes esbarrava no meu… Mordi o lábio.

— Você sabia que eu não estava em condições de te oferecer o que você queria ou merecia. As coisas eram bem claras – comprimi os olhos. Soltei um suspiro, parece que nada havia mudado. Conseguiria eu agora me afastar dele?

— Mas e agora? Você está... em condições? — eita vadia desesperada. Calma Lizzy!

Ele não me respondeu. Jim e esse seu costume de ignorar minhas perguntas.

— Vem, Lana. Quero te mostra uma coisa – falou baixo.

Segurou minha mão e um rápido choque elétrico entorpeceu meu braço, e o pobre algodão doce se foi. Adeus algodãozinho, mas eu prefiro o Jimmyzinho.

Levou-me pro estacionamento, bom, não era bem um estacionamento, mas sim onde as pessoas decidiram onde iam estacionar seus carros.

Então ele parou. O encarei.

— O que você queria me mostrar, Jim? – arqueei as sobrancelhas, meu coração batia um pouco rápido.

— Na verdade te mostrar de novo.

Ele não me beijou, ele devorou minha boca. Pensei em refreá-lo, mas seria impossível. Me entreguei ao beijo, Jim estava realmente louco, me agarrando assim, aqui... Poderia ter pessoas dentro dos carros. O que era improvável.

Chega de ser racional, só se entregue. Não pense, somente faça.

Me pressionou contra uma picape que por milagre não tinha alarme. E assim continuamos aquele louco beijo, estávamos um sedento pelo outro, isso era visível e agora ele estava mais ousado, colocava sua mão por baixo de meu vestido e acariciava minha coxa, brincava com a barra da calcinha. Maldito seja Jim por fazer isso comigo! Mal havia o reencontrado e já estávamos os dois aqui, ardendo de desejo. Ele me deixa louca, não nego.

Escutamos alguns risos vindo ao longo da grande fila de carros e paramos instantaneamente.

— Você não deveria ter feito isso, eu acho — falei tentando recompor meu orgulho.

— Por que não? Você parecia estar gostando, muito. — ele riu de canto de boca.

— Já pensou na hipótese de eu, por exemplo, estar comprometida? Namorando? Noiva? – tentei soar rude. Fracassei, pois minha voz embargada me entregava.

— E você está? – ele comprimiu os lábios – Bom, Noiva? – ele pareceu um tanto… assustado?

— Não... — minha voz saiu num fio. Tentar recompor meu orgulho foi em vão. Dane-se!

Um silêncio se seguiu. Nos encarávamos.

As pessoas entraram num carro e logo saíram dali. Ainda estávamos parados em silêncio escutando a respiração um tanto descompassada do outro. Ele me devorava com o olhar.

— Jim... — proferi por fim. Ia eu mesmo fazer isso? Sim, ia!

— Lana? — ele acariciou meu rosto.

— Onde está seu carro? – sorri baixinho. Toquei sua nuca com meus dedos.

Ele me deu um sorriso, havia entendido.

Me levou rapidamente pra onde seu carro estava e disse:

— Acho que tive sorte.

— Do que? — me assustei.

— Estacionei o carro bem longe — me encarou e riu. Eu ri junto.

Por fim avistei o Chevy Nova dele. Super combinava com este homem. Esse carro fora feito pra ele.

— Você quer aqui? Agora? – perguntei-o.

Ele somente sorriu. Minha noite se iluminou ali.

Deu passagem para que eu entrasse no carro, sentei no banco traseiro e quando ele fechou a porta agarrei em seu pescoço mais que depressa e o beijei, beijei, mas beijei com vontade, como se fosse pra arrancar a língua dele fora. Ele entendia o que eu queria, o que necessitava, necessitava dele, dele em mim.

Mais que depressa Jim se colocou em cima de mim, o carro não era muito espaçoso, mas não precisávamos de tanto espaço para o que íamos fazer.

Quem diria que eu sairia de casa e acabaria encontrando Jim, e ao fim transar com ele no carro. Meu sonho americano. Onde estão as bandeiras? Ice-as! Vamos cantar o hino nacional enquanto eu gozo.

