A Cor do Amor escrita por GraziHCullen


Capítulo 10
Tentação




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Bem depois do que fiz com a Rosalie, mais precisamente 2 aulas depois do intervalo, é que eu me dei conta de algo: eu tenho mais poder do que imagino. Quer dizer, eu fiz aquilo no refeitório sem fazer grande esforço!

 

Com essa descoberta meio obvia, comecei a ficar subitamente nervosa. Inconscientemente, passei meu sentimento para todos em volta de mim. Suas auras mudaram de cor e eu não percebi. Somente passei a notar quando uma régua batendo em minha mesa cortou meus pensamentos.

 

_Senhorita Swan! Posso saber por que não presta atenção no que falo?

 

O meu professor de calculo é que era o dono daquela régua. Parece que o sentimento que passei para a aura de todos não chegou a ele, pois sua aura de nervosa não tinha nada. Estava mais para um vermelho escuro, de ódio indomado. O fato é que ele me fez acordar dos meus pensamentos, que estavam em polvorosa, totalmente gritantes, em minha cabeça.

 

Decidi novamente testar meus poderes. Se mudei a aura dos outros alunos inconscientemente, então.... Por que não tentar com um pacato e odioso professor?

 

“Não!” Pensei “Não posso usar meus poderes assim!”

 

Lembrei-me de mais alguma coisa que o Carlisle falou:

 

“Bella, ter dons é algo com muitas responsabilidades. A partir do momento em que você o doma, ele vai tentar domar você. Tudo que você fizer vai parecer à oportunidade perfeita para usufruir dos seus poderes. Um dom como o seu é perigoso. Você pode mudar o que as pessoas sentem, mas cada pessoa tem o direito de sentir o que quiser. Não perca a cabeça, Bella. Você não pode deixar-se ser domada”.

 

Carlisle novamente tinha razão. Eu sobrevivia sem usar meu dom antes, por que não posso agora?

 

_Desculpe-me, Senhor. Vou prestar a devida atenção agora – respondi ao professor, me segurando para não usar meu dom.

 

“Vai ser algo difícil, Bella. Mas você consegue. Tenho certeza” A voz de Carlisle correu pela minha mente novamente.

 

É Carlisle, você não sabe o quanto esta sendo difícil...

 

(...)

 

Quando as aulas terminaram por hoje, segui para o estacionamento distraída, escondida no meu capuz. Quando ia entrar no carro de Rosalie, ouvi-a falar, atrás de mim.

 

_Nem pense nisso.

 

Olhei-a confusa. Eu sempre fui e voltei da escola com ela. O que mudou agora?

 

_Você não entra mais em meu carro. Vá a pé, se arrastando, de cabeça pra baixo ou voando. Não estou nem ai. – Rosalie disse, venenosa. Acho ate que podia sentir o veneno correndo por sua aura e por sua voz. A aura, como sempre negra, assustadora, ofuscando tudo. Ela assim que terminou a fala entrou no carro e deu partida, me deixando parada no estacionamento com a face surpresa.

 

_Gata estressada, essa sua prima, não? – Ouvi uma voz atrás de mim. Logo a reconheci.

 

_Emmet! – Eu disse feliz, me virando e inconscientemente o abraçando. Sua aura amarela feliz me fez fazer isso. A cor era tão potente que eu pude sentir sua felicidade, e acabei ficando um pouquinho entérica. Mas em um canto, pude notar um fio azul acolhedor se soltava dele, mesclado com um marrom, que significa verdadeiro, e se enroscou em mim. Emmet de alguma forma me aceitava, e isso me fez ficar ainda mais esterica

 

_Me fizeram vir aqui para te levar para o carro. Sabe, acho que o Edward pensa que você não sabe andar, ou que alguém vai te matar até chegar ao Volvo metido a besta dele!

 

Emmet com toda a sua doçura característica (estou sendo sarcástica!) me puxou pelo braço, me levando pelo estacionamento e assim que chegamos ao Volvo, me jogando no banco de traz e sentando-se na frente.

 

_Bella!- A voz feliz de Alice chegou aos meus ouvidos. Fiquei feliz novamente e a abracei. Olhei para o banco do motorista e Edward estava lá, parado. Vermelha, estiquei-me e o abracei também. Me surpreendendo, ele me segurou e com naturalidade me puxou para o seu colo, me deixando presa entre ele e o volante. Tentei me mexer surpresa, mas acabei apertando a buzina fazendo com que todos olhassem para o carro e vissem pela janela que estava aberta eu sentada no colo de Edward. Dizer que fiquei vermelha seria blasfêmia.

