Chasing a Starlight escrita por ladywriterx


Capítulo 31
Infinitamente


Notas iniciais do capítulo

Gente, é com o coração na mão, porém MUITO feliz, que venho aqui dizer que esse é o último capítulo.
Dessa vez de verdade.
Aproveitem, nas notas a gente conversa mais.



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Loki não entendeu muito bem pra onde estava sendo levado. Depois de alguns corredores sem fim, percebeu que os guardas o levavam para a sala do trono. Sala onde ele já havia se sentado. Onde tinha matado Odin. Onde Sif havia atacado Sigyn. Onde eles tinham perdido o que seria o primeiro filho. Fechou as mãos em punho e apertou com força, tentando controlar a raiva que o cegava.

A primeira coisa que percebeu foi Helena, sentada numa cadeira colocada aos pés da escada que dava ao trono. Seu cabelo tinha perdido o brilho dourado e sua pele estava pálida, os lábios rachados. Mesmo assim, ela esboçou um sorriso e colocou-se de pé com muito esforço. Depois, notou Thor, sentado no trono, meio desconfortável, mas também se levantou quando Loki entrou. O deus das mentiras voltou os olhos para Helena. Estava em um vestido simples, sem as roupas de prisioneira, sem as roupas da ala médica. Ela estava livre. Depois percebeu o pequeno rosnado.

Fenrir.

–Ele apareceu enquanto Sigyn dormia. - Thor começou a explicar. - Estava sujo e agressivo, não saía do lado dela por nada depois de encontrá-la.

–Ele sempre foi mais apegado a ela. - Resmungou para Thor. Queria se ver livre das algemas que o prendia. Precisava abraçar Sigyn. - Então você é rei agora?

–Depois que você matou Odin, não tínhamos muitas opções. - Um guarda se aproximou dele e começou tirar todas as algemas e correntes. Um peso havia saído de suas mãos quando o metal caiu no chão, libertando-o. E, antes que pudesse pedir explicações, já estava correndo até Helena, que o recebeu de braços abertos.

Segurou-a firme, tirando-a do chão enquanto sentia-a se encolher contra ele. Ela parecia tão frágil. Passou a mão por suas costas, enterrando-a em sua nuca, sentindo o calor que agora ela emanava. Tão diferente de quando ela estava deitada no chão daquela mesma sala. Fechou os olhos e respirou fundo, o perfume de sabonete levando-o para outro lugar, onde estavam bem, nada havia acontecido e eram só Loki e Sigyn.

–Nunca mais faremos algo do tipo. - Sigyn resmungou, a voz abafada por estar escondida em seu peito.

–Não me faça prometer nada, Sigyn.

Ele se separou dela apenas o suficiente para conseguir pressionar seus lábios contra os dela. Percebeu o leve sorriso que escapou antes de se separarem e precisou se controlar para não estralar os dedos e sumir dali. Tinha que reconhecer que Thor estava sendo mais caridoso do que deveria, e não queria deixar aquela oportunidade passar, pelo bem dela.

–Precisamos conversar. - Thor deu de ombros, como se pedisse desculpa por interromper. Ao colocar Sigyn no chão de novo, percebeu que ela parecia fraca demais, então ajudou-a a sentar. Ela tombou para o lado, encostado nele, que agora estava de pé ao seu lado. Ela parecia cansada demais. - Para todos de Asgard, Odin morreu lutando contra os gigantes, que se organizaram e tentaram invadir de novo, atrás da caixa. O nome de vocês não está sendo mencionado. Só temos um problema. Os guardas do castelo.

–Posso apagar as memórias deles. - Retrucou Loki. - Não estou entendendo de onde vem tanta compaixão.

–Nosso pai errou ao deixar vocês dois separados, ao forçar um exílio de Sigyn sem nenhuma acusação. Ele errou com você, Loki. - O deus das mentiras levantou as sobrancelhas, surpreso pelas palavras que saíam da boca de Thor. - Estou dando mais uma chance a vocês porque, apesar de todos os crimes que cometeram… - Ele parou, sem saber como continuar. Sigyn suspirou.

–Você não tem justificativa para nos deixar ir. Você devia nos jogar nas masmorras para sempre ou até mesmo nos condenar a morte por planejar uma invasão contra Asgard, Thor. - As palavras de Sigyn eram pesadas, mas Loki sabia que tudo aquilo era verdade.

