O Sucessor - Interativa escrita por Amante Imortal


Capítulo 1
Capítulo 1 - Terly Schreave


Notas iniciais do capítulo

Olá Keelks o/
Primeiro; obrigada por lerem, e segundo; espero muito que gostem! :D

Como dito nos avisos, a ficha estará no segundo capítulo...
E por enquanto, estes iniciais são apenas para que vocês conheçam esta "nova" família real e, claro, o príncipe a quem suas garotas competirão pela mão...


Bjss, até as notas finais...
Amante Imortal.



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“Para superar de verdade nossos problemas, precisamos nos reinventar."

(A Menina que Colecionava Borboletas - Bruna Vieira)

O Sucessor

Capítulo 1 – Terly Schreave

Eu nunca recebi a oportunidade de dar minha opinião, nunca deixaram que eu falasse um "A" a respeito de tudo que fora decidido. E eu nunca realmente me importei com algo assim, mas depois de ter que passar por uma quarta inspeção médica apenas nessa semana, já tinha minhas dúvidas se este era o jeito certo de agir.

Marilia conversava animadamente com o Dr. Anderson enquanto ele tentava fazer com que ela ficasse quieta para poder examinar seus olhos, claro, que ela conversava do jeito que uma garota de cinco anos é capaz de falar. De um jeito torto e embolado, mas Dr. Anderson era gentil o bastante para tentar entendê-la (ou fingir que a entendia) e responder a todas as suas perguntas.

Me pergunto se já fui assim, elétrica como ela quando pequena. Acho que não, porque nunca tive tanta disposição para rir e brincar deste modo. Sempre fui mais calma, a apagada da família real. Isto me faz voltar a questão de nunca ter recebido a pergunta de "O que você acha, Terly?", de nunca ter conseguido erguer a voz nem para um pedido simples a uma criada. Tenho quase certeza que esta era a verdadeira razão de eu não poder ser a rainha.

Sete minutos me deram a coroa. Um diagnóstico a tirou de mim.

Eu fui a mais velha entre os filhos da rainha America e do rei Maxon, e, sendo justos eles logo tiraram a lei que definia que: apenas o filho homem mais velho podia ser rei. Só que isto não mudou o fato de eu poder morrer a qualquer momento por causa de uma doença idiota que passava nos genes de geração a geração pela família de minha mãe e que decidira se manifestar com uma força descomunal em mim, logo em mim. A herdeira de Iléa.

O trono então foi passado para Ernest, meu irmão gêmeo, mais novo por sete minutos. Que nasceu perfeitamente normal, com a perfeita sorte. Talvez fosse para ser assim mesmo, com a lei de que o filho homem seria o rei sempre, afinal, a sorte estava sempre ao lado deles pelo menos.

— Terly, estenda o braço. — Dr. Anderson se virou para mim agora, liberando uma Marilia impaciente. — Vou tirar um pouco de seu sangue, quero ver se houve alguma mudança na produção de melanina... — Ele disse já passando um algodão com álcool no meu braço e enfiando a desconfortável agulha. Não tive nenhuma reação à aquilo, depois de dezenove anos, não era mais realmente um incomodo.

—Senhor Anderson! Senhor Anderson! Acho que você é cego! — Marilia ainda não havia saído da sala, e sacudia as pernas na maca a qual estava sentada. — É óbvio que ela mudou! Não vê as manchas na cara dela? Está tão engraçada! — Ela riu e deitou atravessada na maca, ainda com os pés a balançar longe do chão.

— É doutor, eu fiquei preocupada também. — Disse com a cabeça baixa, encarando a agulha que sugava o meu sangue pouco a pouco. — Elas começaram a aparecer no início da semana, mas você não disse nada, mesmo com nossas três consultas anteriores.

— Está tudo bem Terly. — Ele disse de forma bondosa, retirando a segunda seringa cheia de sangue e pondo outro algodão no meu braço, parando o sangramento. — Esses são bons sinais, sardas são um indicio que a melanina pode estar aumentando, mas em hipótese nenhuma diminua seus cuidados em relação a exposição ao Sol, porque algumas dessas manchas podem vir a se tornar começos de doenças graves. — Seu “graves” soou como fatais em meus ouvidos, mas eu sempre estive ciente disto, então apenas assenti e me levantei da maca que estava sentada.

— Vamos Marilia, o doutor tem mais o que fazer agora. — Disse, e, obviamente, recebi vários suspiros e bufos frustrados dela antes que segurasse minha mão e desse um pequeno tchau ao Dr. Anderson e as enfermeiras que riam de suas gracinhas.

