Apartamento 17 escrita por Alex Baggins


Capítulo 3
Não, espera, o quê?!


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ♥



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Eu estava sentada na cama que agora era minha, olhando maravilhada para as chaves em minhas mãos. Minutos antes Alaska havia me mostrado o quarto que seria meu e entregado as chaves do apartamento, saindo um pouco depois e me deixando sozinha com meus pensamentos. Eu passei meus olhos pelo quarto mais uma vez: a mobília consistia em duas camas simples e um armário de quatro portas, duas das quais Alaska havia dito que eram minhas para ocupar. O lado dela estava completamente atulhado de pôsteres do que pareciam ser bandas com muitos integrantes asiáticos. Ela ainda possuía uma prateleira tão cheia de mangás e action figures que parecia ser capaz de ceder a qualquer momento. O meu lado, no entanto, estava desprovido de qualquer decoração, como se estivesse esperando que eu fizesse algo com ele.

Eu passei a mão de leve no colchão sem lençóis, distraída. Daí saquei meu celular do bolso e disquei o único número que eu sabia de cor. Não demorou muito e a voz do outro lado respondeu:

–Alô?

–Gui? - perguntei sem conseguir conter um sorriso - Eu consegui o apartamento.

***

Mais um fato curioso sobre mim: Eu era filha do meio de seis irmãos. Pois é. Minha mãe era uma cliente já conhecida na maternidade da cidade.

Bem, havia Danah, a mais velha, protagonista do nosso programa pessoal de teen moms, agora com 22 anos e magra outra vez; havia Davi, o caçula prodígio das artes, com oito anos e um temperamento estranhamente calmo para uma criança; depois vinham as energéticas gêmeas Katarina e Valentina, duas mini gênias que usavam sarcasmo demais para meninas de 12 anos. E por fim havia Guilherme, o primeiro menino, no auge dos seus 20 anos.

Guilherme era o que só podia ser descrito como playboy. Igual a mim, ele havia saído de casa na primeira oportunidade, mas diferente de mim ele não tinha vergonha ou receio em gastar a fortuna dos nossos pais - ele estudava na Mackenzie, afinal. Vivia aproveitando tudo o que a vida noturna de São Paulo podia oferecer, de vez em quando aparecendo em alguma revista de fofoca como o herdeiro baladeiro da fortuna Hauman. Ele achava isso incrível. Meus pais... Nem tanto.

É, eu sei: meu irmão achava que era a Paris Hilton.

Mas ignorando sua falta de escrúpulos e seu constante cheiro de álcool, Guilherme era um cara legal e de longe meu irmão favorito. Ele era engraçado e compreensivo, e sempre cuidou de mim, coisa que Danah nunca se preocupou em fazer, principalmente depois que descobriu que tinha um pãozinho no forno (surpreendentemente sua maior preocupação em relação à gravidez inesperada foi a falta de roupas haute couture para bebês. E ainda assim Anna, sua filha, se vestia melhor que eu).

Eu até pensei em ir morar com ele quando decidi que iria me mudar, mas isso ia contra todo meu plano de independência total dos Hauman. E, além disso, Guilherme era desnecessariamente barulhento e tendia a trazer diversas parceiras para casa, coisa com a qual eu não queria lidar.

Mas Guilherme tinha um carro e eu tinha uma mudança para fazer, então adiei minha independência por algumas horas e pedi que ele buscasse minhas coisas no outro apartamento. Eu não trouxera muita bagagem: apenas algumas roupas e livros e tudo isso cabia tranquilamente no Land Rover do meu irmão.

Depois de passar o endereço certo para Gui eu deixei o quarto a caminho da sala, mas no meio do caminho acabei tropeçando em algo. Algo gordo e peludo.

Um pug. Um pug bem gordo e cheio de dobrinhas, o rosto amassado virado pra mim como se ele me encarasse.

–Eu sinto muito. - eu não tinha certeza do porque eu estava pedindo desculpas para o cachorro, mas parecia certo. Continuei andando, ainda sentindo os olhinhos do pug em mim, e sai para a sala.

