- Anna Querida vem almoçar, o jantar já está pronto.- ouço a voz da mamãe vindo da cozinha

- SÓ UM MINUTO MÃE JÁ ESTOU INDO.

- Anna?- olho pra trás e vejo meu pai encostado na porta - Posso falar com você?

- Eu não fiz nada.

- Eu sei que você não fez nada de errado, Mas os seu avô e sua avó vão vim aqui hoje.

- E? o que que tem?

- E que... seus avós não sabem.. que você....

- Que eu sou uma bruxa?

- Não fala isso! Isto não esta acontecendo com você.

Papai sem foi cabeça fechada pro lado da Magia estar no meu sangue, ele simplesmente não quer acreditar que eu posso ser uma bruxa.

- Então me diz pai se eu não sou Bruxa eu sou o que? O que explica todos esses acontecimentos estranhos?

- Obra do acaso...

- Obra do acaso? Pai eu fiz as janelas da sala se quebrarem porque uma garota pisou no meu pé!

- Quem disse que foi você? Pode ter sido o vento.

- O vento?

- Sim o vento.

- E no dia em que eu fiz secar toda a água da piscina na aula da natação só porque eu não estava afim de nadar?

- O ralo poderia estar aberto...

- E no dia em que eu fiz com que o cabelo da Paulina pegasse fogo? Que explicação você tem pra isso?

- Anna...

- Não adianta pai, você sabe que tem alguma coisa errada com migo.

- Mas não significa que você seja uma Bruxa!

- Como assim? Você disse que agente tinha parentes que são bruxos por que eu não posso ser uma...

- Já chega Anna! Assunto encerrado. Você vai jantar com seus avós e você não vai fazer nada de estranho. Você não é uma bruxa. E vai se comportar com a sua prima Paulina.

Ele levantou e saiu, aff, papai as vezes é tão chato, serio ele é tão cabeça dura.

- E ah, antes que me esqueça acho bom começar a se arrumar, a seus avós já devem estar vindo.

E aqui estou eu sentada com a minha família toda reunida, ouvindo todos se gabarem por falar do que fizeram no fim de semana. Olho pra minha mãe que esta com um sorriso enorme (e visivelmente falso) escutando minha avó falar sobre varias e varias coisa que ela já falou, mas ela adora repetir sobre as viagens as compras como é maravilhoso o Brasil e bla bla bla. Olho pro meu pai que neste exato momento esta conversando com o vovô.

- Tia Carol, quando vamos jantar? É que amanhã eu tenho prova e tenho que estudar.- Falou a minha prima insuportavelmente insuportável. Como se ela realmente estudasse, a única razão dela querer ir pra casa cedo é pra ficar fofocando sobre a vida dos outros com as “Amigas” dela.

- Claro que sim vamos.

Me sento no meu lugar e coloco minha comida pego meu celular e fico mexendo, e quase deixo passar que eles estavam falando. Quase. Só que ai eles começaram a falar sobre magia. Bem não foi exatamente essa palavra que eu ouvi mas entendi assim.

- Mãe alguma noticia sobre o... Harry Potter?

- Não. Desde quando ele foi para aquela escola de bruxaria. Menino ingrato, cuidamos dele como se fosse o nosso filho. Maldito dia em que ficamos com ele, devíamos ter jogado ele em um orfanato qualquer...mas não, cuidamos dele. e pra que? pra ele fugir pra aquela escola ridícula de magia. Mas quer saber ele deve ter se explodido que nem os pais dele...

- Quem é Harry Potter? Escola de magia? Como assim se explodindo?– pergunto e todos olham pra mim com os olhos arregalados como se não tivessem me visto ali, esperei um pouco( e olha que isso é novidade porque meio que eu não tenho paciência) só pra ver se alguém falava alguma coisa e... nada. Isso mesmo N.A.D.A.

- Gente? Alguém escutou o que eu disse? – Nada. Apenas eles ficaram me encarando com os olhos arregalados. Olhei para meu pai que também estava me encarando, agora já chega! Não vou ficar aqui desse jeito. Eu fiz uma pergunta e quero a resposta e alguém vai me dar.

- Pai?

-Quer saber Anna acho bom você ir brincar com sua prima Paulina.

- Não.

- Anna vai pro seu quarto...

- Quem é Harry Potter?

