A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal :D

Finalmente a atualização, eu sei. Me desculpem pela demora.
Eu queria agradecer muito pelos comentários incríveis de vocês, e também pela nova recomendação maravilhosa que ganhei da Kelly Cristina ♥ Muito obrigada, Kelly. Eu amei ♥
Também peço desculpas pelos erros de escrita caso achem algum :)

Espero que gostem desse capitulo ;)



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Os raios de sol entravam pela janela e invadiam o silencioso quarto, iluminando-o naturalmente. Na bagunçada cama, Mac observava a mulher da sua vida dormindo serenamente o seu lado com o corpo coberto apenas pelo lençol e com seus cachos espalhados pelo travesseiro. Já fazia quase duas horas que Stella havia se entregado ao cansaço e dormia, enquanto ele estava ali parado apenas velando o seu precioso sono.

Mac não conseguia dormir mesmo tendo virado a noite com ela em seus braços. Pela primeira vez em anos, ele se sentia extasiado de tanta felicidade, e aquilo o impedia de fechar os olhos e perder a chance de observar a mulher causadora daquela sensação. Mac aproximou sua mão delicadamente e afastou um teimoso cacho que estava caído sobre o rosto dela. Ele sorriu apaixonado quando ela soltou um leve suspiro.

Stella acordou com o barulho da cidade a todo vapor. A claridade do quarto incomodou seus olhos, fazendo ela automaticamente esticar a mão em direção a janela, como se aquele simples ato fosse capaz de acabar com a luz do sol. Ela suspirou ao falhar e se espreguiçou na cama, sentindo o espaço vazio ao seu lado. As cenas da noite anterior passaram por sua cabeça e ela sorriu ao recordar-se das horas que passou nos braços de Mac.

Ela se sentou agarrada ao lençol e procurou por horas, ela encarou o relógio digital no criado-mudo ao seu lado. O horário explicava o barulho da agitação metros abaixo do lado de fora do prédio, era oito da manhã e por conhecer muito bem a cidade, ela sabia que o trânsito estava uma loucura.

— Bom dia. – Disse a voz conhecida.

A grega desviou o olhar em direção a voz e encontrou Mac parado na porta do quarto. Ele estava lindo mesmo estando de pijama, ele usava uma calça moletom e camiseta preta, com seus cabelos castanhos bagunçados. Ele sorriu e se aproximou da cama, sentando-se de frente para ela.

— Bom dia. – Sorriu de volta.

Mac a beijou ternamente acariciando seu rosto.

— Eu pensei que te encontraria na cama. – Separou-se dele. – Ao meu lado.

— Eu não conseguia dormir, então levantei um pouco.

— E por que não conseguiu dormir?

— Acho que é porque eu estou feliz demais e me sentindo um homem realizado. – Stella riu. – Eu estou falando sério! Há anos eu não me sinto assim, Stell. – Segurou a mão dela. – Tão apaixonado e completamente louco por uma mulher.

— Eu também estou muito feliz, Mac. – Acariciou o rosto dele. – Me sinto como aquelas adolescentes com borboletas no estômago. – Eles riram.

— Já que está se sentindo como uma adolescente, eu posso agir como um e subir até o terraço do meu prédio e gritar que sou um homem de sorte por ter você?

A grega não resistiu e gargalhou.

— Eu duvido que você faça isso!

— Eu volto daqui a pouco. – Avisou. – Será que você vai conseguir ouvir daqui? – Se levantou.

Mac fez menção de se afastar da cama e dela, mas, Stella segurou sua mão impedindo-o de sair.

— Para com isso, Taylor! – Puxou ele.

— Eu preciso provar, você duvidou de mim. – Subiu na cama e deitou do lado dela. – Stella, um homem apaixonado faz tudo pela mulher que ele ama, ok?! E eu quero gritar para essa cidade o quanto eu amo você!

Ela escondeu o sorriso e a vontade de continuar rindo.

— O que foi? – Notou a expressão dela.

— Nada, só é muito engraçado te ouvir falando isso. – Deitou seu corpo sobre o dele. – Eu não conhecia essa sua versão romântica e clichê. É divertido! – Mordeu seu lábio inferior. – E incrivelmente bom. – Sussurrou. – Me fala mais frases clichês?

Mac deu um sorrisinho de canto e pensou por um minuto.

— Ah eu tenho uma que você vai adorar. Está preparada? – Stella assentiu. – Meu ponto fraco tem nome, sobrenome, endereço e um sorriso lindo. – Declarou-se em um sussurro.

Stella sorriu calorosamente e abaixou sua cabeça, escondendo seu rosto e encostando sua testa no ombro dele. Mac passou seus braços ao redor dela, abraçando-a.

— Stell. – Chamou. – Eu vou abrir mão do meu cargo. – Anunciou.

Ela rapidamente ergueu seu rosto para olhá-lo de uma maneira totalmente diferente do clima anterior, ela estava séria.

— Como assim abrir mão? Você mal assumiu um cargo e … – Ele a interrompeu.

— Eu não quero mais me separar de você, Stella! – Negou. – Ser chefe é só mais um cargo, mas, você é tudo para mim! – Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela. – Você é mais importante que qualquer outra coisa. – Ele desenhou um sorriso terno. – Eu não me importo com um cargo ou com a cidade que estarei, contanto que eu e você continue assim.

A grega sorriu carinhosamente.

— Então, me aceita em Nova Orleans?

Ela desfez o sorriso e suspirou.

— Mac, eu não posso te aceitar lá.– Negou.

— Por que não? Seria tão ruim assim voltar a trabalhar comigo? Eu juro que não vou te agarrar no meio do laboratório. – Stella deu uma risada.

— Não seja bobo! É só porque eu não sou mais a chefe de lá, eu não trabalho mais em Nova Orleans.

— Espera! O que?

Ela saiu dos braços dele e se sentou na cama.

— Por que você acha que eu fui embora afinal?— Questionou. – Eu fui para me desligar do laboratório e arrumar as coisas para voltar! Eu encerrei meu contrato de aluguel e de trabalho, eu cumpri alguns dias até finalmente acalmar a situação no laboratório e a nova chefe assumir as coisas. – Sorriu. – A Rosalie assumiu meu lugar e agora ela é a supervisora chefe.

— Você se demitiu para voltar?

— Na verdade não. – Negou. – Eu queria fazer disso uma surpresa para mais tarde, mas, acho que vou ter adiantar.

