Lumos! Interativa escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 17
Lágrimas de amargura não movem moinhos.


Notas iniciais do capítulo

Yeeeeeeeeeeeeeeeh, eu estou de volta, minha gente, como sempre atrasada, mas antes tarde do que nunca, né?
Agora que vi que fazem uns três meses que não atualizo isso aqui, estou me sentindo até mal :( A questão é que pra eu entrar nas situações mais complicadas e na parte mais planejada falta um pouco ainda, então eu sempre travo nesses caps de transição.
Enfim... o capítulo está bem tenso, então se preparem, viu? Boa leitura pra vocês. :3



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Aquele primeiro assassinato afetou a todos de maneira intensa. Os fundadores tiveram de lidar diretamente com os pais dos alunos mortos, e como era de se esperar, a tensão crescera exponencialmente. Ainda que Rowena tentasse rastrear os causadores de tal ato medonho, nada conseguiu encontrar. Helga esforçava-se para manter um estado de calma entre todos os alunos, afirmando categoricamente que o culpado seria encontrado, mas aquilo era apenas uma medida temporária. Eles não estavam mais em pânico, mas também não estavam tranquilos, e o rendimento de muitos deles, incluindo aqueles que tinham ligação com as vítimas, caiu consideravelmente. Godric questionara e pressionara os alunos que tinham a função de guardar a escola, mas era totalmente inútil. Ninguém vira nada de diferente, apenas alguns estudantes indo e voltando pelos corredores. Salazar talvez fosse o mais afetado com toda aquela situação. Não que ele demonstrasse qualquer traço de sentimentalismo com a desconfiança alheia, mas a culpa que as pessoas colocavam sobre seus ombros ou de seus alunos foi aumentando cada vez mais.

As suspeitas recaíam não só sobre os sonserinos, como também por boa parte dos alunos que estavam no castelo durante o crime. Não importava que estes estivessem chocados, como não havia confirmação quanto a identidade do assassino, qualquer um poderia ser o culpado. Isso porque as barreiras mágicas estavam funcionando o tempo todo, teoricamente, então o autor de tal ato hediondo só poderia ser alguém de dentro. É claro que havia uma segunda teoria… sobre o tal bruxo das trevas que invadira a escola no começo do ano. Considerá-lo era outra razão para os ânimos ficarem alterados, afinal ele deveria ser forte o bastante para passar pela proteção sem ser notado, se estivesse sozinho. Ou, mais uma vez, recebera ajuda de algum aluno ou fundador.

Com o fluxo de alunos entrando e saindo, no entanto, a tarefa de encontrar o culpado ou um cúmplice tornava-se difícil. Tudo era impreciso demais, e espalhar a poção da verdade por entre os alunos não era um plano eficaz. De maneira que as investigações sobre o ocorrido continuaram por baixo dos panos, enquanto os dias passavam e as pessoas envolvidas pagavam pelos erros que cometeram àquela noite.

 

X-X

 

Cateline sentia olhos queimando suas costas enquanto caminhava pelos corredores, dias após o ocorrido. Ela tornara-se uma das principais suspeitas no caso, afinal ninguém vira-a em momento algum durante a chuva de meteoros, sua personalidade bruta não ajudava em nada. Unindo isso a fama que os Slava tinham no submundo, era de se esperar que os menos próximos dela se afastassem ainda mais.

A garota parecia indiferente a tais assuntos, como a boa sonserina que era, mas por dentro estava fervilhando de raiva. Se era por estar realmente envolvida ou por acreditarem que faria mal aquelas crianças, não me é permitido dizer.

Ela agora estava no subsolo, carregando um prato cheio da melhor comida que conseguira surrupiar do banquete que fora o jantar. Por estar com as mãos ocupadas, usou o pé para chutar a porta em frente da qual parara, três vezes. Minutos se passaram e ninguém abriu, embora ela soubesse que a pessoa que procurava estava do outro lado. Estalando a língua, Cat voltou a chutar pesadamente a porta, esforçando-se para manter o equilíbrio no processo.

— Pare de me ignorar, eu sei que está ai dentro!

— Vá embora. — a voz masculina chegou a seus ouvidos. Cateline ignorou-a totalmente e deu mais uma pancada forte contra a madeira.

