The Frozen Queen escrita por Lady Oakenshield


Capítulo 1
O beijo do inverno.


Notas iniciais do capítulo

Aos que chegaram até aqui e estão dando esta chance a fanfic agradeço muito!
Será apenas um história recontando os acontecimentos de Frozen com mudanças e eventos que vão juntar cada vez mais Soluço e Elsa.
Espero realmente que gostem; Comentários incentivam e ajudam muito! E não custa nada ;P
Espero que gostem, boa leitura e nos vemos nas notas finais.



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" Peter: E então vão me mandar para a escola?

Wendy: Sim...

Peter: E logo depois para um escritório...

Wendy: Suponho que sim...

Peter: E então logo serei um homem...

Wendy: ...

Peter: Não podem me obrigar a crescer! "

( Peter Pan - J.M Barrie)

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Introdução.

Se perguntarem a coisa mais incrível que já vi, não saberia responder. Sabe, esta é uma lista que atualizo constantemente — a de "coisas-mais-incríveis-que-já-vi" — e não sei muito bem como por em ordem. Diria que conhecer o Banguela. Depois treiná-lo. Aí então embarcar em uma aventura louca entre salvar dragões mal compreendidos e não destruir minha pouca reputação. Poderia ser também quando Astrid luta! Ah... É uma coisa tão linda...

Claro que o dragão-alfa está no meio. A luta de dois alfas, ainda que renovar estas memórias renovem também a dor da perda.

Contudo tem uma coisa. Uma só. Uma que não entra na lista por que odeio frio e lugares úmidos onde não possa ficar de pé. Uma que se não fosse fria e úmida ganharia a coroa de mais incrível que já vi na vida. Ainda posso recordar; Estava voando com Banguela a noite. Bem alto. As nuvens de deitavam abaixo de nós como um tapete macio e branco. Por algumas falhas eu via o solo tão distante e o mar. O horizonte se aproximava e o vento cortava em um zumbido alto por meus ouvidos. Banguela girou mergulhando nas nuvens perdendo altitude, para logo após voltar em um salto. Ergui minhas mãos pensando por um minuto poder tocar as estrelas. Tolice de um menino de 11 anos.

Ainda estávamos no começo de nossa parceria e, graças a minha ignorância quanto aos assuntos draconianos não notei o ronronar vindo de seu peito. Mas, calma, ele se fez notar. Rosnou e cuspiu fogo chamando minha atenção na direção que o incomodava.

— Que foi garoto? — indaguei tocando suas escamas e ele mergulhou com velocidade.

Cortamos a luzes coloridas do céu noturno. Pude tocá-las completamente estonteado. Montes escarpados ganham dimensão em nosso horizonte conforme o mar ia encontrando seu fim na terra. As árvores se erguiam de forma orgulhosa de rochas estéreis. Transpomos essa fortaleza natural e finalmente as torres de um castelo se apresentaram. Não fazia ideia que reino era aquele e muito menos como estavam vestidos. — eu sabia que eu era apenas um viking perdido a deriva em uma ilhota, mas, haviam outras pessoas 'não-vikings'? Era um reino de terra tão fértil. Nunca tinha visto tantas flores e tantas tochas. Ruas iluminadas. Para mim naquele época eles eram como um sono e para eles eu e o meu amigo de voo éramos apenas lendas. O céu não era tão escuro e logo ouvimos gritos e dedos apontavam. Não havia medo, mas alguns olhavam com certa admiração.

Banguela continuou seu caminho veloz! Achou que podia ter cometido um erro e pegou altitude voltando a se misturar a penumbra dos céus. Uma luz subiu do solo para o céu estourando em brilho azulado e caindo em forma de neve. Um após o outro. Olhei mais atentamente, guiando meu dragão para que desse uma volta completa. Pelo manto noturno só vi as nuances de uma menina da minha idade. Cabelos muito loiros, quase brancos, debruçada em sua janela chorando. Suas lágrimas viraram flocos de neve e caiam suaves ao chão e das mãos apertadas vinham as fagulhas brilhosas que subiam aos seus. Uma explodiu perigosamente perto de meu corpo e Banguela se distanciou voando para longe, subindo novamente as nuvens deixando todo aquele mundo para trás.

Em casa pesquisei mais sobre aquilo. Uma pessoa com 'neve'? Neve.. no corpo? Não, neve saindo de seu corpo... Em um livro encontrei o seguinte título para minha busca:

O beijo invernal.

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Capítulo um: O beijo invernal.

Soluço, ilha de Berk — dias atuais.

sentiu como se tudo tivesse fugido de seu controle e não pudesse fazer nada para recuperar a rédias dos cavalos que puxam sua vida? O peso da coroa estava sobre meus ombros e eu realmente não deveria ficar pensando nisso, nem sendo tão melodramático, mas, minha vida já não era mais minha.