Bea e Alaska estavam esparramadas no sofá, cada uma se ocupando com o próprio celular, e Lola não estava por ali. Pigarreei baixinho para chamar a atenção delas, mas apenas Alaska se dignou a levantar o olhar do aparelho.

–Hã, eu falei com o meu irmão. - comecei, trocando o peso de pé numa tentativa de me sentir menos desconfortável - Ele vai passar aqui mais tarde com minhas coisas.

Bea largou o celular e me lançou um olhar confuso.

–Seu irmão mora em São Paulo? - ela indagou e eu assenti - Então porque você não mora com ele? Iria economizar uma grana preta.

Dei de ombros, tentando não parecer constrangida.

–Guilherme tende a ser... Hm... Barulhento, acho. - respondi vagamente.

Lola entrou na sala nessa hora, vestindo um roupão felpudo e chinelos Havaianas, apoiando-se na porta, me encarando como se pudesse ver através de mim.

–Ou seu irmão tem uma tuba - ela disse abrindo um enorme sorriso malicioso - ou ele faz sexo alto demais.

Bea riu.

–Eu não sei qual dos dois é mais divertido. - falou.

Alaska respondeu “a tuba” ao mesmo tempo em que Lola afirmou “o sexo”. Eu apenas revirei os olhos.

–Guilherme definitivamente não sabe tocar a tuba. - repliquei - Outras coisas, no entanto...

Lola soltou uma risada alta e rouca.

–Há! - exclamou, apertando a barriga e rindo - Quem diria que o irmão da virgem seria um ninfomaníaco.

–Um traço que obviamente não corre na família. - comentou Bea com mais um de seus sorrisos tortos.

Eu corei fortemente enquanto Alaska lançava um olhar horrorizado para as duas, tão vermelha quanto eu. Eu até tentei me defender, murmurando fracamente:

–Não tem nada de errado em ser virgem.

–Não mesmo. - concordou Lola passando a mão pelas longas madeixas negras, desembaraçando alguns nós inexistentes - Vocês não têm que se preocupar com DST’s e gravidez.

–Você só tem que se preocupar com isso porque não se preocupa com quem dorme. - lembrou Bea, seu sorriso não falhando por um segundo.

–Verdade. - concordou Lola apontando para a amiga - Mas isso não muda o fato de que eu invejo vocês, virgens. É tarde demais para mim.

–Nunca é tarde demais para fugir do inferno, Lola. Você ainda pode virar uma freira. - ofereceu a outra.

–Mas ai eu perderia meu lugar lá.

–Que seria?

–O trono. - Lola saiu do recinto com a risada alta de Bea soando atrás dela.

Eu não sabia muito bem o que responder depois dessa troca de afirmação, então fiquei quieta. Estava caminhando para a cozinha quando me lembrei de algo e dei meia volta.

–Vocês têm um cachorro? - perguntei me lembrando de meu encontro esquisito com o pug no corredor.

–Vejo que você teve o prazer de conhecer Yan. - disse Alaska sem levantar os olhos da telinha brilhante de seu aparelho.

Bea fez um som irritado com a boca.

–Diga o nome dele inteiro. - chiou lá do seu lugar no sofá.

Alaska revirou os olhos, mas disse:

–Vejo que você teve o prazer de conhecer Yan Holmes.

–Holmes? - repeti franzindo a testa, encarando o pug que acabara de entrar na sala, suas patas pequeninas mal suportando o peso de seu corpo gordo e desajustado - Como em “Sherlock Holmes”?

–Exatamente como em Sherlock Holmes. - confirmou Bea pegando o cachorro e colocando no colo - Yan é o sociopata de alto funcionamento* mais fofo do mundo.

–Somos grandes fãs. - explicou Alaska

Eu assenti e continuei meu caminho para a cozinha, onde fui colocar algo no meu estômago vazio, apenas para descobrir que a geladeira estava cheia de comida japonesa velha e garrafas de vodka meio vazias.

***

Era quase de noite quando a campainha tocou. Eu me apressei para aporta para cumprimentar meu irmão, mas quando a abri não era Guilherme que esteva lá.

