Heartbreaking Romance escrita por carol_teles


Capítulo 6
Conversa da meia-noite


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Nossa, faz tanto tempo que não posto nada... Vocês devem ter pensado que eu morri. ^.^
Sorry pela demora. É que a fic toda ta no papel e da uma preguiça tão grande de passar pro Pc... Isso mesmo, sou preguiçosa.
Mas agora eu to de férias e vou tentar passar pro Pc e postar um outro capitulo próxima semana. Obrigada para quem ainda tem esperanças de ver essa fic continuar. kkk
Bjos e aproveitem.
Se não for pedir demais, deem uma olhada de vez em quando para ver seu eu atualizei ou não. Obrigada.



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- Luella, where’s Gene?

- Maybe in his room.

- Thank You. – diz Oliver, virando-se e saindo da sala. Ele segue pelo corredor, olhando para os quadros pendurados na parede. A casa de seus pais adotivos, Martin e Luella Davis, era bem grande. Possuía 2 andares> no 1º andar, ao entrar pela porta da frente, havia uma enorme escada que levava para o 2º andar. Do lado esquerdo, havia uma porta que levava à sala de estar e dentro dela havia um pequena porta que levava à um tipo de escritório, mas era uma sala de experimentos paranormais. Do outro lado, havia uma porta que levava à biblioteca. Voltando ao hall, do lado direito, havia uma grande porta que levava à sala de jantar e à cozinha.

No 2º andar havia outra sala de estar, com um bar. O clima ali era mais agradável e por isso era usada como sala de leitura por Luella. Essa sala ficava no final do corredor a direita. Se subisse a escada e fosse em frente, encontraria o quarto de Martin e Luella. E se fosse a esquerda, encontrava o quarto de Gene e outro de Noll.

Eugene J. A. Davis e Oliver E. C. Davis são os nomes que receberam após serem adotados aos 8 anos por Martin e Luella, saindo dos EUA e indo morar na Inglaterra. Os irmãos se chamavam por Gene e Noll (Naru). Foi a única coisa que Luella entendeu de suas conversas. Os dois passavam a maior parte do tempo juntos, cochichando em japonês e por esse motivo, os pais resolveram aprender japonês para entender o que diziam. Com o passar do tempo, a relação deles com os pais adotivos melhorou, mas Noll ainda era fechado, tinha uma personalidade mais complexa do que Gene, que era calmo e simpático. Martin e Luella nunca descobriram o por que de Noll ser tão fechado, mas o tratavam como um filho verdadeiro.

Desde que foram adotados, já demonstravam tem PK. Noll causava muitos fenômenos poltergeist e seu poder, incontrolável para um ser humano normal, atraia muitos pesquisadores. Luella era totalmente contra as experiências em seu filho. Gene e Noll não tinham muito interesse nesse tipo de coisa, mas tinham um talento natural para a área da paranormalidade, e ganharam um diploma por sua ajuda indispensável em várias pesquisas.

- Aniki, vou entrar. – avisa Noll, batendo na porta três vezes e entrando no quarto do irmão.

- Noll? O que houve? – Gene pergunta, sentando-se na cama. Ele tinha vários papéis espalhados por ela e em cima de si.

- Interrompi algo?

- Sempre tenho tempo para meu irmãozinho. – Gene sorri – Precisa de algo?

- Você irá mesmo para o Japão?

- Sim.

- É uma viagem sem sentido.

- Eu vou porque é necessário. Além disso, sempre quis conhecer o país. Deve ser muito bonito. – Naru continua encarando o irmão, como se estivesse pensando que aquilo era um motivo estúpido.

- O que? Vai sentir minha falta, Noll? – pergunta Gene, com um sorriso brincalhão.

- São apenas dias. Além disso, não há razão para eu me sentir de tal forma, já que posso me comunicar com você quando quiser.

- Noll, você tem que colocar algum sentimento nesse rosto. Desse jeito, nunca vai conseguir uma namorada.

- Mulheres são seres superficiais. – diz Noll, indiferente.

- Nem todas, Noll. Procure e tenho certeza de que vai achar alguém que lhe agrade. – Noll ignora – Ah, isso me lembra. Acho que estou apaixonado.