–Eu não posso fazer isso com você, Sigyn, muito menos com Loki. São a única família que me restou. - A sala caiu em mais profundo silêncio.

As vezes que Loki reclamara de Thor e Helena apenas ria para responder um “ele é seu irmão” voltaram a mente do deus. Não, Thor não era o seu irmão de sangue, mas tinham sido criados como tais e não conseguiria machucá-lo, talvez quando estava cego pelo ódio, mas não naquela hora, não mais. Ele também tinha perdido Frigga. E agora ele perdera seu pai. Pelas duas mortes, Loki era culpado. Culpado por guiar o monstro até o quarto de seus pais. Culpado porque ele mesmo tinha esfaqueado Odin até ele cair sem vida aos seus pés – e ainda não tinha se arrependido disso. Arrependia-se somente das consequências: de como Sigyn parecia cansada e sem vida ao seu lado, como ela não parecia ser a mesma – sabia que eles nunca mais seriam, na verdade. Loki se calou. Não tinha o que responder para Thor.

–Mas, ao mesmo tempo, não posso deixá-los aqui. Você não vai poder tirar as memórias dos Três Grandes, Hogun ainda se recupera da luta contra os gigantes, Volstagg está com uma grande dor de cabeça e Fandral está preocupado com Sigyn. Na memória deles, você não vai tocar. Nem de Sif.

–Não pretendia. - Respondeu, amargo. - Sif merece lembrar de tudo.

–Loki. - Sigyn protestou, cansada.

–Vocês não vão poder ficar em Asgard. E também preciso puni-los de algum jeito, então também não poderão ficar em Midgard. - Ouviu a deusa ao seu lado suspirar. - Escolham um lugar, e fiquem lá. Sem usar a passagem para vir para Asgard, sem contato com ninguém. O castigo de vocês será o que vocês tanto quiseram: apenas os dois, pra sempre. Vou dar um tempo para você se recuperar, Sigyn. Ficarão no quarto de Loki e depois veremos para onde vocês irão.

–E Sif? - Thor suspirou com a pergunta de Loki. Não sabia o que faria com a guerreira ainda, e sabia que precisava fazer alguma coisa, afinal, ela havia atacado Sigyn quando tudo já tinha terminado, quando não havia mais justificativas para.

–Não sei, Loki. - Admitiu. - Não pensei em um castigo ainda.

Aquele quarto. Era quase agridoce entrar nele. Todas as memórias boas vinham quando Helena pisava naquele lugar. O jeito como eles costumavam a se aninhar naquela cama todas as noites para dormir, as aulas de magia, as manhãs que, de algumas vezes, tornavam-se preguiçosas porque Loki não queria sair da cama. Mas também lembrava-se das brigas, das ameaças de Odin – que já não eram mais um problema. Fechou os olhos quando sentiu Loki abraçando-a por trás, a respiração dele em seu pescoço e, a única coisa que ouviu foi:

–Estamos salvo.

E realmente. Aquele castigo não era nada comparado ao que ela esperava receber.

–Nós devíamos nos casar. - Helena virou-se para ele. Três dias haviam se passado e ela se sentia quase nova.

–Oi? Isso foi um pedido de casamento? Não ouvi direito. - Levantou-se da cadeira em frente a penteadeira e foi até a cama, engatinhando até perto de Loki, que estava esparramado na cama, com as costas na cabeceira, sentado, as mãos atrás da cabeça. Tinha passado todo aquele tempo tirando as memórias de todos que viram os dois, falaram com os dois, foram atacados pelos dois, para ter sua liberdade.

–Se vamos viver para sempre juntos, o mínimo que precisamos é casar. - Sigyn passou a perna por cima do colo dele, sentando-se ali, sorrindo. Ela tinha voltado a sorrir durante o dia, porém toda noite, quando iam dormir, ele ouvia o choro baixinho dela. Ela também não deixava que ele a tocasse e parou de tentar no primeiro dia que ela recusou. Sabia que ela estava passando por um momento difícil, e não cabia a ele tornar as coisas piores.

–Por acaso você me perguntou se eu queria? - Loki sorriu também, imitando-a.

–Eu me ajoelharia, mas… - Helena levantou as sobrancelhas, esperando pelo restante. - Eu gosto de onde você está agora. - Passou a mão pela cintura dela, trazendo-a mais perto. Seus lábios quase tocavam a orelha dela. - Quer passar a eternidade comigo? - Perguntou, num sussurro, quase um sopro, que arrepiou todo o corpo dela. Depois, voltou o rosto para encará-la, mordendo o lábio inferior e esperando a resposta.