Mac a olhou confuso.

— Pode me emprestar sua camiseta para sair daqui por alguns minutos?

— Por que? Eu acho que ela fica melhor em mim, sabe?! E bem, você fica bem mais linda assim, amor.

Stella sorriu pelo joguinho dele.

— Então, eu deveria andar assim pela cidade? – Arqueou as sobrancelhas. – Eu poderia sair do seu apartamento e andar pelo seu prédio desse jeito? Você acha que seus vizinhos me achariam linda também?

— Touché. – Riu. – Correção: Você fica bem mais linda assim quando é unicamente para mim, ok?!

Ela assentiu.

— Eu sempre soube do seu bom gosto. – Deu um selinho rápido nele. – Agora, mê empresta sua camiseta antes que eu saia e vá pedir emprestada para algum vizinho seu.

Mac sorriu derrotado e arrancou de seu corpo a peça de roupa, entregando a ela. Stella vestiu a grande e um pouco larga roupa de seu homem e saiu da cama, deixando a visão para ele apreciar. Ela saiu do quarto e em menos de três minutos ela voltou com uma pasta em mãos, a grega subiu na cama novamente, ficando de joelho e sentada sobre suas pernas.

— O que é isso? – Ele se sentou.

— A surpresa que era para ser mais tarde. – Sorriu entregando a ele

— Que bom que não somos casados ainda, ou eu suaria frio pensando era o divórcio. – Pegou a pasta.

Stella gargalhou e ele se contagiou ao ouvir aquele delicioso som.

— Abre isso logo, engraçadinho Taylor! – Ordenou.

Mac abriu e se deparou com um pequeno e fino maço de papéis. Ele começou a ler e seu sorriso diminuiu gradualmente, ele abriu levemente sua boca demostrando a clara surpresa. Mac olhou para Stella.

— Isso é sério? Você-você tá falando sério?

A grega assentiu.

— Eu não pedi demissão, eu apenas fui transferida novamente! E daqui uns dias, eu serei a nova supervisora chefe do laboratório criminalístico de Nova York. – Confirmou. – Eu estarei bem ao seu lado, chefe Taylor! – Se aproximou ainda mais.

Stella tirou a pasta das mãos dele e jogou na cama, ela passou uma de suas pernas por cima dele, sentando assim em seu colo e com seus braços ao redor do pescoço dele.

— Claro que como subordinada, mas, ainda sim, eu e você podemos namorar escondido naquela enorme sala de chefe dos detetives. O que acha?

Mac não respondeu em palavras, mas sim em uma ação calorosa e cheia de amor. Ele a beijou com vontade, e foi instantaneamente retribuído com mais amor vindo daqueles lábios que ele havia descoberto amar.

— Acho que você aceitou bem a ideia! – Se afastou por alguns centímetros.

Mac segurou o rosto dela e roubou um segundo beijo mais curto, mas ainda sim tão intenso quanto o último.

— Eu tenho uma outra ideia. — Apertou a cintura dela. – Me diga: Você vai preferir ser chamada de detetive Taylor ou de Bonasera? – Murmurou se afastando.

— Não brinca com isso, Mac, ou eu posso levar a sério.

Em um movimento rápido, Mac empurrou cuidadosamente a grega para trás derrubando-a de costas na cama bagunçada por eles noite passada. O som da risada dela pelo quarto fez com que ele sorrisse enfeitiçado por aquela perfeita mulher. Mac ficou levemente por cima dela, não sobrecarregando seu peso.

— Faça isso quando eu fazer a proposta, está bem?! – Sussurrou. – Leve a sério e me diga sim! Diga que vai se casar comigo. – Beijou a testa dela. – Diga que aceita estar ao meu lado para o resto de nossas vidas. – Desceu por seu rosto e beijou seus olhos. – Diga que vamos viver juntos em uma bela e grande casa afastada da cidade e com um quintal e um lindo jardim. – Beijou sua bochecha direita. – E que teremos filhos lindos e inteligentes. – Ela sorriu e ele beijou sua bochecha esquerda. – E principalmente, diga que me ama, Stell. – A olhou.

— Eu amo você, Mac. – Declarou-se. – Eu amo tanto você que sempre irei te dizer sim. – Acariciou o rosto dele. – Eu estarei ao seu lado o resto de nossas vidas, e nós dois vamos viver em uma bela e grande casa afastada da cidade e com um quintal e um lindo jardim. – Seus olhos se encheram de lágrimas. – E também teremos filhos lindos e inteligentes, por mais surpresa que eu esteja com essa parte. – Eles riram.

— Quer tentar fazer um deles agora?

— Você fala no plural? – Arqueou as sobrancelhas. – Quantos filhos pretende ter comigo, senhor Taylor?

— Eu pensei em ter apenas quatro. O que acha, futura senhora Taylor?

— Acho que você está completamente maluco. – Mac riu. – Não vamos ter quatro filhos, Mac! Que tal um?

— Três.

— Isso não é uma negociação. — Negou.

— Dois e não falamos mais nisso!

Stella se calou pensativa e demorou cinco segundos para responder.

— Feito! — Concordou.

— Um menino e uma menina.

— Não é você que controla isso, amor. – Soltou uma risadinha.

— Eu sei que vai ser assim! Eu já sonhei com isso. – Disse com um sorriso vitorioso.

— Acho que só me resta confiar em você, certo?!

— É sempre sua melhor escolha!

— Não seja tão convencido, Taylor. – Sorriu.

— Tudo bem, não vou ser tão convencido.— Concordou. – Mas e sobre ser completamente apaixonado por você ?

— Essa é sempre sua melhor escolha! – Afirmou.

O casal trocou um sorriso de cumplicidade e se beijaram tão apaixonados quanto suas palavras e declarações.

Flack caminhava por um dos corredores do laboratório a procura de Jô, ele já estava atrás da sub- supervisora fazia alguns minutos, mas não consegui achá-la, mesmo tendo informações que ela estava no prédio. O policial parou quando avistou Danny de costas para ele e o mundo em uma das salas de análise. Ele entrou onde seu amigo trabalhava sozinho.

— Messer. – Chamou um pouco alto demais.

Danny deu um pulinho de susto da sua cadeira e olhou para trás, encarando o policial.

— Qual é o seu problema, Flack? É a terceira vez em uma semana. — Perguntou indignado. – Parece um fantasma, credo! Surge do nada e nem dá sinal que está por perto. – Ajeitou algumas coisas que se bagunçaram com o susto. – Vou começar a te chamar de ectoplasma!