— Morrer de fome não vai mudar droga nenhuma! Abra essa porta ou eu vou colocá-la abaixo.

Mais alguns poucos minutos se passaram antes que ela ouvisse as trancas serem retiradas e a porta se abrisse totalmente, deixando-a ver um Glen de aparência exausta. Havia profundas olheiras sobre os olhos castanhos, sua aparência era a mesma com a qual chegou a escola, já que ele recusara-se a deixá-la recolocar o feitiço que mudava o tom de seus olhos e cabelo.

A falta de vitalidade em sua pele fazia-o parecer doente. Cateline desviou os olhos do aborto para visualizar a mistura de quarto com estúdio. Não havia pinturas novas, o que era estranho. Antes do assassinato, ela via Glen pintar o tempo todo nos minutos de folga que não passava com Alana. Seus olhos claros voltaram-se para ele e ela entregou-lhe os pratos de comida. — Coma.

— Não estou com fome.

— Vou ter que enfiá-los pela sua goela abaixo, também?

Glen fez uma careta de profundo desgosto, enquanto recuava para dentro do seu aposento, deixando a porta aberta caso Cateline quisesse entrar. Já era um bom avanço, nos últimos dias ele pegara os pratos e fechara a porta logo em seguida, de preferência na cara dela. Isso fazia Cat ter vontade de surrá-lo, era verdade, mas ela sempre reprimia tais pensamentos. Quem melhor do que ela para saber o quão terrível podia ser a morte de um irmão mais novo?

Enquanto o rapaz apoiava-se na mesa e colocava garfadas esporádicas na boca, deixando óbvia sua falta de apetite, Cateline sentou em sua cama e encarou-o atentamente. — Você não está pintando.

— Eu não consigo. — houve uma pausa, em que o rapaz deixara o garfo a meio caminho da boca. Então recolocou-o sobre o prato e largou-o, pressionando os olhos com a ponta dos dedos. — Todas as vezes que tento, aquela cena vem a mente e…

Cateline coçou a bochecha, sem dizer nada. Que palavras poderiam existir para aplacar tal tristeza? Ela ficou em silêncio por um bom tempo, vendo Glen inspirar e expirar profundamente algumas vezes, tentando não explodir em uma crise de nervos. Ele abaixou as mãos e olhou de forma enojada para a comida, mas talvez por conta da garota estar ali dentro e ele manter um certo receio de sua reação caso atira-se o prato pela janela, forçou-se a vergar-se sobre ele novamente e voltar a comer.

— Você já conversou com Alana?

— Não.

— Pois deveria. Ela está preocupada… passou a semana inteira chorando, achando que foi culpa dela.

Glen trincou os dentes. Não é como se culpasse Alana. É claro que se ele tivesse mantido-se na escola ao lado do irmão ou tivesse se incomodado em convencê-lo, Gilbert estaria vivo. A garota só tentara fazer algo divertido para todos, como poderia saber que alguém se aproveitaria daquela situação? — Não suportaria se ela tentasse me consolar.

— Você tem consciência… — Cat começou, sem desviar os olhos dele. — Que se estivesse no castelo não poderia fazer nada, certo? E se tivesse levado o garoto com você, outro seria sacrificado no seu lugar. A culpa não é de ninguém além da pessoa que fez isso.

— Você está começando a me deixar irritado, Cateline.

— É um dom meu. — ela levantou-se, passando os dedos pelo vestido para ajustá-lo, e andando em direção a porta. — Coma tudo, ou eu volto para alimentá-lo corretamente.

Quando ela estava saindo pela porta, conseguiu ouvir a voz de Glen novamente. — Não acredito que tenha sido você.

Hum… os rumores chegaram aos ouvidos até do aprendiz de zelador recluso, então? — Ah… é o que acha?

— Mesmo você sendo desse jeito… sei que não conseguiria me encarar, se tivesse realmente feito essa atrocidade.

— Ha… e eu achando que a Alana era a única ingênua entre nós. — a garota deu de ombros, apoiando as mãos no batente e olhando por cima do ombro. — Não se esqueça de vê-la, mais tarde.

Glen não respondeu àquilo. Cateline saiu definitivamente do quarto e fechou a porta atrás de si, atravessando novamente os corredores, com a certeza de que menos uma pessoa duvidava nela.

