12 Formas De Ser A Isca escrita por Menina Estrela


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Vacilo Número Um


Notas iniciais do capítulo

Tem quase um ano que eu não posto, MEU DEUS! kkkkk Me perdoem, eu ia desistir da fanfic, mas resolvi continuar. Espero que gostem do capítulo, eu ainda revisarei ele ♥ Boa leitura!



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A primeira semana de Rose estava sendo ótima. Não chegava a estar perfeita, infelizmente, por motivos de Malfoy. O garoto continuara em cinco de suas sete matérias e isso a estava enlouquecendo. Durante as férias tinha alimentado esperanças de que os N.O.Ms de Malfoy não tivessem sido suficientes para matérias mais complexas como Poções e Aritmância que ela mesma decidira continuar, mas como o próprio Albus gostava de dizer: Scorpius era um crânio, um gênio, um livro ambulante, ao contrário do que seu pai Rony garantira que o pai dele não fora.

Durante a aula de Poções a garota havia rendido 30 pontos para a Grifinória por produzir com perfeição uma Amortentia. Malfoy ganhara 35 por sua exibição ridícula de conquista barata para cima de Olivia, descrevendo o perfume da garota como um dos aromas que sentia vindo da poção. Em Defesa Contra as Artes das Trevas porém, ela era sem sombra de dúvidas a melhor da classe. Rose não se exibia, mas amava receber pontos; a garota sentia uma necessidade de ser boa em tudo assim como sua mãe um dia fora que James considerava ridícula.

Por falar em James, fora ele e não Malfoy quem estragara a semana da garota que foi de ótima a irritante. Durante seu último horário da sexta-feira, em meio a uma entediante palestra sobre Bocas-de-guincho, ele a retirara da estufa com uma desculpa esfarrapada sobre emergência familiar.

— Sou tão esquecido, gatinha. - ele disse se apoiando em dos lados da estufa - Mas como você é mais, claro que fui o primeiro a me lembrar das coisas importantes.

— Gatinha é um apelido nojento, não use por favor, guarde-o para suas paqueras. E não sou esquecida, você é, e se for sobre as "informações" - respondeu fazendo aspas com os dedos - saiba que não aconteceu nada de incomum no sexto ano.

— Fala baixo! Fala baixo! Quer levar um Avada? - James levou a mão ao coração e Rose estremeceu. As maldições imperdoáveis não deviam sequer ser mencionadas. Percebendo seu erro o garoto mudou rápido sua atenção para algo que trazia escondido dentro das vestes. O dispositivo trouxa.

— Não tem nada acontecendo, James. - sussurrou - Se houver necessidade prometo usar essa coisa.

— Mas há necessidade, Rose. Apenas use. - sem pedir permissão ele colocou na orelha da prima e jogou o cabelo dela por cima de modo a escondê-lo - Você vai sempre me ouvir e eu vou sempre ouvir você...

— Está brincando? Já ouviu falar em uma coisa chamada privacidade? Sou uma garota, tenho necessidades pessoais e assuntos que definitivamente não são da sua conta.

— Ei! Sou seu primo, mais respeito com o professor aqui. – Rose rolou os olhos, mas James a ignorou -  Porque na matéria da vida você é a aluna, não eu.

— James, você só tem dezessete anos e isso não altera nada.

Ele fez uma cara pensativa.

— Você tem segredos, é? - provocou se aproximando - Porque eu amo segredos sabe, me alimento deles...

— É por isso que tem o nariz tão grande, sai se metendo na vida de todo mundo...

— Vai demorar muito mais, senhorita Weasley? Pelo menos feche a porta. - a professora Sprout resmungou de dentro da estufa.

— Desculpe, professora. – Rose tinha a bochecha corada quando fechou a porta. – Termina logo. – disse ao primo.

— Tudo bem, aqui vai um resumo básico pra você...

James se aproximou mais, falando bem baixinho próximo a garota.

— Só vai funcionar quando você ativá-lo. Tem um pequeno botão que quando pressionado vai fazer com que eu te ouça e com que tudo o que diga seja ouvido por mim. O mesmo acontecerá se eu pressionar o meu. Use apenas quando achar algo duvidoso e lembre-se de nunca, nunca tirar esse cabelo da cara porque não quero nem imaginar se Filch descobrir que estamos contrabandeando itens trouxas.

A garota assentiu. Voltou em seguida para a estufa onde se agarrou a cada palavra que a professora dizia tentando recuperar o tempo que fora perdido com James, lá fora. Quando o dia terminou estava cansada e não via a hora de deixar o salão principal para ir até a sala comunal da Grifinória adiantar alguns deveres, e então finalmente poderia dormir.

O que claro, não aconteceu.

Enquanto subia as escadas sozinha para a sala comunal ouviu o grito de uma garota seguido por outro mais agudo. Sem pensar duas vezes, Rose correu em direção ao som com a varinha apontada prontamente para frente, em sua mão. Dois lances de escada acima, no corredor à direita quatro pessoas apontavam suas varinhas para o vazio enquanto uma garota, estática, tentava entender o que aconteceu.

— Ei, está tudo bem? – Rose correu para ela e parou em sua frente tentando despertá-la do torpor. Pelas vestes era uma Corvina.

— E-eu... Eu não... – ela mal conseguia falar.

