Welcome to London escrita por Kit Kat


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá amores da minha vida!!
Boa Leitura!



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Sofia

Que ótimo! O ônibus quebrou! Como assim o ônibus quebrou? Estamos em Londres, como o ônibus foi quebrar em Londres?! E para piorar a situação, lá fora fazia um frio de -10°C. A diretora pediu pra sairmos calmamente o que foi a mesma coisa de pedir aos babuínos bobocas pararem de balbuciar em bando. O alvoroço foi imenso, várias pessoas gritando com medo do ônibus explodir, enquanto outras alertavam que já tinham visto isso em filmes e não terminava nada bem.

– Não tem como esse dia ficar pior. – falou Helena enquanto descia as escadas.

Assim que pôs os pés no chão, Helena tropeçou sabe-se lá Deus o quê, e acabou com a cara na neve.

– Tá legal, retiro o que eu disse. – Helena disse levantando-se e limpando sua roupa.

Não fazia a menor ideia de onde estávamos. Segundo a diretora, no meio do caminho entre a escola e a universidade. A senhora Clotilde foi fazer uma ligação e nós ficamos lá fora envolvidos em cobertores vendo o motorista mexer no motor. No final da história, o motor tinha pifado e não tinha como outro ônibus ou táxi vir buscar a gente. – as ruas foram interditadas por causa da neve. A única coisa boa foi que a diretora conseguiu arruma uma pousada para passarmos a noite.

Estava tão cansada e tremendo de frio que acabei tropeçando em tudo quanto é pedra, resultado? Cheguei na pousada com o tênis e a barra da calça molhados. Conseguimos pegar 3 chalés, um para as meninas, outro para os meninos e um extra porque não coube todos nos dois chalés e nesse extra foi o nosso grupo quem ficou. Sorte a nossa que tinha uma alma muito caridosa naquela pousada que emprestou algumas roupas de frio para nós.

O nosso chalé tinha 4 beliches embaixo e 4 em cima, mais duas camas de solteiro, uma em cada andar também. Havia uma lareira, um banheiro e um guarda-roupa com cobertores.

Para todos tomarem banhou levou horas. Engana-se quem pensou que foi culpa das meninas, foram os meninos quem demoraram mais no chuveiro. Enfim, era por volta das 20h e estávamos sentados ao redor da lareira com marshmallows e chocolate quente e enrolados nos cobertores. Depois de muita conversa jogada fora, resolvemos ir dormir. As meninas subiram as escadas e os meninos ficaram no 1º andar.

Dividi a beliche com Helena, fiquei na parte de cima e ela sob minha cama. Coloquei minha cabeça no travesseiro esperando o sono chegar mas ele não veio, veio para todas as minhas amigas menos pra mim. Acho que me revirei umas 30 vezes naquela cama até que desisti e desci pra tomar água. Cheguei na pia e vi uma garrafa de água com um copo ao lado, despejei o líquido nele e antes que eu pudesse leva-lo até a boca, senti mãos em meus ombros. Assustei-me e com meu susto acabei derrubando água no chão.

– Bu! – disse uma voz que conhecia muito bem.

– Heitor! Você não tem nada melhor pra fazer ao invés de assustar garotas inocentes bebendo água?

– E você não deveria estar na cama?

– Não responda uma pergunta com outra pergunta.

– Desculpe e não, não tinha, aliás você sabe como adoro te perturbar.

– Lindo. Eu não consegui dormir. – expliquei.

– Sentiu minha falta né?

– Claro, principalmente do calor do seu corpo me aquecendo. - respondi.

– Own, que lindo. – Heitor falou apertando minhas bochechas.

– Querido, eu fui irônica.

Antes que pudéssemos continuar nossa mini discussão, ouvimos um resmungo de algum dos meninos. Heitor me arrastou até a lareira que ainda estava acesa, montamos uma cama improvisada com alguns cobertores e deitamos.

– O que você acha do meu calor agora? – perguntou.

– Da lareira você quis dizer né? Que por sinal está muito reconfortante.

– Chata.

– Convencido.

– Baixinha.

– Grandão.

E conforme nós trocávamos “elogios”, fomos nos aproximando até que encerramos a distância com um beijo. Separamos por falta de ar, Heitor olhou em meus olhos e disse:

– Eu te amo.

– Te amo mais.

– Te amo muito mais.

E assim foi o meu final de noite. Acabei dormindo ali mesmo envolta dos braços de Heitor ao som do crepitar do fogo.

Na manhã seguinte...

Acordei um pouco sonolenta, olhei para o meu lado e Heitor continuava dormindo, com os cabelos bagunçados e uma expressão serena no rosto. Fui em busca de um relógio e quando achei um vi que eram 9h. Resolvi acordar o pessoal, antes acordei Heitor para que o mesmo me ajudasse.

O andar de cima estava um caos! Sapatos espalhados para tudo quanto é lado, mochilas no meio do caminho e cobertas no chão. Como primeira vítima escolhi Helena. [Sei que iria me arrepender depois, mas faz parte.].

– Helena. – chacoalhei – hora de acordar. – retirei suas cobertas e cadê a Helena?

– Bom dia! – um ser gritou atrás de mim.

– Quer me matar do coação mulher? Onde você estava? – perguntei enquanto tentava normalizar minha respiração.

– Fui ao banheiro e no caminho vi uma cena muito interessante... – Lena explicou e olhou-me de forma acusadora. – Por que você dormiram juntos?

– O quê? – tentei fazer-me de desentendida.

– Sofia, você pode ser tudo, menos burra; eu sei muito bem o que eu vi. Vamos, abre o jogo.

Quando uma mulher desconfia de algo, ela é melhor que o FBI. No caso da Helena, ela é melhor que o FBI e a CIA juntos. Contei tudo, desde a parte em que não consegui dormir até a hora que acordei.

– Hmm... Safadinhos. – disse Helena, maliciosa como sempre.

– Para de ser tonta Helena, vai trocar de roupa que você ganha mais.

Terminei de acordar o pessoal, trocamos de roupa e fomos tomar café. Finalmente concertaram o ônibus e, assim, conseguimos voltar para a escola.

– Que viagem não? – comentou Pedro enquanto atravessávamos o corredor principal.

Passamos em frente da secretaria e a secretária me chamou:

– Senhorita Clark, uma carta para a senhorita.

– Obrigada. – agradeci e peguei o pequeno envelope.

– De quem é Sofia? – perguntou Henrique.

– É da... minha mãe


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem por favorzinho!!
[babuínos bobocas balbuciando em bando >> Harry Potter]
Até o próximo.
Beijos Azuis!!



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