Era o garoto mais lindo que eu já tinha visto na minha vida.

Alto, com um cabelo tão escuro quanto o de Lola, lindos olhos azuis e feições tão angulares que poderiam cortar vidro, ele era de longe o cara mais bonito que eu já havia visto (não que eu tivesse contato com muitos caras, mas ainda assim, esse era tão bonito que fazia você querer chorar).

E é claro que eu, como a pessoa socialmente incapacitada que sou, não pude dar um oi normal. Tudo o que eu consegui foi soltar um “pai amado” entre a minha respiração e segurar o ímpeto de enfiar a mão dentro da camisa dele.

Qual é o meu problema?!

–Oi. - ele disse e sua voz era tão bonita quanto o resto dele. Se Kit Kat’s tivesse uma voz, seria a dele - Lola está?

Eu suspirei mentalmente. É claro que ele era o namorado de Lola. É claro que alguém como ela namoraria o filho perdido do Ian Somerhalder. Ela não parecia o tipo de garota que se contentava com pouca coisa. Eu não tive tempo de responder, no entanto, pois Bea apareceu atrás de mim e disse:

–É claro que Lola está, ela mora aqui. - respondeu ela com um sorriso debochado (que, pelo que eu estava vendo, era o único sorriso que ela sabia dar).

O garoto apenas deu de ombros (e que ombros, Deus pai todo poderoso...).

–Com Lola nunca se sabe. - ele replicou sorrindo torto que fez minhas pernas tremerem - Ela pode estar no mercadinho da esquina ou no Congresso com você esperando ela sair do banheiro.

–Verdade. - concordou Bea abrindo mais a porta enquanto eu ainda estava presa ao batente da porta, incapaz de me mover - Entre. Você sabe onde ficam as cervejas.

–Cervejas? Tsc, tsc. - ele fez um som de reprovação com a boca - E eu achando que agora que vocês têm uma nova companheira de quarto vocês iriam começar a me servir algo mais sofisticado.

–Nós temos uma nova colega de quarto, não uma bartender. - respondeu Alaska que vinha do quarto de volta para seu lugar no sofá - É cerveja, ou água da pia, Vinicius.

Vinicius caminhou até Alaska e abraçou a garota por trás fazendo essa se assustar e socar o braço dele.

–Me larga, seu ridículo! - ela esbravejou.

Ele a largou, mantendo o sorriso torto que gritava denúncias de assédio.

–Ah, Alaska, você é meu raio diário de luz do sol. - ele disse mandando um beijo para Alaska que se limitou a levantar o dedo do meio.

Eu ainda estava parada em frente a porta observando tudo com interesse, ainda incapaz de tirar os olhos de Vinicius, o qual havia pescado uma cerveja da geladeira e agora bebericava encostado displicentemente em uma das paredes.

–E você, quem é? - ele perguntou e eu demorei alguns segundos para perceber que ele falava comigo.

–Clara. - respondi tentando ao máximo não gaguejar - Eu moro aqui agora.

–Ah, sim, a bartender. Clara. - ele repetiu fazendo meu nome soar cinco vezes mais bonito com sua voz de Kit Kat - Vinicius, prazer.

Ah, o prazer era todo meu. Tipo, todinho mesmo.

Felizmente eu pude fugir da embaraçosa experiência de formular uma resposta coerente devido ao barulho da campainha soando novamente. E graças a Deus dessa vez era apenas Guilherme, porque se fosse outro cara ridiculamente bonito eu não tinha certeza se meu emocional (e meu físico) poderia aguentar.

Guilherme, é importante ressaltar, não tinha absolutamente nada haver comigo. Enquanto eu era baixa com pele cor de café com leite, cabelo escuro e olhos cor de mel, Guilherme era a imagem cuspida de nossa mãe, beirando 1,90m, cabelos louro escuro e olhos tão negros quanto seu senso de humor. Ele era carismático, extrovertido e o deus do flerte. Eu era socialmente inapta, sarcástica demais para ser considerada simpática e dona de um senso de humor que envolvia basicamente piadas de “knock, knock” e humor autodepreciativo. Então, é, Guilherme e Danah haviam sugado todas as características de um ser sociável e deixado o bom e velho gene “nerd” para os próximos quatro filhos.

