Terra da Neve escrita por ACunha


Capítulo 16
Capítulo 15




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Caminhei cautelosamente pelas ruínas de pedra. Naquela noite eu havia tido um sonho estranho com aquele lugar, e parecia que algo me chamava até lá. Parei perto de uma parede parcialmente destruída e me encostei lá, esperando.

Não tinha notícias de Bryan desde o domingo, quando ele interrogou Alex. Meu irmão ainda relutava em me contar toda a conversa deles, mas eu estava mais preocupada com a possibilidade do rei descobrir sobre nós, os descendentes dos Druidas restantes na cidade. Bryan podia ter planos desagradáveis, mas ainda era um de nós. Eu tinha que encontra-lo e pressioná-lo a ficar do nosso lado ao menos nessa questão. Ao mesmo tempo, tinha que manter Alex a salvo. Protegê-lo tanto de Bryan quanto do rei, e até mesmo da nossa mãe. Ela não reagiria bem se descobrisse.

E além de tudo isso, tinha a questão Hayden/Darren e, agora, Darren/Henrique. De tudo, era o mais insignificante, mas ainda me deixava estressada.

–Que bom que veio.

Virei sobressaltada. Darren estava parado a alguns metros de mim. Franzi a testa.

–Foi você que introduziu aquele sonho na minha cabeça? – perguntei. Ele assentiu.

–Nós precisávamos... Conversar. – Aquilo era um rubor? Seus olhos estavam de um tom verde meio amarelado. – Eu queria pedir desculpas por... Domingo, na sua casa. Aquilo que aconteceu, não vai se repetir, eu prometo.

Senti uma pontada súbita de dor no peito. Reprimi um suspiro e assenti.

–Sim, eu... Entendo. – Desviei os olhos para que ele não decifrasse minha expressão. – Teve de esperar cinco dias pra me falar isso?

Ele piscou. Senti a energia ao seu redor tremendo, hesitante, como se ele estivesse se controlando muito. Nos últimos cinco dias, eu tinha passado horas sozinha treinando meus “poderes”, me concentrando, e agora a energia de todos parecia quase tão concreta quanto madeira, mas tão maleável quanto água.

–Eu precisava de tempo. Para pensar. – Seus olhos estavam quase azuis, e talvez fosse isso que ele estivesse tentando evitar. Demonstrar qualquer sinal de afeto por mim. – Receio que demorei muito, não é? – um sorriso sem graça.

–Hoje é o baile da princesa Lily – contei a ele. – Devia ter lhe avisado antes. Você foi convidado.

Ele pareceu desconfortável, mas riu.

–Eu... Fiquei sabendo. Um baile era a última coisa que passava pela minha cabeça agora, mas...

–Você precisa me ajudar. – Minhas mãos tremiam, mas minha voz era firme. – Quero colocar algum feitiço de proteção no castelo. Para que Bryan não possa interferir em nada.

–Entendo – ele assentiu. – Podemos treinar aqui e ir direto pra lá quando estivermos prontos. Temos apenas até a noite para isso.

–Certo – suspirei. Olhei lentamente para cima. Ele me observava, e quando nossos olhares se encontraram, meu coração acelerou. Sem querer, alguns flocos de neve que caíam ao nosso redor começaram a explodir. Pareciam estrelas. Eu fiquei constrangida.

–Desculpe por isso – tentei me acalmar. Os flocos voltaram a ser neve. – Então... Vamos começar.

–Alice... – ele disse de repente. Por apenas um segundo seus olhos ficaram incrivelmente azuis, mas então ele se recuperou rápido e suspirou.

–O quê?

–Nada. Vamos começar.

×××

Quando o feitiço finalmente ficou pronto, Darren me acompanhou até em casa para que eu pudesse me arrumar. Abri a porta e me deparei com Hayden, jogada no sofá com um livro.

–Até que enfim! – ela se levantou com um sorriso. – Estou esperando aqui há horas. Onde vocês se meteram?

Darren e eu nos olhamos, então me voltei para ela.

–Estávamos... Almoçando. No RK.