Flack não resistiu e acabou rindo.

— Não foi minha intenção, me desculpe. – Se aproximou da mesa. – Você se assusta fácil demais, Danny!

— O que você está fazendo aqui? – Perguntou com um tom de desdém.

— Eu estou procurando a Jo. – Contou. – Você viu ela por ai?

— Ela acabou de sair daqui. – Informou. – Parece que tinha uma autópsia esperando por ela. – Deu um sorrisinho por lembrar da careta que a amiga tinha feito.

Flack soltou sua respiração frustrada discretamente.

— Está tudo bem? – O loiro perguntou preocupado. – Posso te ajudar em algo ou é só ela?

— Na verdade, é sobre o Mac. – Danny franziu o cenho curioso. – Eu subi na sala dele e ele não veio hoje. Eu tentei no celular, mas não consigo falar com ele também. Estou começando a ficar um pouco preocupado! Sabe de alguma coisa sobre?

— A Jo disse que ele ligou mais cedo para ela e avisou que vai tirar uns dias de folga. – Revelou.

— O Mac? Tirando dias de folga? – Arqueou as sobrancelhas. – Agora estou mais preocupado ainda!

Danny sorriu.

— A Jo disse que entende essa decisão dele e acha que vai fazer bem! A Lindsay e o pessoal ficou um pouco surpreso também, mas, eu concordo plenamente com a Jô. – Deu ombros. – Ele precisa de um tempo, Flack!

— É, eu sei disso! – Afirmou. – Acha que ele vai superá-la?

— Honestamente? Não! – Negou. – Eu acho que eventualmente ele consiga seguir em frente, sabe? Talvez conheça outra pessoa e se envolva com ela, mas, Stella sempre vai ser uma peça importante, e que se for mexida, vai trazer de volta a tona o que ele sente por ela. Me chame de cafona ou brega, mas, eu chamo isso de amor épico.

Flack conteve o sorriso.

— Eu posso ver que você quer rir, ok?! E eu não te culpo, porque você claramente não tem a sensibilidade necessária para me entender. – Danny deu ombros.

— O que eu fiz? Eu achei lindo o que você disse, sério! Desde quando você é tão inteligente, Messer? – Provocou.

— Desde sempre. – Sorriu de canto. – Eu só escondo essa minha parte para não deixar as pessoas tristes.

O policial soltou uma risadinha e assentiu.

— Claro. – Concordou. – Porque você odeia que as pessoas se sintam inferior, certo?!

— Exatamente. – Afirmou.

O som do celular interrompeu o momento. Flack pegou o aparelho e suspirou após encarar a tela digital do aparelho.

— Eu deveria tirar uns dias de folga também. – Guardou o celular. – A gente se fala mais tarde. – Se despediu. – Até mais, senhor sabedoria.

— Até, assombração.

Don riu e se afastou saindo da sala, deixando o loiro sozinho com seu trabalho interrompido.

Stella olhava para o detetive do homicídio com cautela e receio. Havia sido uma conversa e um termino difícil para ela, porém necessário para ambos os lados. Afinal, ela já tinha se decidido sobre o seu futuro e não era ao lado dele.

Eu já imaginava que isso aconteceria! – Anthony a olhava. – Desde o nosso começo, eu sabia que você não queria assumir algo sério porque esperava por ele. Você ainda tinha esperanças, não é?! – Sorriu incerto. – Está tudo bem, Stell! Eu sei perfeitamente como se sente.

Eu amei você, Anthony. – Assumiu. – Do meu jeito, eu te amei. – Suspirou. – E você seria um futuro perfeito, eu sei disso! Eu tenho certeza que seriamos felizes, mas… – Ele a interrompeu.

Mas, eu não seria o futuro que você quer. – Concluiu. – E claro que seriamos felizes, mas, você também sabe que vai ser feliz com ele e prefere essa felicidade. – Segurou a mão dela. – Você sempre foi ótima em fazer escolhas inteligentes.

Stella sorriu.

Eu desejo toda sorte para vocês dois!

O antigo casal se abraçou amigavelmente. “

Stella saiu daquela lembrança e sorriu. Ela estava deitada sobre o peito nu de Mac enquanto fazia carinhos em seu abdômen. A respiração tranquila dele e o silêncio prologado de alguns minutos indicavam que ele havia caído no sono como esperado por ela. A grega cuidadosamente separou-se dele e o observou dormir pacificamente. Uma nova memória veio a tona em sua mente.

“– Oi, Cath. – Cumprimentou se sentando na cama.

Oi, Cath? — Repetiu do outro lado. – Finalmente, Stella! Eu te liguei ontem e não tive resposta, e hoje mais cedo te liguei mais duas vezes, mandei mensagens e nada de você me responder. Quer me matar do coração?

Desculpa, Cath, eu juro que não vi.

Está tudo bem? – Questionou com seu tom de voz preocupado.

Bem do tipo: Não fui sequestrada e nem estou em coma, como da última vez? Sim, eu estou bem! – Tentou brincar.

Eu ainda não acho engraçado.

Qual é, Catherine?! Ainda está brava comigo?

Um pouco. – Afirmou. – Stella, eu te avisei tantas vezes sobre aqueles casos, sobre aquele homem. Eu tentei te impedir e no final, você mentiu para mim falando que havia largado o caso. – Suspirou impaciente. – Você tem noção de como eu me senti quando descobri a verdade? Sabe como foi descobrir que você estava em coma? E pior ainda, não poder jogar tudo para cima para ir atrás de você? Foi horrível! Me senti a pior amiga do mundo!

Mas, você não é! – Negou. – Cath, você tem todo o direito de se sentir assim, ok?! Eu entendo e até mereço sua raiva! Mas, eu não quero que pense por um minuto sequer que foi sua culpa, ou que é uma péssima amiga por não estar ao meu lado naquele momento. – Falou calma. – Você é minha melhor amiga, Barbie! E nós duas sabemos que se estivesse lá, você desmoronaria ao me ver naquele estado, você ficaria desesperada e provavelmente daria trabalho aos médicos e ao Mac.

Catherine compartilhou uma risadinha.

Talvez seja verdade. – Concordou. – Principalmente ao Mac!

Viu só?! Eu te conheço melhor que ninguém.

Falando nele, como está as coisas?