Se eu respirava? Olhe a postura, respire como homem. Berk precisa acreditar que está segura com seu rei! Se eu andava? Olhe como anda, não se esqueça. Passe confiança e autorismo, o povo precisa saber que tem um bom rei. E minhas refeições? Nunca mais puderam ser como quis! Sempre nas mesas marcadas, com o pessoal do conselho. Vida social? O que é isso mesmo? Um dia eu tive? Tirando fora a parte fracassada desta minha vidinha linda — isso é sarcasmo, senhores — agora que eu era popular tinha uma candidata ótima a rainha guerreira... Eu mal tinha tempo de pensar em uma respostinha sarcástica para dar! Estão vendo? Nem estou sabendo ser sarcástico agora! E ser sarcástico de longe era meu ponto mais forte! A menos que tenha alguma menina que goste do meu queixo forte, jeito de viking e belos olhos verdes com dentinhos separados no sorriso, só de brinde!

Lindo!

Deveria começar dizendo assim "Estou agora em uma das minhas raras folgas comendo alguma porcaria não 'real' com meu dragão" mas nem mesmo essas "raras-folgas-clichês" eu tenho!

Com licença! Quero voltar a ser só eu! Dá pra ser, ou tá muito difícil?

Me remexi pela enésima vez no trono ridiculamente grande de mais para mim, poderia até me deitar nele se eu quisesse porém se o fizesse iam me chamar a atenção. O chapéu com chifres estava caindo sobre meus olhos tornando a tarefa de sempre pô-lo para cima a única coisa interessante que havia para fazer. Os anciões comentavam e discutiam assuntos e eu estava ali apenas como figura representativa mesmo. Se eu abrisse minha boca para opinar ouvia um "Quando era da sua idade pensava assim também. É um rei novo e ganancioso. Estamos aqui para ajudar, majestade"; Pufff! Isso quando alguém me ouvia, né? Podia começar a fazer um discurso sobre batatinha quando nasce que eles nem iam olhar pra minha fuça.

— Então está decidido, aceitamos o pedido. Será uma boa missão diplomática! — o mestre ancião deu sua última palavra.

Viu aí? Touché! Cade minha voz ativa?

— Rei... — eles se viraram para mim e o homem continuou a falar — Decidimos aceitar o convite de um reino com qual mantemos relações meramente diplomáticas... — com isso ele queria dizer "nem nós os defendemos, nem eles nos defendem. Se quer se lembram que existimos!" — Para a coroação de sua nova rainha, a rainha de Arendel.

— Are.. oi? O que é Aren... Além... A...

— Arendel? — meu escrivão sugeriu a palavra erguendo seus olhos do papel onde esteve anotando toda a reunião.

— Esse lugara aí mesmo! — apontei para ele me pondo de pé.

— Um reino a três dias de viagem ao leste. São de costumes extremamente divergentes dos nossos, mas a muito tempo temos trégua e paz com os mesmos, apesar de não mantermos qualquer contato. Eles foram gentis e de boa vontade ao nos enviar um convite. — um dos anciões tomou a palavra; Por mais que ele falasse de forma bonita não conseguia parar de olhar, e sentir certo nojo, da flecha cravada em seu olho perfurando seu crânio. Só mesmo vikings para permanecerem vivos depois de um golpe deste.

— Hmm... — foi tudo que disse. Quando não se sabe o que responder, dê uma resposta arrogante e monossilábica. Vão achar que é inteligente demais para responder algo a mais e ainda o classificaram como "misterioso".

— O senhor vai comparecer? — outro indagou com a voz fraca, parecia que ia morrer a qualquer minuto com aquela tosse.

Epa! Estavam indagando algo a mim? Mesmo? Sério isso? Eu podia recusar 3 dias de viagem chata em um navio cheio de homens sem banho e alto mar para ficar em minha casa? Era meu aniversário? Natal adiantado?

— Digam que o rei de Berk sente muito e...

— Que ele irá comparecer com toda certeza! — o conselheiro se manifestou, cortando meu discurso e massacrando minhas esperanças. Homem cruel e sem coração!

Revirei meus olhos e fitei o homem com uma cara feia como se isso fosse ativar algum poder ocular e queimá-lo vivo.

É, não deu.

— Banguela vai comigo! — anunciei e antes que pudessem vir com suas desculpas e proibições saí da sala com um sorriso triunfante.

Hey! Isso era legal! Um poder de decidir.

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— Pois é amigão! Estamos de saída! — disse fazendo minhas malas. Todo tipo de bugiganga entrava na bolsa de couro curtido. — E vamos a um tal reino que nunca vi!

Caminhei até meu mapa na parede e analisei meus desenhos e anotações. Tantas explorações para o norte, sul... Mas nunca para os lados daquele lugar. Daquele reino que nem sabia da existência.

— Bem, ao menos será esta nossa única aventura desde que me tornei rei. — sorri acariciei o focinho de meu dragão, deitando-me em suas costas olhando a falha no teto, fitando as estrelas — Será que irá valer a pena?