Hayden não parecia convencida, mas deu de ombros.

–O que está fazendo aqui? – perguntei a ela quando começou a atiçar o fogo na lareira. Ela se virou para mim com os olhos arregalados.

–Jura que não sabe? – seu olhar parecia magoado. – Todo ano nos arrumamos juntas para o aniversário da princesa Lily.

Fechei os olhos, querendo me dar um soco.

–É claro – balancei a cabeça. – Desculpe, minha cabeça anda cheia ultimamente...

–Cheia de Henrique? É, fiquei sabendo. – O sorriso em seus lábios era mais do que satisfeito. Abaixei o rosto para que Darren não visse meu rubor. – Não se preocupe; você o verá hoje à noite e ele ficará encantado com sua aparência deslumbrante. Mas para que isso aconteça, precisamos nos arrumar, tipo, agora.

Assenti e me virei para Darren.

–Então... Até a noite?

–Sim, falando nisso, Darren, você vai passar lá em casa ou nos encontramos no baile? – Hayden veio para o lado dele e passou a mão casualmente pelo seu braço. Tive que usar toda minha energia para não demonstrar nenhuma expressão.

–Na verdade, tem algo que eu preciso fazer antes – ele olhou para mim, e eu assenti. – Então nos encontramos lá.

Ela pareceu apenas um pouco chateada, mas deu de ombros.

–Tudo bem então. – Hayden se posicionou na ponta dos pés e beijou rapidamente os lábios de Darren. – Até a noite.

Ele me observava. Tive que desviar o olhar para não demonstrar surpresa, ou ciúme, ou raiva, ou qualquer outra coisa que eu estivesse sentindo. Peguei o livro que Hayden estava lendo. Romeu e Julieta novamente. Engoli em seco, tentando me acalmar.

A porta finalmente se fechou, e eu deixei o livro no sofá. Estava sozinha com Hayden.

–Então... – forcei um sorriso. – Você e o Darren...

Ela estava vermelha, mas sorria. Meu peito doía de uma forma estranha.

–Estamos indo... Bem devagar. Mas, Alice, você não imagina o quanto eu estou feliz, de verdade – ela suspirou. – Obrigada por entender.

Balancei a cabeça e fui até a cozinha, querendo vomitar.

–Se você está feliz, eu estou feliz – disse a ela, mas escondi meu rosto para que não visse meus olhos se enchendo de lágrimas.

O resto da tarde se passou normalmente. Quase parecia com o ano anterior, nada de Druidas, nem magia, nem viajantes do mundo lá fora. Apenas eu e minha melhor amiga. Ela escolheu um vestido vermelho, com um decote chamativo, mas com a saia volumosa e com um bordado de flores. Meu vestido era mais velho e mais sério; tinha pertencido à minha mãe. De tecido azul escuro, longo e sem nada chamativo, mas sob a luz reluzia como uma jóia.

–Henrique vai adorar – Hayden me assegurou. Meu reflexo no espelho antigo e cheio de manchas parecia apático, sem vida. A última coisa que eu queria era encontrar o príncipe naquele baile. Não parecia certo, depois dos últimos acontecimentos.

Mas também, fingir estar feliz por Hayden era tão errado quanto isso.

Descemos as escadas juntas, e mamãe nos esperava na porta. Seu vestido era preto, simples, mas muito elegante.

–Prontas? – perguntou. Assentimos e nos despedimos de Alex, que tinha conseguido se livrar dos bailes nos últimos 11 anos de vida, assim como Hudson, nosso vizinho preferido. Os dois passariam a noite presos em algum jogo de desenho, longe da chatice da realeza.

Fomos andando, encolhidas dentro de nossos casacos, até o castelo. Em Nixland, dava para ir andando para quase todo lugar, exceto, é claro, até a cabana nas montanhas. Nos juntamos a outros conhecidos no caminho. Peter, outro assistente pessoal do rei, nos encontrou numa esquina junto de sua esposa e suas duas filhas, Katy e Catherine. Era o primeiro baile delas, e ambas exalavam aquela empolgação exagerada das adolescentes. Soltavam gritinhos e estavam muito coradas. Graças a Deus eu não era assim naquela idade. Talvez porque mamãe também nunca fora o tipo “donzela de contos de fadas”, ou porque meu pai fazia muita falta para eu me preocupar com essas coisas. De repente, me senti muito mais velha do que meus dezessete anos, muito mais cansada de tudo aquilo.

