Lumos! Interativa escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 6
Encontros e desencontros


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Pessoal... é difícil dizer isso mas estou sem internet, e por tal razão houve o mega atraso no andamento da fic. Infelizmente eu usava a internet pra colocar muitas referências de idade média e do mundo de HP, por isso a falta dela está me custando muito, principalmente na atualização de Lumos!
Infelizmente não tenho previsão para quando minha internet voltará, muito menos de quando irei atualizar a fic novamente. Por essa mesma razão, este capítulo saiu relativamente menor e nulo de referências. Também fiquei sem poder procurar as imagens para editar e colocar no final, mas isso é o de menos, acredito -q
Grata pela compreensão de vocês, e espero que gostem.
Boa leitura. :3



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As duas jovens chegaram invadindo a enfermaria, percorrendo todo o local com os olhos, à procura de Salazar. Ele não se encontrava, porém. As únicas pessoas presentes no momento eram Beatrice e Helga. A primeira dirigiu-se a elas, pronta para passar-lhes um sermão.

— Senhoritas, tenham um pouco de compostura… milady Helga está…

— Nós sabemos. — Cateline alegou, jogando os cabelos, que haviam ficado bagunçados na corrida, para trás. — Mas a situação atual é urgente.

— Slytherin não está por aqui? — Andrômeda perguntou do seu lado. Ela havia apoiado suas mãos nos joelhos, vergando o corpo um pouco, e respirava arfando, o que dificultava um pouco o entendimento da frase.

— Mestre Slytherin acabou de sair…

— Nós estávamos brincando de palavras-cruzadas! — Helga explicou, com extrema satisfação. — Disseram que era algo urgente… o que aconteceu?

— O banheiro feminino foi destruído. — a monitora conseguiu finalmente descansar um pouco, endireitando o corpo e falando com mais clareza. — Suspeitamos… — e ela deu ênfase nessa palavra, o que fez Cateline lançar-lhe um olhar enviesado. — … que seja obra de um bruxo das trevas.

— Céus… — Deixou escapar Beatrice, levando uma mão aos lábios. — Alguém se feriu?

— Por enquanto não… pelo que parece. — Cateline parou de falar para dar atenção à Helga que se levantara num pulo, escorregando e caindo de cara no chão. Mais do que rapidamente, como se nada tivesse acontecido, ela levantou-se, e colocou ambas as mãos na cintura.

— Um bruxo das trevas? Ha… vou colocá-lo para fora à base de chutes!

— Lady Helga, você não está em condições para…

A fundadora cortou a observação de Beatrice, batendo um dos pés no chão e fazendo um biquinho. As duas alunas imaginaram que ela faria uma cena heroica, afirmando que era dever dela estar a frente das buscas por tal perigo para a escola.

No entanto… ela pôs-se a choramingar. — Mas eu preciso ir! Bea, me deixe sair, sim? — e com uma das mãos, pôs-se a puxar uma das mangas bufantes da enfermeira.

Cateline e Andrômeda trocaram olhares de profunda descrença, enquanto murmuravam praticamente ao mesmo tempo: — Parece com uma criança…

De fato, às vezes Helga agia realmente como uma. Mas suas intenções sempre eram as melhores, e Beatrice já chegara a conclusão que mantê-la mais tempo ali era impossível. Apesar de a professora estar pedindo-lhe permissão, ela sairia de um jeito ou de outro depois. De maneira que apenas deu de ombros e suspirou, assentindo com a cabeça. — Vá…

Com toda certeza voltará para cá por outras razões… Pensava, enquanto acenava para o grupo que acabava de sair do aposento, deixando-a sozinha. Começou a imaginar se havia mesmo um bruxo das trevas à solta… de qualquer jeito, precisaria estar atenta caso alguém se feri-se… de maneira que agarrou uma caixa contendo poções, gazes e objetos necessários para os primeiros socorros e algum tempo depois também saiu da enfermaria.



A gata preta percorreu o caminho até o dormitório de Salazar com extrema agilidade. Como esperado de sua espécie, os saltos graciosos e precisos, aliados a um perfeito equilíbrio, facilitavam bastante sua locomoção, e não demorou quase nada para que se encontrasse às portas de seu destino.

