Carrossel: Órfãos e Perdidos escrita por Gronk Spike


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eae galerinha, to começando essa fanfic (Minha primeira por sinal) que eu ja tinha em mente algum tempo. Esse é apenas o prólogo, bem curto mesmo, só pra mostrar o que ocorreu antes deles tentarem recomeçar suas vidas :D



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Fogo. Se Daniel tivesse que descrever o que via ao seu redor, com certeza a palavra seria essa. As chamas não davam trégua, O orfanato que ele e seus amigos tanto gostavam e que tinham vivido praticamente a vida inteira, estava caindo aos pedaços. Como? ninguém sabia responder, o que sabiam é que tinham que sair dali imediatamente. Daniel foi acordando todos que podia rapidamente, Paulo logo já estava de pé para ajuda-lo.


— O que aconteceu para o orfanato pegar fogo desse jeito tão repentino? — O Guerra questionou para seu amigo enquanto o ajudava na tarefa de acordar os habitantes do recinto.


— Não sabemos, Paulo — Daniel arfava pelo cansaço — Mas temos que sair daqui o mais rápido possível. Faça o seguinte, vai acordando aí os caras que eu vou no quarto das meninas.

Paulo assentiu. Normalmente nessas horas talvez ele tivesse discutido com Daniel, mas ele sabia que o caso era sério e que se não saíssem de dentro do local, em alguns minutos virariam carvão. Daniel, por sua vez, corria rapidamente pelos corredores. Adentrou o quarto das meninas sem bater na porta, viu suas melhores amigas desesperadas sem saber o que fazer com o fogo, que cada vez mais aumentava. Ele retirou seu casaco e golpeou algumas vezes as chamas, sem sucesso. Ele rapidamente desceu as escadas e foi até a cozinha, encheu um balde com água o máximo que pôde. Voltou tão rápido para o quarto das meninas, que elas nem tinham percebido a ausência do moreno. Ele jogou a água de encontro ao fogo, fazendo as chamas baixarem. As meninas aproveitaram o momento e correram em direção a Daniel, que guiou-as para a sala de estar.


— Ai meu Deus! — Valéria exclamou abismada — Cadê o Davizinho, Daniel?

Maria Joaquina e Alícia, que estavam perto, reviraram os olhos com o apelido, segundo Valéria, fofo que tinha dado a Davi.

— Paulo deve ter o acordado, Valéria. Ele está me ajudando

Nesse momento Paulo desce com Davi e mais algumas crianças que lá moravam. Davi foi de encontro a Valéria e eles se abraçaram.

— Galera, — Começou Paulo — A coisa tá feia, as cenas são horríveis, vi gente morta na minha frente.

Era inevitável, mas o grupo de amigos não poderiam salvar a todos. Daniel, que sempre todos o viam como líder, sentiu um aperto no peito. Por mais difícil que fosse, Paulo tinha razão.

— Por onde vamos fugir? — Indagou uma Maria Joaquina desesperada — A porta da frente não tem chances, totalmente consumida pelo fogo.

Os amigos pareciam pensar, mas todos ali sabiam que eles não tinham muito tempo, então Alícia disse:

— O Porão! Lá tem uma passagem que dá direto na rua, temos que ir por lá.

Os amigos suspiraram aliviados, Alícia tinha razão. Sem perder tempo, eles correram em disparada ao Porão, com Daniel, Paulo e Davi na frente. Foram desviando dos pedaços de madeira que caíam e chegaram ao local desejado. Adentraram o porão e pararam de frente à porta que dava na rua. Daniel fez força para abri-la e nada. Paulo também tentou mas sem sucesso. Então os dois tiveram a mesma ideia, tomaram distância e pouco tempo depois seus ombros foram de encontro à porta, que caiu com um estrondo dando passagem para os amigos fugirem. Sem hesitar eles correram para o mais longe que podiam. Alguns deles já chorava, outros apenas se lamentavam. O orfanato que há anos foram seu lar, agora estava destruído, acabado. Continuaram a correr sem rumo, sem ter o que comer ou onde dormir. O grupo dos seis amigos ouviram uma sirene se aproximar, era o sinal dos bombeiros chegando.

" Talvez seja tarde demais " — Daniel pensou enquanto corria.

Uma chuva começava, facilitando a vida dos bombeiros e dificultando a vida dos jovens que fugiam. Davi não hesitou e entregou sem casaco à Valéria, que prontamente agradeceu. Todos eles deram uma última olhada para trás, pra verem o tão querido orfanato pela última vez. Os seis agora teriam que recomeçar suas vidas do zero, mas não tinham nem onde dormir, e agora?

— Como um orfanato pega fogo assim do nada? — Valéria suspira cansada

— Talvez tenha sido um acidente doméstico — Majo responde enquanto não para de andar.

Daniel balançou a cabeça discordando.

— É, eu também to com o Daniel — Paulo fala arfando — Um simples acidente assim não causaria tudo isso.

— Então você tá afirmando que colocaram fogo no orfanato, Paulo? — Alícia questiona indignada

Porém, quem responde por Paulo é Daniel:

— É o mais provável, Alícia.

— Talvez tenha sido o Paulo a botar fogo — Valéria debocha e alguns riram

Paulo abre a boca pra responder mas é novamente interrompido por Daniel

— Não é hora pra piadinhas e nem pra brigar, gente.

A Chuva só aumentava, o que tornava as coisas mais
difíceis para o inseparável grupo de amigos. Tinham deixado até de correr, pelo cansaço. Apenas andavam sem rumo, desnorteados. Definitivamente não seria fácil, mas eles tinham que dar a volta por cima e recomeçar suas vidas. Passando uma borracha no passado, e pegando um lápis para escrever um novo futuro...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, como eu disse, é bem curto mesmo, os próximos serão maiores e bem melhores. Se tiverem gostado deixem um review pra animar o autor ;-; kk abraços ^^