Estão bem! Na verdade, eu te atendi hoje de manhã porque… – Ela travou por um segundo. – É, porque e–eu bebi demais ontem e passei- a-noite-na-casa-dele. – Falou rapidamente fechando os olhos pelo que iria vir como resposta.

O QUE? – Ela gritou. – Espera! Não me fala nada ainda. – Desligou na cara da grega.

Stella olhou para o celular já sabendo o que vinha pela frente e em menos de dois segundos, a chamada de vídeo surgiu na tela como esperado. A grega aceitou o convite e uma Catherine de cabelos loiros lisos e franjinha apareceu em imagem, ela estava em casa, mais precisamente em sua cozinha.

Eu sabia faria isso. — Sorriu. — Você é tão previsível, sabia?

Tá, tá bom! Eu sou mesmo! Agora, vamos ao assunto sério aqui: Vocês dois passaram a noite juntos? – Sorriu maliciosa.

Pode tirar esse sorrisinho da cara, ok?! Eu não disse que passamos a noite juntos nesse tom, Willows. – Negou. – Eu bebi demais ontem e dormi no apartamento dele, mas, só isso! Como nos velhos tempos, nada demais.

A loira fez uma careta de decepção.

Aff nem a bebida adianta com vocês dois. – Resmungou. – Credo, Stell! – Stella riu.

Catherine, eu ainda estou com o Anthony, lembra?

É, eu sei. – Afirmou. – Como eu esqueceria aquele homem fantasticamente lindo e … – Ela foi interrompida.

Eu sei que estou ficando velho, mas, ainda não estou surdo, sabia? — Disse uma voz masculina de fundo.

Stella segurou sua risada e Catherine sorriu contendo-se também. O dono da voz apareceu na chamada de vídeo ao lado de sua esposa.

Oi, Gil. – A grega sorriu o cumprimentando.

Olá, Stell. Como você está?

Eu estou bem! E você?

Oh eu vou bem! Sabe, muito bem casado com uma mulher incrível e que aparentemente acha seu companheiro um homem fantasticamente lindo e o que mais, querida? – Olhou para a esposa.

E que não é nada comparado a você, amor. – Sorriu de canto. — Eu ia dizer isso! Você definitivamente é muito mais lindo que ele.

Grissom sorriu e eles compartilharam um selinho. Stella desenhou um sorrisinho discreto ao admirar a cena de carinho entre os dois amigos. Grissom se separou da esposa.

Eu vou fingir que acredito para continuar te fazendo feliz, ok?! Eu tenho que ir ou vou me atrasar. – Ele olhou para a grega. – Tchau, Stell e boa sorte com a sua decisão. – Sorriu. – Me permite um conselho?

Claro! Eu nunca dispenso um conselho seu, Gil.

Você sabe que eu não sou um cara de sentimentalismo, pelo contrário, sou extremamente racional. Mas dessa vez vale a pena dar esse conselho: Siga o seu coração, Stell!

Espera ai! Gilbert Grissom me aconselhando a seguir meu coração quando preciso tomar uma decisão que pode mudar minha vida? – Fez uma careta divertida. – Eu definitivamente sobrevivi para ver e ouvir isso!

Ele soltou uma risada e assentiu pela brincadeira.

Funcionou bem comigo, acredita? Pela primeira vez eu escutei meu coração e bem… – Olhou mais uma vez para sua mulher. – Aqui estou eu! Ao lado dessa mulher linda e carinhosa sendo feliz dê um jeito. como nunca fui. – Olhou a grega. – Confie em mim, Stella ! As vezes vale a pena ouvir.

Catherine abriu um sorriso apaixonado pelo homem ao seu lado e fez um carinho em seu rosto.

Eu te vejo mais tarde, amor da minha vida. — A loira assentiu. – Tchau, Stell.

Tchau, Gill. – Despediu-se.

O homem de cabelos grisalhos escuros e óculos se afastou e saiu do campo de visão da grega. Stella assistiu a amiga acenar um tchau e depois voltar sua atenção para a chamada.

Sobre o conselho do meu marido. – Retomou a conversa. – Já pensou no que vai fazer? Ou melhor, escolher?

Stella suspirou e negou.

Eu amo o Anthony e sinto que podemos dar certo, sabe ?! Eu sei que poderíamos ser felizes em Nova Orleans, podemos ter uma vida boa e legal, e claro ter uma… – Ela parou ficando pensativa.

Família? Você me disse que ele não queria mais filhos! Ele não fez vasectomia depois que a filha nasceu?

A grega assentiu.

Você sempre sonhou com a sua família, Stell! Vai desistir da ideia? – Arqueou as sobrancelhas. – Esse é um ponto positivo para o Mac.

E desde quando o Mac quer ter filhos, Cath? – Rebateu. – Ele sempre disse que não queria ser responsável por colocar vidas inocentes nesse mundo em que vivemos.

A loira revirou os olhos.

Ele mesmo tira os pontos que eu tento dar. – Resmungou baixinho.

Eu não posso colocar isso na balança, Cath. — Negou. – Além do mais, podemos ser uma família apenas eu, o Anthony e a Mia. Eu amo aquela garotinha! E para falar a verdade, eu nem sei se ainda quero ter filhos, entende?

Claro que entendo. – Assentiu. – Apesar de ter a leve sensação de que um dia, eu ainda vou te ver sendo mãe. – Desenhou um sorriso. – E você sabe que eu sempre tenho razão nessas situações! Sabe como funciona isso, não é?! Nós somos parecidas nisso, Stella!

O sexto sentindo, eu sei. – Sorriu. – Nunca falhou, certo?!

Exato! Mas já que não podemos colocar na balança esse ponto, então vamos colocar os seus sentimentos. – Disse decisiva. – Você ama o Anthony de alguma forma, eu sei! Mas, e o Mac? Você ainda o ama?

Stella pensou por alguns minutos quietos.

Talvez. – Sussurrou. – Provavelmente sim. – Suspirou. – Eu tinha certeza que tinha superado o que sentia pelo Mac, Cath. Ou eu pensava que tinha. Eu estava feliz com o Anthony e achava que finalmente havia conseguido superar aquele sentimento unilateral que começou sem nem ao menos eu notar e tomou conta da minha vida, de mim, da minha rotina.

Não é tão fácil fazê-lo sumir, eu mais do que ninguém sei disso.

Ela desenhou um triste sorriso com seu olhar distraído.

