Heartbreaking Romance escrita por carol_teles


Capítulo 7
Jorei igual a briga.


Notas iniciais do capítulo

novo capitulo pessoal. Desculpem se demoro para postar. É por que a história ainda está toda no caderno e eu tenho que passá-a para o Pc, corrigindo erros, ajustando frases, acrescentando ou tirando coisas. E admito, sou MUITO preguiçosa. ^^
Espero que gostem desse capitulo.
bjos



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- Ele não foi gentil? – Mai pergunta, seus olhos brilhando de felicidade e em seu rosto um grande sorriso.

- Pela maneira como descreveu, sim. – diz Gene, observando a garota falando sobre seu irmão gêmeo com um belo sorriso no rosto. Ele até poderia dizer que sentia inveja de seu irmão vivo por ter alguém como Mai ao seu lado, mas nada superava a diversão que ele tinha ao torturar seu irmão e vê-lo se alterar por qualquer coisa em relação a sua jovem assistente.

- Ele disse que confiava em mim. É a primeira vez que ele disse algo desse tipo para mim. – então o rosto dela fica horrorizado – E se ele só falou da boca para fora? E só foi um jeito para me acalmar e na verdade ele está rindo de mim agora? Naru, seu idiota!!! – Mai grita para ninguém em particular.

- Ei, ei, eu tenho certeza de que ele realmente quis dizer isso. Noll não fala coisas da boca para fora.

- Como você pode saber? – Mai pergunta, desconfiada.

- Sou o irmão gêmeo dele. Passei toda a minha vida com ele, inclusive dentro da barriga da minha mãe. Se alguém conhece ele, esse alguém sou eu. – Gene declara, com um sorriso orgulhoso.

- Owo, você pareceu muito com o Naru agora há pouco. – Mai sorri – São mesmo irmãos.

- Obrigado. Mas deixando isso de lado, eu estou com ciúmes. – Gene diz, olhando para baixo com uma aura depressiva ao seu redor.

- Por que? – Mai pergunta, confusa.

- Noll parece gostar mais de você do que de mim.

- N-não é isso! – ela cora – E-ele só sentiu pena!

- Tanta pena que se aproveitou de uma garota dormindo. – pensa Gene, ainda admirado com a ação do irmão. Nunca em toda sua vida e morte havia pensado que Noll faria algo como aquilo.

- Gene? Naru disse que seria melhor para mim se eu não soubesse de algumas coisas. O que isso significa?

- Interessante ele dizer isso. – Gene sorri – Mas se ele não disse mais nada, talvez ele não queira falar sobre esse assunto.

- Você sabe sobre o que é? – ela pergunta, curiosa.

- Sim, apesar de não querer.

- Hmm. Eu acho que ele fica triste quando pensa sobre isso.

- Mai, não fale sobre isso com ele nem com ninguém. Noll não gosta nem um pouco quando as pessoas veem seu lado fraco.

- Sim. – Mai percebe ter tocado num assunto sensível e apressa em mudá-lo – Por que ainda está com essa roupa? – ela olha para a roupa de príncipe que viu no seu encontro anterior.

- Eu gosto dela.

- Mas por que eu estou de vestido? – pergunta, irritada.

- Porque você fica adorável em vestidos. – ele sorri e Mai cora pelo elogio, imaginando que o dia em que Naru a elogiasse o inferno congelaria e choveria sorvete. O que? Ela gosta de sorvete.

- Quando eu era vivo, nossos pais adotivos faziam uma festa em nosso aniversário.

- Festa? Que sorte. – Mai sorri, triste pelas lembranças de seus aniversários. A maioria ela passou sozinha.

- Você acha? – ele ri – Noll odiava isso.

- Posso imaginar. – Mai sorri.

- Luella, nossa mãe adotiva sempre fazia uma valsa. Noll sempre fugia e eu tinha que fingir ser ele. Eu passava a noite toda dançando e no final da festa ele aparecia.

- Parece cansativo.

- Mas eu me vinguei. – ele sorri maliciosamente e Mai sente um calafrio percorrer sua espinha – Em nosso último aniversário juntos, eu sumi e ele dançou. Não podia recusar por causa de nossa mãe. Ela sabe fazer um barraco. – Gene e Mai riem.