- Como? – o irmão lhe olha, com um tom de voz surpreso, mas com uma expressão calma – Por quem?

- Adivinhe.

- Não diga que é a Lisa. Existem mulheres melhores do que elas.

- Não é ela.

- Madoka? Não, eu não apoio isso.

- Também não é ela. Não entendo o por que de você não gostar dela, afinal, foi ela quem nos ensinou tudo o que sabemos.

- Ela é um incomodo aos meus ouvidos. – Gene ri.

- Ela não é tão ruim assim, Noll.

- Ela é pior.

- Não seja mal.

- Não é maldade, são fatos.

- Bom, não é ela.

- Pare com esse jogo de adivinhações que não levarão a nada. Diga quem é a mulher.

- Na verdade, eu não sei – Gene sorri.

- Como não sabe?

- Ela só aparece em meus sonhos.

- Ridículo. Se apaixonar por um ser criado pelo seu subconsciente.

- Eu posso sentir que ela é real, Noll. – o irmão levanta uma sobrancelha e espera ele continuar – Ela é muito alegre, parecendo sentir prazer em ajudar os outros. É gentil e otimista. Mas talvez seja um pouco lerda.

- Lerda? O que? – Noll olha para o irmão com um sorriso de gozação – Você se apaixonou por um ser do seu subconsciente e ele ainda é burro?

- Noll. – Gene olha para o irmão com repreensão – Ela pode ser um pouco lenta, mas eu acho isso muito fofo nela. Parece uma criança às vezes.

- Você se apaixonou por uma criança?

- Não. Talvez ela seja alguns anos mais nova. Mas o sorriso dela é muito bonito. Acho que até você ficaria atraído por ela se o visse.

- E fisicamente?

- Cada um tem seu gosto.

- Ou seja, ou você não sabe, ou ela é feia. – diz Noll. Não que ele se importasse muito com estética.

- 1ª opção. A única coisa que sei é que ela tem olhos castanhos. Gostaria de vê-la um dia.

- Isso é um amor platônico?

- Quem sabe... Que tal uma aposta?

- Não vejo sentido em tais jogos.

- Eu aposto que vou encontrar essa garota e fazer ela se apaixonar por mim antes que você tenha 18 anos. –Gene diz, ignorando Noll.

- O que eu ganho se vencer?

- O que quer?

- Sua coleção de 10 livros sobre casos paranormais não resolvidos.

- Feito.

- Ótimo. Daqui um ano e meio a mova para meu quarto.

- Apenas espere... – Gene sorri, pensando na garota de seus sonhos.

Naru abre os olhos devagar, situando-se a realidade.

- Uma memória. – pensa Naru, sentando-se na cama. Fazia muito tempo desde que sonhara com algo relacionado a seu irmão. Por que sonhar com aquilo agora?

- Vou vencer a aposta... – mas aquilo não o deixava feliz, não se importava mais. Seu irmão havia sido assassinado e a única coisa que o mantinha no Japão era seu desejo de vingança. Naru volta a deitar na cama. Sua cabeça latejava.

- Estou pensando em coisa inúteis de novo. – pensa o garoto, irritado consigo mesmo.

Ele se lembrava perfeitamente do momento em que viveu a morte do irmão. O choque, o medo, a raiva, a dor. Seus sentimentos se tornaram uma confusão e após meses de busca pelo corpo do irmão, eles se acalmaram, deixando apenas um buraco em seu peito. Naru procurou o irmão, pensando que aquela sensação de vazio iria acabar ao achar seu corpo. Parte da sensação foi embora, mas ele ainda podia senti-la.

Lembrou de Mai. A primeira vez que se encontraram, o seu primeiro caso juntos, como ele gostava de irritá-la por sua inteligência, quando Mai havia sido possuída por Kenji-kun e desaparecido. Naru podia lembrar claramente de todos os sentimentos que Mai lhe provocara e de como ela sempre enfrentava o orgulho de Naru de frente, sempre buscando ajudar a todos.