Eu ainda não contei isso para ninguém, mas teve um momento quando eu estava em coma, que eu comecei a ouvir as vozes falando comigo. Eu sabia quando era a Lindsay e a Jess, eu sempre soube quando o Danny estava lá, ou o Don, ou os meninos. Eu sempre soube quem estava ao meu lado, cada um deles eu sabia quando estava presente. – Ela puxou seu ar. – E quando eu ouvi a voz do Anthony pela primeira vez, eu senti uma incrível paz, como se a voz dele acalmasse tudo ao meu redor. – Transformou seu sorriso triste em um mais singelo. – Mas, quando eu escutei a voz do Mac depois, tudo o que eu queria fazer era abrir os olhos de uma vez e sorrir para ele. – Seus olhos lacrimejaram. – Era tão estranho porque eu não sabia o que ele estava me falando, mas, eu queria poder sorrir para ele e segurar a mão dele como eu sabia que segurava a minha.

É o que vocês mais fazem. – Stella a encarou. – Nunca percebeu ? Vocês dois sempre sorriem quando estão juntos e dão um jeito de se tocarem, seja apenas encostando suas mãos discretamente e sem querer na mesa, ou ele abraçando sua cadeira e automaticamente seus ombros! É como se fosse incontrolável. – Sorriu. — Stell, eu sei que você tem sentimentos pelos dois, mas, eles não iguais. – Negou calmamente. – Você sabe que um deles faz seu coração acelerar a ponto de parecer que vai sair para fora do peito. Você sabe que um deles não precisa de muito para te fazer sorrir ou se sentir bem e sortuda. Tem um deles faz você se sentir de uma forma inexplicável, Bonasera! Pense nisso e tome a sua melhor decisão. – Deu uma piscadinha. – Eu irei te apoiar seja qual for sua escolha! “

Stella sorriu ao sair daquela lembrança. Ela imaginou como seria a reação de Catherine Willows ao descobrir sua escolha, provavelmente a loira iria dar seu famoso sorrisinho convencido e diria que sempre soube.

Mac se mexeu na cama enquanto dormia e aquilo chamou atenção da grega para o seu amado. Ele se virou para ela e passou um braço por cima do seu corpo, abraçando-a inconscientemente. Stella acariciou seus cabelos castanhos delicadamente para não despertá-lo, ela descansou seu corpo que antes estava apoiado em seu cotovelo no colchão. A grega se aconchegou mais perto de Mac, e ele em uma resposta rápida apertou o abraço e descansou sua mão nas costas dela coberta pela camiseta dele.

— O sexto sentido nunca falha. – Disse a si mesma. – Acho que aqueles dois estavam certos!

Stella esticou seus lábios para um sorriso. Aos poucos diante daquele silêncio e momento aconchegante e perfeito visto pelos olhos dela, Stella foi vencida pelo sono e acabou dormindo ao lado de Mac.

Mac guiava Stella cuidadosamente pelo apartamento com uma de suas mãos sobre as dela que cobriam os próprios olhos, enquanto a outra repousava sobre a cintura da grega.

— Mac, o que você está aprontando? – Perguntou Stella.

— Eu quero te mostrar uma coisa. – Respondeu. – Não confia mais em mim?

— Você sabe que eu sim! – Sorriu.

Ele sorriu e parou os passos, segurando-a carinhosamente pela cintura para ela parar também. Mac abriu a porta principal do apartamento.

— É o som da porta? Vai me colocar para fora desse jeito? – Questionou com um tom descontraído se referindo ao modo que estava vestida.— Isso pode acabar com a sua reputação, sabia?!

Stella usava apenas uma camiseta antiga dele da N.Y.P.D. e por isso, Mac riu.

— Eu sou louco apenas por você, Stella, não em geral. – Sussurrou. – Eu nunca deixaria um vizinho meu ver a deusa que tenho em casa. – Aproximou-se do ouvido dela. – Isso me geraria uma baita concorrência!

A grega soltou uma risadinha.

— Está preparada?

— Com medo, mas, claro! Preparadíssima! – Afirmou.

Mac a guiou por mais dois passos e tirou sua mão de cima das dela. Stella finalmente abriu os olhos e se viu parada em frente porta entreaberta dele, com Mac atrás dela em um corredor vazio e silencioso. Ela olhou confusa para Mac que desenhou um sorriso. Ele passou seu braço esquerdo por cima dos ombros dela e o esticou, mostrando para a mesma uma chave.

— Mude-se para cá, Stella. – Pediu. – Venha morar comigo?

Por um minuto e meio, ela ficou sem palavras.

— Está falando sério? – Murmurou surpresa.

Mac assentiu.

— Eu sei que pode parecer rápido demais, afinal você voltou para mim há dois dias, mas, eu tenho certeza do que eu quero! Eu te disse, Stell, eu quero me casar com você, eu quero ter uma vida completa ao seu lado. – Declarou-se. – Eu quero dormir e acordar ao seu lado, eu quero te levar para jantar, mas a partir de agora como um casal, não apenas como amigos.

— Estamos falando de um encontro? – Arqueou as sobrancelhas.

Ele sorriu.

— Não, não estamos falando de um. – Negou. – Estamos falando de vários encontros. Você gostaria disso?

Stella abriu um sorriso encantador e se virou de frente para ele, abraçando a sua cintura. O som do elevador despertou o casal e antes que Mac tomasse atitude, Stella fez primeiro. Ela se encostou levemente sobre a porta que se abriu, e rapidamente ela o arrastou para dentro do apartamento. Mac fechou a porta atrás de si e ambos compartilharam risadas pela situação. Ele colocou sua mão no pescoço dela e subiu para o seu rosto.

— Você consegue com que eu faça coisas que eu nunca imaginei fazer, sabia? – Sussurrou.

Stella sorriu e trocou seus braços de lugar, deixando a cintura dele e entrelaçando seus braços ao redor do pescoço. Ela se aproximou e deu um longo e demorado selinho em seus lábios. Ao se afastar, eles trocaram olhares silenciosos mas preenchidos por cumplicidade.

— Eu aceito! – Desenhou um sorriso. – Eu vou conversar com a imobiliária, ok?! Vamos morar juntos!

O sorriso de Mac já demonstrava a felicidade que ele estava sentindo no momento, mas, o abraço apertado que ele deu nela foi mais claro que qualquer sorriso. Ele a ergueu do chão enquanto estavam presos um ao outro. Ao se distanciarem, ela acariciou o rosto dele enquanto ainda estava em seus braços.