Não precisou nem de dois minutos fora da sala para que ela soltasse minha mão e corresse até o quarto de Maxilian, hoje ela ia arrastá-lo para o zoológico de Angeles que Aspen prometeu levá-los para conhecer. Parte mim queria poder pedir para acompanhá-los, mas isso significaria que vários guardas e médicos teriam que me seguir até lá, e a descrição planejada por eles teria um fim prematuro.

Decido caminhar até o salão das mulheres, talvez as criadas pudessem fazer um coque em meus cabelos, isso vai trazer mais seriedade, mas pelo menos com essas sardas terei um rosto mais… vivo.

— Princesa Terly. — Duas das criadas que estavam na porta do salão das mulheres fizeram uma mesura para mim. — O que a senhorita gostaria?

— Eu... — Começo a dizer, mas identifico minha mãe sentada no salão das mulheres ao lado de Astra, as duas cercadas de papéis. Dispensando as criadas com a mão e sigo até elas.

...mas se fizermos essa decoração para a entrada, acho que seria muito dinheiro gasto, e os quartos têm que ter acesso ao abrigo central de forma mais fácil… — Astra dizia analisando papeis. Desde quando ela ajudava mamãe com coisas que não lhe dariam dinheiro algum?

— Por isso temos que usar os quartos da ala leste e....Ty! Eu não vi você aqui! — Mamãe se levantou quando me viu e deu-me um grande abraço, como sempre fazia quando nos encontrávamos, segurando minha mão apertado. — Como foi no Dr. Anderson hoje?

— Bem, normal... — Disse nada à vontade por falar essas coisas perto de Astra. — Ele disse que as sardas podem significar mais produção de melanina, mas que ainda devemos tomar os mesmos cuidados. — Completei de forma simples o diagnóstico de Anderson, e ouvi um suspiro cansado de mamãe.

Ela estava mesmo cansada, isso era notável não nas pequenas rugas sobre seus olhos e testa, mas no seu olhar. Cuidar de um país, de uma seleção e de duas filhas doentes não era algo que deixasse uma pessoa com a aparência forte e totalmente destemida. Mesmo assim, ela era a rainha e eu via que tentava tirar essa expressão do rosto a todo momento.

— Sente-se aqui Ty. — Mamãe indicou com uma mão o espaço no sofá ao lado de Astra, com a outra ainda segurava um dos papéis.

— Não. — Disse olhando de canto de olho para Astra. — Eu quero fazer um coque hoje, se me dão licença... — Logo disse e não esperei resposta para ir me sentar em uma das cadeiras que estavam com as criadas mais próximas e, não precisei nem pedir, logo uma veio fazer um coque em mim, alto como sempre e sem muitos detalhes. Ela tinha um sorriso gentil enquanto puxa meu cabelo quase prateado para trás, abrindo espaço para meu novo rosto manchado pouco a pouco.

Me assustei ao ver minha expressão, eu parecia perdida, como se estivesse prestes a sofrer um ataque ou coisa assim. Depois de tanto tempo, acho que está virou minha expressão habitual. Quando o coque estava pronto ela fez menção em pegar a coroa que eu antes usava, mas neguei com um aceno de cabeça, fazendo com que ela pegasse grampos comuns. Quando realmente terminou voltou a seu lugar e eu fiquei por mais tempo sentada. Observando o resultado.

— Ficou bom. — Astra havia se levantado e agora se escorava na minha cadeira. — Excelente! — Ela disse alto, e eu sabia que era para que mamãe gostasse, mas o pior ainda viria. Ela observou mais o meu rosto e mexeu em uns fios soltos na frente pondo-os atrás da minha orelha. — Parece menos um fantasma agora. — Ela sussurrou com um sorriso cruel no rosto e voltou ao seu lugar.

Balancei a cabeça de um lado a outro e encostei o queixo na penteadeira, ainda observando meu reflexo no espelho. Fantasma. Aquela palavra me atormentava desde pequena, era assim que eles me atormentavam, meu irmão gêmeo, Astra, até mesmo Felícia, que só tinha quinze anos. Eu sempre ignorei, dizia para mim mesma que estavam certos e enterrava a cabeça em livros e qualquer outra coisa que me tirasse desse mundo. E agora, mesmo com dezenove anos ainda me incomodava.

Fiquei tanto tempo me encarando no espelho que Lucy e Aspen chegaram e se foram com as crianças para o tal zoológico, sinceramente? Duvido muito que eles consigam ficar sem revelar quem são, ainda mais com a boca grande de Marilia.

Passei mais tempo ainda considerando o que eles arrumariam de confusão no zoológico, e isso fez que eu não ouvisse, ou prestasse atenção, nos gritos fora do salão das mulheres.