–A eternidade? É muito tempo, não acha? - Segurou o rosto dele entre suas mãos, antes de suavizar a expressão.

–Só uma questão de ponto de vista.

–Do meu ponto de vista, parece maravilhoso. - Loki capturou seus lábios num beijo profundo, apaixonado. Ela podia sentir cada célula em seu corpo se agitando em contato com o dele, a vontade de ficar mais próxima. Quando a mão dele tocou sua coxa, um toque que antes a acendia, parou o beijo no meio, e Loki congelou.

–Ainda não consegue? - A careta dela já respondeu sua pergunta.

–Desculpa. - Sussurrou. - Ainda dói. Dor física. E dor emocional também.

–Tudo bem, Lena. - Tirou a mão, colocando-a em seu rosto num carinho delicado. - Tome seu tempo.

Sigyn estava deitada naquela mesa dura e desconfortável, rodeada de uma luz dourada que quase a cegava. A médica que lhe acompanhava desde quando chegara algemada no hospital mexia em algo e sua imagem foi projetada para fora do corpo. Estava familiar com aquele procedimento, que ela gostava de imaginar que era quase uma mistura de ultrassom com ressonância magnética, que ela não conseguia analisar ou identificar. O estômago de Helena se revirava em ansiedade. Duas semanas se passaram e era aquele exame que diria se o útero e seus ovários haviam se recuperado da espada que atravessou seu corpo. Aquele exame diria se sua irresponsabilidade a impediria de ter filhos pro resto da vida, ou se estava tudo bem.

–Como está se sentindo? - Ela respirou fundo.

–Bem, as dores passaram, já não estou tomando mais remédios. - Mas não conseguia ter relações com Loki. Aquela parte ela omitiu, fechando os lábios em uma linha fina.

–Ótimo. Um ferimento daquele demoraria meses para cicatrizar em um asgardiano, mesmo com a maçã de Iddun. - Mas Sigyn era uma deusa e torciam para que a recuperação dela fosse mais rápida. Completou em sua mente. Ela dizia aquela mesma frase toda consulta. A médica mexeu os dedos, e sua imagem dourada rodou. Não sabia interpretar as feições dela ainda, então passou a encarar o teto, imóvel, querendo que aquilo acabasse logo. Depois de quase dez minutos, percebeu que a luz dourada já não emanava mais e colocou-se sentada.

–Então? - A médica escrevia algo em sua ficha e depois virou-se para ela, sorrindo.

–Está tudo bem. Há uma pequena cicatriz no ovário direito, mas não acho que vá atrapalhar em alguma coisa. Talvez até suma. Você está quase nova, Sigyn. - Ela sorriu. É claro que ela estava feliz em estar recuperada, mas isso também implicaria em várias coisas. A primeira é que não havia mais nada que segurassem os dois em Asgard. Estava bem e essa era a condição para irem embora. A segunda é que não teria mais a desculpa física para ficar longe de Loki. Estava bem, afinal. A terceira é que estava morrendo de medo de ser irresponsável de novo. - Vou avisar Thor. - Forçou seu sorriso a aumentar. - Está liberada.

Pulou da mesa e saiu da sala. Loki a esperava, encostado na parede, cabeça baixa, tentando passar despercebido no meio de tantos guerreiros. Nenhum mais se lembrava, mas Loki não queria arriscar.

–Vamos? - Ele passou a encará-la, esperançoso. Sigyn sabia que ele queria filhos. Uma filha, segundo o dia antes de serem presos. Loki queria uma filha. Para isso, ela precisaria passar por cima desse maldito trauma que havia criado.

–Sigyn?

–Eu estou bem. Fisicamente quase curada. Uma cicatriz só no ovário direito, segundo a médica, que deve sumir com o tempo. Estou bem. - Loki a abraçou e beijou o topo de sua cabeça. Ela não estava bem. Dizia aquilo para se convencer, para lhe convencer.

–Tome seu tempo, Lena. - Ele repetia aquela frase toda vez que ela se mostrava insegura e aquilo aquecia seu coração. Ele entendia, pelo menos.

–Casar? - Thor cruzou os braços. - Achei até que vocês já tinham feito isso escondido. Vocês são deuses, não precisam da minha permissão pra isso.