— Eu ainda quero ter um encontro, Taylor. Lembre-se disso, entendeu?

— Nós vamos ter vários encontros, Bonasera. – Sorriu. – E não vão ser apenas encontros normais, eles vão ser completos. Nós vamos jantar, vamos ao cinema, e também vamos dançar e fazer tudo o que os casais fazem.

— Dançar? – Arqueou as sobrancelhas – Isso vai ser mais divertido do que eu pensava! – Riu.

— Na verdade, agora mesmo vamos ter um encontro! – A soltou.

— Ah vamos?

Ele sorriu de canto e a pegou no colo novamente.

— Mac. – Chamou por ele surpresa.

Mac tinha um de seus braços ao redor das costas dela e a outro por debaixo de suas pernas. Stella sorriu e passou os braços ao redor do pescoço dele novamente, beijando-o em seguida.

(Uma semana depois)

Já passava das oito da noite quando Mac chegou do supermercado e caminhou diretamente até a cozinha, deixando suas sacolas de compras em cima das bancadas e saindo em direção a outro cômodo. Ele entrou no corredor do apartamento e se aproximou do quarto principal onde encontrou a grega ocupada desfazendo as malas. Ele parou no batente da porta para observá-la.

Stella estava de costas para ele se dividindo entre arrumar algumas roupas nos cabides e dobrar outras peças. Ela estava tão simples, mas, ainda continuava linda com seus cachos presos, usando uma calça moletom, com uma camiseta branca e um cardigan bege por cima. A grega pegou alguns dos cabides ocupados e se virou para o guarda-roupa, notando sua presença pela primeira vez.

— Oi, amor. – Sorriu. – Desde quando está ai?

— Acabei de chegar. – Devolveu o sorriso. – Precisa de ajuda? – Desencostou-se da porta.

— Nem pense nisso, senhor Taylor. – O impediu de se aproximar. – Da última vez que você se ofereceu para me ajudar, acabou me convencendo a fazer outra coisa.

Mac soltou uma risadinha ao se recordar.

— Espera! Eu te convenci? – Ele caminhou até a grega e abraçou ela pela cintura. – Eu não me lembro de precisar te convencer, Stell. – Sussurrou. – Você nem sequer pensou em discordar, você simplesmente pulou em cima de mim como uma gata pula em cima de um rato.

Stella deu uma risada desacreditada e acertou um tapa no braço dele, fazendo-o rir.

— Não precisa mesmo de ajuda? – Questionou com um tom de voz baixo. – A gente começa tirando aquelas roupas de cima da nossa cama e… – Ela sorriu.

— Seu charme pode até ter funcionado com as outras mulheres, mas, comigo é diferente. – Murmurou. – Eu vou terminar de arrumar as coisas, ok?! – Piscou para ele.

Mac deve ter feito uma careta frustrada ou triste porque a grega soltou um risinho e o beijou carinhosamente, se afastando e indo em direção ao armário. Ele suspirou baixinho porém dramaticamente.

— Bem, eu acho que vou guardar as compras e preparar nosso jantar.

— Eu vou terminar aqui e vou te ajudar. – Ele foi até ela.

— Vai ser um prazer ter sua ajuda. – Sussurrou.

Os dois compartilharam um selinho longo e cheio de amor. Mac saiu do quarto e seguiu para cozinha, onde começou a desempacotar as compras e guardá-las em seus devidos lugares. Ao terminar a tarefa, ele começou a se preparar para fazer o jantar. Antes que pudesse pegar qualquer ingrediente ou utensílio para a receita, o som da campainha soou pelo apartamento, interrompendo-o. Mac caminhou até a entrada e abriu a porta, dando de cara com Don Flack parado do lado de fora.

— Don? O que está fazendo aqui? – Indagou surpreso.

— Eu vim te ver!

— Por que?

Flack soltou um suspiro.

— Porque eu quero te ajudar. – Respondeu calmo.

Don invadiu o apartamento de Mac sem ao menos um convite. O policial passou pela porta e caminhou diretamente até a sala de estar, sendo seguido imediatamente por Mac.

— Flack, com o que exatamente você vai me ajudar?

— Eu sei que é difícil para você, Mac. – Se virou para ele.

— O que? – Resmungou confuso.

— Você amava a Stell! Ou melhor, você ainda ama ela, certo?! E é exatamente por isso que eu entendi que precisava de uns dias longe de tudo para esfriar a cabeça e colocar pensamentos em ordem.

— Ah é mesmo! Bom, obrigado pelo apoio, Flack. – Agradeceu.

— Mas, eu não vou mais permitir que você se tranque e isole do mundo. – Disse firme. – Você é meu melhor amigo, Mac, e eu quero te ver feliz! Assim como eu quero que a Stell seja feliz ao lado do homem que ela escolheu. – Don respirou fundo. – Mac, eu sei que o que eu vou dizer agora pode machucar você, mas, ela está feliz! Eu posso sentir pela voz dela essa felicidade! – Sorriu. – Até mesmo os olhos dela pela chamada de vídeo brilham de maneira que eu nunca vi antes. Em todos os anos que nos conhecemos eu nunca vi a Stella desse jeito que está agora! Ela está radiante, Mac!

Mac se controlou para não sorrir feito um bobo na frente do policial. Ele apenas desenhou um sorrisinho discreto.

— Você também precisa seguir em frente. – Aconselhou. – Você precisa conhecer novas pessoas, Mac! E eu vou te ajudar com isso, eu quero te apresentar alguém.

— Você o que?— Abriu os olhos assustado.

— Eu convenci a Jéssica a apresentar uma amiga dela para você. Na verdade, é amiga da cunhada dela, mas, ela é incrível!

Mac sentiu seu sangue gelar. Ele torceu para que Stella estivesse tão distraída com as roupas a ponto de não estar atenta aquela conversa repentina de Don Flack.

— Don, eu não quero… – O policial interrompeu.

— Mac, só dá uma chance, ok?! Por favor. – Pediu. – Eu tive que pagar meus pecados para convencer a Jess. Você sabia que meus pecados são bem caros?

— Eu realmente agradeço por isso, mas… – Mac tentou.

— Eu não vou aceitar não como resposta. – Negou. – Olha só, você vai gostar dela! Ela é uma bioquímica, é super inteligente e engraçada, e também é bonita. – Sorriu. – A Jess mostrou uma foto dela e ela é loira! O que você gosta, certo?!

— O-o que? – Gaguejou. – Do que está falando?