“Parece sentir prazer em ajudar os outros”

- Talvez... – Naru pensa na possibilidade de Mai ser a garota dos sonhos de Gene. Ela era compatível com todas as características, a não ser pelo fato de que Gene se apaixonara por um sonho. Naru não queria pensar que seu irmão amava Mai, não queria pensar que Mai era o motivo de Gene não ter partido, não queria pensar em Mai nos braços de outro homem a não ser os seus. Ele não queria perdê-la. Queria monopolizá-la, tê-la só para si. Esse sentimento possessivo direcionado a garota irritava Naru. Ele não era acostumado com isso e não gostava nem um pouco quando não conseguia compreender algo. Ele sabia que se não controlasse seus pensamentos, desejos e sentimentos, acabaria machucando Mai, o que era inaceitável. Naru até poderia amar Mai, mas do que adiantava quando a garota amava Gene?

- Aniki, acho que sei como se sente agora. – Naru tem seus pensamentos interrompidos por um barulho baixo, vindo da janela. Ele se levanta e vai até ela, abrindo-a e sentindo a brisa da noite em seu rosto. Olha para baixo e para os lados, procurando a origem do barulho, então ele vê. No tronco da árvore em frente a seu quarto havia alguém encostado. Naru podia ver pela sombra que a pessoa estava encolhida, como se abraçasse os joelhos e escondesse a cabeça entre eles. Naru observa um pouco mais e então resolve descer. Pega seu casaco e sai do quarto, descendo as escadas e saindo da casa. Ele dá a volta e para atrás da árvore pensando no que poderia acontecer se aquilo não fosse um ser humano e vivo. Naru arrodeia a árvore e vê quem estava produzindo os barulhos.

- Mai. – ele sussurra, mas ela não se mexe. Ele se agacha ao seu lado e coloca a mão em seu ombro – O que está fazendo? – então ele percebe. A garota estava tremendo e quando olhou para ele, tinha os olhos preenchidos pelo medo e o rosto molhado pelas lágrimas.

- Não! Me solte! – Mai tentava se afastar, socando e chutando. Lembranças de seu sonho invadiam sua mente, deixando-a mais amedrontada. – Não! Alguém!

- Mai, pare. – Naru tentava segurar os braços e as pernas dela, mas ela estava se movendo demais.

- Não! Se afaste! Não! – A garota estava desesperada. Não queria passar por aquela experiência de dor e medo novamente – Não se aproxime! Não! – Mai já estava se levantando e se preparando para correr, quando Naru segurou seu rosto entre as mãos.

- Mai, acalme-se. Sou eu. – então ela reconhece a voz do chefe e vê seu rosto iluminado pela luz da lua.

- Na...ru... – ela sente um alivio invadir seu coração, ao mesmo tempo que se joga nos braços dele, abraçando-o e chorando – Eu...estava... com tanto...medo...

Naru hesita, sem saber como reagir. Primeiro se encosta na árvore, sentando-se e ajeitando Mai entre suas pernas. A garota se desmanchava em lágrimas, tremendo e agarrando-se a blusa dele. Naru olha para ela. Parecia tão frágil, como se ao menor toque fosse quebrar em pedacinhos.

Ele estica os braços e envolve Mai neles, puxando-a contra seu peito.

- Está tudo bem, Mai. Estou aqui. – após ouvir essas palavras, Mai abraça Naru com mais força. Não se iportava com o que ele iria penar, não se importava se ele iria se irritar, chamá-la de fraca ou o que fosse. Mai se senti segura quando estava com Naru.

Qualquer pessoa que olhasse para o estado de Mai perceberia que algo havia acontecido. A pergunta era: o que? Mas Naru não queria perguntar isso. Não queria vê-la fazendo aquela expressão de terror novamente. Ele a puxa para mais perto de si e abraça-a totalmente.

- Está tudo bem. Tudo bem, Mai.

A garota continua chorando por um tempo, mas aos poucos vai se acalmando.

- Gomen. – ela se desculpa, olhando para o rosto do rapaz. Então percebe o quão perto realmente estavam e que se esticasse o pescoço um pouco mais, poderia beijá-lo. Mai cora pelo pensamento e abaixa a cabeça. Ele percebe a mudança de cor o rosto dela, mas ignora.