- Anna vai pro seu quarto.

- Quem é Harry Potter?

- Anna. Quarto...

- Porque você simplesmente não pode me dizer?

-Anna!

-Mãe!

-Anna, querida escute seu pai. Por favor.

- Ótimo!- levantei e fui pro meu quarto.

Aff, porque papai as vezes é muito chato e controlador? Eu só queria saber quem é Harry Potter. Poxa tem alguma coisa demais nisso? Cara eu fiquei muito curiosa, como assim os pais dele acabaram se explodindo? Escola de Bruxaria e Magia? Quer dizer, existe uma escola de bruxos? Eu não acredito nisso! Como ele pode ter escondido isso de mim?! Mas isso pode ser mentira... sabe como é, a vovó fala demais... mas se fosse mentira porque o papai ficou tão nervoso quando perguntei quem é Harry Potter? Tá legal concordo eu tenho um certo problema com a minha imaginação, eu meio que de vez em quando não consigo controlar mas, eu não estou louca, eu tenho certeza que tenho magia no meu sangue, coisas estranhas acontecem com migo quando estou com raiva. Eu falo isso para meu pai, mais nããão ele não me escuta, fala que eu tenho imaginação demais pra uma pessoa só...

- Sabem o que dizem Anna? A curiosidade matou o gato.

Olho pra trás e vejo Paulina me encarando com um sorriso falso.

- O que esta fazendo aqui?

- O que? eu? Só vim ver minha priminha querida... não posso?

-Não. Sai daqui.

- Não estou afim. – falou ela entrando dentro do meu quarto. Levantei da cama e fiquei olhando pra ela com a maior cara de raiva.- Que cara é essa Anna? Já te disse que pra mim cara feia é fome. Esta com fome? Aposto que sim... isso é o que dá quando coloca o nariz onde não deve.

- Vaza daqui!

- Por mim priminha você ficaria um mês de castigo.

- E por mim priminha você ficaria eternamente com sarampo.

- Sabe você é realmente é muito engraçada Anna

-Sai. Daqui. Agora.

-E se eu não sair? O que vai acontecer?

-Sabe o que eu estava pensando Paulina? Você combinaria com um visual totalmente legal, não quer experimentar? Combina super com você. Você ficaria linda com um nariz de porco sabia?

Olha só ela perdeu o sorriso na hora, cara eu estou amando isso.

- Você não pode fazer isso.

- Eu não apostaria nisso se fosse você, lembra quando seu cabelo pegou fogo?

-A mamãe disse que você não tem poderes, que aquilo foi por acaso. Você não pode fazer isso. E não á nada que você possa fazer pra me tirar daqui.

Humm vamos ver... ela foi em direção a minha escrivaninha e pegou meu caderno

Ha não meu caderno não...

- O que é isso?

- Coloca isso ai agora.

- Ora, ora, Aninha ficou bravinha. O que tem aqui.

- Eu mandei colocar no lugar

- Não estou afim.

- Vou fazer com que você fique afim rapidinho.

Ela olhou pra mim com cara de tedio.

- Ah é? e como vai fazer isso?

- Eu vou te pegar sua chata!

Sai correndo atrás dela e ela saiu correndo gritando pra sala.

- Volta aqui sua chata

- Anna! – falou meu pai nos separando. Apontei o dedo para Paulina

- Eu amaldiçoou você a pegar sarampo...

- Anna!! – gritou o meu pai abaixando o meu braço.

- Tio Duda eu não quero pegar sarampo, eu não quero!

- Pro seu quarto. Agora.

Suspirei e subi as escadas entrei no um quarto e fechei a porta. Um tempo depois meu pai entrou no meu quarto, sentou na cama e ficou me olhando por um tempo.

- Os pais da Paulina acabaram de ligar.- falou ele

- E dai?

- E ela está no hospital... com sarampo.

-Serio?

Nossa, era só um brincadeira, não queria que ela pegasse sarampo de verdade. Quase estou me sentindo culpada. Como eu disse, Quase. Bem foi sem querer eu não esperava que ela pegasse sarampo de verdade, foi só uma brincadeira.

- Serio.

- Eu vou ter que ficar aqui no quarto?

- Quer descer?

- Sim.

- Ok.

Impressionante papai não vai brigar com migo? Estou chocada *0*