— O seu tipo. – Respondeu. – Você gosta de mulheres loiras, não é?! – Se afastou do amigo.

— De onde tirou isso? – Perguntou nervoso.

— Você quem disse! – Don se sentou no sofá.

— Eu nunca disse isso! – Negou com um olhar fixo.

— Como não ? Você disse para mim e para o Danny aquela vez em que fomos ao Sapphire no aniversário surpresa e secreto que fizemos para o Sid, lembra?! Jess e Lindsay nem sonham com isso!— Mac fechou os olhos. – Ai aquelas duas strippers, a loira e ruiva não paravam de te olhar, e o Danny até brincou dizendo que você tinha mel e você inclusive riu. – Deu uma risadinha. – Logo depois você disse que preferia as loiras. Você se esqueceu?

— Não, eu não esqueci, mas queria que você tivesse esquecido. – Murmurou apenas para o policial.

— Hã? – Franziu as sobrancelhas confuso. — Por que você está me olhando assim? Como se quisesse me matar? – Esticou os braços para pegar uma almofada.

Quando Don tirou a almofada de lugar algo mais veio junto em sua mão. O policial surpreso largou de imediato a almofada e pegou apenas o brinde que havia vindo inesperadamente. Ele ergueu um pouco sua mão e encarou o amigo com um olhar divertido. Mac avistou a peça de lingerie de renda nas mãos do amigo e recordou que a grega estava procurando por aquela peça mais cedo, e pelo visto não havia achado. Imediatamente, Mac congelou.

— E eu preocupado em quantas vezes teria que insistir para você aceitar conhecer alguém. – Riu.

— Don, me dá isso aqui! – Pediu.

Mac imaginou em qual seria a cara do Flack se descobrisse de quem era aquela lingerie que ele segurava. O policial se levantou e caminhou com a peça para mais perto.

— É alguém nova ou eu já conheço? – Perguntou com um sorrisinho.

— Flack, me devolve isso. – Mandou. – E também é melhor você ir embora!

Don abriu a boca e apontou em direção aos outros cômodos do apartamento.

— Ela está aqui? – Arqueou as sobrancelhas. – É por isso que estava nervoso quando eu falei da sua preferência por loiras? – Sussurrou. – Ela é morena ou ruiva?

Mac suspirou.

— Você quer esquecer isso? Eu não prefiro loiras! – Resmungou nervoso.

Don segurou a risada.

— Quem é? A Christine? Aubrey? Quinn? – Sugeriu os nomes. – Não, espera! A Quinn não pode ser porque pelo que eu soube ela voltou com um ex namorado. Não me diga que você é o ex da Quinn e ela está ai?

Antes que Mac pudesse responder qualquer coisa, ele sentiu o leve toque em suas costas.

— Oi, Don. – Cumprimentou a voz feminina carinhosa.

— Ah oi, Stell. – Devolveu o cumprimento com um sorrisinho.

Flack recolheu o sorriso quando notou quem havia acabado de cumprimentar. A grega saiu de trás do Mac e se colocou ao lado dele, envolvida pelo braço do mesmo ao redor do seu ombros.

— Stella? – Sua voz saiu mais alta pela surpresa. – O que você está fazendo aqui? – Don dividiu seu olhar entre os dois. – Então, é real? Vocês dois finalmente se acertaram?

O casal sorriu e Mac depositou um beijo na cabeça da sua amada. Mas Stella recolheu seu sorriso rapidamente quando encarou a mão do policial.

— Don, o que você está fazendo com isso? – Olhou para ele.

— Ah isso aqui? – Ergueu a mão e encarou a lingerie. – Eu achei no sofá do Mac e … – Ele parou de falar bruscamente.

Flack ficou em silêncio por alguns segundos sem olhar para o casal, apenas encarando o sutiã de renda de maneira cabisbaixa. Stella e Mac se olharam, e ele quis rir da situação, mas a grega o advertiu com o olhar.

— Isso é seu, não é? – Sua voz quase não saiu.

— Se eu te disser que não, você vai se sentir melhor? – Ela perguntou.

Don suspirou e jogou a peça desesperadamente na direção deles. Mac agarrou a peça com uma mão e deu para a namorada que saiu da sala para ir guardar. O policial encarou Mac e durante aquele segundo, Mac sentiu que se Don tivesse o poder, ele estaria morto.

— Não precisa me olhar assim, Flack. – Sorriu. – Eu amo a Stella e quero fazer dela a mulher mais feliz do mundo! Você mesmo disse que ela está radiante, então, isso significa que estou conseguindo, certo?

— É verdade, Don. – Stella voltou. – Você disse isso! Eu ouvi toda a conversa de vocês.

Mac fechou os olhos por ter acontecido o que ele temia.

— Está bem! Eu disse mesmo que você está feliz como nunca e está radiante… – Flack parou de falar ao reparar na última frase dela. Ele olhou para Mac que o fuzilava com o olhar. – Você ouviu a nossa conversa? Tipo, e-ela inteira?

Stella assentiu positivamente com um sorriso de canto.

— Desde da parte dele me amar até a parte do clube Sapphire. – Ela olhou para o namorado. – Então, Taylor, loiras?

— Isso foi há muito tempo, Stell, eu nem me lembro direito desse dia. — Respondeu. – E eu prefiro disparadamente uma bela grega, com cabelos cacheados e lindos olhos verdes. – Sorriu. – Eu sou complemente apaixonado e louco por essa mulher!

Stella abriu um sorriso.

— Eu espero que você nunca me peça para usar uma peruca loira, entendeu?!

— Eu também espero isso. – Don resmungou.

Mac riu.

— Vem cá! Podemos mudar de assunto? – Pediu o policial. – Eu quero muito conseguir dormir essa noite e não pensar no que vocês dois…. – Ele pigarreou. – Então, você voltou para Nova York? – Olhou a amiga.

Stella sorriu e caminhou até ele.

— Eu voltei, Don. – Afirmou. – Por que a gente não se senta para conversar e eu te contar tudo? – Ele olhou relutante para ela. – Menos o que aconteceu entre eu e o Mac, é claro. – Aliviado, Don concordou.

A grega revirou os olhos e escondeu seu sorriso. Stella e Flack se sentaram juntos para conversar enquanto Mac foi até a cozinha pegar algo para eles beberem juntos.

