Eu olhei para trás, vendo se o cão ainda nos seguia, e sim, lá estava ele. Contínuamos a andar, Nico olhava maravilhado para a rua, e eu tampouco não fazia isso. As ruas eram calmas, e as casas eram maravilhosas, algumas contruções eram maiores.

- Vamos parar- decidiu Nico.

- É... acho uma boa ideia- disse eu.

- Não!- Disse Mari, e hesitou.- Quer dizer... tá.

Eu olhei em volta, havia um restaurante e uma lanchonete, escolhemos a lanchonete, pois o restaurante era muito caro.

Mais uma vez, Mari foi comprar os lanches enquanto eu e Nico esperávamos.

- Você tem razão- disse Nico.- Ela é estranha.

- Eu disse...

Ele olhava angústiado para meus olhos, e eu fazia o mesmo- quando eu olhava em seus olhos, eu podia, de algum modo, sentir como ele se sentia.

Nico levou a cadeira dele até o lado da minha e me abraçou, eu beijei sua bochecha.

- Hey, pombinhos- disse Mari chegando a mesa com uma bandeja cheia de comida.- Tá aí.

Eu me separei de Nico e tomei um pouco da minha Coca, ele comia batatas fritas e um hamburger, e Mari um hamburger apenas.

- Eu quero fazer uma pergunta- disse eu.

- Pode- disseram Nico e Mari em unissono.

- Como, em nome dos deuses, vamos voltar para o acampamento?

- Não acho que tenhamos escolha- disse Nico.- Teremos de seguir pelo cachorro.

- Sim- disse Mari.- Talvez nosso destino sequer seja o acampamento, quem sabe aonde esse cão está nos levando?

Eu assenti.

- Vamos?- Perguntei.

- Sim- disse Nico.

Eles se levantaram e andaram diretamente até a saída, eu olhei pela última vez para o lugar, pensando.

Andamos mais um pouco e o cão nos fez virar à direita, e depois à esquerda, chegando a um lugar escuro, ele nos cercou por aquele lugar, eu pûde ler Estúdio Morto Ao Chegar, Nico estremeceu.

- Vamos entrar aí mesmo?- Disse ele.

- Receio que sim- disse eu e tomei a dianteira.

Nico segurou minha mão, me parando.

- Tem certeza que quer entrar aí?

- Sim- disse eu me soltando, curiosa para saber o porquê dele não querer me deixar entrar.

Eu abri a porta, e vi algo, hum... estranho talvez? Extraordinário... Estava num lugar escuro, aonde eu não podia ver o céu, apenas um breu acima de minha cabeça. Mari entrou logo atrás de mim, e Nico atrás dela, o cão foi também. Ele nos "empurrou" até um homem em cima de um barco a remo- que não estava na água.

- Caronte- disse Nico.- Deixe-nos passar.

- Sim- disse o homem.- Meu mestre vos espera.

Nico ficou rígido, e eu também. Nós subimos no barco e Caronto remou bem devagar, vários pedaços de coisas, ou coisas quebradas passavam por nós, eu não conseguia ver o chão, sequer o céu. Quando Caronto parou, disse:

- Aqui eu paro, tendes de ir a pé daqui.

Nico assentiu e me ajudou a sair do barco, nós andamos rapidamente, quando chegamos a um beco Nico arfou.

- Por aí não...- murmurou ele.

- Por que? Nico, por acaso conhece esse lugar?

- Eu!? Já estive aqui diversar vezes,- disse ele.- Aly, não se dá conta de onde está?

Eu olhei a volta.

- Não.

- Estamos no mundo inferior.

Eu paralizei na hora.

- Alí- disse ele apontando para o beco.- É um lugar que você não gostaria de cair.

- O tártaro?- Perguntei.- O abismo sem fundo dos deuses?

Nico assentiu.

- Alí- disse ele apontando mais ao longe, à direita-, fica os jardins de Perséfone.

- Vamos sair de perto dessa coisa, está me dando calafrios- disse Mari olhando para o tártaro.

Nico andava a frente- pois ele conhecia o caminho-, chegamos a um lugar mais escuro, iluminado por apenas algumas velas, um homem, bem, não um homem, o homem, aquele, igual a Nico, olhava para nós.

- Ora, ora, ora- disse ele.- Nico, Mariana e Alysson Sword.

- Senhor...- disse Mari.

- Acalme-se querida, minha conversa não é com você- disse o homem, e Nico deu um passo a frente num sinal de é a mim que ele quer.- Tampouco com você, meu jovem, quero conversar com Alysson- ele apontou para mim.

- E... eu?- Disse eu.- Mas quem é você?

- Não sabe? No mundo inferior, quem mora querida? Zeus!?- disse ele.- Eu sou Hades, o deus dos mortos.