Normalmente Katherine entraria sem cerimônia alguma, mas se tratando dos aposentos privados do mestre, era preciso ter cautela… então começou novamente a esticar-se, o pequeno corpo de pelugem negra dando lugar a habitual garota de pele alva e cabelos escuros. Suas mãos tocaram a aldrava de prata, que ficava encravada bem no centro da porta de madeira que servia como entrada, e ela bateu-a três vezes.

Foi atendida pouco tempo depois… o professor parecia estar preparando-se para descansar ou algo parecido, porque os cabelos, normalmente presos em um rabo de cavalo, estavam soltos e bagunçados. Os olhos estavam mais intimidadores do que o normal, o que fez a aluna engolir em seco algumas vezes antes de conseguir retornar a sua personalidade normal.

— Er… mestre Slytherin…

— Fale. — ele abriu completamente a porta, apoiando-se no batente e cruzando os braços, de maneira que escondesse as mãos nas mangas do longo manto que usava. O jeito como disse aquela única palavra parecia uma intimação, e dava até para imaginar o resto da frase que queria dizer. Algo como “e é bom que seja importante, para ter me atrapalhado”.

Kat tossiu brevemente, suspirando em seguida e endireitando a coluna. — Senhor… Rowena pede por sua ajuda em um caso…

— Caso? — houve um mínimo movimento em sua expressão, quando ele ergueu uma sobrancelha. — Não imagino qual razão me faria ajudar em um mero caso…

— Na verdade, é uma situação complicada… há uma suspeita de que… um bruxo das trevas tenha invadido o castelo.

— Não há certeza, porém.

Olhando para ele, parecia óbvio que não estava nem um pouco preocupado com a situação. Possivelmente, imaginava que não passava de algum mal-entendido. Se não houvesse algo que chamasse sua atenção para o caso, era capaz do professor virar as costas e bater a porta na cara dela. Assim, se houvesse realmente um bruxo com más intensões infiltrado, as coisas poderiam acabar mal…

— Não. Cateline afirma categoricamente que é um, mas ainda não foi encontrado…

Isso pareceu fazê-lo ficar minimamente interessado. Parou de apoiar-se na porta, ficando em pé direito. Jogou uma mecha dos cabelos claros para trás, tirando-a de seu campo de visão, enquanto cravava aqueles olhos no rosto de Katherine.

— Cateline…? Parece promissor… prossiga.

— Bem… o banheiro feminino foi completamente destruído em algum momento na parte da manhã, pelo que parece… havia sangue nas paredes e um… bom… — ela uniu a ponta dos dedos, na tentativa de encontrar a palavra que queria. — uma fenda… na realidade, uma marca profunda no chão, parecia uma garra de um animal muito grande…

— Viste com teus próprios olhos?

— Sim. Eu estive lá. A aparência não é das melhores.

— Compreendo… — Salazar tirou uma das mãos de dentro da manga, levantando-a para segurar o próprio queixo. Seu olhar agora estava parado no teto, mas não parecia estar realmente observando aquela direção. Com um movimento fluído, girou nos calcanhares… fechando a porta atrás de si.

Como esperado, deixando Katherine olhando para a folha de madeira, sem entender coisa nenhuma.

— Ma… mas eu pensei que ele tinha se interessado, no fim das contas… — ela resmungou para si mesma, baixinho, encarando a aldrava, perguntando-se se deveria bater de novo. A razão gritou em seu cérebro para não fazer tal coisa em hipótese alguma, então apenas se afastou alguns passos. Quase sendo atropelada por uma pessoa familiar.

Felizmente Alana conseguiu evitar a colisão dessa vez, de alguma forma conseguindo continuar em pé no processo, e logo inclinando a cabeça ao notar que a pessoa na qual quase havia batido era Katherine. — Er… o que está fazendo parada aqui?

Ela apenas apontou mecanicamente para a porta, com uma expressão aborrecida. — Slytherin bateu a porta na minha cara.

— Jura!? O que você fez pra ele ter reagido assim?

— Absolutamente nada, está achando que sou quem? — ela protestou em resposta, em seguida agarrando Alana pelas costas do vestido, notando a clara intenção da mesma de ir lá segurar a aldrava. Girou-a, ficando de frente para a mesma e de costas para o dormitório de Salazar. — Não, não, não! Está louca, se o incomodarmos é bem capaz de sermos penduradas de cabeça para baixo nas masmorras!