— Olha pra mim – ela disse segurando-a pelo rosto de forma que ficassem se encarando – e junto comigo você inspira... – com certa dificuldade a Corvina inspirou – e agora expira, isso, de novo.

Rose repetiu pelo menos mais duas vezes até a garota se acalmar o suficiente para perder a cabeça de novo e começar a chorar.

— O que aconteceu? – perguntou alto para os quatro que ainda seguravam suas varinhas.

Scorpius estava entre eles rondando o lugar enquanto os outros dois garotos – também sonserinos – e uma lufana olhavam a sua volta à procura de algo.

— Lummie sumiu. – a resposta veio não deles, mas da garota que soluçava no chão – Eu não sei o que aconteceu, num instante ela estava... – engoliu em seco antes de conseguir continuar – aqui e no outro ficou estranha, não sei!

Scorpius foi para perto da garota e passou a mão protetoramente sobre seus ombros. Rose se segurou para não revirar os olhos.

— Ei, qual o seu nome? – ele perguntou para ela que respondeu tremendo.

— Audrey.

— Audrey, certo. – ele confirmou – Nós estamos aqui agora então você está segura, mas talvez sua amiga não esteja então...

— Você não vai ajudar assim. – Rose o cortou.

Malfoy a ignorou completamente.

— ...precisamos mesmo que você nos diga exatamente o que viu pra podermos ajudá-la o mais rápido possível. Você me entende?

A garota assentiu ainda soluçando um pouco e Scorpius a fez sentar no chão.

— Lummie parecia assustada, foi muito de repente os olhos dela mudaram de foco, parecia que estava vendo algo que eu não conseguia ver e quando eu olhei pra trás ela gritou e então não estava mais lá. Não sei! Fiquei com medo de que seja lá o que a pegou também me pegasse, mas eu não vi, eu não...

— Tudo bem, está tudo bem. – ele garantiu – Os professores já devem estar chegando.

Rose olhou não ao redor, mas para o alto. Devia haver algo que indicasse uma pista ou algo parecido. Quais a chances de um sequestro (se é que era um sequestro) não deixar rastros?

McGonagall apareceu de repente seguida pelo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Filch – o zelador – que trazia consigo sua gata, e Neville que lecionava Herbologia e corria prontamente em direção à garota no chão. Scorpius, claro, fez questão de colocá-los a par do que havia acontecido e enquanto discutiam e ouviam mais uma vez Audrey, Rose olhou atentamente para cada centímetro dali.

— Não há nada, já revistamos.  – A lufana disse, agora ao lado de Rose.

— Nada que Malfoy tenha visto.

No chão não havia nada, no alto aparentemente também não. Rose focou em cada detalhe o mais rapidamente que podia até decepcionar-se por fim e desistir. Neville, o diretor o de sua casa e também amigo da família, certificou-se de levar cada aluno para sua respectiva comunal.

Rose foi deixada primeiro, ao som dos resmungos de Malfoy e seus amigos e recebeu um breve “tchau” da lufana cujo nome Maya, informara poucos minutos antes. Passou pelo retrato da mulher gorda para ser imediatamente assediada por toda a Grifinória prontamente interessada no que havia acontecido. Levou pelo menos meia-hora até que conseguisse finalmente subir para seu dormitório.

— Demorou.

James estava deitado folgadamente em sua cama com os braços cruzados fazendo-a ter um pequeno ataque. O travesseiro de Rose voou de forma certeira na cara do primo que não se importou e levantou de imediato.

— Qual sua intenção, me matar do coração? Privacidade, lembra? – disse irritada.

— Você não ligou o dispositivo.

— O quê? – Rose não fazia ideia do que ele estava falando.

— O dispositivo, Rose, aconteceu algo e você estava presente e adivinha só! Eu não ouvi. – James fechou a cara.

Ela o olhou abobada.

— A coisa trouxa?

— Sim, Rose, a coisa trouxa que deveria me manter informado.

Tentou arrumar uma desculpa sem sucesso até resmungar um “eu esqueci” e ir rumo a própria cama.

— Então não esqueça da próxima vez. E agora me conta o que aconteceu.

De cara fechada, a Weasley contou pela milésima vez o que havia acontecido. James sentou-se pensativo tentando analisar a situação.

— Isso pelo menos deixa claro que estavam todos errados. – ele disse.

— Não estamos seguros aqui também.

James balançou a cabeça.

— Se Audrey pelo menos tivesse visto algo significativo, alguma pista... – ele resmungou – Tudo bem, vou pensar melhor no meu quarto, vê se não esquece de ligar o dispositivo da próxima vez.

E deixou-a sozinha no dormitório, finalmente.

Rose não demorou a deitar, mas não dormiu. Algo a estava deixando intrigada e não tinha relação com o que vira mais cedo, mas com o que acabara de ouvir. Ela não havia mencionado o nome de Audrey para James ou sequer que a garota pertencia à Corvinal. Como ele descobrira aquilo? Ela sabia que com certeza não era a única a quem James enfiara nessa, mas só havia pessoas do sexto ano quando aconteceu, com exceção das duas garotas envolvidas que eram quintanistas. E os rumores que rondavam a escola não especificavam nomes.

Mas quem ali entre eles poderia estar metido com o primo?

Rose mordeu o travesseiro rezando para todas as entidades conhecidas que não fosse Scorpius Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ^^



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