 

X-X

 

— Como ela está? — questionou Charlottie, movimentando discretamente a cabeça em direção ao dormitório feminino da Corvinal. Helena fez uma careta, passando a mão pela nuca e respondendo, com sua arrogância habitual.

— Tomando as dores do aborto, ainda. E por todas as crianças do primeiro ano que… você sabe.

Lottie tentava ter um bom relacionamento com a maioria das pessoas daquela escola, mas estava longe de ser como Alana, que parecia gostar de todo mundo. Apesar de não ter nada especial contra Helena Ravenclaw, o modo que esta usava para se referir a certas coisas deixavam-na a beira dos nervos.

— Como esperado de Alana… se agisse de outra forma, não seria ela.

— Só acho que ela deveria pensar em si mesma de vez em quando. Nem mesmo a sonserina ruiva conseguiu tirá-la do quarto.

A menção a Cateline fez com que um arrepio descesse pela coluna da grifinória. Não… ela não podia ter desconfianças sobre Cat. O fato de alguém não ter sido visto por outros alunos durante aquela noite de horror era apenas circunstancial. Mas é claro que sempre havia aquela pequena dúvida… a sonserina orgulhava-se de sua inteligência e força. E era uma metamorfomaga… não como a própria Lottie, que praticamente não utilizava-se de tal recurso. Cateline transformava-se com facilidade, sabia lidar muito bem com aquela condição.

Se somasse dois com dois, o resultado não poderia ser bom.

É claro que Charlottie era leal. Duvidar de qualquer colega ou amigo seu não era de seu feitio, então silenciosamente ela traçava possibilidades em sua mente. Um incidente como o do Bruxo das Trevas já era estranho, e agora aquilo? Ela precisava achar as conexões rapidamente, antes que as acusações infundadas se tornassem drásticas demais para se evitar. Seu olhar caiu novamente sobre Helena e a jovem dama suspirou. — Apenas não deixe que a pressionem com esse assunto e cuide para que fique alimentada. Quando Alana decidir sair, precisará recuperar o tempo perdido, também.

Lottie não possuía esperanças de fazer a garota deixar seu refúgio. Se Cateline não conseguira fazê-lo, dificilmente outro alguém poderia. As outras meninas tentaram também, sem sucesso. A pequena corvina precisava de um tempo para si, quando estivesse pronta para sair, ela sairia.

— Você acha que eu a deixaria morrer de fome?

— Francamente, Lady Helena, tendo a acreditar que nem mesmo tu seria capaz de tal atrocidade. — ela fez uma mesura, ignorando o tom irônico que acabara de usar e o resultado deste, uma Helena absolutamente furiosa. — Com sua licença, estou de partida.

A moça deu meia volta, deixando a Sala Comunal da Corvinal para trás. Em meio aos seus passos elegantes, sem prestar muita atenção por onde andava, acabou chocando-se contra alguém. Charlottie franziu o cenho e pôs-se a desculpa-se antes mesmo de saber em quem trombara.

— Perdoe-me, eu não estava prestando atenção em meu caminho. — recuperando-se do susto, ela observou o rapaz a sua frente… Dimitry arqueou as sobrancelhas e fitou-a de volta, abrindo um sorriso sonolento em resposta.

— Eu que peço desculpas, fica difícil desviar quando meus olhos não estão abertos.

— Tu deverias realmente procurar Beatrice e questionar sobre esse cansaço excessivo. — Lottie meneou a cabeça, demonstrando certa preocupação. Era claro que Dimitry sempre fora assim, mas com todas aquelas coisas ruins acontecendo, andar cochilando pelos corredores era mais… perigoso que o normal.

— Não sei se faria muita diferença, é um problema que carrego desde que me conheço por gente. — Dim deu de ombros, erguendo uma mão para esconder um bocejo.

Tranquilo e despreocupado. As duas coisas que definiam aquele garoto. Era claro que em momentos de crise Dimitry mostrava tensão, mas em outros ele permanecia com aquela personalidade sonolenta… como se dormir para toda a eternidade fosse seu único objetivo. Charlottie se perguntava como ele conseguia manter-se concentrado o suficiente nas aulas para ter boas avaliações.

