Perversa escrita por Diamandis
Todos se reuniram na sala de jantar, envolta da linda mesa do bolo. Cantaram ‘parabéns a você’ e ela soprou as dezessete velinhas.
Então, a música voltou e tudo voltou ao normal. Ela dançou mais um pouco e foi para perto do DJ. Cochichou algo em seu ouvido e saiu andando apressada.
A música baixou de repente e as luzes se ascenderam na escada. Hermione estava lá, sorrindo sarcástica.
– Tenho algo importante a dizer. – Parecia falar com uma classe de crianças.
Um murmúrio geral irrompeu pela casa. Choveram palpites.
– Eu não devia expor minha vida assim, mas é necessário. Para selar minha reaproximação da Cho.
O corpo da oriental enrijeceu e ela apertou a mão de Cedrico com força. Não estava gostando nada daquilo. Todas as cabeças se viraram em sua direção e seu rosto enrubesceu intensamente. O frio aumentou.
Ronald não entendeu. Podia jurar que Hermione contaria a todos sobre o namoro dos dois, mas o que Cho teria a ver com tudo aquilo? Nada.
– Ela não sabe que eu sei. – Continuou. – Mas a realidade é que eu estou totalmente ciente de que... ela está viciada em fluoxetina.
Uma expressão chocada brotou no rosto de cada um, especialmente no de Cho. E Ronald. Todos encararam-na outra vez, cochichando uns com os outros. Cedrico a puxou para mais perto.
– Mas mesmo assim eu a aceito de volta, como minha amiga. – Concluiu Granger.
Sua vingança estava completa.
Deixou suas palavras pairando pela casa e esperou fazer efeito. Então, preparou-se para descer e sentir o gosto da derrota da traidora.
Mas alguém já subia os degraus de dois em dois. Ronald. Seus olhos estavam hostis e indignados, mas, ainda sim, receosos. Parecia estar prestes a fazer algo que não queria.
– Esperem! – Chamou, atraindo as atenções novamente para a escada. – É mentira dela! Cho não é viciada em fluoxetina!
– É sim. – Interrompeu a loira, sem compreender. – Eu a vi jogando uma cartela vazia no lixo e ela não tem receita para comprar.
Ronald insistiu:
– Ela não é. – Ninguém entendia mais nada e mal podiam esperar para entender. – Eu sou.
Um ‘oh!’ espantado escapou da boca de todos. O sangue sumiu do rosto de Arnold W. e as pernas de Hermione oscilaram na escada. Ela se escorou no corrimão.
– Está blefando. – Sussurrou. – Não está? – Aquilo soava mais como uma súplica.
– Não. A cartela era minha, ela foi jogar fora. Estava tentando me convencer de parar. – A voz dele falhou e seu queixo ficou trêmulo por um breve segundo. – E não há receita porque ela não usa. Eu não tenho receita porque...
– Não, Ron! – Hermione sorriu colocando as mãos docemente em seu rosto. – Não precisa fazer isso por ela. Cho não merece, meu amor.
Os murmúrios ficaram mais intensos após os convidados ouvirem Hermione chamando Ronald de ‘amor’.
O olhar hostil retornou ao rosto dele.
– Você é tão suja, Hermione. – Rosnou, afastando as mãos dela. – Eu tenho vergonha de ter desejado você. Me faz um favor? Não me procura mais.
Desceu as escadas recebendo todos os olhares enquanto Hermione sentava-se chocada num degrau.
Ele foi ao encontro de Cho e os garotos e os levou para fora, seguido do pai.
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