— Se não fizermos nada o tal bruxo pode nos matar antes que tenhamos essa possibilidade.

— A gente nem sabe se existe mesmo esse bruxo das trevas, pra começo de conversa!

— Ele existe. — a voz fria e cortante chegou pelas costas de Kat, causando-lhe um estremecimento involuntário. Girou o corpo para observar o professor, que aparecera novamente na porta, um chapéu preto e comum descansando sobre seus cabelos, com uma joia verde pregada na extremidade esquerda, com franjas da mesma cor descendo até a altura do queixo. Em sua mão direita, sua varinha parecia pronta para lançar um feitiço no primeiro que aparecesse em seu caminho. — Disseste que Cateline afirmou isso, certo?

— Sim… antes achávamos que havia sido uma peça pregada por algum outro aluno.

O homem fechou os olhos, momentaneamente, enquanto passava a ponta da varinha contra uma das suas mangas. — Cateline é a aluna mais promissora de todas as turmas de Artes das Trevas e de Defesa contra as mesmas. Eu não a perdoaria se tivesse cometido um engano dessa magnitude. Possivelmente, ela tem razão.

Estou tentando entender onde termina o elogio e começa a ameaça velada… Kat fez uma careta, pensativa, e preparou-se para seguir Slytherin, que já começava a andar. — Então… o senhor vai procurá-lo?

— Irei. Não suporto a ideia desses vermes rastejando dentro da minha escola…

— Professor Salazar é realmente possessivo. — Alana levou uma das mãos aos lábios, embora o comentário tenha saído alto o suficiente para que este a ouvisse.

— Alana… mantenha silêncio, e eu considerarei a ideia de não pendurá-la de fato pelos pés…

— Hum, pelos pés, você diz? Deve ser divertido.

Kat fungou discretamente, quase aliviada da pessoa em questão ser Alana e não outra qualquer.

Salazar sabia bem o suficiente que aquela criança tinha uma personalidade similar à de Helga. Ameaças ou intimidação não funcionavam, pelo menos as dele… de maneira que apenas ignorou o comentário e seguiu em frente, com as duas jovens bem atrás de si.



O grupo de excursão da Floresta estava retornando naquele mesmo instante. Pareciam exaustos, num primeiro olhar. Dimitry cambaleava, como sempre, pedindo por um lugar em que pudesse deitar a cabeça e dormir até o fim do mundo. Max tentava apoiá-lo sem muito sucesso, afinal quase estava caindo também.

— Ei! Dim, você é pesado, sabia? Deixe para adormecer quando chegarmos no castelo, pelo menos.

— É, dessa forma podemos rolá-lo pelo resto do caminho até uma vala. — implicou Ian por sua vez, voltando a apoiar o outro lado dele e deixando Charllotie quieta por um tempo. Aparentemente a conversa que ambos haviam tido no último pedaço do caminho envolvia:

Ei, Lottie, eu fui salvar você!

Sou-lhe extremamente grata por isso, Ian.

Então… eu ganho um beijo pela sua gratidão?

Hum… não, não me sinto grata a esse nível…

— Pobre Dim… — murmurou Anastácia, inclinando a cabeça, franzindo as sobrancelhas. — Não joguem-no numa vala qualquer, ele pode ser considerado um indigente…

Essas palavras fizeram Max gargalhar, o que acabou despertando a atenção do alvo da brincadeira por um tempo. — Parem de agir como se eu não pudesse ouvi-los.

— Então pare de dormir o tempo todo. — Ana, por sua vez, andava de braços cruzados, incomodada com algumas coisas. Ela parecia um tanto quanto mais calma do que o seu normal, em compensação estava mais sisuda também.

— Aninha, você está se sentindo bem? — questionou Ian, usando a mão livre para cutucar a bochecha dela.

— Não me toque… e por que eu não estaria, finalmente estamos deixando esse lugar desagradável.

— Hum… talvez esteja zangada pelo fato de nós dois termos ficado para trás e não termos sido testados. — Max opinou, sabendo que estava longe o suficiente para que ela não conseguisse acertá-lo num rompante de raiva, a menos que buscasse por sua varinha.