Quando nos aproximamos do castelo, vi uma única pessoa parada, meio afastada da multidão, debaixo de uma gárgula na lateral do castelo. Era Darren. Não dava para ver seu rosto, mas eu havia aprendido a reconhecer sua aura de energia, da mesma forma que reconhecemos alguém pelo cheiro ou pela voz. Mas uma aura de energia era como a mistura de todos esses fatores em algo inominável. A de Darren oscilou quando ele me viu.

–Eu vou... Esperar Henrique aqui – disse para minha mãe e Hayden. – Ele disse que entraríamos juntos.

Que desculpa idiota. Mas elas sorriram, me deixando para trás. Não teriam como enxergar Darren na escuridão. Esperei entrarem no castelo, então me aproximei dele.

–Pronta? – ele perguntou.

–Vamos para os fundos do castelo – sussurrei. – Não vai haver ninguém lá.

Ele se afastou para o lado, abrindo caminho para que eu o guiasse.

×××

O castelo de Stephen, eu imaginava, era apenas uma sombra pálida do que havia sido a fortaleza de Turner. As ruínas falavam por si mesmas, eram grandiosas, e eram apenas os restos de algo maior ainda. Porém, um castelo era um castelo, e o de Stephen devia ter quase uns 20 metros de altura. Havia diversas torres quadradas e grandes janelas com vitrais coloridos iluminados por dentro. As paredes de pedra se erguiam imponentes, esmagando toda minha autoconfiança. Eu me sentia tonta enquanto dava a volta na construção gigantesca. Pelo que eu sabia, aquele era algo como o “castelo de verão” de Turner, antigamente. Muito apropriado.

Encontramos uma área tranquila e nos preparamos. O feitiço em si era simples e não levaria mais de cinco minutos. O verdadeiro desafio era se concentrar o suficiente, com a música saindo pelas janelas e a presença de Darren.

Demos as mãos. Era necessário. Recitamos as palavras que ele havia me ensinado, nos concentrando nas portas e janelas do castelo. Tentei visualizar o castelo em miniatura, na palma da minha mão, enquanto eu protegia suas entradas e suas paredes contra o poder maligno de Bryan. Imaginei uma barreira se instalando ao redor de nós, das pessoas que eu amava e das que eu não gostava tanto assim, mas que não mereciam sofrer. Imaginei estarmos intocáveis.

Quando senti que havia acabado, abri os olhos, surpresa ao perceber que os havia fechado. Darren me observava. Ele ainda não havia soltado minhas mãos. Percebi isso também. Na parede do castelo, quase visível, havia uma barreira de pura energia. Bryan não entraria no castelo naquela noite.

–Então... Belo trabalho – sussurrei.

Darren me olhava com tristeza nos olhos azuis acinzentados. Aquilo me irritava mais do que eu conseguia demonstrar. Toda aquela tristeza, todo aquele sentimento de “não posso, não posso ficar com você porque seria errado”, tudo era ridículo. Soltei suas mãos.

–Pare com isso – disse com firmeza.

–Parar com o q...

–Pare de me olhar assim, triste, como se não pudesse fazer nada! – eu estava quase gritando. – É assim que vai ser a partir de agora? Vamos nos encontrar quando precisarmos lançar feitiços e combater as forças do mal, e enquanto isso, você vai estar com Hayden e eu com Henrique? Fingindo que está tudo bem, tudo ótimo? É assim que deveria ser?

–Alice...

–Não! – me assustei com a raiva que eu sentia. Ele se afastou atordoado. Senti cheiro de fumaça e me virei. Eu havia incendiado um arbusto. – Droga.

Com um gesto de mãos, o fogo apagou. Tentei me acalmar, mas então Darren colocou as mãos nos meus ombros e me virou para si. Continuei olhando para baixo, sem encarar seus olhos.