Apesar dos risos, Mai sabia que Gene estava triste em seu interior. Perder a vida repentinamente e de uma forma tão injusta... Ele não merecia. Se ela pudesse fazer qualquer coisa para dar vida a Gene novamente, ela faria. Partia-lhe o coração ver os dois irmãos tristes e Mai sabia que Noll ficaria mais do que feliz em ter o irmão de volta. Lógico, ela ficaria felicíssima se Gene estivesse vivo.

- Vamos dançar! – diz ele de repente, tirando Mai de seus pensamentos.

- Eh? N-não sei dançar. – diz ela, enquanto o homem pega sua mãe e coloca uma das suas na cintura dela.

- Coloque sua mão aqui. – diz Gene, ajeitando a mão de Mai em seu peito – Agora dance.

Gene começa a cantarolar o som da valsa ao mesmo tempo em que conduzia a nervosa garota.

- Relaxe. Siga o ritmo. – ele sorri.

- Fácil falar. – Mai resmunga, olhando para seus pés que se moviam desajeitadamente.

- 1, 2, 3, 4. Deixe-me te conduzir. 1, 2, 3, 4.

Eles começam a rodopiar pelo mundo de sonhos, ou mais precisamente o portal entre os vivos e mortos, e logo estavam sincronizados. Mas o relógio sempre toca meia-noite.

- Está na hora de acordar. – diz Gene, soltando a mão da garota.

- Vamos dançar de novo – ela sorri, feliz.

- Claro. Dê um recado ao Noll por mim.

~.~/~.~/~.~/~.~/~.~/~.~/~.~/

Mai acorda sentindo os raios de sol em seu rosto, assim como uma brisa fria que anunciava o quase fim do outono. Ela olha ao redor percebendo as camas vazias ao seu lado e resolve levantar. Quem sabe o que Naru diria se ela ficasse dormindo mais? Com certeza falaria algo sobre ela ser estúpida por dormir demais e não estudar. Mai não fazia questão de se defender, pois sabia que Naru não acreditaria que ela era a primeira da escola e que na verdade ela havia feito uma teste avançado que a permitiria pular de ano e ir direto para a faculdade. Ninguém sabia na verdade, além de suas amigas Keiko e Michiru.

Espreguiçando-se, Mai se levanta e pega uma muda de roupas, indo ao banheiro e se trocando. Antes de vestir a blusa nota alguns arranhões em seu corpo e treme ao lembrar das mãos de Hiroshi em seu corpo. Ela ainda podia lembrar exatamente o sentimento que lhe tomou ao sentir a lâmina fria da faca penetrando seu peito, tentando alcançar o coração.

Mai agita a cabeça e depois joga água em seu rosto, lavando-o e depois escovando os dentes. Ela guarda seu pijama e pega o casaco em cima da cama, abraçando-o contra seu peito. Ela se permite ficar ali mais alguns segundos, sentindo o cheiro de Naru emanando do casaco, fornecendo-lhe uma sensação de conforto e segurança. Então se lembra das câmeras e cora, levantando-se rapidamente e correndo para fora do quarto, indo em direção à base.

- Bom dia. – ela sorri para os amigos.

- Bom dia. – respondem todos, menos Naru e Lin, que simplesmente lança um olhar para a garota e sorri rapidamente, voltando a se concentrar nas telas e em seu computador. Mai ainda se perguntava o que Lin tanto digitava ali. Qual é? É impossível passar o dia todo digitando e os assuntos nunca acabarem. Mas parece que Lin ia contra essa regra.

- Dormiu bem, bela adormecida? – Bou sorri, beijando a testa da garota numa forma paternal.

- Sim. – ela sorri, indo depois até Naru e parando em sua frente – Seu casaco, Naru. Obrigada.

O garoto pega o casaco sem nem mesmo levantar o olhar de seus papéis e Mai fica ali parada, esperando. Normalmente seria esse o momento em que o chefe pediria seu chá.

- Ei, por que está com o casaco dele? – pergunta Ayako.

- Ahá! Vocês dormiram juntos de novo! – Yasuhara sorri maliciosamente.

