As Viagens De Lucy Heartfilia escrita por Wahine


Capítulo 2
Eu Sei O Que Vou Fazer


Notas iniciais do capítulo

✩ Hello! Como estão, seu lindos? ♥
✩ Quero agradecer a linda da Sofie Pryer, que comentou o primeiro capítulo! Muito obrigada de verdade! :3
✩ Muito obrigada pelos acompanhamento e favoritos gente, fico tão feliz! *-*
✩ Bem, não vou estender-me mais, vamos ao capítulo ^.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/637548/chapter/2

"Não viajo para fugir da vida. Viajo para a vida não fugir de mim".

~✈~

– Divórcio?! - Levy exclamou. Tão alto, que praticamente todos na cafeteria em que nos encontrávamos olharam na nossa direção.

– Será que pode falar mais alto? Acho que não ouviram você na China! - Sibilei envergonhada.

– Desculpe. Mas... Isso é sério mesmo? - Ela tornou a perguntar.

Abaixei o olhar e fiquei encarando a minha torta intocada.

– É sim.

– E... Como Sting reagiu? - Levy falou com a voz baixa e segurou uma das minhas mãos.

– Nada bem. Mas acho que no final nós conseguimos entrar em um... Acordo? - Falei confusa e belisquei um pedaço do meu doce.

– Por que isso soou muito mais como uma pergunta? - Minha amiga disse e eu soltei sua mão, frustrada.

– Ah Levy! É óbvio que as coisas não estão normais. Poxa, eu e Sting estamos nos separando. Ele foi meu primeiro namorado, primeiro marido, primeiro tudo! Não vai se resolver tão facilmente. Essas coisas levam tempo...

– Eu sei Lu, eu sei que está sendo difícil para vocês dois. - A azulada disse condescendente.

– E como... - Murmurei e comi mais um pedaço da torta. Pelo menos o doce melhorava meu humor nada bom.

– O que Sting disse a você?

– Bom, no começo, ele achou que eu estava brincando, mas então... - Eu comecei, relembrando nossa conversa na noite anterior.

"- Isso é algum tipo de brincadeira Lucy? Se for, não tem a menor graça, estou cansado, e só quero dormir...

Meu coração se apertou nessa hora.

– N-Não Sting. - Gaguejei. - Eu não estou brincando.

Ele encarou-me incrédulo.

– 'Tá falando sério? - Ele levantou do sofá. - Por quê?!

– Por favor Sting, se acalme. Como eu disse eu quero conversar com você... - Falei em voz baixa, tentando ignorar o nó que se formava na minha garganta.

– Como assim conversar Lucy? Eu chego em casa exausto e você joga uma coisa dessas na minha cara? Divórcio?!

Ele estava além da fúria. Mas além disso, ele estava magoado. Ah, eu estava me odiando por fazer isso a ele, porém eu sabia que essa decisão iria ser a melhor para nós dois.

– Sente-se. - Falei firme e relutantemente, ele voltou para o sofá. - Agora Sting, tenho uma pergunta a lhe fazer. Que horas são?

– Que diferença isso faz? - Retrucou.

– Que horas são? - Insisti.

Ele olhou para o relógio de pulso e tornou a olhar para mim, confuso.

– 02:20 da manhã. Por quê?

– Sting, é isso. Pelo menos um dos fatores. Você não para mais em casa, seu foco está sendo o trabalho e isso está machucando a você e a mim.

– Se esse for o caso, eu paro de trabalhar tanto!

– Não. Sabemos que você não conseguiria. Mas o foco principal disso tudo é outro. - Suspirei e abracei a mim mesma. - Resumindo de uma maneira simples, eu não sei mais quem eu sou.

O silêncio perdurou por alguns instantes, antes de Sting tornar a falar.

– Você não é feliz, Lucy? - Ele perguntou com o olhar triste, e isso foi suficiente para uma lágrima rolar solitária pelo meu rosto.

– Eu queria muito dizer que sim, mas a realidade mostra o contrário. Não sei mais o que estou fazendo. Me sinto vazia. - Falei respirando fundo e soltando o ar devagar. - E estaria mentindo para mim e principalmente para você se continuássemos com esse casamento.

– Lucy... - Sting disse com a voz pesarosa e abraçou-me bruscamente. - Não faça isso com a gente, por favor... Eu te amo.

Nessa hora, não consegui mais conter as lágrimas.

– Você sente o meu amor por você? Sente que se prosseguirmos assim alguma coisa vai mudar? Você vai ficar mais em casa e eu vou parar com as minhas crises existenciais? Não. Isso não vai acontecer, e você sabe. Eu não queria que fosse assim, de jeito nenhum. Eu gosto demais de você Sting, mas acho melhor... Terminarmos por aqui.

Nós permanecemos abraçados por um bom tempo, até Sting levantar a cabeça e depositar um beijo amigável na minha testa.

– Tudo bem. Eu apenas quero que você seja feliz, Lucy.

– Eu também Sting. Apenas quero sua felicidade.

Sorrimos minimamente com isso. Não seria "mamão com açúcar", as coisas levariam tempo até se ajeitarem.