–Eu sei que é besteira pensar nisso agora, com todo o resto acontecendo, mas é... Tão difícil – suspirei. – Droga. Agora eu estou parecendo uma donzela de contos de fadas, provavelmente.

–Não. – Ele levantou meu rosto. Seus olhos estavam azuis, limpos, brilhantes. – Você não é fraca como pensa. Na verdade, é uma das pessoas mais fortes que conheço. E não é besteira. Alice... – ele parou, respirou fundo e então disse: - Podemos conversar sobre isso depois?

Assenti, subitamente entristecida, e comecei a dar meia volta, mas ele segurou meu braço.

–Eu quis dizer realmente conversar. Depois do baile. – Seus olhos eram cheios de significados. – Acho que esse é um evento pelo qual devemos passar com nossos respectivos... Pares. – A palavra não o agradou, eu percebi. Mas eu não estava entendendo.

–Por que diz isso? – sussurrei. Sua expressão era estranha.

–Não estou contando com isso, mas se Bryan aparecer... Seria bom que ele não nos visse juntos.

–Por quê?

Ele ainda não tinha soltado meu braço, e sua mão escorregou para dentro da minha. Me senti imediatamente quente.

–Por isso – ele sussurrou olhando para nossas mãos. – Bryan vai entender. Vai tentar usar isso contra mim... Contra nós. E não quero que ele saiba disso ainda. Acredite, é bem mais seguro.

E, aliviada, eu entendi. É claro. Era uma fraqueza, afinal. E Bryan ainda contava com minha ajuda... No que quer que ele estivesse planejando. Ver que eu estava tão ligada à Darren certamente o deixaria mais furioso.

–Tem razão – murmurei tirando minha mão de dentro da dele. Mas minha tristeza não tinha diminuído; pelo contrário. – E depois do baile?

Agora ele parecia esperançoso.

–Venha me ver – sussurrou. – Na cabana. Bryan ainda não a encontrou.

–Difícil de acreditar – mas eu estava sorrindo. – Onde ele está escondido, afinal?

–Não sei, porque ele está exatamente como você disse. Escondido. Até sua energia. Mas eu estou fazendo o mesmo. – Ele sorriu e, tão rápido que mal pude processar, pegou minha mão e a beijou. – Agora vamos entrar antes que comecem a perguntar.

–--

Entrei primeiro, e Darren esperou até que eu estivesse com Henrique para entrar. Depois disso, ele se afastou com Hayden e não os vi mais.

–Aqueles dois estão se dando muito bem – Henrique sorriu se referindo a eles. Senti meu estômago revirar pelo o que eu estava prestes a fazer. Sabia que em algum momento da próxima semana eu teria de terminar com ele, se quisesse ser honesta com meus próprios sentimentos. E Darren faria o mesmo com Hayden, minha melhor amiga. Ela ficaria furiosa...

–Alice? Está tudo bem? – ele beijou meu rosto. – Você está meio pálida.

–Sim, sim... Só não gosto de bailes, como você já sabe – tentei sorrir.

–Não seja por isso – ele se aproximou e sua respiração em meu ouvido me fez tremer. – Podemos sair daqui agora mesmo e ir para meus aposentos...

–Henrique! – ri, meio nervosa demais. – Não.

Ele pareceu desapontado, mas continuou sorrindo.

–Tudo bem. Depois do baile, então – piscou para mim. Antes que eu pudesse negar novamente, se foi para pegar alguma bebida quente. Suspirei, melancólica. Senti que um muro de segredos se erguia ao meu redor.

–Gostaria de dançar, Srta. Luminatte? – a voz atrás de mim me causou calafrios. Meu coração deu um pulo. Não, pensei desesperada. Eu tinha me prevenido de todas as formas para que ele não estivesse ali!

Mas ao me virar para encontrar seu sorriso vitorioso, me senti enjoada. Procurei Darren com os olhos e mentalmente tentei encontrar sua energia em algum lugar do castelo. Não achei nada e isso me encheu de mais medo do que eu podia agüentar.

