A Bijuu esquecida escrita por Nanahoshi


Capítulo 3
Capítulo 2 - Seishin no Kakusei


Notas iniciais do capítulo

Oieee eu aqui de novo :3
Pra compensar os dias que fiquei viajando, vou postar outro capítulo! Ando bem inspirada pra história *-* Espero que gostem da sequência porque agora sim a história começou de verdade.
Boa leitura!



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Para despertar uma massa heterogênea de energia, era necessário um ninja que conhecesse profundamente os segredos do chakra, da consciência e de personalidades.

Para isso, foi escolhida para a tarefa a kunoichi Uzumaki Minako. Era uma das mais poderosas ninjas de do País do Redemoinho, e suas habilidades de fuinjutsu e ninjutsus de rank S eram conhecidas por todo o mundo shinobi. Minako desenvolvera, certa vez, um ninjutsu de rank S chamado Seishin no Kakusei. Basicamente,usa-se a natureza bruta do seu chakra que contenha um pouco da consciência do usuário, e usa-o como base para, de acordo com a natureza do chakra daquilo que se quer despertar, este reaja e crie uma personalidade.

Era uma noite clara, de lua cheia, quando Uzumaki Minako e um time de 20 shinobis de Vila Oculta do Redemoinho se dirigiram ao templo do deus Kaze no Okami.

Chegando lá, dez dos shinobis ficaram do lado de fora para montar uma barreira para impedir que a bijuu escapasse se desfizesse o controle deles sobre ela. Minako e os outros nove seguiram para dentro do templo. Lá dentro, ela tomou a frente e se dirigiu ao pequeno altar no qual fazia-se as oferendas de chakra. Deu a volta no altar e se abaixou. Na base, havia duas argolas enormes parcialmente enterradas no chão. Com um sinal de mão da kunoichi, os círculos metálicos ficaram dourados e se agitaram, revelando uma corrente enterrada no chão.

—Essa era a corrente que levava o chakra até a estátua? – perguntou um dos integrantes do time.

—Sim. – respondeu Minako se levantando.

A kunoichi encarou a estátua longamente, principalmente os olhos petrificados do deus lobo. O que será que iria acontecer quando ela acordasse o bijuu? Nunca havia despertado uma massa de chakra tão gigantesca e densa. As conseqüências daquilo ela mal poderia calcular e, no fundo, sentia medo.

Aproximou-se da estátua e tocou a superfície áspera.

"Então é verdade. Nunca havia me aproximado tanto para averiguar. Essa coisa... Não acredito que foram capazes de enfrentar até Ootsutsuki Hamura na lua. O preço que pagamos foi alto, mas ainda assim conseguimos trazer um pedaço do Gedo Mazou..."

Seus olhos se encheram de lágrimas. O pai dedicara toda sua vida para encontrar um jutsu que conseguisse invocar ou produzir a mesma pedra que estruturava Gedo Mazou. Depois que parte da estátua fora roubada da lua, seu pai demorou ainda alguns anos para concluir o feito. Ele ainda ajudou na construção da estátua e na composição de seus vários jutsus de selamento para que o invocador tivesse total controle sobre ela. Todo esse trabalho sugara a vida do velho Uzumaki Masaki, e agora ele não passava de um velho caquético.

No final da vida que ele dedicou inteiramente para produzir uma casca, foi apenas o que restou dele... uma casca.

—Minako-sama, estamos prontos. – a voz de Natsuko arrancou-a de suas lembranças do pai.

—S-sim. – disse ela esfregando os olhos e se afastando da estátua. Minako segurou as duas correntes e com um movimento, soltou-as do chão. Natsuko se aproximou pela direita e Tomiko, uma outra ninja de elite dos Uzumaki, se aproximou pela esquerda. Cada um segurou uma corrente e, caminhando para trás, abriram um ângulo de 60 graus entre as mesmas. Os dois shinobis se abaixaram e fazendo selos com as mãos, gritaram:

—Saisho: Fuin – Primeiro: Selar!

Inscrições negras saíram das mãos dos shinobis, envolveram todo o corpo de cada um e subiram pelas correntes, envolvendo também o corpo da estátua.

—Certo. – disse um terceiro shinobi, filho de um dos anciãos da Vila. – Assim ele não poderá absorver mais chakra.

Ele se encaminhou para o centro do templo, ficando em pé atrás de Natsuko e Tomiko. Minako fitou o colega fazer os seguintes selos: cobra, porco, carneiro, tigre e cavalo.