- Por que está aqui?

- N-não consegui dormir.

- Você está tremendo Mai.

- Não se preocupe. – diz ela, ao mesmo tempo em que naru pegava seu casaco e envolvia Mai nele, passando seus braços ao redor dela e acomodando-a em seu peito.

- O-o q-que e-está fazendo? – pergunta ela, corando.

- Evitando que você tenha um hipotermia.

- Você está preocupado comigo? – ela pergunta, surpresa.

- Ouvi dizer que idiotas não ficam doentes. Você não tem preocupações quanto a isso.

- Nani?! – agora ela estava irritada – Não sou idiota, seu idiota.

- Não sou eu quem está tremendo. – dessa vez Mai se cala e segura na blusa dele com mais força.

- V-você... Não quer saber o por que de eu estar assim?

- Sim. – ele diz, sem hesitar – Mas você irá me contar quando estiver pronta.

- Naru... – Mai estava comovida com o chefe. Nunca imaginou ele sendo gentil com ela, apenas com os outros. E a gentileza sempre vinha antes de algum insulto camuflado. – Arigatou.

Eles ficam em silêncio por um tempo indeterminado, até Naru quebrá-lo.

- Vamos voltar. – diz ele, se levantado.

- Não! – Mai diz, quase gritando e segurando o braço dele com força. Ela estava fazendo aquela expressão de novo – Não vai... Por favor. Não quero...entrar lá.

Naru volta a sentar-se.

- Eu...posso continuar segurando sua mão? Por favor. – como ele continua calado, Ma toma como um sim, e pega a mão dele, entrelaçando seus dedos nos dele e segurando com força.

Novamente ficam em silêncio. Naru pensando por qual motivo Mai estaria tão assustada e tentando ignorar o fato de que os dois estavam sozinhos ali e ai estava segurando sua mão.

- Naru? – ela interrompe seus pensamentos – Você me acha fraca? Você deve me achar uma idiota por chorar por causa de um sonho.

- Todos tem fraquezas. A sua é ser deixada ser controlada pelos sentimentos mais facilmente. – diz ele – Apesar de seu uma qualidade também. – ele acrescenta em sua mente.

- Mas se eu não disser o que sinto, como as pessoas vão me entender? Se eu não mostrar meus sentimentos, alguém pode entender mal e isso pode causar tristeza a alguém, não é?

- Você se preocupa mais com os outros do que com is mesma. É você quem sairá machucada.

- Mas não quero que ninguém seja infeliz. – retruca Mai, apertando a mão de Naru com força

- E a sua felicidade?

- Fico feliz com a felicidade dos outros.

- Isso é apenas satisfação própria.

- Como assim?

- Não entendeu? – pergunta o chefe, gozador.

- Desculpe por ser burra, Sr. Gênio. – Mai resmunga.

- Você ama o Gene, certo?

- O que?! – a garota o olha, surpresa com a mudança de assunto.

- Se ele amar outra pessoa você desistiria dele.

- Bem... Se ele for mais feliz com ela, então sim.

- Isso é satisfação própria. Você fica feliz por ele, mas esquece sua própria felicidade. – Naru a olha e Mai fica pensando.

- Você está certo e errado ao mesmo tempo, Naru. – dia ela, sorrindo. Naru olha para  garota, esperando a continuação, mas Mai não diz mais nada. Após alguns minutos em silêncio, Mai pergunta:

- E você? – Reprimir seus sentimentos não causa você infelicidade também?

- Não reprimo meus sentimentos, escolho não expressá-los.

- Mentiroso. – Naru olha para ela. O que ela estava escondendo? – Você disse que chorar por alguém morto era perda de tempo e sem significado, mas você mesmo chorou. Eu vi você no quarto, chorando.

Naru vira o rosto, fazendo seu melhor para permanecer calmo. Mas estava com raiva por alguém tê-lo visto naquela forma tão fraca. Ninguém nuca o tinha visto chorar.