–O que você está fazendo aqui? – perguntei de mau humor, escondendo o medo.

Bryan deu de ombros.

–Apenas esperando minha acompanhante... Ah, veja só. Ela chegou.

Virei para ver de quem ele falava, e meu coração congelou.

No alto da escada, estava a princesa Lily, deslumbrante num vestido rosa claro que cintilava na luz. Alguém anunciava sua chegada, que foi seguida de muitas palmas e desejos de feliz aniversário. Enquanto ela descia, fingindo simpatia e sorrisos para todos os presentes, juntei todas as peças. Bryan não tinha entrado ali, passado através do feitiço protetor ao redor do castelo. Ele estava lá dentro o tempo todo.

Quantos quartos aquele castelo idiota tinha? Uns trinta? Seria muito fácil para ele chegar bajulando o rei e flertando com sua filha mais velha, desesperada por um marido, e casualmente pedindo um lugar para ficar. Eu mal podia respirar. Tudo estava indo por água abaixo. Se Bryan quisesse minha cabeça numa bandeja, ou pior, a de Darren, bastava estalar os dedos.

Ele sabia que agora eu sabia disso. E sorria orgulhoso.

–Então – fez uma breve mesura. – Sobre aquela ajuda... Seria uma honra ter uma conversa produtiva com você amanhã. Acho que sabe onde me encontrar. – Ele piscou. – Agora, se me dá licença, preciso dançar com uma certa princesa. Sabe como elas odeiam esperar.

E se foi.

Darren, gritei mentalmente com toda minha energia. Acabou. Perdemos.

Mas ele ainda não estava em lugar nenhum. Eu estava prestes a sair correndo procurando por ele, mas Henrique chegou antes. Ele também estava alarmado.

–O ruivo... – disse com os olhos arregalados.

–Sim, eu sei – assenti apressada. – Ele foi mais esperto do que nós.

–Eu juro que não sabia de nada, Alice – disse parecendo perturbado. – Nunca nem o vi pelo castelo... Ele devia estar se escondendo de mim... E Lily nunca mencionou o nome do cara com quem ela estava saindo...

–Não importa agora – suspirei. – Preciso encontrar Darren. Você o viu por aí?

Ele estava prestes a dizer “não”, quando ouvimos um grito. Saí correndo. Eu conhecia bem demais aquele som. Tinha ouvido ele muitas vezes durante minha vida. Era Hayden quem gritava.

Ela estava numa varanda, as portas abertas deixando entrar o frio da noite. Suas mãos tremiam e cobriam a boca. Algumas pessoas tinham se aproximado para ver o que acontecia, mas eu passei por todas elas e o vi. Darren, estirado no chão, pálido como um fantasma. Antes que o medo me sufocasse e me fizesse desmaiar, percebi que ele respirava, seu peito subindo e descendo lentamente. Quase caí de alívio. Não estava morto.

–O que aconteceu? – perguntei a Hayden numa voz fraca. Não havia ar o suficiente nos meus pulmões.

–Ele... Só caiu! Agora mesmo! Não aconteceu nada... – lágrimas escorriam pelo seu rosto. Segurei suas mãos com força para reconfortá-la, e vi Henrique chegando ao local.

–Todos se afastem – ordenou. – E alguém chame um médico...

–Não! – imediatamente disse, olhando com firmeza para ele. – Nada de médicos.

Ele pareceu entender, mas não ficou muito satisfeito.

–Precisamos tirar ele daqui – sussurrei em choque. Henrique assentiu e pegou o corpo inerte de Darren, atirando-o por cima do ombro. Enquanto o levava para algum quarto do primeiro andar, e Hayden o seguia, ouvi aquela mesma voz, desta vez na minha mente.

Caso tiver dúvidas quanto àquela ajuda, Bryan ria de forma sombria.


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Notas finais do capítulo

Esse é o último capítulo inteiro que eu tenho escrito, então me perdoem se os próximos demorarem muito. Vou tentar escrever o mais rápido possível. Enquanto isso, leiam minhas outras histórias :3



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