Partimos pela manhã; O céu se pintava com as cores da aurora e o nosso melhor e maior barco era abastecido com suprimentos, hidromel e nossas coisas. Era o navio para longas viagens, os únicos com dois andares e abrigo no convés. A carranca da frente era um dragão com a bocarra escancarada segurando o escudo com o brasão de minha família. Ao redor outros escudos de grandes reis do passado ou grandes guerreiros que merecessem a homenagem de estar ali. Os remos para fora e a as velas sendo arrumadas em seus mastros. Banguela entrou pela rampa e quando já não restava mais qualquer tripulante no cais que não eu sorri e beijei a bochecha de Astrid. Acenei um breve adeus para toda minha casa — meu povo — e subi a rampa deixando metade de mim ali, em Berk.

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Foi uma viagem repleta de calmarias. Repleta de tempo de mais com nada para fazer. Meu lugar cativo era na cabeça do dragão da carranca. Se via algo que valia investigar voava com Banguela para perto e explorava voltando logo após para meu barco. Não ouve ameaças ou a presença de outras embarcações.

Mal acreditei em meus olhos quando enfim no horizonte no fim do terceiro dia montanhas altas começaram a desenhar uma bela baía. Vimos um ou dois navios ao redor e todos nos saudavam com gentileza. Fui instruído a manter meu dragão escondido no piso inferior de nossa embarcação. Não sabíamos como eles reagiriam ao ver uma criatura daquele porte. Se interpretassem como guerra Berk podia sair não na pior, mas com vidas perdidas e eu ainda não quero ter sangue em minhas mãos.

Deixei meu lugar cativo e subi pelas amarras até a casa do vigia e de lá olhei melhor o castelo. As minhas visões de menino voltaram a mim como uma lufada de ar quente. Apertei minhas mãos na corda, projetando meu corpo para frente devorando cada detalhe daquele castelo tão diferente de uma arquitetura engraçada. Feminina de mais. Era um reino de mulheres?

Reconheci a janela da moça das lágrimas de inverno. Procurei por um sinal dela, mas todas as cortinas do castelo permaneciam fechadas. Nem mesmo uma janela aberta. Haviam tantos navios ao redor que ficava difícil nos encaixar naquele alto padrão de tanta ostentação de riqueza. Éramos um povo tosco se comparados a tudo aquilo. E esta observação feriu meu orgulho por uns momentos.

Que seja! O que eles tem em dinheiro, temos em artes de guerra. Estariam massacrados de fossemos contra eles com nossos dragões; E assim massageei meu ego ferido. Desci pela corda principal voltando ao convés firme sorrindo com desdém para a cidadezinha que se abria para nós.

— Bem vindo a Arendel, vossa alteza.

— É... Não é tanta coisa...

— Estão abrindo os portões. — um dos marujos observou, apontando os enormes portões rangendo para se abrir.

— Obrigada por observar o óbvio. — disse acenando para o espertalhão indo até nosso capitão.

— O conselheiro irá com você, Soluço. Ficaram 3 dias até o final das comemorações. Partimos no terceiro dia pela manhã.

— Como se ir a um lugar estranho já não fosse chato o suficiente, o conselheiro ficará comigo. — resmunguei de má vontade.

— A morte de Estoico te fez mal, garoto. — ouvi o conselheiro murmurar pelas minhas costas.

Me virei pronto para iniciar algum diálogo onde eu deveria provar como estou certo quando vi a semblante triste no rosto do homem.

— O que o Soluço de antes diria... se visse o de agora?

Abri e fechei minha boca como um peixe. Me calei e franzi o cenho lutando contra a ardência que tomava conta de meu nariz e garganta. Golpe baixo! Eu sei que tinha me perdido. Eu sinto que me perdi. Eu deveria estar vendo aventura, não apenas dias chatos. O meu eu de antes veria isso.

— Venha garoto, devemos vesti-lo com o melhor. — dito tal o conselheiro saiu e eu o segui.

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Eu estava com uma armadura digna e feita para meu tamanho, sem exageros. Ajeitava a luva de couro e na capa grossa encontrava-se o desenho de um dragão junto ao símbolo dos deuses perfeitamente bordado. As botas subiam até meus joelhos e nunca tinha experimentado tal calçado. Era estranho ter minha prótese tampada. Não tenho qualquer problema com ela, mas assim foi decidido.

Assim que atracamos demos o nome de nossa família e fomos prontamente guiados aos portões onde todos entravam.

Minhas mãos começaram a suar dentro das luvas e minha garganta a apertar. Da capela de coroação se ouvia o coral. Pareciam anjos cantando. Olhei para a janela da tal moça e finalmente a vi. Eu senti no mesmo instante que era ela. Sabia que era. Trajava o espartilho e o vestido fino por cima do mesmo. Os cabelos platinados soltos.

Sorri assim que nossos olhos se cruzaram; Era somente eu ali parado entre uma multidão olhando-a. Suas faces ficaram rubras e ela fechou as cortinas.

Sorri e voltei ao meu caminho original.

— Que... garota... — murmurei sem ter capacidade de achar palavras ou adjetivos melhores.

Algo estava para começar.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que gostem. Sim, modifiquei algumas coisas. Detalhes e etc... Para se encaixarem melhor.
Vídeo inspiração: https://www.youtube.com/watch?v=nckvDXtcChM
Obrigada por lerem e até o próximo.



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