POV FRANCESCA

Depois de outro dia de Studio eu, Camila, Naty e Maxi e até mesmo...Diego fomos comer uma pizza. Embora não estivéssemos mais juntos tínhamos muitos amigos em comum. Quando terminamos nosso jantar, a Cami, a Naty e o Maxi foram embora na mesma direção e Diego e eu, infelizmente, morávamos perto. A caminhada foi em silêncio que logo foi quebrado pelo seu celular tocou e depois de alguns segundo ele paralisou.

– Diego o que aconteceu??? – perguntei.

Ele ficou em silêncio apenas me encarando.

– Diego???

– O-os...Pais do Leon

Engoli a seco.

Sentamos na calçada e ele me contou chorando, foi a primeira vez que o vi chorar. Ele me contou que em sua infância costumava viajar com a família de Leon nas férias, já que eram os dois desde pequenos melhores amigos.

Eu o abracei.

– Tenho que procurar o Leon – ele secou as lagrimas – Vou te deixar em casa, esta tarde.

– Eu vou com você – respondi imediatamente.

– Não, tudo bem.

– Não vou te deixar assim... Mal... Procurar sozinho o Leon.

– Por quê?

– Porque te amo e embora não estejamos juntos vou continuar aqui.

Ele forçou um sorriso de canto.

Nós caminhamos até a casa dele e ele me entregou um capacete e de moto fomos até a casa do Leon, que não estava lá... Logo começamos a ir em alguns parques e lugares perto do Studio.

POV VIOLETTA

– Também não esta por aqui – falou Frederico.

– Violetta, você o conhece mais do que ninguém, tem que ter um lugar que ele realmente gostava. – falou Ludmila

Eu tentava me concentrar, todos os parques que costumávamos frequentar nós o procuramos e nem rastro dele.

– Espera, aquele lugar... Mais longe da cidade, onde fomos depois do sequestro, depois que voltamos a sair de casa saímos todos juntos, lembra?

– Vamos lá – respondeu Frederico.

Logo que o carro parou pude perceber o semblante familiar.

– Por favor fiquem no carro – falei.

Eu caminhei até ele que olhava o horizonte, sentado no chão, abraçando os joelhos. Me sentei ao seu lado. Ele secou as lagrimas logo que notou minha presença.

– Violetta, por favor... Quero ficar sozinho.

– Não posso te deixar sozinho aqui, por favor... Deixa eu cuidar de você.

Eu o abracei.

– Acontece que desse tombo você não vai poder me levantar – ele baixou a cabeça.

– Se eu não poder te levantar, vou ser seu chão. – respondi alguns segundos depois.

Ele foi se aproximando de mim até que me abraçou e escondeu o rosto na curva do meu pescoço e simplesmente desabou.

No enterro, tentei consola-lo... Mas era muito difícil para mim também, era chocante demais.

Eu não deixei Leon voltar para casa depois do enterro, não podia o deixar sozinho e muito menos na casa onde teria tantas lembranças.

– Meu amor, descansa um pouco. - falei quando entramos no quarto.

– Preciso de um banho quente – ele suspirou.

– Eu tenho algumas roupas suas que você deixou aqui.

Logo que encontrei as roupas que ele havia deixado aqui guardadas na mochila entreguei a ele.

– Quer que eu vá pegar o restante das roupas, Leon?

Meu pai havia conversado com Leon e lhe convidou para ficar alguns meses com nós.

Ele fez que sim com a cabeça.

– Vou esperar algumas semanas e... Procurarei um apartamento, ou sei lá. – Ele se escorou na parede.

– Sabe que pode ficar o tempo que quiser não sabe?

– Sei – ele sorriu de canto, tristonho.

Enquanto Leon foi para o banho peguei a chave da casa e pedi para Frederico me levar até lá.

Foi realmente muito difícil, não conseguia nem imaginar como seria para o Leon entrar lá novamente e ter todas as lembranças, ver as fotos que enfeitavam as paredes.

Eu subi as escadas e peguei as roupas que ele mais usava e as guardei dentro de uma mala e logo voltei para casa.

TRÊS SEMANAS DEPOIS

– Dois quartos: Um é bem grande, mas o outro é pequeno, uma vaga na garagem, uma bela vista da cidade. A cozinha e a sala não são muito grandes como você pediu. – explicou a corretora quando entramos no apartamento.

– Gostou daqui? – perguntei a Leon.

Procurávamos um apartamento já que ele teria dito que se sentiria melhor tendo um lugar para ele ao invés de ficar mais tempo lá em casa.

O apartamento ficava um pouco longe do Studio, mas Leon tinha a moto.

Ele suspirou.

– Legal. Acho que encontrei.