- Não! – ela nega com o rosto vermelho, então lembra de algo – Falando em dormir...

- Teve outro sonho? – Ayako pergunta.

- Naru? – Mai ignora a pergunta da mulher, fazendo o chefe olhá-la – Desculpe por isso. – então ela soca seu braço e quando ele a olha espantado, mas sem demonstrar, ela dá um peteleco bem no meio da testa dele.

- O que está fazendo? - ele pergunta, com a mão na testa. Fazia tempo que não levava um daqueles. Desde que Gene morreu.

- “Comporte-se irmãozinho”. – Mai diz, séria, e então sorri – Foi o que Gene mandou te dizer.

Naru olha para Mai, absorvendo a mensagem e então percebe o olhar de Lin sobre os dois. Vendo a curiosidade nos olhos do guardião, Naru relaxou, sabendo que ninguém além dele havia entendido o significado por detrás do recado.

- Diga a ele que é errado espiar os outros.

- Senhor, sim, senhor! – Mai bate continência, sorrindo – Mas você poderia parar de pensar nisso? Não gosto muito de violência.

- Mai! – o chefe a olha com repreensão – O que eu disse sobre isso?

- Você não gosta. – Mai responde – Mas eu não consigo evitar. Os pensamentos vêm voando para mim por vontade própria.

- Lin, ensine-a a controlar o ESP. Ela é telepata.

- Hai. – Lin diz, depois de olhar surpreso para Mai.

- Mai-san, você é usuária de ESP? – Jonh pergunta, sorrindo.

- Sim. – ela responde sem graça.

- Parece que seus poderes não acabam, hã? – Hoshou brinca, sorrindo.

- Parem de brincar e vão trabalhar. – todos saem do quarto, menos Mai, o chefe e o outro assistente.

Lin e Mai começam a treinar o bloqueio da mente enquanto Naru lia alguns papéis. Após algumas horas, todos vão almoçar e logo após volta ao trabalho e Mai às lições. O problema era a concentração que no momento parecia fugir, dando local ao pesadelo.

- Taniyama-san, concentre-se. Você tem que se focar.

- Lin-san... – Mai já estava começando a sentir pena do homem. Enquanto isso, Naru observava os dois, ciente do problema de Mai.

- Mai, chá.

- Sim! – a garota se levanta rapidamente e para ao ver a porta abrindo.

- Mai-chan! – Jun sorri, entrando na base sob o olhar de todos – Posso falar com você?

- E-eu estou t-trabalhando agora. – ela diz, evitando olhar para ele. Naru percebe o desconforto de Mai e observa enquanto ela andava lentamente para perto de si.

- Vai ser rapidinho. – Jun sorri, esticando a mão para segurar a da garota, que se esquiva com um tapa na mão do garoto – Mai...chan?

Mai tremia. Ela não conseguia impedir as imagens que invadiam seu cérebro de forma cruel, fazendo-a relembrar detalhadamente do que ela mais queria esquecer. Sem conseguir aguentar o olhar de Jun e dos outros sob si, ela corre para fora do quarto.

- Mai-chan! – Jun chama, mas é impedido por Naru de ir atrás dela – Me solta!

- Deixe-a sozinha. – Naru diz, seu olhar mostrando que não estava para brincadeira e segurando firme no braço do outro.

- Por que?

- Não vejo porque eu deveria explicar a você meus motivos.

- Está com medo de perdê-la para mim? – Jun pergunta com um sorriso orgulhoso e irritado ao mesmo tempo.

- Tenho confiança de que não perco para você em qualquer aspecto – Naru diz, seus olhos com um brilho selvagem igual a um macho defendendo sua fêmea – Mas não é por esse motivo fútil.

Hoshou, Ayako, Jonh e os outros observam a luta de olhares entre os dois adolescentes até o momento em que Naru liberta Jun, que sai do local com os punhos fechados, batendo a porta com força.

- Por que o impediu, Naru? – Masako pergunta. Ela havia chegado após o almoço. Não tinha nenhum ferimento grave, apenas alguns arranhões, então o médico a deu alta um dia depois do acidente.

