A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oi gente do meu coração.
Atualizaçãozinha sendo feita, finalmente.
Eu quase morri com esse capitulo, sério, quase pedi para me enterrarem ! Eu perdi duas vezes o capitulo, quando ia salvar o rascunho, o lugar onde escrevo não fazia isso, quase chorei de tanto nervoso.
Masssss consegui !!! Desculpa se não estiver tão bom, eu peço perdão pelos erros gramaticais ou ortograficos, terminei agora esse capitulo.
PS: Não me matem ou xinguem ta ?! Amo todos vocês ♥



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O barulho estridente das sirenes  e a velocidade da ambulância ocuparam as ruas da cidade. Dentro do automóvel, o aparelho ligado a Stella monitoravam seus sinais vitais, enquanto a mesma lutava contra a dor que sentia, presa a mascara de oxigênio, ela se lembrava de sentir Mac pegar em sua mão e ouvir ele falar que estava tudo bem e que estava ali com ela, mas, logo depois sentiu sua mão sendo solta e a voz dele desaparecer.

Ela estava acordada mas paralisada, Stella não conseguia se mover e nem falar, por mais que tentasse era impossível. Seus olhos  estavam pesados e a cada segundo que se passava ficava pior e mais difícil de mante-los aberto, ela conseguia sentir a luz contra seus olhos e podia ouvir alguns ruídos, algumas vozes, mas nenhuma pertencia a Mac.

“– Eu amo você.“ ­– A voz distorcida de Mac soou em seus ouvidos.

 – Batimentos e pressão caindo. – Ouviu uma voz distante.

E entre as vozes desconhecidas, Stella conseguia ouvir a voz de Mac e o  seu “Eu amo você” quando a dor se tornava mais forte, ela podia  sentir suas pálpebras forçarem para se fechar.

“ – Sua liberdade é a morte, Stella.” – Uma voz conhecida sussurrou em seu ouvido.

...

Sentado em uma das cadeiras do fundo da sala, Mac olhava para suas mãos que estavam manchadas de sangue, não qualquer sangue, era o sangue dela, da Stella. Mac fechou os olhos e abaixou sua cabeça, sua mente  se lembrou de alguns minutos atrás de quando desceu da ambulância e viu ela sendo encaminhada com urgência para sala de cirurgia, seu coração estava parando e ela estava perdendo muito sangue, ele se lembrava das duas enfermeiras que o barraram na porta por onde Stella foi levada. Ele não sabia se tinha feito o certo ao aceitar ir ao lado do motorista e não com ela como prometera, para Mac aquilo novamente parecia deixa-la para trás.

— Mac. – Ele ouviu a voz conhecida.

Ele levantou a cabeça e viu Susan e Sid parados, o olhando sérios e preocupados. Susan desviou o olhar para as mãos deles sujas de sangue, ela se sentou na cadeira do lado.

— O que aconteceu ? Cade ela ? – Sua voz tremula fazia jus aos olhos já cheios de lagrimas.

— Ela foi levada para cirurgia as pressas. – Ele engoliu a vontade de chorar. – Dois tiros nas costas, estava perdendo muito sangue e os batimentos estavam baixos. – Ele e Susan se olhavam com lagrimas.

Susan fechou os olhos  e passou as mãos pelo rosto. Mac viu Sid se distanciar e se encostar na parede de costas para eles.

— Isso não está acontecendo ! – Ela sussurrou. –  É um pesadelo e  eu vou acordar dele daqui a pouco, não é ?! E ai ela vai estar bem, animada e vai continuar a mudar de assunto quando eu perguntar quando ela vai voltar para nos ver... – Limpou as lagrimas. – Por favor, Mac, me diz que vai ser assim que vai acontecer. – Implorou.