– Então. Vamos dormir, amanhã resolvemos isso".

– E foi isso. Hoje iremos ter uma reunião com os nossos advogados e vamos assinar os papéis. - Terminei a explicação e tomei um gole de café. Já estava sentindo aquela típica sensação quando estamos prestes a chorar.

– Lu, você sabe que se precisar de algum lugar para ficar por um tempo, minha casa é a sua casa. - Levy disse e eu sorri agradecida.

– Talvez seja uma boa ideia. - Concluí e nós terminamos nosso café.

Saímos da cafeteria e caminhamos por alguns minutos até chegar a hora de nos separarmos. Levy iria pra Editora onde trabalhávamos e cobriria tudo para mim. Eu já disse que amo essa baixinha?

Depois de nos despedirmos, eu segui meu caminho por um lugar menos movimentado de New Jersey.

Andava distraída pelas ruas cheias de árvores e pessoas de idade mais avançada, até que uma coisa chamou minha atenção. Uma livraria.

Olhei para a vitrine repleta de livros. Uma visão maravilhosa.

Rodei meus olhos pelos títulos dali, e meu olhar prendeu-se em um guia de viagem do México. E ao seu lado, um pequeno dicionário de espanhol.

Não sei por quanto tempo eu fiquei encarando aqueles dois livros. Só sei que um minuto eu estava na frente da livraria e no outro, estava caminhando para fora dela, com o guia e o dicionário em mãos.

Uma ideia acabara de surgir.

~✈~

Depois de ter ido a livraria, eu tinha seguido para o escritório de advocacia, para terminarmos o processo do divórcio.

Não vou dizer que foi fácil encarar o olhar cabisbaixo de Sting. Eu chorei, ele chorou, mesmo que discretamente. Eu me sentia um monstro, mas eu me apeguei ao pequeno rastro de esperança que eu mantinha dentro de mim, aquele que dizia que tudo isso, no final, foi a escolha certa.

Depois de uma despedida amigável com Sting, eu rumei para a casa de Levy. Eu estava ansiosa para contar a minha ideia para ela. Com certeza era uma loucura gigantesca, mas eu precisava começar por algum lugar. Literalmente.

– Lucy, bem-vinda! - Levy disse animada assim que cheguei e deu passagem para eu passasse pela porta do seu aconchegante apartamento.

– Obrigada Levy. - Agradeci e entrei no local, dirigindo-me até a sala e sentando-me no grande sofá de cor bege.

– E então, como foi a reunião? - Perguntou Levy enquanto sentava-se ao meu lado.

– Não foi agradável, como eu já esperava... - Suspirei. - Mas sinto que fiz a coisa certa por nós dois. - Sorri de lado para ela, que retribuiu.

– Eu sei. - Falou confortadora e apertou meu ombro, como se estivesse passando forças. - E agora, o que pretende fazer?

– Eu queria te contar uma coisa. - Falei, sentindo-me mais animada e peguei os dois livros que eu havia comprado e mostrei a ela.

– México? Espanhol? - A azulada falou confusa. - Vai viajar? - Completou brincando.

– Exatamente. Eu vou até o México. E depois, vou visitar mais países. - Declarei confiante e vi o semblante de Levy ficar sério.

– O que?! - Exclamou depois de um bom apenas me encarando.

– Eu vou ficar fora por um tempo. Posso até voltar a escrever! Não seria ótimo? - Perguntei animada.

– S-Seria, mas largar tudo assim? Você tem algum roteiro planejado?

– Tenho uma lista de lugares, mas sem roteiro. Vou deixar as coisas seguirem seu rumo. Vai ser uma aventura Levy, imagine só!

Levy revezava seu olhar entre o meu rosto e os livros. Depois de minutos assim, suspirou e sorriu para mim.

– Vai ser ótimo Lu. Tenho certeza que sabe do que está fazendo e creio que será bom para você sair desse ambiente. Mas não vou mentir, eu vou sentir tantas saudades! - Minha amiga confessou, encarando-me com os olhos marejados e logo senti os meus olhos umedecerem também.

– Ah Levy... Eu já sinto sua falta... - Disse e nos entregamos a um abraço apertado.

Levy sempre esteve ao meu lado, nos melhores e, principalmente, nos piores momentos da minha vida. Eu agradeço muito tê-la como minha melhor amiga, e fará uma falta enorme. Mas ela apoiou minhas ideias desde o começo de tudo e continua apoiando.

Depois da nossa conversa, pedimos uma pizza para o jantar e aproveitamos a noite como se voltássemos a adolescência, nos tempos da faculdade, e isso fez um bem enorme para mim.

Rimos, nos divertimos, tagarelamos o tempo inteiro. São dessas pequenas coisas que sentirei falta quando for para essa "escapada", mas vai valer a pena.

Amanhã, eu iria até uma Agência de Viagens para dar início a essa grande aventura.

Bem, espero que eu possa ter um bom "comece novamente".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

✩ É isso pessoal, espero que tenham gostado! :3
✩ A partir do próximo, as coisas irão começar a tomar seu rumo ;)
✩ Um beijo pra quem quiser, e até logo! ^^/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Viagens De Lucy Heartfilia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.