POV Alisme

Senti meu rosto bater em uma superfície dura...

Logo em seguida, o cheiro de sangue veio até mim; minha testa tinha um fino corte que ardia incansavelmente.

Três outros baques ecoaram do meu lado.

-Lily? – a voz de Rose a chamou.

-Oi. – ela respondeu mal-humorada.

-Belle? Alisme? Vocês estão bem? – ela tornou a perguntar.

-Eu acho que cortei minha testa... –eu disse enquanto Bell murmurava que estava bem.

Apoiei-me com um dos meus braços e me levantei.

Eu estava em um ambiente quase que desconhecido.

Era parecido com uma floresta, havia vários animais e somente uma coisa estranha... Parecia Forks...

Belle pôs a mão no meu ombro.

-Você acha... Que ela nos mandou para...

-Não – eu a interrompi –Não pode ser Forks.

Continuei a olhar para os lados... Nada que eu reconhecesse.

Uma voz fraca ecoava pela floresta...

Parecia que dizia algo.

Para onde vão os objetos desaparecidos?

Olhei para Carlie.

-De onde vem a voz?

Ela sorriu, e apontou para algo que não tínhamos reparado no começo.

A esfinge.

-Oh meu Deus! – Rose exclamou.

-Quieta! – Belle a repreendeu – Que tal tentar falar com ela? – disse virando-se para mim.

-Parece uma boa idéia.

-FICOU DOIDA?! – explodiu Rosesme.

Carlie tapou sua boca e olhou apreensiva para a estátua.

-Nefertiti é uma feiticeira, digo, ela tem o dom de fazer tudo. Ela pode ter feito com que a esfinge ganhasse vida com vozes alteradas, ou então até com um simples toque... Cuidado. Ela podia ter te atacado. – sussurrou.

Eu dei um passo para frente e estiquei o braço até ela.

Nefertiti me avisou que viriam aqui.

Recuei vários passos para trás e me segurei em Belle para não cair.

Eu sempre ouvi essa voz quando era bem pequena... Agora sabia que era um tipo de “visão”.

-S-sim, ela nos disse que temos de adivinhar uma charada... – Lily disse timidamente.

Isso... Exatamente. A charada não é tão fácil... Mas vocês já a ouviram, não?

-Sim - Belle respondeu.

Pensem e consigam. Decifra-me ou devoro-te.

-Eu sei... – disse lentamente – Para onde vão os objetos desaparecidos... Para o não ser, ou seja, o todo.

-Onde aprendeu isso?!

-Eu não aprendi nada Belle. Eu só pensei. Os objetos desaparecidos podem estar em todo lugar, ou então em nenhum lugar... Para o não ser, ou seja, o todo. – eu disse.

Correto. Vocês serão enviadas para Forks agora.

-Obrigada. – Rose disse.

Agradeçam á sabedoria de sua prima.

Novamente, fomos puxadas para uma luz.

Minha cabeça...  A dor era quase insuportável...

Uma onda de calor passava de minha cabeça até minhas pernas. Era horrível.

Coloquei minha mão no lugar da dor, nenhuma surpresa. Só sangue.

Muito sangue.

-AAAAAHH!

Um baque surdo me informou que uma das meninas acabara de cair do meu lado.

-Alisme? – seja lá quem fosse, estava fraca.

-Belle? –arrisquei.

-Sou eu... Acho que quebrei a perna... Ai...

-AAAHH!

Um peso acima do normal atingiu minhas costas, causando-me mais dor do que nunca.

-Alisme! Desculpe! E-eu não tive controlo do lugar em que eu ia cair! Me desculpe! Ah meu Deus! Eu te machuquei?

Rosesme.

-Nada mais grave que algumas costelas quebradas... Ai.

Ela tentou sair de cima de mim, mas isso não adiantou muito.

-Ai! Cuidado Rose!

-Desculpe! Desculpe! Ai... eu acho que quebrei o braço...

Pela terceira vez um grito acompanhado de um baque surgiu; Lily.

Por mais incrível que seja, ela se levantou, estava perfeitamente bem, nem um fio de cabelo fora do lugar.

-Alisme e Rosesme! O que aconteceu?

Virei minha cabeça na direção de sua voz.

-A “ótima” coisa que aconteceu foi que a idiota da Nefertiti fez com que nós chegássemos a um lugar “caindo”. E, para encurtar a história, Rose caiu em cima de mim, e eu acho que quebrei algumas costelas. Belle me disse que quebrou a perna e Rose quebrou o braço. Será que por obséquio a gloriosa filha de Carlisle Cullen poderia, por favor, curar os nossos machucados com o ilustre dom dela? – perguntei ironicamente.

Ela revirou os olhos.

-E se eu acabar machucando vocês ainda mais?