Ele me tocava em tudo e a cada toque era um gemido meu, eu estava tão ansiosa. Mas ainda estávamos vestidos. Aposto que Jim deveria estar agradecido por eu estar de vestido.

Então ele parou abruptamente.

— Lana, não vai dá.

Arregalei meus olhos.

— O quê?

— É, não vai dar. Você vai ter que ficar por cima.

Sorri maliciosa e subi em seu colo, fazendo nossas pélvis se encontrarem. Eu já podia sentir a saliência em sua calça e eu estava já pronta pra recebê-lo. Ali mesmo naquele carro. Aqui mesmo. Sim...

Tirei sua camisa apressadamente e passei a mão por toda a extensão de seu tronco, era inebriante a sensação de tocá-lo novamente, mas ele não ficou pra trás, abriu o zíper lateral do meu vestido e abaixou as alças finas revelando meus seios, o homem ficou feliz em ver que eu não estava de sutiã, pois vi um sorriso dócil em seus lábios.

Jim não se conteve, teve que experimentá-los, tocá-los, ele queria se saciar, eu era sua fonte sem fim essa noite.

O abracei e o beijei novamente. A sensação de nossos peitos em contato foi extraordinária, nem eu mesma fazia conta da falta que ele me fazia. Estive mentindo pra mim mesma esse tempo todo, é impossível! Ele com certeza deveria ter sentido minha falta. Eu poderia estar enganada.

— Jim, eu te quero tanto — sussurrei em seu ouvido. Ele acariciava minhas costas.

— Eu também te quero muito, Lana. Muito. Demais. Agora.

Essas palavras me excitaram além do imaginável. Que merda! Eu abriria as pernas pra esse homem aonde quer que ele desejasse. Eu estaria sempre pronta pra Jim.

Como num impulso me contorci no carro e tirei minha calcinha, logo após tirei o cinto da calça de Jim e abri seu zíper, ele se ocupou de abaixar a calça até o meio das coxas, enquanto eu ainda continuava com o vestido em minha cintura.

Enfim, ele tirou a única peça que nos separava, que nos separava do prazer.

Abruptamente puxou-me ao seu encontro, para o seu colo.

Finalmente o ato foi consumado, o que eu mais queria, o que meu corpo mais pedia e nesse momento eu não ligava pra mais nada, foda-se se alguém passasse ao lado do carro, porque mesmo eu tentando não gemer alto era impossível, eu estava em momento de intimidade com Jim, entendam isso.

Ele gemia, eu gemia. Queria falar alguma coisa, mas não conseguia. Movia-me junto dele e nossos suores se misturavam, ele foi esperto em abrir uma fresta da janela, se não morreríamos aqui dentro. Pelo menos, morreríamos docemente.

Senti meu ápice chegar e logo após o dele. Estávamos deleitados, serenos e calmos. Escorreguei pro lado e apoiei minha cabeça em seu ombro, suspirei. Ele também, nada disse.

Eu estou eletrificada, vou ficar acordada a noite toda, essa noite e as mil próximas que vierem.

Não conseguia pensar em outra coisa que não fosse a gente, nós dois. Pois é, e nós dois? Como ficamos? Não perguntaria nada, claro. Meu corpo estava relaxado, mas a minha mente a mil.

Jim, meu lindinho. Sorri.

Nós mal havíamos conversado, eu mal sabia as coisas sobre ele. Ele deveria saber milhões de coisas sobre mim, mas eu não ligava, porque estou apaixonada. Não, apaixonada é pouco comparado ao que eu sinto por esse homem, eu sinto que um milhão de fogos de artifícios estão em ação dentro de mim nesse momento único e singelo. Oh Deus, será que é errado? Se for errado, eu não quero estar certa. Eu nem sei sobre o que estou pensando, mas sei que orarei por esse homem. Essa alma vívida por quem eu me apaixonei perdidamente.

Senhor destino, obrigado, obrigado por nos guiar...

Levantei meu olhar e vi que ele estava de olhos fechados, eu não entendia como ele conseguia ficar tão lindo. Como você consegue ficar tão lindo, meu homem? 


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Notas finais do capítulo

Obrigada a quem lê.
xx



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