- Você está fazendo de novo – Mai cantarola – Está com raiva agora, não é? – Naru olha para ela, com uma olhar calmo. – Se continuar a fazer isso, você vai ser mal entendido. – dia ela – Você gosta de alguém, certo? Se continuar a agir assim, ela nunca vai saber o que você sente.

- Por que acha que tenho sentimentos românticos por alguém?

- Intuição feminina? – sugere ela, rindo – Vou te dizer o que todas as meninas pensam quando olham para você – ela fecha os olhos e quando os abre, eles estavam brilhando e um grande sorriso estava em seu rosto. Naru teve de se controlar para não rir dela. Aquela expressão era tão engraçada.

- Kyaa! Ele é tão lindo! Olha para ele. Deve ser inteligente, romântico, gentil, carinhoso! Ele é tão legal! Será que tem namorada? Ele é muito bonito! E tão charmoso! Ele é tão gostoso! Olha para o corpo dele, aposto como é atlético! Ele é tão bonito!

Naru permaneceu todo o teatrinho calado. Mai havia dito tudo o que as garotas que conhecera haviam pensado.

- Você pensou isso também? – ele pergunta.

- Não. Bem, só a parte do bonito. – ela admite, vermelha – Mas você pareceu muito suspeito quando entro na sala de vídeo. E quando a Michiru perguntou qual o seu ano, você disse que tinha 17 anos. Aquilo foi mais estranho ainda.

- Foi a sua intuição.

- De qualquer jeito, eu estava certo. Você pode até ser inteligente, mas é orgulhoso, narcisista e mandão.

- Você me odeia?

- Não. Isso significa que gosto de você. – Mai sorri, apoiando a cabeça no ombro de Naru. Ele age com indiferença, mas na verdade estava um pouco feliz.

- Está fazendo de novo. – avisa ela – Se está feliz, sorria. Não faça essa cara de: ‘não me importo com nada’.

Naru sentiu a derrota, mas não estava com raiva ou triste como pensou que ficaria ao perder pela primeira vez. Estava feliz por Mai entendê-lo e gostar dele.

- Você parece ser capar de me entender, não é? Parece que ficou mais inteligente.

- Na verdade não entendo nada. Você é cheio de segredos e nunca diz nada sobre si mesmo. Você sabe tudo sobre mim e eu não sei nada sobre você. Eu confio em você e você não confia em mim. – ao dizer isso, Mai adquire uma expressão triste, como se fosse chorar.

Naru coloca sua mão livre no queixo dela, fazendo-a olhar para ele.

- Não duvide de minha confiança em você, Mai. Apenas vai ser melhor se não souber de certas coisas. – Mai percebe a expressão de Naru mudar levemente, mas não entende o que foi aquilo.

- Gomen. – ela diz. Naru solta o rosto dela e se encosta novamente na árvore. Ela percebe que havia segurado a mão do rapaz o tempo todo e fica feliz. Ele não havia rejeitado-a. Talvez por pena, mas ela ainda se sentia feliz.

“Não devia ter falado aquilo”

- Falado o que? – pergunta Mai. Naru olha para a garota, surpreso, mas logo fica sério. Então Mai percebe. O que tinha escutado era o pensamento dele.

- Você também está escondendo algo importante de mim, não é, Mai?

- N-não! – ela desvia o  rosto.

- Diga. – ele chega mais perto.

- Não e-e-estou e-escondendo n-nada.

“Posso ver sua roupa intima, Mai”

- Kyaaa! – Mai grita, ajeitando o pijama.

- ESP. Você é telepata. – ele volta para seu lugar – Há quanto tempo?

- Começo do caso. – diz Mai hesitante. Naru sente alivio. Ela não havia descoberto seus sentimentos por ela.

- Você consegue ler minha mente agora?

“Baka”

- Não sou!

- E agora?

- Não. O que fez?

- Não gosto de pessoas invadindo minha mente.

- Gomen.

- Lin vai ensiná-la a controlar isso.

- Tudo bem. Não gosto mesmo disso.

- Por que?

- Me sinto mal em invadir a cabeça dos outros. Além de me sentir como um ET, entrando na cabeça dos outro para fazer uma lavagem cerebral.