-A resposta é meio óbvia. – disse Belle – Vá até a casa dos nossos pais, conte para meu pai o que aconteceu, por pensamento, e chame Carlisle até aqui.

-Eu vou tentar... Alisme, você primeiro.

Carlie colocou suas mãos nas minhas costas,  e uma sensação fria correu por minhas fraturas.

-Alisme. – ela me chamou.

-Sim?

-Você ainda sente algum tipo de dor?

Estiquei-me um pouco, e nada além do peso de Rose me causava algum tipo de dor.

-Estou bem... Bom trabalho Lily! – elogiei.

Ela assentiu e tirou Rose de cima de mim.

Sentindo a ausência de seu peso, logo me levantei.

-Agora, é melhor você cuidar de Bell.

-Certo... Isabelle querida, você consegue esticar as pernas?

-Acho que sim... Ai!

Ela segurou as coxas com força, como se pudesse diminuir a dor.

-Tudo bem, tudo bem... – Lily a tranqüilizou – Acho que consigo...

Ela se adiantou até a garota, e pressionou sua mão no lugar onde ela sentiu a dor.

Belle suspirou aliviada, e se levantou como se nada tivesse acontecido.

-Obrigada. – ela disse com gratidão.

Carlie sorriu para ela.

-Rose! Qual é o braço que você quebrou? – perguntou gentilmente.

Ela fez uma careta.

-O direito.

Lily , novamente, colocou sua mão no braço dela, e Rose agradeceu.

-Agora que ninguém está reclamando, acho que podemos procurar Carlisle.

Todas concordaram com ela, e então, olhamos a nossa volta.

-CARLIE!

Belle olhava apavorada para todas nós e apontou para um vampiro recém nascido que estava atrás de nós.

Ele era absurdamente belo, seus cabelos longos eram louros e seus olhos de um vermelho horrível...

-Olá pequeninas. Será que vocês se importariam, de sair da minha frente? Eu gostaria de provar o sangue de sua amiga...

-NÃO! – vociferei – VOCÊ NUNCA VAI ENCOSTAR UM DEDO NELA!

Ele sorriu, e andou lentamente até mim.

Pegando o meu pescoço, ele me ergueu e me jogou contra uma árvore.

-ALISME!

-Belle! Rose! FUJAM! – gritei com todas as minhas forças.

-EU NÃO VOU TE DEIXAR! – Rose berrou.

-Calem a boca! – o vampiro desconhecido gritou.

Desesperada, eu achei que meu pai poderia estar caçando pela floresta. Não perdi tempo nenhum.

-JASPER! EDWARD! EMMETT!

O vampiro virou-se para mim.

-Vai morrer se gritar mais uma vez.

Eu me encolhi.

-Se afaste delas!

Olhei para o lado e vi meu pai.

Meu pai.

Ele correu até o desconhecido, e arrancou a cabeça dele.

Emmett então apareceu e arrancou os dois braços enquanto Edward e Carlisle acendiam o fogo.

Tendo o vampiro como destruído, eles olharam para nós. Edward olhou para mim incrédulo.

-Olá Carlisle... Obrigada por nos salvar. - disse.

Assim como Edward, ele me olhou estupefato.

-Como sabe meu nome?

- Em um universo, encontram-se humanas que seriam filhas dos vampiros unidos atualmente. Eu sou Alisme Hale Cullen. Sou filha de Jasper e Alice.

-Meu Deus... – papai murmurou.

Meus olhos se encheram de lágrimas, e então elas escorreram pelo meu rosto.

-Isso... Você é meu p-pai...

Ele olhou para mim carinhosamente.

-Aquele vampiro desgraçado; o que ele fez com vocês?

-Ele queria meu sangue. – disse Carlie – A propósito, sou Carlie Cullen. Filha de Carlisle e Esme. Ela é Belle, filha de Edward e Bella, a garota que está inconsciente é Rosesme, ela é filha de Emmett. O vampiro nos machucou um pouquinho... Mas nós estamos bem.

A partir do momento em que tudo ficou em silencio, Carlisle finalmente disse:

-A lenda é verdadeira... Aro me contou sobre isso...

Jasper correu até mim.

-Você é minha filha? È verdade?

Eu sorri.

-Sim, é tudo verdade. Sou sua filha.

Ele deu um sorriso maior ainda, e me abraçou.

-Sua mãe tinha razão... Ela tinha previsto que teríamos uma filha... E é verdade.

Eu o abracei mais forte ainda.

-Você não sabe o quanto eu esperei por encontrar você, pai... – eu hesitei – Posso te chamar assim? – perguntei timidamente.

-Pode e deve... Alisme.

Finalmente eu tinha o que eu tanto procurara.

Amor.