—Nibanme: Fuin – Segundo: Selar!

Correntes douradas saíram do corpo do shinobi e atacaram a cabeça da estátua, selando-a.

—Minako-sama, eu, Haruki-san e Mamoru-san faremos agora os selos dos braços, pernas e tronco, respectivamente. Não seria mais seguro chamar reforços antes de terminarmos os selamentos? – perguntou Etsuko, outro jounin da ANBU da Vila.

—Um time de 40 dos melhores ninjas da Vila está vindo para cá nesse momento. Vamos evitar fazer mais alarde por causa dos anciãos. – ela lançou um olhar rápido para Susumo, o ninja que selara a cabeça do lobo.

—Sim! – responderam os três em uníssono.

Em seguida, Aimi e Takeo, também jounins, selaram as caudas do Kaze no Okami.

Ela sabia que o time estava vindo. Podia sentir seus chakras rodeando a área. Respirou fundo e se encaminhou para o altar. Quando Aimi e Takeo fizeram os últimos selos, preparou-se para realizar o seu jutsu. Porém, quando ergueu as mãos para fazer o primeiro sinal de mão, uma voz familiar gritou da porta do templo:

Minako!!!

Ela se virou, assustada, e viu a silhueta de seu marido recortada contra a luz que vinha de fora do templo.

—Ichigo! O que está fazendo aqui? Você deveria estar fazendo a ronda!

Uzumaki Ichigo não disse nada, apenas caminhou na direção de sua esposa. Sem saber o que fazer, Minako o fitou com os olhos arregalados enquanto ele se aproximava e a segurava pelo braço.

—Minako, pare com essa loucura! Você vai morrer!

A shinobi balançou a cabeça e empurrou Ichigo.

—Ichigo, será possível que você nunca vai compreender a complexidade da situação? Eu estou fazendo isso em nome da nossa Vila, em nome do nosso País!

Ichigo a olhou, angustiado.

—Minako...

Cinco vultos adentraram rapidamente o templo, formando uma barreira diante da porta. Ela reconheceu entre eles dois dos 7 anciões da Vila.

—O que vieram fazer aqui? – vociferou a jounin.

—Viemos parar essa barbaridade. – sentenciou solenemente Sango, um dos mais velhos do conselho. Sango era claramente contra a construção de uma bijuu, pois temia que isso chamasse a atenção de outras Vilas antes do tempo, e assim, Uzushiogakure fosse atacada. Além disso, sabia muito bem o quão arriscado era manipular uma quantidade tão imensa de chakra e, principalmente, tentar despertá-la.

—Minako, sabemos que você tem todas as qualificações para conseguir concluir esse projeto da bijuu. Porém estamos lidando com forças que fogem ao nosso alcance. Ou você se esqueceu das tragédias que já aconteceram quando shinobis tentaram domar as feras de cauda?

Ela encarou o velho em silêncio.

—Se tentar domar uma delas é perigoso, imagine tentar criar uma? Ichibi, Nibi, Sanbi, Yonbi, Gobi, Rokubi, Nanabi, Hachibi e Kyuubi... Todos esses bijuus já são conhecidos por todo o mundo. Suas habilidades, sua força, seus pontos fracos... E ainda hoje pessoas morrem quando uma dessas feras aparece! Já pensou se essa coisa destruir a Vila ao invés de atacar nossos inimigos?

Queria avançar no pescoço do velho e espremê-lo até que ele parasse de respirar.

—Então o que você sugere? – rosnou ela. – Que fiquemos parados esperando as Cinco Grandes Nações nos atacarem?

Sango abriu a boca para falar, mas o vulto à sua direita se mexeu e avançou. A luz das lamparinas do templo iluminou um rosto enrugado, ainda mais velho que o de Sango. Uma imensa barba branca se misturava com sua cabeleira igualmente longa. Seus olhos leitosos e cinzentos estavam escurecidos pelas sombras de seu cenho franzido. Vestia uma yukata bege com detalhes em vermelho que era tão velha quanto ele.

—Minako-chan... – chamou o velhote.

—Roshi-sensei! – exclamou Minako arregalando os olhos. – Por que você saiu da sua cama? Deveria estar de repouso!

O ancião continuou fitando-a.

—Minako-chan... – repetiu ele.