 

_Quer matar a garota, Edward? Quer ter uma namorada com infarto? – A voz inconfundivelmente alta do Emmet foi novamente ouvida e quando ele falou a palavra “namorada” tanto eu como o Edward coramos.

 

_O que pessoal? Pra que corar? Esta nos seus destinos ficarem juntos! E acredite, eu sei de tudo sobre o destino! – Alice disse, enquanto colocava a mão na testa, dramaticamente. Ela olhou para o Emmet e os dois riram novamente.

 

Edward me soltou, vermelho e eu mais que depressa voltei ao banco de traz. Não que eu não tenha gostado de sentar no colo dele, mas eu não tive a oportunidade de desfrutar do momento, sabe?

 

Meu Deus. Não acredito que eu pensei isso! Estou virando uma perva!

 

Edward deu partida no carro, ao som da risada de Alice e Emmet.

 

Os olhos de Alice perderam o foco e uma de suas mãos grudou-se com força no banco. Quando seus olhos voltaram ao normal, ela soltou um guincho, que se transformou em um grito.

 

_Seu primo gostoso chegou, Bella! A, não creio! Meu futuro namorado esta na sua casa!

 

_Futuro namorado? – Falei para a Alice, confusa.

 

_Sim, o Jasper! Agora ele só tem que me ver! Ai ele vai fazer cara de pateta, que por sinal fica linda nele e depois vai ficar todo tímido! Ai agente vai sair e eu vou me casar com ele! Não é legal Bella! Seremos como... Sei la! Meia-primas, por causa do meu namoro com o Jazz, e meia-irmãs, por causa do seu namoro com o Edward!

 

_Ainda não estamos namorando Alice. – Edward disse baixo – Ainda. – Ele fez questão de frisar a ultima palavra. Mas eu não prestei atenção. Estava tentando processar o que a Alice tinha dito.

 

Quando finalmente entendi, soltei um grito feliz. Meu primo/melhor amigo estava na minha casa, esperando! Gritei, quando o Edward parou o carro e sai às pressas, dando um tchau a todos.

 

_Deixa um pedaço dele pra mim! – Ouvi o grito da Alice enquanto tropeçava no degrau em frente à casa, abria a porta, me jogava lá dentro.

 

Sentado lá estava o meu primo Jazz, surpreendentemente lindo. Ele com certeza ficou mais forte, mais ainda sim um ar frágil saia dele. Sua aura era amarela e vermelha. Seu cabelo estava um pouco maior, mas ainda sim, curto. As mesmas características faciais, só que mais desenvolvidas estavam presentes. Nariz fino, boca grossa, cabelos loiros... Mas tudo agora mais proporcionalmente distribuído. Joguei-me em cima dele, gritando feliz.

 

_A Jazz, estava com tanta saudade!

 

A verdade é que nossa amizade sempre foi muito boa. Sei que durou apenas um verão, mas eu pude saber que Jasper era um cara ótimo.

 

Perfeito para a Alice” Pensei comigo mesma.

 

_Também senti sua falta, Bells!

 

Eu e o Jazz conversávamos empolgados no sofá quando Rosalie entrou em casa. Sua aura ainda estava venenosa, mas quando ela viu o Jasper um sorriso cruel veio em sua face e sua aura ficou levemente mesclada com dourado.

 

_Se não são os dois perdedores se agarrando... Vai ser divertido ter você aqui Jasper. Eu tenho uma pilha de tarefas para você fazer.

 

Rosalie e toda a crueldade dela ataca novamente. Como ela pode falar coisas assim para uma pessoa tão legal como o Jazz? Talvez, eu deva usar mais um pouquinho do meu dom, certo? Afinal, devo usá-lo para o bem da sociedade e o Jazz faz parte da sociedade.

 

Sorri internamente. Fiz a aura de Rosalie se enrolar em seus pez e dei um no bem feito. Quando o Jazz abaixou a cabeça ela fez o que mais gosta de fazer. Jogar o cabelo para o lado e sair rebolando. Só que quando tentou dar o primeiro passo, seus pés não se mexeram e seu corpo foi em direção do chão. Resisti fielmente ao impulso de gritar “madeira!” e tentei ao Maximo não rir quando ela caiu deslizando pelo chão. Soltei rapidamente seus pés, por que a qualquer momento ela os inspecionaria confusa. Ouvi a risada do Jazz e um grito de Rosalie mesclado foi uma experiência deveras única. Sorrindo, puxei o Jazz para o quarto na qual ele ficaria, e fechando a porta abafei os gritos raivosos de Rosalie.

 

Pena que não para sempre.

 

 


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