Ei, eu não estou reclamando. Eu me divirto muito comigo mesma. Eu sou hilária.

Lá estava ele, então, o ladrão de genes apoiado graciosamente nas minhas quatro caixas empilhadas uma em cima da outra, um sorriso enorme estampado em seu rostinho de modelo da Abercrombie & Fitch.

–Irmãzinha. - ele disse abrindo os braços em um gesto largo e exagerado - Venha dar um abraço em seu bom e velho irmão.

Eu revirei os olhos, sem me mover.

–Isso é realmente necessário? - perguntei.

Seu sorriso não diminuiu nem um centímetro.

–Achei que havíamos concordado que contato humano é importante. - ele respondeu enquanto me puxava para um abraço de urso que me fez ficar sem ar.

–Superestimado. Sabe o que é realmente importante? Respirar.

Ele me largou e lançou um olhar para o apartamento atrás de mim.

–Não vai me chamar para entrar?

Eu me encolhi com a ideia de Guilherme conhecendo Lola, Bea e Alaska, fechando a porta um pouco mais a porta atrás de mim.

–Eu não acho que isso seja realmente necessário...

–Clara, quem está ai?

De repente a porta se abriu atrás de mim revelando, para meu horror, uma Lola seminua. Tá, talvez não tão seminua assim. Ela usava uma calça escura e o roupão que eu havia visto antes, aberto e revelando um sutiã que parecia caro o suficiente para pagar o aluguel do mês, todo renda negra e delicadeza, deixando a mostra sua barriga incrivelmente lisa e uma tatuagem na lateral de seu torso.

Lola encarou Guilherme de cima a baixo com uma expressão arrogante que contrastava com o olhar faminto que ele lhe lançava.

–E você, quem é? - ela perguntou com uma voz fria e inexpressiva que mais tarde eu iria descobri que era sua “voz de intimidar homens”.

–Lola, esse é o meu irmão Guilherme. - eu apresentei abrindo um sorriso nervoso - Guilherme, essa é Lola.

Guilherme esticou a mão para Lola em um cumprimento, mas essa simplesmente cruzou os braços e arqueou a sobrancelha. E é claro que isso não foi o bastante para desestimular meu irmão, que se limitou a manter seu sorriso irritante.

–Muito prazer, Lola.

–Eu duvido muito. - ela disse com uma voz falsamente agradável enquanto se virava e ia embora.

Guilherme a assistiu partiu, os olhos acompanhando seus movimentos até ela sumir de vista.

–Eu já quero me mudar pra cá.

–Você é nojento. - bufei - E não tem permissão pra dar em cima das meninas com quem eu moro.

–Não seja má.

–Não seja uma piranha. Já ouviu falar em celibato?

–Eu vou fingir que você não disse isso. - ele pegou duas das caixas e disparou para dentro do apartamento. Tarde demais eu percebi que ele havia pegado a caixa de roupas, me deixando com a caixa de livros e apostilas. Que delícia.

***

Minutos mais tarde estávamos eu e Guilherme esparramados nas camas do meu novo quarto, descansando após o esforço de carregar e descarregar caixas pesadas (bem, eu me esforcei, ele só riu de mim) e conversando um pouco.

–Me fale mais sobre Lola. - ele pediu em um ponto da conversa.

Eu dei de ombros.

–Não há muito que falar. Ela é Lola. Ela mora aqui. Ela é muita areia pro seu caminhãozinho.

–Você quer dizer meu monster truck?

–Eu quero dizer sua caçamba de lixo.

Ele colocou a mão sobre o coração e fingiu horror.

–Ouch. Você não era assim. São Paulo te mudou.

Eu ri, mas revirei os olhos.

–Tanto faz, Guilherme. Só não tente dormir com as meninas.

–O que te faz pensar que eu quero dormir com elas?

–Duh, elas tem vaginas, não têm?