Naru ignora o olhar de todos e a pergunta de Masako, voltando a sentar me sua cadeira e ler seus papéis.

- Que tal uma aposta? – pergunta Bou.

- Que tipo de aposta? – Ayako olha para o homem.

- Eu aposto 100 yen que o Naru-bou e a ojou-chan então namorando.

- Aposto 200 yen que não estão. – Masako diz imediatamente.

- 50 yen que não estão. – Ayako diz.

- 100 yen como estão. – Yasuhara sorri.

- E você, Jonh? – Ayako olha para o padre.

- Não é muito legal apostar assim.

- É só uma aposta amigável. – Hoshou sorri.

- Tem medo de perder? – Ayako o olha, sorrindo maliciosamente.

- Não é isso... – ele diz sem graça.

- Então é 50 yen de que eles estão namorando. – resolve o monge por ele.

- Okay, Takigawa-san. Temos 500 yen na aposta e ela vale até o natal.

- Okay. Se não conseguirmos uma prova do relacionamento deles até o natal, vocês ganham, garotas. – Hoshou sorri.

- Ótimo, dinheiro no natal. – Ayako sorri, já imaginando o que compraria com o dinheiro.

- Vocês parecem estar se divertindo muito, não? – Naru levanta o olhar, fazendo os cinco pularem de suas cadeiras e irem arranjar algum trabalho. – Hara-san, lembra-se do que aconteceu no porão?

- Eu estava lá olhando ao redor, pois havia sentindo uma presença e de repente as coisas começaram a voar e a temperatura baixou consideravelmente. Não pude ver nenhum espirito, mas senti uma presença bastante poderosa. Então tudo parou e eu resolvi subir, mas algo me empurrou e eu cai.

- Ahhh!!! – todos se levantam ao escutar o grito agudo já familiar para todos.

- Naru, cozinha! – Lin diz e imediatamente todos correm. Ao chegar lá, veem Mai na mesa da cozinha com Jun em cima de si, tentando sufocá-la.

- Ele está possuído. – Masako avisa com sua mão coberta pelo kimono cobrindo sua boca.

- Lin.

- Hai. – o chinês anda rapidamente até Jun e bate em suas costas, segurando-o.

- É o homem, Hara-san?

- Não, é uma das mulheres. Ela está sendo controlada.

De repente Jun se solta e corre até Ayako, derrubando-a no chão e tentando enforcá-la. Desta vez Hoshou bate em sua cabeça, deixando-o inconsciente.

- Amarrem-no e levem para a base. – Naru diz.

Lin, Jonh, Hoshou e Yasuhara pegam o garoto e o levam para a base, enquanto Masako ajuda Ayako a subir as escadas, indo para seu quarto. Naru olha para Mai e vê que ela ainda está deitada na mesa, com as mãos cobrindo o rosto. Ele se aproxima e fica ao lado dela.

- Está ferida? – ela se senta rapidamente, abraçando Naru com força – Está tudo bem agora, Mai. – Naru abraça a garota.

- De novo... Naru, aconteceu de novo... – ela diz entre soluços.

- O que quer dizer?

- No meu sonho... eu era estuprada aqui. Então ele...cortava minha cabeça.

O garoto sente a raiva preencher cada parte de seu corpo e tem de se controlar para que seus podres não despertem.

- Não pense mais nisso. – Naru a abraça mais forte, dizendo as palavras para o bem dele e para o seu. Não suportava pensar em outro homem tocando o corpo de Mai, principalmente daquela maneira repulsiva.

- Ei, Naru-bou, o que fazemos com o garoto? – Hoshou entra na cozinha e para ao ver o estado de Mai – Mai, você está bem? Ele lhe machucou?

- Estou bem. Não se preocupe. – ela tenta sorri, enxugando as lágrimas.

- Vamos para a base. – diz Naru, pegando Mai pela cintura, levantando-a e colocando-a no chão.

- O-obrigada. – Mai olha para ele e faz menção de ir na frente, mas Naru segura sua mão com força e passa a sua frente, guiando-a. Hoshou segue-os, sorrindo.

- Naru, sua mão...

- Que bom, não é, Mai? – Bou sussurra, sorrindo.