— Senhorita Terly. — Uma criada chamou minha atenção, fazendo com que eu levantasse a cabeça e sentasse direito. — O Senhor Wan Leger, está do lado de fora do salão das mulheres, ameaçando entrar aqui a menos que a senhorita não seja uma boa princesa e ponha... an.... — A mulher parou um pouco de falar, suas bochechas rosadas se tornaram vermelhas, constrangida. Eu sabia que o linguajar de Wan não era o melhor, mas o que diabos ele disse para deixá-la tão não à vontade para me dar um recado?

— Eu avisei. A princesa não me fez a gentileza de pôr seu traseiro real para fora desse salão. Eu entrei. — Ele disse alto nas portas do salão. Do lado de dentro. — Madrinha Rainha. — Wan fez uma mesura toda atrapalhada, quase caindo. — Astra. — Disse simplesmente para uma Astra espantada. — Acho que sou o primeiro homem a entrar nesse salão. — Ele passou os olhos pelo lugar, para todas as mulheres que ali se encontravam com a boca aberta de espanto. — E isso é culpa sua! — Ele apontou diretamente para mim, com aquele sorriso irritante e de quem estava aprontando a pior coisa de sua vida. — Venha logo, ou eu terei que ficar aqui? — Ele disse e se sentou do lado de minha mãe.

— Wan! Isso é proibido. Saía daqui, agora! — Minha mãe gritou com ele se levantou de maneira tão brusca que ele caiu deitado com o movimento do sofá.

— Minha ilustre America Singer, minha madrinha e amada rainha do meu reino. Não irei te obedecer. — Ele disse dando de ombros, o que arrancou algumas risadinhas das criadas, até eu mesma sorri. Ele era o único em todo o mundo que desacataria com um sorriso minha mãe. — A não ser que a linda princesa Terly, que se recusou a ir no zoológico, venha comigo agora mesmo.

— Para? — Perguntei calma, parecendo totalmente desinteressada. Apenas parecendo.

— Assuntos de extrema importância da coroa. — Ele piscou para mim, e eu sabia que estava tramando alguma coisa.

— Pelo amor, sejam adultos! — Astra levantou as mãos acima da cabeça exasperada. — Vocês têm dezenove anos, parem de agir como crianças de dez! Nem mesmo a sua irmã Pietra faz algo assim Wan. — Ela vociferou com ele.

— Astra querida, você devia saber que, obviamente, Pietra não faria coisas assim. Ela tem doze anos e não dez. — E com isso até mesmo minha mãe riu.

**************************************************

— Como passou pelos guardas para entrar no salão das mulheres, Wan? — Eu perguntei enquanto saía apressada do mesmo e ele batia, brincando, continência para os guardas que ficavam na porta.

— Ué, eu disse que era uma ordem urgente e direta do rei Maxon e blábláblá, eles ficaram com medo do meu tom e deixaram na hora. — Ele piscou para uma criada que passou por nós no corredor e isto a deixou vermelha, me fazendo rir.

— Para com isso! Ainda vai matá-las de vergonha. — Eu dei um tapa no ombro do meu melhor amigo.

Ai! Não é minha culpa se elas ficam com vergonha do irresistível filho do general... — Wan começa a falar com seu ego interior e eu dou outro tapa em seu ombro. — Ei, isso doeu também Ty. Mas e aí? Vai ou não querer saber porque eu te arrastei para fora daquele lugar chato e frufru? — Ele disse andando de costas, ou seja, de frente para mim. Aquilo me dava nervoso.

— Ok, eu quero Sr. Crianção. Porque me tirou de lá? — Eu disse como se estivesse cansada dos seus joguinhos. Ele era o único que conseguia me fazer realmente rir com idiotices assim.

— Bem, digamos que eu. O perfeito herdeiro Leger, tenha achado algo incrível e que é de sua curiosidade, minha perfeita herdeira Singer. — Ele começou com aquela enrolação com uma pitada de descaso de sempre.

— O que você achou? — Eu disse e cruzei os braços na frente do corpo. Estava morrendo de calor, mas não arriscava usar mangas curtas e simples, nem mesmo uma gola baixa. Era um vestido de inverno, branco e forte. Nenhum Sol me incomodaria com ele.

— A Seleção será anunciada daqui a dois dias, certo? — Ele sorria de um lado a outro. — E como o seu pai decidiu que seria mesmo um sorteio e ninguém saberia quem eram as garotas até o dia do anúncio ainda estamos no escuro quanto as moças escolhidas, certo? — Ele se virou para caminhar normalmente ao meu lado. — E se o Sr. Crianção aqui, tivesse encontrado onde as pastas com as selecionadas para sofrerem com seu irmão, perdão, casarem com seu irmão, estão?

Aquilo me fez para de caminhar automaticamente e o puxar pelo braço, ele ainda estava com o sorriso idiota no rosto. Mas isto me deixou extremamente pasma.

— Como?