Mac sentia suas lagrimas caírem. Ver Susan daquela forma fazia seu coração quebrar mais do que já estava, ele podia sentir o peso da famosa  culpa, afinal, se ele tivesse ouvido Stella nas diversas vezes que ela pediu atenção ou se há anos atrás tivesse encarado que não era, nunca havia sido só amizade, talvez ela nunca tivesse partido e certamente nunca passariam por aquela situação. Não tinha o que responder. Não seria aquilo que aconteceria, não era um pesadelo, por mais que Mac quisesse que fosse, não era, era real.

— Eu sinto muito, Susan. – Murmurou enquanto a mulher se levantava para abraçar o marido.

Mac encarou o relógio na parede, aquele ponteiros pareciam trabalhar tão lentamente .

...

A sala de espera já estava preenchida por toda a equipe que chegara alguns minutos depois de Susan e Sid, o único som ouvido na sala era o do relógio pendurado na parede, fora isso, todos se mantinham calados. Lindsay estava sentada junto a Jessica e Susan, as três tinham suas mãos unidas enquanto as lagrimas silenciosas corriam pelo seus rostos; Danny estava escorado na parede com um olhar baixo, fixo ao chão; Don estava sentado na poltrona mais distante de todos, sua cabeça baixa impedia de qualquer um ver suas lagrimas; Sid estava ao lado de Sheldon, o legista mais novo se manteve ao lado do seu antigo mentor desde que chegara, Sid permanecia com um olhar perdido , enquanto Sheldon encarava o relógio de cinco em cinco minutos. Adam estava do outro lado de Sid, calado e com seu olhar triste.

Já havia se passado horas desde que Stella entrara na sala  de cirurgia, três horas que todos se mantinham em agonia e lagrimas. Jo que acabava de chegar da delegacia, entrou na sala de espera e deparou com a cena que partiu seu coração.

— Temos alguma novidade ? – Ela se aproximou de Sheldon.

O médico/perito balançou a cabeça negativamente, fazendo Jo suspirar. A perita desviou o olhar por um segundo e viu Mac caminhando vagarosamente vindo de um outro corredor, ela podia estar errada mas algo no rosto de Mac lhe dizia que ele não estava bem. Jo se afastou e foi até o amigo.

— Mac, você está bem ? – Tocou no braço dele.

— Está tudo bem. – Garantiu.

— Mac, você está suando e tremendo. – Sussurrou ao notar os sinais.

— Eu estou bem, Jo. – Ele respondeu com dificuldade. – Eu só preciso de um pouco de água. – Ele tentou passar por Jo.

— Mac, você está me assustando. – Ela o impediu. – Temos que procurar o médico, você está mal, tremendo, suando e  está com dificuldade de respirar. – Ele negou. – Mac, isso não é hora de ser teimoso ! Você pode estar tendo um ataque cardíaco !

— Não é um ataque cardíaco. – Ele se encostou na parede.

— Você não sabe e é por isso que precisamos... – Jo o encarava preocupada.

— Não é um ataque cardíaco. – A interrompeu. – É um ataque de pânico. – Respirava com dificuldade, assim como falava.

A expressão de  surpresa no rosto de Jo não passou despercebida por Mac que tentava respirar, mas, algo o atrapalhava.

— Um pouco de água vai ajuda-lo. – Uma segunda voz feminina interrompeu a conversa deles.

Susan estava parada com o copo de plástico em mãos, ela estendeu para Mac que aceitou e ingeriu o liquido transparente. Ela desenhou um sorriso fraco.

— Jo, você poderia  pegar mais um pouco de água para ele ? – Ela pediu para a perita que concordou.

— Claro, eu já volto. – Encarou Mac que assentiu.

Susan acompanhou Jo se distanciar, ela se aproximou mais de Mac.

— Não é o seu primeiro episódio, é ? – Indagou o encarando.

— O que ? – Ele franziu o cenho.