- Bou-san! – Mai olha para baixo, envergonhada.

Após alguns segundos, chegam a base e após um aperto na mão e Mai, Naru a solta, entrando.

- Ele acordou?

- Não. – Yasuhara responde.

- O que vamos fazer, Shibuya-san? – Jonh pergunta.

- Ele não é um espirito mal. – Masako diz – O homem.

- Como não é mal? Ele fez a mulher tentar me matar! – Ayako diz, irritada.

- Ele só está desesperado e não sabe o que fazer.

- Jonh, faça um exorcismo.

- Sim. – após uma hora, Jun acorda.

- O-onde estou? Por que estou amarrado? – ele olha para os lados.

- Você foi possuído, Jun. – Mai responde.

- Mai-chan!

- Hara-san.

- Ela não está mas aqui, mas ainda existem muitas como ela. O homem controla todas.

- Hiroshi. O nome dele é Hiroshi.

- Então sabemos o nome do terceiro e mais forte. Takumi e Mei, o casal. Hiroshi, o assassino.

- São quatro. – Masako diz – Tem a criança.

- Hei, o filho da Mei-san e do Takumi-san.

- Ele procura os pais e eles procuram o filho. Mas por que não se encontram? – Naru pergunta.

- Talvez algo impeça.

- Hei-kun está escondido. – Mai explica – Ele só pode sair quando os pais o chamarem.

- Como você sabe tanto? – pergunta Ayako.

- Eu tive um sonho e...

- Mai. – Naru a olha e ela sorri, respirando profundamente.

- Fui estuprada.

- O que?! – Hoshou se levanta do sofá – Você está bem, Mai?

- Mai-san, era por isso que estava com Shibuya-san á noite? – Yasuhara pergunta.

- Sim. Jun, gomen nee? Eu evitei você porque parece com o Hiroshi-san. Eu estava assustada. Desculpe.

- Mai-chan... – Jun a abraça com força.

“Eu vou lhe proteger, Mai-chan. Eu prometo!”

- Arigatou. – ela sussurra, antes de bloquear seus pensamentos.

- Quem sofreu isso? – Ayako pergunta.

- Mei-san. Hiroshi-san amava muito ela e se sentiu traído quando ela fugiu. Então ele matou Takumi-san e Mei-san.

- Então o espirito mal é Hiroshi-san.

- Não. – Masako e Mai dizem ao mesmo tempo.

- Ele é mal! – Ayako diz – Vocês ficaram loucas? Ele tentou me matar? Ele tentou matar você, Mai!

- Mas ele não está fazendo por mal.

- Por diversão é que não é. – Hoshou diz, sério.

- Ele só quer encontrar alguém para amar e que o ame de volta.

- Isso não é desculpa para matar. – diz Naru – Ele é o culpado pela morte das mulheres e é nosso trabalho impedi-lo.

- O que quer fazer, Naru-bou?

- Vamos fazer um jorei. Ele é muito forte.

- Não! Você vai irritá-lo e machuca-lo! – diz Mai – Ele não é mal, Naru.

- Bou-san, pode fazê-lo? – Naru ignora a garota.

- Não gosto da ideia, mas sim.

- Bou-san!

- Concordo com Mai. – Masako diz, surpreendendo a todos.

- Masako...

- Não entenda mal. Não estou fazendo isso por você, só não acho gosto desse método. – ela diz calmamente – Talvez se eu conversar com ele, possa convencê-lo.

- Não vou arriscar a vida de alguém por um resultado indefinido. – Naru diz.

- Naru! Por que você não entende? Ele só quer alguém que o compreenda!

- Matar não vai fazer ninguém amá-lo.

- Ele está confuso! Ele não sabe o que fazer! A única pessoa que ele amou na vida fugiu com outro! Como você acha que ele se sente?

- Mai, é melhor parar. – Hoshou diz.

- Não! É errado querer ser amado?! Não vou deixar você fazer isso!

- Mai.

- Não! Você não entende porque nunca amou ninguém! Não tem sentimentos?

- Mai, pare.

- Esqueça esse orgulho idiota e coloque algum sentimento no seu coração! É para isso que ele serve! Não vou deixar você matar o Hiroshi-san! – ela grita, saindo da base, furiosa.