Stella abriu a porta do quarto e saiu em direção a sala de estar onde Mac esperava por ela. Assim que ele se virou e a viu, ele paralisou completamente, abaixando seu corpo de whisky e abrindo a boca levemente enquanto a olhava fixamente.

— O que foi? Tem algo errado?

— Eu acho que não quero mais sair.

— Por que não? – Perguntou preocupada.

— Porque os homens vão ficar te olhando. – Respondeu sério. – Eles vão ficar olhando para você e desejando estar no meu lugar.

A grega deu uma risadinha.

— Isso quer dizer que estou bonita?

— Bonita? Não mesmo. – Negou. – Stell, você sempre foi linda, meu amor, mas, hoje está deslumbrante!

Stella corou.

— Mac, para com isso! – Pediu. – Eu nem caprichei tanto assim.

— Tem como ficar melhor? – Deixou sua bebida e se aproximou. – É claro que tem, não é?! Afinal, é você de quem estamos falando. – Sorriu. – Você é como uma deusa grega da beleza. Como era o nome dela mesmo? – Perguntou abraçando-a pela cintura. – Quer saber? Não preciso saber o nome dela, porque para mim você vai ser sempre a deusa da minha vida.

Ela riu e o cercou com seus braços.

— Você é um galanteador e tanto, sabia? – Sorriu.

— Eu não sei do que você está falando. – Negou. – Eu sou péssimo nisso!

Os dois trocaram risadas. Mac colocou sua mão no pescoço dela e subiu delicadamente até seu rosto, acariciando o mesmo com o polegar.

— Sabe, eu acho que fiz algo importante na minha vida passada. – Sussurrou. – Eu devo ter salvado o mundo para merecer você.

Ela sorriu boba.

— Quem diria que depois de tantos anos de amizade eu ainda conheceria um lado desconhecido seu. – Jogou o sorriso para o canto dos lábios cobertos pelo batom – Um Mac Taylor romântico. Eu confesso que é uma de suas melhores faces.

— Que bom que você gosta, amor. – Sorriu. – Porque ela é exclusivamente sua! Nem mesmo eu sabia que poderia ser um homem tão apaixonado e romântico.

O sorriso que ela deu naquele momento fez com que ele se encantasse ainda mais.

— Está pronta para o nosso primeiro encontro?

— Você finalmente vai me falar onde vamos? – Indagou curiosa.

Mac negou.

— Eu disse que iria ser uma surpresa, lembra? – Arqueou as sobrancelhas. – Mas, eu acho que você vai gostar. – Ele disse. – É um lugar especial!

Stella o olhou desconfiada. Mac desceu sua outra mão até a dela e a segurou carinhosamente. O casal caminhou juntos até a porta principal do apartamento e com seus casacos em mãos, eles saíram para sua noite.

No meio do caminho, Mac vendou Stella e dirigiu pelas ruas até seu destino final. Ao chegarem, ele guiou sua amada cuidadosamente até o local reservado para a noite. Eles entraram no elevador e com o braço ao redor de uma ansiosa grega, ele beijou sua têmpora tentando acalmá-la.

— Estamos no elevador, certo?! Então, já estamos chegando?

— Sim, querida. – Murmurou.

— Eu vou ficar muito surpresa com isso?

Ele sorriu.

— Tenho certeza que sim! – Concordou baixinho em seu ouvido.

— Você vai me fazer algum pedido hoje?

— Sempre direta, não é, Bonasera?! – Riu. – Mas a resposta é não. – Negou. – Eu preciso de uma coisa importante antes e ainda não está totalmente pronto.

— Como assim? – Virou seu rosto em direção a ele.

As portas se abriram e Mac segurou um pouco mais firme em sua cintura, caminhando com ela para fora do elevador. Após alguns passos, ele finalmente parou e se colocou atrás dela.

— Agora sim chegamos! Eu vou tirar a venda, ok?

Stella assentiu e ele fez o prometido. Assim que seus olhos se abriram, a grega aderiu uma expressão de surpresa ao se deparar com a cena diante de seus olhos.

— Onde estamos? – Sussurrou.

— No observatório do 86º andar do Empire State. – Abraçou ela por trás.

As paredes do lugar todas feitas de vidros davam a ela uma perfeita e espetacular vista da cidade iluminada e seus arredores. Além de toda aquela vista, ela estava cercada por diversas velas eletrônicas acesas quando o observatório estava todo escuro.

— Isso é… – Sua voz falhou. – Mac, é perfeito! – Murmurou.

Ele sorriu apoiando seu queixo no ombro dela.

— Você gostou?

— Está brincando? Eu amei! – Desenhou um sorriso emocionada.

Stella se virou para ele.

— Quando fez isso? – Perguntou. – E como fez? Porque deve ser difícil arrumar uma visita nesse lugar sem meses de espera. – Olhou suspeita. – A gente não invadiu, certo?!

Mac riu.

— Seria ótimo para os nossos currículos perfeitos, não acha?

Ela soltou um riso concordando.

— Não foi muito difícil! Eu só precisei cobrar um favor de uma pessoa. – Explicou. – Sobre essas velas, eu tenho que agradecer o Flack.

— O que? – Prendeu a risada.

— Eu pedi para ele passar o dia aqui e espalhar por todo o observatório. – Sorriu. – Ele estava de folga hoje, então, contei com a ajuda dele. – Stella soltou uma risadinha.

— Como conseguiu convencê-lo?

— Foi bem mais fácil do que eu imaginei, sabia? Eu ofereci ingressos para o próximo jogo e ganhei ele com o meu argumento final.

— E qual foi esse argumento?

— Fazer a mulher que nós dois amamos feliz. – Sorriu. – Ele aceitou na mesma hora quando eu disse isso.

Stella sorriu e acariciou o rosto dele.

— Você já me faz uma mulher feliz, Mac. – Disse baixinho. – Desde o momento que abriu aquela porta e me tomou em seus braços eu sou feliz.

— Obrigado por não ter deixado de me amar. – Agradeceu. – Obrigado por ser tudo o que eu preciso. – Sorriu.

A grega beijou seus lábios com calma e amor. Mac por sua vez abraçou sua mulher e aproveitou o momento terno e tão desejado por ele.


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Notas finais do capítulo

E então ? Comentem, please ! Se quiserem recomendar, eu aceito :)

OBS > São os comentários, suas opiniões que fazem a fic andar, quem estimulam os autores a continuar ! Fantasminhas, apareçam !! Também preciso de vocês, por favor.

Beijos ♥ até o próximo.



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