Dim fora um dos alunos que sofreram acusações ferozes. Contudo, o próprio Ian argumentara a seu favor, dizendo que o encontrara. Como os guardas que estavam patrulhando o castelo tinham sido obviamente inúteis, ninguém lhe deu atenção. A grifinória foi incapaz de não sentir compaixão pelo parceiro de casa, apesar dos dois não terem conversado sobre a situação pela qual passaram. Ian era muitas coisas, mas não voltaria atrás em uma promessa feita com Godric, principalmente se a segurança de seus amigos estava em jogo… não fora por incompetência dele que o assassino passara despercebido, disso tinha certeza.

Ela massageou as têmporas. Aquilo estava dando-lhe dor de cabeça. — Veja bem, Dimitry, sabes que há coisas… ruins acontecendo, então eu peço que tente ficar mais desperto, sim? Faça isso pela nossa amizade, detestaria que algo de mal lhe acontecesse por conta de um descuido.

— Oh. — os olhos avermelhados se arregalaram, como se o rapaz só tivesse assimilado o sentimento que havia por ele naquele instante. — Eu realmente não percebi o quanto estava preocupando-a, Lottie, sinto muito. Prometo ser mais cuidadoso, não precisa ter uma crise de enxaqueca por minha causa.

A jovem suspirou, puxando uma das mechas de seus longos cabelos para colocá-la atrás da orelha. Os olhos azuis-cobalto subiram para encarar seu amigo atentamente. Um avoado daqueles… ele estava no topo da lista de pessoas naquela escola que mais necessitavam de vigilância. Acima dele só ficava Alana e sua capacidade de tropeçar nos próprios pés a cada cinco segundos. — Dimitry…

— Ora, não faça essa cara. — Ele ergueu as mãos para apertar as bochechas dela, fazendo-a corar elegantemente e dar um passo para trás, libertando-se quase que de imediato do aperto. — Todos estão tom, porém, e ele focou-os nos próprios pés. — Se bem que… algo está me incomodando.

— O quê? — ela ergueu uma das finas sobrancelhas, estranhando aquele comportamento súbito.

— Naquela noite, eu pensei ter visto Ana nos corredores. — Dimitry fez uma pausa, inspirando profundamente. Voltando a erguer a cabeça, seus dedos passaram por trás dos cabelos brancos, enquanto ele dava uma risada nervosa. — Mas eu devo ter apenas sonhado… isso de dormir o tempo todo deixa-me confuso de vez em quando.

Charlottie não respondeu nada por alguns segundos. Seu rosto estava paralisado numa expressão de surpresa. Se Ana estivesse no castelo e não fora encontrada até agora… — Realmente acha que… poderia ser um mero sonho?

— Acho que se ela tivesse voltado, já teria reunido-se conosco.

Considerando que pudesse retornar, raciocinou Charlottie. Imediatamente sentiu um mau estar instalar-se em seu corpo. De todas as possibilidades que passaram por sua cabeça, nenhuma era boa. Afastando todos os pensamentos terríveis que vieram após esta constatação, engoliu em seco, piscando os olhos.

— É verdade… — limitou-se a concordar, mesmo sem ter muita certeza daquilo.

 

X-X

 

— Tem certeza que não consegue se lembrar de nada? — Ian insistiu com Connor, talvez pela milésima vez. Era idiotice repetir tantas vezes a mesma pergunta quando já sabia a resposta, mas todo mundo andava desnorteado aqueles dias. Pessoalmente, Ian sentia um misto de fúria e culpa, afinal aquelas crianças foram decapitadas enquanto ele vigiava a escola. Se tinha alguém que devia ser responsabilizado por aquilo, além dos Fundadores, era ele e os outros que estavam de guarda.

— Não mesmo. — a única coisa que Connor levara daquela noite fora o corte na parte de trás da cabeça, proveniente de alguma queda, que não sabia como tinha ocorrido. Como tinha pés grandes e as vezes ficava disperso em pensamentos, acreditava que havia tropeçado em um degrau ou algo do tipo enquanto retornava para o lado externo do castelo. Entretanto, Ian parecia convencido que o ferimento tinha vindo de um ataque. Seria muita coincidência que ambas as coisas acontecessem praticamente no mesmo intervalo de tempo, sem estarem interligadas.

— Inferno, estou cansado disso, parece que não chego a lugar nenhum! — o grifinório socou com violência a mesa em que ambos estavam sentados conversando. Os estudantes mais próximos lançaram-lhe olhares entre o susto e a desconfiança, os quais nenhum dos dois deu atenção.