— Do mesmo jeito que entrei no salão. Os guardas confiam no afilhado do rei… e, eu sou muito inteligente. — Ele fez uma cara de sabe-tudo da qual eu ri.

— Mas, não vão me deixar entrar lá, Wan. — Eu disse me queixando como uma criança. Faziam semanas em que eu tentava descobrir quais seriam as garotas de onde sairia minha nora, mas mamãe e papai continuavam a negar esta informação, até mesmo para Ernest, que teria que se casar com alguma delas, e isto só aumentou minha curiosidade e me deu algo para fazer nesses dias entediantes e cheios de correria que sucediam a Seleção.

— Vão sim. — Ele sorriu e se encaminhou para a parede, lá havia algo que meu pai mandara instalar no palácio não faz muito tempo, um interfone que transmitia a mensagem para o palácio todo. Ele apertou o botão sem nem pensar duas vezes. — Guardas da ala oeste do palácio, dirijam-se para os jardins imediatamente! É uma ordem do rei. — Ele disse duas vezes, disfarçando a voz como se estivesse desesperado.

— Você é louco? Vão nos matar! — Eu sussurrei alto e o puxei pelo braço, mesmo assim já não fazia diferença, ele tinha mesmo feito aquilo.

— Agora sim, nós vamos entrar. — Ele disse me ignorando com sucesso e seguindo pelo corredor até uma das bibliotecas de minha mãe.

Por algum motivo ela nunca nos deixou entrar lá, e agora eu suspeitava que devia ser um lugar cheio de segredos do reino e coisas de estrema importância. Juro que não imaginei que abrindo a porta haveria uma biblioteca normal com uma pilha de pastas em uma mesa de centro.

— Uau, então são livros com fita vermelha o grande segredo desse lugar. — Disse um pouco desapontada, passando os dedos pelas fileiras de volumes velhos e empoeirados nas estantes. — O que será que eles escondem?

— Algo muito importante, por causa do tamanho do segredo que mamãe guardou quanto a esta biblioteca. — A voz rouca, fria e altamente calculada de Ernest fez com que eu pulasse no lugar. — O que você e o senhor Leger fazem aqui, Terly?

Olhei para trás, a porta estava escancarada e Ernest estava encostado no batente da mesma. Daquele jeito engomadinho de sempre. Um terno cinza, o cabelo loiro escuro para trás, e aquele sorriso cretino na cara. Meu perfeito irmão.

— O que você quer? — Rebati com raiva o futuro rei do meu país. O único que conseguiu fazer com que eu tivesse ódio o bastante para levantar a voz. — Não ouviu o anúncio do papai?

— Ha. Ha. Ha. — Ele entrou na sala com seus passos lentos, não escondendo seu interesse pela pilha de papéis na mesinha. — Acha mesmo que eu não reconheço a voz do Wan? — Ele disse e deu de ombros. — E de qualquer modo, não responderam minha pergunta.

— Estamos procurando pela mulher que vai ser condenada ao seu lado pelo resto da vida. — Respondeu Wan, com o mesmo ácido na voz que Ernest usara. Ele era mesmo o único que desafiava a realeza sem nem parar para piscar.

— Eu devia mandar cortar sua língua, palhaço. — Ele respondeu e sentou-se no pequeno sofá que ficava na frente da pilha de pastas. — Vocês querem olhar isto aqui tanto quanto eu, não é? Então... indo direto ao ponto, por que não fazemos um acordo? — Ele disse de um jeito arquitetado que me fez pensar se não teria ensaiado essa frase antes.

— Que acordo, Ernest? — Perguntei de uma forma mais curiosa do que irritada, realmente aquela pequena agitação me fez ficar um tanto quanto cansada (bem-vindos a vida de uma anêmica real), mesmo assim empinei a cabeça e cruzei os braços, ficando tão séria quanto possível.

— Nós olhamos isto aqui, mas ninguém conta a ninguém que o fizemos. — Ele disse já se esticando para alcançar a primeira pasta.

Analisei meu irmão tentando decidir se ele estaria blefando e já tinha chamado os guardas, ou se estava tão interessado assim nos papeis que faria mesmo um acordo comigo. Decidi pela segunda opção.

— Wan, tranque a porta. — Disse me sentando do lado oposto a Ernest e pegando a segunda pasta na lista.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Viu algum erro? Odiou e quer dar sua opinião?

A caixinha ai embaixo serve para isso e para qualquer duvida que tenha quanto a história... (inclusive sobre o tipo de albinismo da minha querida Terly e da linda Marilia)

Lembrando que é o primeiro capítulo, e foi mais uma introdução para o que está acontecendo do que um inicio de história com acontecimentos relevantes...

É isso por enquanto... próximo capítulo com a ficha...


Bjss,
Amante Imortal.