— Cale-se, ratinho assustado. — ela pareceu notar a tal distância também, pois contentou-se em apenas xingá-lo da primeira coisa que passou por sua cabeça.

— Nesse caso… estás muito tranquilo, Max. Deve ter sido difícil para ti também. — Lottie comentou, educadamente.

— Não, na realidade… é apenas uma questão de sorte e azar. Como você ter sido raptada e os outros estarem separados da gente na trilha, podendo sair para buscá-la. Não me sinto nem desanimado nem especialmente feliz por isso. — ele fechou a mão livre num punho, com energia. — Mas da próxima vez, agarrarei a oportunidade com unhas e dentes e serei o herói! Hahaha!

— Tenho sérias dúvidas sobre isso. — resmungou Ana.

Anastácia riu baixinho, antes de questionar: — Você pretende arranjar alguma confusão para ser mandado para cá de novo, é isso?

— Que!? É claro que não… bom, você entendeu o que eu quis dizer. — ele fechou a boca, desviando o olhar para o outro lado, para disfarçar a vergonha.

A conversa foi interrompida por alguém que se aproximava correndo. Eles já estavam fora da orla da floresta, de maneira que foi possível identificá-la muito bem.

— Cateline! — gritou Ani, acenando em sua direção. A garota só parou de correr quando ficou de frente para eles, ofegante, com as mãos na cintura. Seu preparo físico era ótimo, o que lhe permitia correr por bastante tempo e por longas distâncias sem se cansar. Mesmo assim, estavam abusando demais disso naquele dia.

— Francamente… esse pessoal acha que sou o quê, uma coruja? — ela alegou, entre arquejos, logo prestando atenção nos colegas e levantando uma mão para saldá-los. — Olá, para vocês. Onde está Godric?

— Acabamos de voltar da Floresta Negra e a primeira coisa que você pergunta é sobre o professor? Sério mesmo? Que falta de simpatia. — reclamou Ian, pronto para comprar briga, mas Cat vetou-o com um movimento de mão.

— Agora não, o assunto é importante. Mais tarde podemos tentar nos matar mutuamente… E então, onde ele está?

Houve uma troca de olhares.

— Godric ficou por lá mesmo… não estava conseguindo encontrar as plantas que queria, pelo visto, e mandou-nos voltar na frente. — explicou Ana, sucinta, mordendo o lábio inferior logo após.

Cateline engoliu a resposta com extrema má vontade, xingando logo em seguida. — Danação! — antes de alongar as pernas e as costas rapidamente, passando pelo meio deles e começando mais uma vez a correr.

— Espera, Cateline, é perigoso entrar ai sozinha! — Chamou Max, em aviso.

— Eu estou acostumada! — a voz dela respondeu, antes que ela sumisse de vista em meio às árvores.

Mais uma vez, os membros do grupo se entreolharam.

— Sério, está todo mundo muito exaltado hoje. — Ian alegou, pondo-se a caminho do castelo novamente. Os outros apenas deram de ombros, voltando pouco a pouco à conversa que tinham parado.



Andrômeda podia afirmar que aquele não era o seu dia de sorte. Absolutamente nada estava saindo como o planejado e toda aquela confusão causava-lhe uma extrema dor de cabeça. Dessa forma, havia separado-se de Helga e Cateline – a última, de qualquer forma, fora enviada para procurar Godric – e decidido ficar sozinha.

Ela havia se dirigido aos andares superiores, com a varinha em prontidão, ainda que não esperasse encontrar ninguém suspeito lá em cima. Os fantasmas residentes costumavam habitar essa área, de maneira que teriam avisado-a se vissem alguém no local. Teoricamente deveriam, pelo menos.

Sua convicção foi ao chão quando, das sombras atrás de si, surgiu uma mão que tapou-lhe a boca, enquanto outra prendeu-a pela cintura, de maneira que ficasse impossível de fazer um movimento muito extenso. Apesar de a pessoa ter ignorado a varinha que mantinha entre seus dedos, Andrômeda havia assustado-se o suficiente para esquecê-la no primeiro instante.

