A Cor do Amor escrita por GraziHCullen


Capítulo 9
Teste




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/63833/chapter/9

 

 

Como a Alice disse, deu tempo de chegar à escola até o intervalo. De certa forma, foi engraçado quando entrei no refeitório com os Cullen. A boca aberta de choque da Jéssica é uma imagem que vou guardar para o resto da minha vida. Mesmo assim, meu lado tímido ainda me dominava, por isso coloquei o capuz novamente, tampando-me o máximo que consegui. Para aqueles que não notaram, meu capuz é como algo que me exclui de tudo que esta em minha volta. Ele me ajuda a tentar manter-me sã, tarefa difícil quando se vê auras. Talvez você não entenda agora, mas quem sabe no futuro.

 

Enquanto ainda estava na casa dos Cullen, ao contrario do que pensei, nenhum deles me crucificou por causa do “erro Emmet”, como Alice passou a chamar. Surpreendendo-me todos fizeram piadinhas enquanto me puxavam felizes para dentro de sua casa (ou mansão). Até o próprio Emmet fazia brincadeiras.

 

Carlisle me explicou como consegui domar os meus poderes. Ele falou que meu dom é como uma fera. Se domesticada, posso conviver com ela, e até usufruir de alguns benefícios. Mas se deixá-la solta, sem um bom amestrador, corro serio perigo de descontrole.

                                     

Quando o expliquei sobre como via as auras ele quase saltitou de excitação. Olhando por auto, poderia parecer bem gay, mas vindo de um homem como aquele, pareceu como se achasse uma mina de ouro, ou fizesse a descoberta da cura do câncer.

 

Ele me explicou melhor seu próprio dom. Ele pode curar qualquer coisa, desde que toque o que tem que ser curado. E ele disse isso pra mim com o peito estofado de orgulho. Parece que ele assim como seus filhos, ele gosta de fazer algo para normal. Parece que ele sente prazer nisso. Quando o indaguei sobre este assunto, ele me disse que realmente sente orgulho do que pode fazer, por que ele usa isso para algo em beneficio da sociedade. Para me mostrar melhor ele pegou a minha mão que tinha ralado quando cai antes do “erro Emmet”. Surpreendentemente, na frente dos meus olhos, vi fios minúsculos de pele se juntar aos poucos, como se fossem costurados por si próprios, deixando a palma da minha mão quase como nova. Apenas uma fina linha avermelhada estava presente, provando-me que aquele fato deveras bizarro não era pura imaginação.

 

Falar que entrei em choque com uma demonstração dessas seria a mais pura blasfêmia. Nunca poderei explicar, mas senti como se finalmente achasse pessoas que se identificassem comigo. Como se finalmente encontrasse minha família.

 

Tive uma crise de choro, e pude perceber todos os Cullen entrar em desespero. De repente vários braços estavam em minha volta, desesperados por me ajudar. Suas auras tornaram-se em um vermelho vivo, querendo desesperadamente me passar amor, carinho. Vários fios vermelhos me envolveram, fraternamente e eu chorei ainda mais. Chorei por tudo. Pela morte dos meus pais, por ter que morar em um lugar que não gosto, por ter que aturar minha prima opressora, por ser uma esquisita sobrenatural... E lá estavam todos os Cullen, me envolvendo, como deveria ser a tarefa de minha tinha, ou do meu tio. Mas não culpo Reneé ou Charlie por não me consolarem. Eles tem a própria filha certo? Eles tem que se dedicar a ela.

 

Mas minha crise de choro de desabafo cessou quando Emmet, desesperado para acabar com a enxurrada de lagrimas que descia pela minha bochecha, empurrou todos seus irmãos e seu pai e me pegou no colo gritando, como se imitasse um bebe chorão fazendo pirraça.

 

_A, Bellinha, não chore, se não eu também choro! A Bellinha, não faça isso comigo! Anime-se, Bellinha!

 

Uma crise de riso subiu pela minha garganta, e eu realmente senti que estava em casa.

 

Quando me chamaram pra voltar para a escola fui totalmente feliz. Sentia-me de certa forma, muito confiante. Mas não o suficiente para abaixar meu capuz. Como já disse antes, assim que cheguei ao refeitório, todos ficaram surpresos. Suas auras paralisaram-se, pálidas, em puro choque. A Alice percebeu que eu encarava todas aquelas pessoas e ela pegou em minha mão, me levando para uma mesa no centro do refeitório. Quando me sentei, todos continuaram a me olhar.

 

Uma idéia surgiu em minha mente. Ora de mostrar que aprendi algo com o Carlisle!

 

A Alice parou de repente, seu olhar ficou sem foco, para em seguida voltar ao normal soltando uma risada.

 

_Bella, não acredito que você fará isso!

 

Edward deve ter visto tudo pela mente dela, porque também riu e colocou seu braço em volta do meu ombro super à-vontade. Sorriu, apoiando-me. Emmet olhou confuso para eles, querendo fazer parte da brincadeira também.

 

_Você logo saberá – Alice e Edward disseram juntos, ainda rindo.

 

Todos olharam para mim com expectativa. Ri comigo mesma enquanto me concentrei. Mirei na minha prima, um alvo perfeito para minha primeira experiência consciente. Sorri, vendo a aura dela farta de ciúme, olhando para mim, desejando estar no meu lugar, com o braço de Edward em volta dela. Ri baixinho, enquanto novamente imaginei o sorriso de Edward. Os mesmos espasmos de calma anteriores correram pelo meu corpo. Foquei-me na aura de Rosalie, preta e vermelho-sangue. Pensei comigo mesma “explode, rosalie! Coloque sua raiva pra fora!”.

 

Não ouve uma única pessoa (tirando Edward e Alice) que não pularam de susto com o que ouve a seguir. Rosalie de repente pulou da cadeira urrando de raiva. Fiz com que a aura dela borbulhasse de ódio. Depois do berro excêntrico, ela correu até uma mesa e assustando um pobre Nerd, pegou um refrigerante e mandou contra a parede. As pessoas próximas às paredes atingidas gritaram de susto. A aura de Rosalie dividiu-se e deu uma ultima chicotada, em cima de uma mesa. A mesa partiu-se no meio, deixando seus ocupantes pasmos.

 

Emmet me olhou

 

_Puxa, e eu que fiquei com medo do lance da corda!

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!