–Como você é vulgar. - ele reclamou.

–Eu estou errada?

Ele pareceu pensar por um segundo.

–Hã, não.

Eu fiz um barulho de nojo e me levantei, lançando meu melhor olhar desaprovador a là mamãe. Ele apenas riu e me ignorou.

–Ei, olha as horas! - eu disse com fingida surpresa enquanto checava um relógio invisível - Acho que está na hora de você ir!

–Se eu não te conhecesse, diria que está tentando se livrar de mim. - falou ele enquanto se sentava.

–Ainda bem que você me conhece, então. Tchauzinho.

Guilherme, como a grande criança presa no corpo de um homem que era, se espreguiçou como um gato e não se levantou.

–Mas aqui está tão confortável... - ele gemeu enfiando a cara no meu travesseiro.

–Adeus, Guilherme. - repeti abrindo a porta pra que ele pudesse sair.

Ele me lançou um de seus famosos olhares de cachorro que caiu da mudança, mas aquilo não funcionava comigo desde que eu tinha doze anos e ele me convencera de que pedalar até o Espirito Santo sem avisar nossos pais era uma boa ideia. Péssima ideia. Eu fiquei de castigo por tanto tempo que quase esqueci o que era liberdade. Sem contar que a polícia não ficou nada satisfeita em ter que perseguir dois pirralhos em suas bicicletas Caloi na calada da noite.

–Eu quero ficar. - ele insistiu,

–E eu não quero ver você apanhar da Lola. - repliquei - Pensando bem... Eu quero sim. Mas não hoje. Hoje eu quero dormir.

–Você pode dormir quando estiver morta.

–Se você não sair daqui agora eu vou realmente considerar a morte uma opção.

–Rude.

Nessa hora Alaska entrou no quarto, mas parou quando viu meu irmão. Esse abriu outro sorriso cafajeste e se levantou em um pulo.

–Oi. - disse com a voz baixa e rouca.

Quem Guilherme achava que era, meu Deus? Flynn Ryder? **

Mas Alaska não estava impressionada. Ela caminhou até seu guarda roupa, buscou algo e saiu do quarto sem olhar de novo para meu irmão, mas parando para me mandar um sorriso.

Guilherme, que não estava acostumado com esse tipo de tratamento vindo de garotas, que (por algum motivo que eu não conseguia entender) caiam aos seus pés, ficou parado, completamente surpreso encarando a porta por onde Alaska havia saído.

–O-o que...? - ela balbuciou.

–Bem, - comecei tentando segurar o riso que ameaçava sair - apesar de eu adorar ver minhas colegas de quarto te fazerem de idiota, e acredite, eu adoro, está na hora de você ir.

Eu peguei sua mão e o arrastei para fora do quarto, pelo corredor (onde Yan Holmes lhe lançou um olhar frio que eu podia jurar que era igualzinho o de Lola) e para a sala. Vinicius ainda estava lá, jogado em uma poltrona perto da janela, jogando o que parecia ser Subway Surfers no seu celular. Ele levantou a cabeça quando Lola entrou, usando um vestido preto que abraçava suas curvas e saltos de matar, e sorriu.

–Assim você transforma todos os gays em héteros, meu bem. - ele comentou dando um beijo estalado na bochecha dela que a fez também abrir um sorriso.

–Uma pena que isso nunca funcionou com você, ou a gente estaria fazendo algo bem mais divertido agora.

Que engraçado. Do jeito que ela falava dava a entender que Vinicius era... Não, espera, o quê?!


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Notas finais do capítulo

*Referência ao personagem Sherlock Holmes da série de TV da BBC, Sherlock, onde o personagem é um sociopata de alto funcionamento.
**Referência o personagem Flynn Ryder, o namorado da Rapunzel no filme Enrolados. Sabe a cena em que ele dá um oi todo charmoso para a Rapunzel? Pois é!

Espero que gostem e obrigada por todos os reviews maravilhosos, vocês são todos uns lindos! O próximo capítulo vai ser um pouco mais sério, com muito da Lola. Aguardem



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