— Você não precisa jogar toda a culpa em seus ombros.

— É o que todos estão fazendo!

— É porque todos são idiotas. Ou a maior parte, pelo menos. — Connor suspirou e manteve as mãos dentro dos bolsos, só movimentando a cabeça para olhar Ian atentamente. — Mesmo com a ameaça pintada em sangue e os corpos, fazem questão de ignorar o mais importante.

— Sabe… você está muito tranquilo com relação a isso, não acha?

— Vai duvidar de mim? — o corvino questionou, pacientemente, enquanto cruzava suas canelas.

— Você obviamente foi atacado e saiu vivo. — Ian apoiou os cotovelos na mesa, encarando o colega. — É claro… que pode ter sido uma farsa e isso apenas surgiu para que você não fosse considerado suspeito. Afinal, não estava tão ferido assim, estava?

Connor não fez mais que continuar a observá-lo, com um olhar vazio. — Essa foi a coisa mais idiota que eu já ouvi hoje, podemos deixar de fazer avaliações infundadas agora?

— Olha aqui, seu! — o grifinório levou uma das mãos para a gola da túnica do outro rapaz e apertou ali, levantando-se num ímpeto. As pessoas que estavam ao redor afastaram-se rapidamente, imaginando que Ian começaria uma briga. Palavras ácidas sobre ele intimidar os outros e que não deveria usar as mãos para lutar levantaram da pequena multidão de alunos, antes dele tirar seus olhos do “oponente” e fixá-los neles. — Calem a boca!

— Isso é inútil, na verdade é o que o causador disso tudo quer. — Connor voltou a falar, pausadamente, ele não parecia estar preocupado com a mão do outro em sua gola. Apenas piscou os olhos para Ian.

— O que quer dizer com isso?

— Está mais do que claro… mesmo nas mensagens, os Fundadores foram ameaçados, os alvos principais são eles. — fez uma pausa, na qual Ian voltou a soltá-lo e a se sentar sobre o banco, cruzando os braços sobre a mesa.

— E quem é idiota o suficiente para ir contra aqueles quatro?

Connor deu de ombros, apaticamente observando os outros alunos, que ficaram em silêncio para tentar entender a conversa (ou apenas estavam aterrorizados demais com a explosão de Ian, nunca dava para se saber). — Se soubéssemos, não estaríamos nessa situação, não é? Independente de quem seja, qual você acha que é o melhor meio para atingir um adversário mais forte e influente?

— Explorando suas fraquezas. — os dedos do grifinório batucaram freneticamente na mesa. — Espera… nós somos…

— Iscas vivas. — o corvino teve a prudência de dizer isso num tom mais baixo, apoiando o queixo numa das mãos, após tirá-la do bolso e apoiar o cotovelo sobre a mesa. — E a tendência é só piorar. Enquanto essas dúvidas e acusações durarem, mais difícil será achar o responsável, e a escola se transformará numa bagunça. Alunos serão retirados, talvez outros sacrifícios sejam feitos.

— Nós precisamos conversar com os mestres sobre isso, agora.

— É por isso que estou dizendo que a maioria de vocês não está pensando como deveria. — Connor suspirou e, por fim, complementou. — Eles já sabem.


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Notas finais do capítulo

Ei, pessoinhas. :3
Imagenzinha do Dimitry para vocês. Ele não é uma coisa lindinha? Queria fazer de outra menina já que as três anteriores eram todas com garotas, but Anastácia não apareceu nesse capítulo, então... vamos do nosso "albino" sonolento mesmo.

E então, a tensão está solta, pessoas querendo se matar, umas evitando as outras, gente sendo culpada pelo assassinato e muita confusão. Gostaria de saber os palpites de vocês, será que já tem um suspeito em mente? Ou será que estão apenas vendo como as coisas vão de desenrolar? Haha.
Faltaram alguns personagens nesse cap, como sempre no próximo eles irão ter seu destaque também. E muuuuito em breve as coisas devem ficar muito quentes outra vez, então tenham paciência. :p

Acho que é só isso por hora, pessoal. Kisses para todos e até o próximo cap (Que nem vou prometer sair mais cedo, porque né... eu sou um caso perdido, foi mal galera).



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