Camp Half Blood - INTERATIVA escrita por Daughter of Athena


Capítulo 4
New Fightes


Notas iniciais do capítulo

Galera, desculpem por não ter respondido alguns cometários ainda, já vou resolver isso, ok? Boa leitura!
LEIAM AS NOTAS FINAIS



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O dia não seria um dos melhores e logo pela manhã eu já sabia disso.

Meu nome é Peter. Peter Price. Há mais ou menos um mês um cara chegou e disse ao meu pai que "Estava na hora" e que eu "Já estava pronto". Depois disso minha vida mudou completamente: Eu descobri que na verdade sou um semideus e que isso significa que sou metade mortal e metade... Bom, você deve ter entendido.

Esse cara, que eu descobri mais tarde ser metade bode e metade adolescente, o que é chamado de Sátiro por aqui, me trouxe até esse acampamento de verão para crianças que podem causar problemas um pouco maiores do que só praticar bullying no intervalo da escola. O Acampamento Meio Sangue.

Aqui pessoas como eu são ensinadas a controlar suas habilidades e treinadas para sobreviver em um mundo cheio de monstros e outros seres que pra todos eram só mitológicos, mas, para nós, uma ameaça das grandes. Somos divididos em chalés de acordo com os nossos pais olimpianos, mas isso ainda é meio confuso desde que outros muitos chalés além dos doze originais foram adicionados ao complexo.

Com mais semideuses chegando, filhos de deuses menores ou até mesmo romanos, algumas coisas que já eram complicadas simplesmente deixaram de acontecer, algo semelhante a uma sobrecarga em um sistema muito, muito, complexo.

Acontece que, quando um de nós é encontrado, sátiros são mandados e ás vezes, até mesmo outros Semideuses saem em missão para buscá-lo e trazê-lo em segurança para o Acampamento. Se ele ou ela souber quem é seu pai ou mãe olimpiano, é mandado diretamente para seu chalé de origem. Mas isso raramente acontece.

Na maior parte do tempo, são os deuses quem mandam sinais indicando quem são seus filhos, mas digamos que isso não acontece em um período de tempo satisfatório. Então o que fazer com dezenas de semideuses que chegam diariamente e não tem lugar para ficar?

Mandá-los para o chalé de Hermes, o deus dos viajantes, mensageiros e ladrões. Toda essa história só para chegar no real problema: Eu sempre soube quem era minha mãe, o que era raro de acontecer, mas como ela não mandou nenhum bilhete nem nada para avisar aos supervisores do Acampamento, fui mandado para o chalé de Hermes.

Acredite, se você já teve que dividir o quarto com alguém, imagine ter que dividir um chalé com mais de vinte adolescentes de doze á dezoito anos, sendo metade deles filhos do deus dos caloteiros e uma outra porcentagem de pessoas que seguem um dia após o outro esperando a aprovação de seus pais!

Os primeiros dias são um saco. Depois piora.

Eu estava sentado no espaço no chão que eu orgulhosamente consegui lendo uma espécie de grimório que consegui com uma de minhas irmãs, filhas de Hécate. Sempre fui interessado em magia, não só por saber a verdade sobre minha mãe, mas por achar fascinante como as coisas podem ser tão mais fáceis com a magia e a névoa.

–Podemos ver isso? -Um par de filhos de Hermes sentou-se ao meu lado. O mais alto, que eu julgava ser Kevin, fechou o livro em minhas mãos com brutalidade para ver a capa. Puxei-o de seu alcance e me levantei.

–Qual é, irmaõzinho. -O outro, um pouco mais alto disse. -Só uma olhadinha. Aposto que isso valeria uma grana na lojinha do acampamento. Sabe, o pessoal daqui é um pouco fissurado nisso de magia.

Eu apenas abaixei os olhos e fitei meus sapatos, respirando fundo.

–Simon! -Kevin falsamente repreendeu o irmão. -Não se preocupe, Petie, só queremos olhar.

Kevin se esticou mais uma vez para pegar o livro de minhas mãos. Recuei de bati as costas no peitoral de Simon, que estava atrás de mim, cercando-me. O mesmo tomou o caderno grosso de minhas mãos antes que eu pudesse me esquivar e o ergueu acima de sua cabeça, para que eu não alcançasse.

–Me devolve isso, cara.

–Nah, acho que vamos ficar com ele, não é Simon?

–Quem sabe não tem algum filho de Hécate por aí brincando de controlar a névoa? -O mais alto respondeu, rindo, enquanto folheava o grimório.

