Perversa escrita por Diamandis


Capítulo 46
Capítulo 46




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Todos se reuniram na sala de jantar, envolta da linda mesa do bolo. Cantaram ‘parabéns a você’ e ela soprou as dezessete velinhas.

Então, a música voltou e tudo voltou ao normal. Ela dançou mais um pouco e foi para perto do DJ. Cochichou algo em seu ouvido e saiu andando apressada.

A música baixou de repente e as luzes se ascenderam na escada. Hermione estava lá, sorrindo sarcástica.

– Tenho algo importante a dizer. – Parecia falar com uma classe de crianças.

Um murmúrio geral irrompeu pela casa. Choveram palpites.

– Eu não devia expor minha vida assim, mas é necessário. Para selar minha reaproximação da Cho.

O corpo da oriental enrijeceu e ela apertou a mão de Cedrico com força. Não estava gostando nada daquilo. Todas as cabeças se viraram em sua direção e seu rosto enrubesceu intensamente. O frio aumentou.

Ronald não entendeu. Podia jurar que Hermione contaria a todos sobre o namoro dos dois, mas o que Cho teria a ver com tudo aquilo? Nada.

– Ela não sabe que eu sei. – Continuou. – Mas a realidade é que eu estou totalmente ciente de que... ela está viciada em fluoxetina.

Uma expressão chocada brotou no rosto de cada um, especialmente no de Cho. E Ronald. Todos encararam-na outra vez, cochichando uns com os outros. Cedrico a puxou para mais perto.

– Mas mesmo assim eu a aceito de volta, como minha amiga. – Concluiu Granger.

Sua vingança estava completa.

Deixou suas palavras pairando pela casa e esperou fazer efeito. Então, preparou-se para descer e sentir o gosto da derrota da traidora.

Mas alguém já subia os degraus de dois em dois. Ronald. Seus olhos estavam hostis e indignados, mas, ainda sim, receosos. Parecia estar prestes a fazer algo que não queria.

– Esperem! – Chamou, atraindo as atenções novamente para a escada. – É mentira dela! Cho não é viciada em fluoxetina!

– É sim. – Interrompeu a loira, sem compreender. – Eu a vi jogando uma cartela vazia no lixo e ela não tem receita para comprar.

Ronald insistiu:

– Ela não é. – Ninguém entendia mais nada e mal podiam esperar para entender. – Eu sou.

Um ‘oh!’ espantado escapou da boca de todos. O sangue sumiu do rosto de Arnold W. e as pernas de Hermione oscilaram na escada. Ela se escorou no corrimão.

– Está blefando. – Sussurrou. – Não está? – Aquilo soava mais como uma súplica.

– Não. A cartela era minha, ela foi jogar fora. Estava tentando me convencer de parar. – A voz dele falhou e seu queixo ficou trêmulo por um breve segundo. – E não há receita porque ela não usa. Eu não tenho receita porque...

– Não, Ron! – Hermione sorriu colocando as mãos docemente em seu rosto. – Não precisa fazer isso por ela. Cho não merece, meu amor.

Os murmúrios ficaram mais intensos após os convidados ouvirem Hermione chamando Ronald de ‘amor’.

O olhar hostil retornou ao rosto dele.

– Você é tão suja, Hermione. – Rosnou, afastando as mãos dela. – Eu tenho vergonha de ter desejado você. Me faz um favor? Não me procura mais.

Desceu as escadas recebendo todos os olhares enquanto Hermione sentava-se chocada num degrau.

Ele foi ao encontro de Cho e os garotos e os levou para fora, seguido do pai.


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