–Considerando que você tem que autorizar o sacerdote a fazer isso, sim, a gente precisa. - Loki respondeu, cansado.

–Estou convidado?

–Não, Thor. - A frase saiu irônica. Thor riu e distribuiu alguns tapinhas no ombro do irmão. - Sei que não podemos ficar muito mais, e está meio de última hora.

–Fale para Sigyn achar o melhor vestido que ela conseguir. Amanhã mesmo vocês se casam. - Pararam no corredor, em frente a porta do quarto de Loki. Thor sorriu, quase triste. - Não queria que vocês fossem, mas eu não posso deixá-lo aqui, Loki. - E o deus das mentiras sabia. Mesmo que não soubessem que ele era o responsável por assassinar Odin, todos sabiam que ele havia invadido Midgard, e que havia tentado conquistar o trono de Asgard. Também, não queria continuar naquele lugar que trazia tantas memórias ruins.

–Não sou seu irmão, Thor. Você não precisa se justificar. - O deus loiro negou com a cabeça.

–Você devia parar com isso. - Loki deu um passo a frente, pronto para abrir a porta. - Sobre Sif. Ela também não vai ficar aqui, pelo menos por um tempo. Cuidará da segurança de Alfheim por alguns anos.

Ninguém em Alfheim gostava de pessoas de Asgard, então aquilo o fez sorrir. Imaginava alguns anos complicados a frente da guerreira. Assentiu com a cabeça antes de empurrar a porta e entrar no quarto, com um sentimento que beirava a tranquilidade.

E, no outro dia, Sigyn estava em seu melhor vestido, azul celeste, com pedras que refletiam a luz e com um pano tão leve que parecia flutuar enquanto andava. Apenas Thor estava ali como testemunha, num dos salões do castelo, longe da sala do trono que trazia tantas más lembranças para os dois. Na cabeça, uma tiara, prata, retorcida, lembrando-os que Loki ainda era príncipe de Asgard e, como Thor tinha dito algum tempo atrás, ela ainda seria princesa de Asgard, mesmo longe. E Sigyn queria poder tirar uma fotografia do sorriso de Loki quando a viu. E, se olhasse bem, podia ver algumas lágrimas nos olhos azuis esverdeados dele. Aquilo rendeu um sorriso ainda maior dela.

Thor estava ao lado, ouvindo os votos sendo trocados.

–Com a benção de Freya e Frigga, que não deixaram o amor faltar. - O sacerdote levantou os olhos para os dois a sua frente antes de, com um pequeno riso escondido, continuar. - Que Sigyn traga fidelidade aos dois.

–Isso não será um problema. - Loki retrucou, interrompendo-o. Helena apertou com força a mão dele, obrigando-o a ficar quieto.

–As Norns decidiram o destino de vocês antes mesmo de nascerem, e estamos aqui concretizando a profecia nos dada. Assim como elas decidiram por vocês, que elas os guiem para uma vida-longa, próspera e feliz. Sigyn, se libertará de sua família e se juntará ao seu marido. - Ela mantinha um sorriso de lado pequeno, ouvindo as palavras do sacerdote. - Ajoelhem-se. - Os dois fizeram, ainda de mãos dadas. - Loki Laufeyson se ajoelhou com uma metade e levantará com outra. Sigyn Iwaldatter se ajoelhou como filha de Iwal e se levantará como Sigyn Laufeyson. - O sacerdote colocou as mãos sobre os dois e, em nórdico antigo, disse mais algumas palavras. - Levantem-se. Vocês agora estão unidos pela eternidade.

Thor bateu palmas ao lado. Loki segurou-a pela nunca e, antes de capturar seus lábios:

–Eu te amo.

Eles partiriam para Vanaheim pela manhã. Por aquela noite, eles aproveitariam as últimas horas em Asgard. Helena retirou a tiara, colocando-a delicadamente sobre a penteadeira. Nunca mais a usaria. Nunca mais seria princesa de Asgard. Suspirou ao olhar-se no espelho e levou a mão para tirar o colar que usava. Queria evitar ao máximo aquela noite. Já fazia quase três semanas. Sabia que Loki entenderia se ela se enrolasse nas cobertas e dormisse, mas precisava superar. Precisava ser forte o bastante para superar o trauma que estava tão dentro dela que não conseguia nem ser tocada pelo – agora – seu marido. Fechou os olhos e rodou a cabeça, tentando tirar a tensão dos ombros.