- Uow, essa briga foi feia. – diz Yasuhara.

- Pior do que as outras. – diz Hoshou, preocupado.

- Ainda acredita que eles estão namorando? – Ayako pergunta sarcasticamente.

- Shibuya-san, o que vamos fazer? – pergunta Jonh hesitante. Ele estava preocupado com o que acabara de acontecer e temia a resposta autoritária de Naru.

- Faremos o Jorei amanhã pela manhã. – Naru responde, voltando a sentar-se em sua cadeira.

- E o que vai fazer sobre a Mai?

- Não consegue controlar uma garota? – Naru o olha com certa gozação – Decepcionante.

- Hey, eu consigo sim. Mas está tudo bem? Mai irá lhe odiar se fizer isso. – percebendo que estava sendo ignorado, Bou suspira – Vou dormir. Amanhã vai ser um dia daqueles.

- Tem razão. Boa noite a todos. – todos saem da base, menos Lin que para a porta.

- Naru, não irá dormir?

- Vá na frente. Preciso preparar algumas coisas para amanhã.

- Não se preocupe com o que Taniyama-san disse. Ela só estava irritada.

- Você não ia dormir?

- Boa noite. – Lin sorri levemente, saindo da base.

“Ela vai te odiar…”

Essas palavras ecoavam na mente de Naru. Ele sabia muito bem que Mai nunca aceitaria aquele metódo, mas foi a única maneira que encontrou de acabar logo com aquilo antes de alguém se machucar seriamente. Mai já havia sido machucada profundamente, não fisicamente, mas mentalmente, e Naru não queria pensar no que mais aconteceria se ficasse naquela casa por mais um dia. Ela sempre era o alvo, não importando o caso. Era como se existisse uma placa gigante na cabeça dela brilhando e dizendo ‘Livre acesso para fantasmas’. E lógico, a garota sempre se envolvia demais nos casos, deixando-se levar pelos sentimentos, querendo proteger a todos e acabava se esqueçendo de que ela era quem mais precisava ser protegida. Naru simplesmente odiava isso.

- Como me apaixonei por uma garota tão idiota assim? – Naru pensa, bebendo um pouco de seu chá e ao constatar que estava estupidamente frio, colocá-lo de volta na mesa.

No começo, Mai era apenas mais uam garota na vida dele. Sem importância, descartável, apenas uma empregada a qual ele poderia se livar a qualquer momento. Uma garota idiota, otimista que só via o lado bom das pessoas e que era controlada facilmente pelos seus sentimentos. Nada mais nada menos que isso.

Sem perceber, a presença dessa garota idiota foi preenchendo um lugar em seu coração, derrubando os muros em volta dele como se fossem simples folhas de papel e construindo um lugar ali, se alastrando como um vírus. Quando percebeu o que estava acontecendo era tarde demais. Ele não queria ser correspondido, pois Mai amava seu irmão e ele não seria substituto para ninguém. Pelos seus cálculos, morreria e a garota nunca teria a menor ideia do que ele teria sentido por ela.

Mas como sempre, ela tinha que tornar as coisas mais complicadas. Ele não sabia quando, mas a imagem dela em seus olhos foi crescendo de garota fofa para mulher e agora, não estava mais satisfeito só com a presença dela. Queria mais, muito mais. Ele podia ser sério o tempo todo, ter um coração frio, mas não era um robô. Era um jovem prestes a completar 18 anos e tinha sentimentos, assim como desejos. E esses desejos não o agradavam nem um pouco. Nunca havia se importado tanto com alguém que não fosse seu irmão, nunca havia desejado algo tanto, na verdade nunca havia desejado nada além de ter o corpo de seu irmão encontrado; mas agora não só desejava a atenção da garota como queria ser o único no coração e mente dela. O único a protegeê-la, tocá-la, abraçá-la, beijá-la e sabe-se lá mais o que seu corpo cheio de hormonios desejasse.

Por isso, mesmo que Mai o odiasse, faria o Jorei. Não arriscaria perdê-la. Não perderia mais ninguém.


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Notas finais do capítulo

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