Secret Boy-Garoto Secreto-Leonetta escrita por Jo Domínguez


Capítulo 14
Já não tem mais ninguém nesse mundo para me ouvir...




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POV’S Vilu (cont.):

Chegámos a casa. Pedi a Ludmila que não contasse a ninguém sobre o beijo e o tapa que aconteceram lá no parque. Eu não queria e nem podia mentir ao meu pai sobre o León, mas não iria contar, pelo menos por agora, já que ele está tão “entretido” com a Priscila. Notei que a mesma, chamava Ludmila por gestos. Decidi subir, provavelmente queriam conversar a sós. Não ouvi nem um pouco da conversa das duas, mas reparei que algum tempo depois, Ludmila ia em direção ao seu quarto, cabisbaixa. Eu não gosto de me intrometer na vida das pessoas, mas eu gostei dela.
–Ludmila, o que se passa, precisas de ajuda?
–Eu não preciso da tua ajuda! E eu estou melhor que nunca, afinal, sou uma Supernova e tu não passas de uma mini estrelinha, sem brilho próprio e sem talento!- ela gritou pela casa.
Eu fiquei realmente bastante ofendida, mas também preocupada, eu acho que lá no fundo ela é uma boa pessoa, pela forma como me tratou hoje, ainda à pouco. Ela só podia ter um distúrbio qualquer, não é muito normal mudar de humor assim tão rápido…
–Agora, podes sair do meu caminho garota?
–Eu tenho nome ok?
–Não me recordo- dá uma risada bem alta- Sai logo!- ela me empurrou, acabei por cair no chão.
Ela continuou rumo ao seu quarto. Trancou-se e sinceramente, não tinha vontade nenhuma de falar com ela, foi apenas mais uma que me iludiu, como León. Eu nem queria lembrar desse nome. Levantei-me e rumei para meu quarto também, precisava tomar um duche de água fria.
Acabei não demorando muito, acho que já havia esfriado a cabeça. Desci para o jantar, mesmo que não tivesse vontade de rever aquelas duas loiras, tinha de ser, pois agora que minha mãe, Angie, desapareceu daquela casa, o meu pai não deixaria comer noutro sítio daquela casa, teria de ser na sala de jantar, na mesa, como todos. Quando desci já estavam sentados, o meu pai numa ponta, Priscila do seu lado e Ludmila do lado da mãe, ela estava cabisbaixa de novo, mas não me importei, devia ser algum tipo de “birrinha”, já que eu havia notado que ela era dessas. Sentei-me junto a meu pai, ele conversava alegremente com Priscila. Ludmila, assim que me viu, colocou um sorriso vitorioso no rosto. O jantar decorreu normalmente, aquelas duas víboras loiras não paravam de me fazer perguntas. Como respeito bastante o meu pai, e as suas decisões, resolvi responder por educação, mas sempre respondia com um “Sim” ou um “Não”. Eu tive de sair da mesa sem ao menos comer a sobremesa, aquelas duas falsas não haviam parado de me atazanar. Subi, deitei-me na cama, já havia colocado o meu pijama. Precisava de desabafar com alguém, só tinha Fran, pois não queria que minha mãe ficasse mais magoada com isto do meu pai, ela se iria sentir mal, com certeza, se desabafasse com ela sobre aquelas duas loiras falsas. Liguei para Fran. Fiz mais de 10 ligações e todas iam parar na caixa postal, Fran deveria ter algo mais interessante a fazer com Diego. Agora nem ela tinha, não tinha mais ninguém neste mundo para me ouvir. León continuava me mandando mensagens pelo facebook do “Dan” mas eu nem respondia, a maior parte não lia sequer. Acabei adormecendo com esses pensamentos.


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