— Hum… como dizem mesmo? Não deves deixar uma moça andando sozinha em lugares perigosos? — uma voz masculina e abafada murmurou em suas costas. Ela tentou torcer a cabeça o suficiente para observar quem falava, mas não conseguiu nada mais do que uma dor no pescoço, o que a fez gemer de dor.

— É… tem toda a razão. — seu raptor continuou, pensativo, como se ela de fato tivesse respondido-o. Uma mecha de cabelos prateados, que terminava em uma ponta avermelhada, passou pelo seu campo de visão. Mas apenas isso. — Agora… o que será que vou fazer com a senhorita?

Antes que pudesse falar algo mais, contudo, a jovem forçou sua boca a fechasse, mordendo-o profundamente e forçando-o a largá-la. Com um safanão conseguiu libertar-se completamente, e então girou o corpo para observar quem estava ali. Automaticamente, sua varinha subiu, apontando diretamente para o mesmo. Parecia que ela havia finalmente lembrado que estava com uma, afinal.

O homem a sua frente não transparecia estar nem minimamente preocupado por ela ter conseguido escapar de suas mãos. Ele balançava de maneira apática a mão ferida pela mesma, ocasionalmente assoprando-a. Apesar de usar luvas brancas, os dentes da garota deviam ser afiados o suficiente para penetrá-las. Por baixo do manto negro que cobria boa parte de seu corpo, Andrômeda pode divisar olhos em um tom bizarro de amarelo, e mais uma vez algumas mechas do cabelo prateado, que no máximo passava um pouco dos ombros, com suas pontas cor de vinho. Também foi capaz de descobrir o porquê sua voz saía abafada. Aparentemente havia uma echarpe tampando sua boca, mas era difícil ver por causa do manto.

— O que foi, senhorita? Parece estar aterrorizada.

And forçou-se a parar de tremer, segurando com mais força ainda sua varinha. — Quem é você?

— Ninguém ensinou-lhe que é falta de cortesia perguntar o nome de uma pessoa quando ainda não lhe disse o seu próprio? Francamente… — aqueles olhos amarelos se estreitaram minimamente. — Devo afirmar-lhe, contudo… não lhe convém saber tal informação.

— Não convém a mim? Imagino que não convenha para você… — Ela conseguiu fazer uma expressão irônica. Sua mão fez um movimento rápido, enquanto pensava em ditar uma azaração simples, mas no mesmo instante seu corpo travou. Meramente travou. Seus olhos buscaram a outra mão dele, ainda parcialmente escondida por baixo das vestes negras. Ele havia…

— A nenhum de nós… afinal, se eu lhe disser quem sou e o que vim fazer aqui, terei de matá-la, criança tola. — ele inclinou brevemente a cabeça, erguendo a mão machucada para ajeitar o tecido sobre seus lábios. — A propósito… não aconselho que me ataque tão descuidadamente assim.

Ele deveria ser bom em feitiços não-verbais, afinal. Andrômeda praguejou mentalmente, impossibilitada de respondê-lo, mais uma vez. Seus membros continuavam negando-se a se mexer. Nem mesmo suas malditas pálpebras piscavam, e isso fez com que visse aquele rapaz aproximar-se, abaixando um pouco o corpo de maneira que seu rosto ficasse nivelado ao dela. — Pergunto-me se devo deixar uma marca em ti também, isso chamaria a atenção, certo? Por enquanto, contudo… é mais conveniente que não se lembre deste nosso encontro, senhorita…

Se ele pensou em apagar a memória dela ou algo parecido, foi impedido por uma faísca de cor esverdeada que impeliu-o a saltar para o lado. Num movimento tranquilo, contudo, o desconhecido endireitou-se, movendo a cabeça apenas um pouco, para observar o agressor com o canto dos olhos. — Deves ser… Salazar Slytherin, presumo.

— Perfeitamente correto. — O próprio mantinha sua varinha apontada para o rapaz, sem se preocupar que o mesmo tinha desviado tão bem do último feitiço que lançara. Por trás do mesmo, Alana e Katherine acabavam de chegar, observando a cena com os olhos arregalados. — Se puder fazer o obséquio de soltar minha aluna, talvez eu reveja minha decisão de torturá-lo das piores formas que conheço…


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