Eles ficam em silêncio, olhando para o céu, ou simplesmente para o chão. Então Mai sente algo caindo em seu ombro.

- Ahhh! – Naru se assusta com o grito repentino de Mai e quando percebe, está deitado no chão, com Mai em cima de si, agarrando-se a sua blusa e tremendo.

- O que houve? – Naru pergunta, suspirando.

- A-alguma c-c-coissa c-c-aiu n-no meu ombro! – ela gagueja.

Naru tira Mai de cima de si e levanta-se. Ela pega algo na blusa dela e mostra.

- Uma lagarta? – Mai observa Naru colocar o pequeno bichinho no chão e observa-a se arrastar.

            Naru volta a se encostar na árvore e Mai faz o mesmo. Pouco tempo depois, Naru sente Mai se encostar nele novamente.

- O que foi agora? – Naru olha para a garota e vê que ela está dormindo. Então repara que ela havia segurado sua mão novamente. Ele observa Mai por alguns minutos, então sente a luz do sol lhe alcalçando.

- Já amanheceu. – pensa Naru. Ele olha novamente para a garota e observa o rosto dela enquanto dorme. Tinha uma expressão tão calma, parecendo sonhar com algo bom. Naru se sente aliviado, ao mesmo tempo em que sente uma pequena dor no coração. Talvez Mai estivesse sonhando com Gene. Naru aperta a mão da garota sem perceber e escuta a menina gemer. Ele olha para a boca dela e sente algo se agitar dentro de si.

- Controle-se. – pensa Naru, mas não tira os olhos da boca dela. Uma pequena punição por fazê-lo ficar acordado não faria mal. Naru levanta o rosto de Mai e se aproxima, colando seus lábios levemente nos dela. Os lábios dela eram macios e doces e ele podia sentir um doce cheiro vindo do corpo dela. Naquele momento sentiu a sensação de vazio em seu coração ser extinta. Pena que não durou muito.

Naru escutou um leve farfalhar de folhas e se afastou de Mai á tempo de ver alguém se aproximando.

- Naru, o que está fazendo aqui? – pergunta Lin, se aproximando.

- Nada. – responde Naru com indiferença, se levantando com calma e colocando Mai em seu colo com cuidado para não acordá-la.

Lin olha interrogativamente para a garota em seus braços, mas Naru não diz nada e anda em direção a porta da casa.

- Você está doente? – Lin pergunta.

- Me sinto bem.

- Mas seu rosto está com uma coloração diferente do normal.

- Interessante. – ele diz, entrando na casa e sendo bombardeado de perguntas.

- Onde você estava Naru-bou?

- Você sumiu Shibuya-san. Está tudo bem?

- Você está bem, Shibuya-san?

Naru ignora todas as perguntas e anda em direção a escada.

- Pessoal vocês viram a Mai? Ela sumiu e... – Ayako para no alto da escada, observando Naru subindo com a garota em seus braços. – Achei ela.

- Por que está com ela, Naru-bou? – pergunto o monge, seguindo o chefe, assim como todos os outros. Naru vai até o quarto de Mai, entra e coloca-a na cama.

- Não acordem ela. – ordena Naru, saindo do quarto.

- Isso é suspeito. – diz Ayako.

- Por que será que eles estavam juntos? – Jonh pergunta, olhando curiosamente para a jovem na cama.

- Isso só pode significar uma coisa! – Yasuhara declara.

- Ah, o garoto tem uma idéia.

- Eles estão namorando secretamente!

- Impossível. – diz Ayako imediatamente.

- Por que? – pergunta Jonh – Achei que Mai-san gostasse do Shibuya-san.

- Ela não gosta mais. Além disso, é impossível o Naru ter uma namorada. O único amor da vida dele é o trabalho.

- Faz sentido. – Jonh concorda.

- É uma pena. Ele é bem bonitinho.

- Naru está esperando vocês. – Lin diz, surgindo na porta.

- Vamos logo – Bou sorri – Ou então ele vai se irritar.

- É realmente suspeito. – Yasuhura diz, ainda pesando na relação entre Mai e Naru. Suspirando, ele segue os outros.


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Notas finais do capítulo

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