Ela franziu a testa, frustrada. Sabia exatamente o que seu mestre diria.

—Minako-chan – Roshi pronunciava as palavras vagarosamente. – Você sabe muito bem que, quando acordar o deus lobo, suas chances de sobrevivência serão mínimas. Não se esqueça que acordado, terá de ser controlado, e o Seishin no Kakusei exige uma enorme quantidade de chakra. Seu sacrifício não vale uma arma que poderá destruir o País do Redemoinho.

As lágrimas escorriam pelo rosto de sua antiga aluna.

—Mas-! – ela começou a gritar, mas Roshi balançou a cabeça. Ele sempre fazia isso quando ela cometia várias vezes o mesmo erro nos treinamentos.

—Pare com isso, Minako-chan. No fundo você sabe que isso é loucura...

—Nós temos poder para capturar uma bijuu se quisermos, Minako! – exclamou um dos que formavam a barreira. Era Kenta, a neta de Roshi.

—E despertar a ira das Cinco Grandes Nações? – gritou. Olhou para os lados, buscando apoio, mas todos os seus estavam concentrados em manter ativos seus próprios selos. – Vocês sabem muito bem que, mesmo conseguindo uma bijuu, essa técnica será capaz de criar uma criatura muito mais forte do que qualquer um dos nove. Podendo absorver chakra indefinidamente, ele poderá um dia se tornar ainda mais forte que o próprio Jyuubi... Afinal, foi absorvendo chakra que pudemos criá-lo.

Ichigo tentou se aproximar de Minako, mas ela se afastou dele, indo para mais perto da pequena pedra do altar.

—Pra quê desencadear uma guerra para conseguir uma arma que podemos fazer nós mesmos?

Roshi balançou a cabeça outra vez. Estava começando a ficar irritada com o velho. Tinha que despertar a bijuu logo. Olhou para os lados, averiguando a posição de cada um de seus companheiros e começou a formular uma estratégia para se posicionar corretamente e lançar o jutsu antes que pudessem pará-la.

—Minako-chan – repetiu Roshi pela terceira vez. – Não deixe que essa coisa sugue a sua vida como fez com o seu pai.

A ex-aluna do velho se voltou inchada de fúria para o velho. Já não agüentava mais escutar as baboseiras daquele homem senil que mal sabia do que falava. Uma vez o respeitara como sensei, mas agora via o quanto era ignorante e ingênuo.

Quem é você pra falar do meu pai!? Vocês não sabem de nada!! – ela gritou mostrando os dentes.

Ichigo se precipitou e agarrou Minako pelos braços.

—Minako, pare!! Se continuar com essas idéias na cabeça, vai acabar se tornando mais uma ferramenta nas mãos dos anciãos! Como acha que estou me sentindo vendo você se arriscando assim? Pense na gente! Pense no nosso casamento! Pense na nossa filha...

Sua mulher parou de tentar se livrar dos braços do marido e abaixou a cabeça.

—É verdade... – sussurrou a mulher. – Eu não posso arriscar o futuro dela...

Ichigo relaxou um pouco. Ela ergueu os olhos e fitou profundamente os olhos verdes do marido.

—Ichigo, não podemos deixar mais que as Cinco Grandes Nações destruam o futuro do País do Redemoinho. Nós, os Uzumaki, já sofremos demais com guerras que não são nossas. Usam as ilhas como base, campo de batalha... E o que resta para nós é apenas a dor e a desgraça.

—Nós não vamos mais permitir que isso aconteça querida.

—Sim... Isso não vai mais acontecer... E eu irei me assegurar disso... Com as minhas próprias mãos!

Minako empurrou Ichigo para longe, e antes que ele pudesse se recompor, fez um breve sinal de mão e correntes envolveram o corpo de seu marido. Os shinobis começaram a se movimentar para atacar a shinobi, mas ela foi mais rápida.

—Fuuton: Namikaze – Onda de Vento!

Uma onda circular de vento forte empurrou todos para as paredes. Rapidamente, Minako pulou sobre o altar, voltou-se para a estátua e iniciou a ordem dos selos: cão, tigre, dragão, rato, javali, coelho, dragão, galo.

—Minako, pare!

Ela hesitou por um instante, mas a imagem de seu pai velho e destruído inundou sua mente. Ela ergueu os olhos para a estátua e, enquadrando os olhos de pedra com os dedos, gritou:

Seishin no Kakusei: Despertar do Espírito!


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