–Pare de se preocupar. - Ouviu a voz de Loki enquanto ele saia do banheiro e ia até a cama. Negou com a cabeça, antes de deixar o colar junto com a tiara prateada.

Ela tentaria. Tentaria não só por Loki. Tentaria por ela, para se encontrar de novo. Não se reconhecia. Precisava daquilo. E, talvez, a noite de núpcias fosse exatamente o que ela precisava para conseguir superar. Loki estava sentado na beirada da cama, toalha em mãos, secando o cabelo. O peito desnudo, só com a calça do pijama. E ela queria. Devagar, ela foi até ele, sentou em seu colo e percebeu a reação de surpresa que ele teve quando enterrou suas mãos nos cabelos molhados dele.

–Vamos tentar. - Sussurrou, os lábios próximos aos dele. Loki jogou a toalha para longe.

–Se você se sentir desconfortável, me para.

Quando Sigyn percebeu, Loki já havia virado-a para cama, deitado-a e agora a beijava com vontade. Seu primeiro instinto foi recuar, principalmente quando ele trabalhava nos botões de seu vestido. Após, sua mente desligou e ela relaxou nos braços dele. Não tinha notado o quanto estava tensa. Antes que pudesse notar, o primeiro gemido escapou de sua boca quando Loki mordeu seu colo, próximo ao seio. De olhos fechados, ela não viu o sorriso de Loki.

Estavam juntos, do jeito que queriam, pela eternidade. Ela percebeu o quanto sentia falta do toque dele quando os beijos chegaram até sua barriga e voltaram, em uma trilha que a fazia arrepiar. Não tinha mais Odin para os separar, eles estavam casados, sem o vilão que os espreitava à noite. As mordidas de Loki, que começaram leves, agora deixavam marcas numa dor prazerosa. E ela sabia que, na verdade, ela nunca teria paz porque sabia que tinha se casado com o outro vilão. Helena também sabia que não ligava, porque seus ossos viravam gelatina quando a mão gelada dele contrastava com o calor dela e a fazia chamar seu nome em meio aos gemidos.

Em Asgard ou em Vanaheim, Alfheim, Midgard, Jotunheim, em qualquer dos nove reinos. Loki continuaria sendo o vilão.

Fidelidade e Mentira pareciam não combinar alguns anos atrás, mas, quando ele entrelaçou seus dedos nos dela e grudou as testas, também chamando-a, Helena teve a certeza que ela não era mais Helena.

Ela era Sigyn Laufeyson, a deusa da fidelidade. Casada com Loki Laufeyson, o deus das mentiras, o vilão das histórias e o homem com quem ela passaria o resto da eternidade.

–Eu te amo. - Loki deixou seu próprio corpo relaxar sobre o dela. As mãos se desenlaçaram, e pode senti-la agora fazendo um carinho gostoso em seu cabelo.

–Eternamente. - A voz dela era um sopro, que só ele conseguia ouvir.

–Infinitamente.


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Notas finais do capítulo

Então vamos lá: primeiro de tudo, obrigada por vocês estarem sempre comigo, nos altos e baixos, nos problemas e não problemas. Vocês estavam aqui quando eu tive problemas, vocês estavam aqui enquanto tudo tava bem. E vou ser eternamente grata por tudo, por cada visualização, por cada comentário me dando força, por cada recomendação maravilhosa. Vocês me faziam sorrir quando eu não conseguia, me davam forças para continuar quando eu tinha vontade de desistir. Eu não desisti. Estamos aqui, concluindo Chasing a Starlight depois de anos. ANOS. Porque lembro de começar essa fanfic em 2013. Estamos em 2016. Obrigada por tudo.

Estou publicando outra fanfic, Too Close, e vai ser uma "continuação" de Chasing a Starlight, então, mais pra frente, vocês terão Loki e Sigyn lá de novo pra aquecer o coraçãozinho de vocês - e vocês não me matarem.

E, bem, eu escolhi o melhor final para eles, acreditem. Eu tinha mais duas opções de final - e vou deixar só no ar para vocês descobrirem quais eram.

Não sei mais o que dizer a não ser: MUITO OBRIGADA por me acompanharem até aqui, vocês me fizeram um bem danado que vocês não fazem ideia. Maravilhosos. Vocês são maravilhosos.