Feelings That Do Not Die With Time escrita por JackScarlet


Capítulo 2
Desejos contraditórios


Notas iniciais do capítulo

Fiquei feliz porque tive visualizações e resolvi postar logo. Se alguem realmente for lê. Já agradeço.
Boa leitura.



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Respirei fundo uma, duas, três, tantas vezes que me perdi na contagem e quando percebi, Kuro já tinha conseguido sair do poço e já estava me pedindo a mão para subir e ver o quanto tudo era incrível. Olhei para ele e queria chorar, me encolher ali naquele canto onde estava e voltar para o outro lado.. Esconder meu filho. Porém não fora o que eu fiz, pedi que ele me desse espaço e sai do poço, fiquei de cabeça abaixada por alguns segundos, tentando não pensar em quantas coisas poderiam ter mudado. Ergui os olhos, estava tudo do jeito que eu lembrava da ultima vez que vim, talvez algumas árvores tenham começado a crescer apenas, mas tudo ainda me trazia milhares de lembranças à cabeça - sorri nostálgica - de repente queria correr para o vilarejo e vê como todos estavam, ao invés disso, sentei e deixei que Kuro explorasse até cansar. Enquanto isso, pensava no que faria, para onde iria, Inuysha já devia ter sentido meu cheiro, ou talvez ele tenha mudado, não sei dizer. Não demorou muito e Kuro já estava reclamando de fome, e comecei a me desesperar. A ideia de ir para o vilarejo me pareceu assustadora. De repente ouvimos o barulho de algo se aproximando, Kuro correu para meu lado. Só poderia ser ele -prendi a respiração e Fechei os olhos. -

— Kagome, é você? - a voz não era dele, mas de alguém que amava muito... Shippou.

Então eu abri os olhos, já com lágrimas e corri para abraça-lo, shippou estava quase do mesmo tamanho, acho que da altura da Rin, o cabelo um pouco maior ainda amarrado e com o sorriso brincalhão.

— Shippou que saudades, veja como cresceu, como você está? Como estão todos? - As perguntas vinham automaticamente e não queriam parar.

Quando nos acalmamos, a primeira coisa que ele percebeu foi Kuro, passou alguns instantes olhando de mim para ele, catando cada semelhança. Eu o via tentando balbuciar alguma coisa, mas nada parecia fazer sentido.

— Quem é ele Kagome? Como ele conseguiu atravessar o poço? Por que só agora você voltou e trouxe ele junto? Eu pensei que o poço não funcionasse mais. Kagome, o que ele é pra você? - O que antes começou com quase gritos, terminou com sussurros.

Eu não queria contar, expor algo que traria algum impacto para essa era, mas não esconderia meu filho, algo que amo incondicionalmente.

— É meu filho shippou. Kuro, pare de ser mal educado e venha se apresentar, eu não lhe ensinei a ser assim.

Meu pequeno veio todo desconfiado, se esgueirando por trás de mim.

— Sou Higurashi Kuro, muito prazer.

— Sou Shippou, um velho amigo de sua mãe. - disse com aquele sorriso travesso.

— Mas como você é um velho amigo da mamãe se você é do meu tamanho? Oka-san, por que não me contou que tinha gente morando dentro do poço? Por Kami-sama oka, ele tem rabo, ele é um youkai? - os olhos dele brilhavam e rodavam de um lado para o outro, curioso por tudo.

— Kagome, ele não sabe de nada? - por um momento vi o olhar magoado de Shippou pesando sobre mim.

— Não Shippou, achei que era cedo, teria que explicar várias coisas e não era o momento.

— Tudo bem Kagome, de qualquer jeito, vamos para o vilarejo. Inuyasha já está vindo para cá mesmo. - e me lançou um olhar desconfiado. Ele não sabia de tudo no final das contas.

Senti-me sufocada, não queria vê-lo, ouvi-lo, o queria longe de mim e de meu filho. Não queria ver ele esbanjando felicidade com Kikyou, aquelas palavras iriam voltar. Mas não iria me entregar tão fácil, 10 anos me ensinaram a ser mais forte que ele, por tudo que ele me fez passar. Então apenas concordei em ir com Shippou, apertando um pouco forte demais a mão de Kuro.

No meio do caminho eu o vi, a cabeleira prateada, que fosse Sesshumaru com a pequena Rin, mas eu sabia que não era. Ele parou a uns 5metros de mim e Kuro, enquanto Shippou foi um pouco na frente, devia pensar que eu queria falar com Inuyasha, mal sabia que eu desejava exatamente o contrário. Porém eu não daria o braço a torcer.

— Olá Inuyasha, estávamos indo para o vilarejo. - tentei soar o mais fria possível. Ele não me respondeu, continuava apenas olhando de mim para Kuro e vice-versa - pena que Kuro não conseguiu esconder toda sua admiração e espanto e correu para perto dele.

— Caramba okaa, olha o tamanho do cabelo dele! É todo branquinho mesmo ele não sendo velhinho, e tem orelhas igual de cachorro! Ei tio, por que você é assim todo estranho? O senhor também é amigo da mamãe? Sugoi, ela só tem amigos legais e nunca me contou. - seus olhos brilhavam e rodavam Inuyasha como se ele fosse um brinquedo novo de ultima geração.

— Chega Kuro, está sendo mal educado outra vez, venha para perto de mim agora. - tentei soar o mais calma possível.

Inuyasha pareceu finalmente despertar do transe no qual estava, franzindo o rosto ao ver Kuro voltando para perto de mim. Não o esperei responder - Bem, se não poderá nos acompanhar nós já vamos, até Inuyasha - fiz um pequeno aceno e continue andando sem olhar para ele.

— Espere Kagome! - Ouvi ele vindo atrás de mim e chamando em passos ligeiros. Estremeci. Apertei mais forte a mão de Kuro e ele me olhou preocupado.

— Está tudo bem filho, só estou um pouco cansada. E estamos para a vila de Inuyasha, posso falar com ele lá.

Para a minha sorte eu já avistava o vilarejo, e Shippou estava me esperando junto com Sango, Miroku e seus filhos. Não aguentei, corri e abraçei Sango, tentando matar toda aquela saudade da minha melhor amiga, umas das que melhor me compreendia depois de minha mãe. Ela, que sabia de tudo e sempre me apoiou, me acalmou e me deu forças. Quando ela começou a chorar não suportei e deixei cair toda aquela felicidade que crescia dentro de mim, de todo o tempo em que estivemos separadas, minha segunda família.


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Notas finais do capítulo

Então, não sei se alguém leu, mas, obrigado aos que chegaram até aqui. Semana que vem tem mais.
Kissus, minna



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