–É, talvez precisem do livro de receitas de volta...

Eu podia sentir o sangue subindo para as minhas bochechas, de tão quentes que estavam. A raiva estava pulsando em meus olvidos e eu estava me contendo ao máximo para não me jogar contra os dois e brigar pelo meu livro.

–Me. Devolve. -Falei pausadamente por entre os dentes.

–Vem. Buscar. -Eles disseram completando a frase um do outro.

Os irmãos saíram correndo do chalé esquivando-se de outros campistas. Eu estava em seu encalço, pensando em como recuperaria o livro se conseguisse apanhá-los. Kevin e Simon eram realmente muito rápidos, talvez a habilidade seja herança de seu pai. E essa não era a única semelhança entre os filhos de Hermes, todos se pareciam muito fisicamente. Claro, uns mais, outros menos, mas todos semelhantes: Corpos leves e esguios, rostos angulares e orelhas quase que pontudas, como as de um elfo.

Eles pararam de correr quando chegaram no pequeno riacho que passava por trás da casa grande, que funcionava como a direção do Acampamento. Simon segurou o livro com as duas mãos, olhando-o com curiosidade:

–Será mesmo que isso vale alguma coisa, Kevin?

O mais baixo deu de ombros e pegou o artefato do irmão. Girou-o entre seus dedos magros sem muito cuidado, algumas folhas começavam a se desprender do caderno e caiam ao chão. Fico observando os dois brincarem com o livro com atenção, pronto para correr até ele se resolvessem fugir outra vez. Em certo momento Kevin parou o que estava fazendo e esticou o braço em minha direção, com o livro em sua mão.

–É, acho que não. –Riu maldoso. –Você quer ele de volta?

–Eu acho que ele quer, maninho. Você quer, não é Price?

–Olha, por favor, ele não é meu. –Comecei me aproximando devagar e com cautela. –E eu preciso muito dele se quero começar a freqüentar as aulas de poção. Só os filhos de deuses da magia podem se inscrever e como... Como ainda não...

–Como sua, suposta, mamãe ainda não decidiu se te quer ou não... –Simon começou e seu irmão continuou. -...Tem que começar a fingir que consegue brincar com a névoa, certo?

–Já chega! –Gritei.

Um zumbido alto soou em meus olvidos e minha cabeça girava. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas alguns campistas que estavam passando pelo local quando aconteceu dizem que meus olhos começaram a brilhar em um tom forte e escuro de violeta. A brisa que antes bagunçava as folhas das árvores de leve desapareceu e deu lugar a uma ventania forte.

Boatos contam que comecei a me erguer do chão e em pouco tempo meus pés estavam a um pouco mais de um metro de altura. Simon e Kevin ficaram paralisados em seus lugares, sem saber o que fazer. Dizem que eles tentavam pedir desculpas e abriam e fechavam a boca repetidamente na tentativa de me acalmar.

–Devolvam o livro. –Minha voz soava três tons mais grave e pareciam ser três Peters ali. –E nunca mais subestimem um filho de Hécate!

Meus cabelos lisos e escuros estavam esvoaçados quando finalmente voltei a mim. Cai, sem forças, e com o canto do olho pude ver Kevin soltar o grimório e se ajoelhar, em sinal de reverência. Logo seu irmão fez o mesmo e todos aqueles que estavam ali observando a cena também.

–O que... –Comecei e então percebi algo reluzir sobre minha cabeça: Um pare de tochas emparelhadas. –Mãe...

A luz parou de brilhar e eu olhei envolta.

–Por que... Por que se abaixaram?

–Raramente um deus fala através de seus filhos. –Quíron, o centauro que supervisionava o Acampamento disse saindo na varanda da casa grande em sua cadeira de rodas mágica. –Você é muito talentoso, criança.


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Notas finais do capítulo

Esse foi bem fraquinho, eu sei, mas estou sem criatividade hoje e escrevi só pra não deixar vcs sem...
Uma duvida: Vcs estão curtindo a estética da história? Digo, o modo como estou postando? Pq em uma outra fic já tive problemas com relação aos pontos de vista (pov): Quero saber se desse jeito ta dando pra acompanhar beleza, me digam nos comentários!
Obrigada por terem continuado comigo galera, msm dps de todo esse tempo, vcs são os melhores!

p.s: Estou pensando em fazer um grupo no wpp pra manter contato e trocar ideias com vcs, o que acham?