— Eu ouvi a conversa, me desculpa não era a minha intenção, mas, não deu para evitar. – Mac desabotoou o segundo botão de sua camisa social que estava manchada. – Você está vindo do banheiro, estava vomitando e quando a Jo disse que você podia estar tendo um ataque cardíaco, você rapidamente negou e soube o que era.  – Susan tocou no ombro dele. – Mac, eu sei como é, eu escondi do Sid algumas das vezes que eu tive, nas outras ele nem sequer estava em casa, até o dia do vídeo, lembra ? – Ele concordou. – Aquele dia foi diferente, não tinha como esconder, ele estava do meu lado quando eu comecei a suar, tremer, a ter falta de ar, as náuseas, sem contar o aperto no peito e as ondas de calor e frio que eu sentia. É desesperador. – Mac a olhava fixamente. – Há quanto tempo vem tendo os ataques ? – Indagou.

Mac respirou fundo, estava voltando ao normal, aos poucos mas estava, ele conseguia sentir o aperto sumir e a sensação de falta de ar também. Susan o olhava esperando a resposta, ele olhava Lindsay e Jessica abraçando Jo que consolava-as.

— Mac ? – Susan o chamou.

Mac voltou seu olhar para ela, os dois pares de olhos azuis se encaravam. Susan franziu o cenho depois de alguns segundos olhando nos olhos do detetive, era como se decifrasse algo que parecia não poder ser dito.

 –  Isso não vem acontecendo desde que ela foi sequestrada, não é ?! – Murmurou  e Mac desviou o olhar. – Há quanto tempo ? – Mac ficou quieto. – Há quanto tempo isso vem acontecendo com você, Mac ? – Persistiu.

.– Começou depois que ela foi embora. – Ele a encarou. – Eu me sentia perdido sem ela aqui, Stella sempre foi o meu ponto de equilíbrio, o único que eu tinha na verdade, e não te-la mais aqui comigo era como se eu não soubesse mais o que fazer. – Ele balançou a cabeça negativamente. – Quando ela foi para Nova Orleans, era como se eu não soubesse mais quando parar, quando eu deveria sair do laboratório... – Respirou fundo.

— Isso você nunca soube. – Ela interrompeu e ele sorriu.

— Mas ela estava lá! Era a Stella que me tirava do laboratório quando não restava mais ninguém, era ela que me pedia para ir viver, em muitas das vezes, era ela quem me tirava do laboratório, ela era a única a conseguir fazer isso. – Susan desenhou um sorriso fraco. – Nós saiamos para jantar, não sem antes ter um conversa séria sobre onde iriamos, sempre discordávamos do restaurante, eu odiava comida grega e ela amava, claro. – Ele sorriu ao se lembrar. – Então no fim, optávamos pelo restaurante italiano de sempre, ela sempre escolhia o vinho e jogava na minha cara que eu péssimo para fazer tal escolha. – Susan riu silenciosamente e Mac a acompanhou. – Nós jantávamos e bebíamos, conversávamos sobre todos os assuntos, menos trabalho, ela sempre proibia antes de entrar no restaurante e toda vez que  eu ousasse tocar no assunto ou algo o que o envolvesse, eu teria que dar dez dólares para ela.

— É a cara dela fazer isso. – Susan comentou sorrindo ao compartilhar a memoria da grega.

Mac assentiu. Ele desviou o olhar para o chão.

— Quando eu precisava, ela estava lá por mim. – Susan mantinha seu olhar preso a Mac. – E eu sempre achei que nunca precisaria aprender a não ter ela comigo. – Encarou Susan. – Então quando ela foi embora, as coisas simplesmente pareceram desmoronar e depois da primeira semana sem a Stella, os ataques começaram.

— Alguém sabe disso ? – Indagou e Mac negou.

— Eu procurei um amigo que é médico, disse que estava com problemas para dormir e de estresse e ele me ajudou com uma receita para dormir, um calmante.

 Jo chegou até eles, entregando para Mac o segundo copo de água, o detetive aceitou e novamente ingeriu o liquido, com seu olhar grudado em Susan.

— Obrigado, Jo. – Agradeceu.

— Está melhor ? – Ela perguntou preocupada. – Não é melhor procurar um médico ?

— Não, eu estou bem. – Ele tentou despreocupa-la. – Eu vou voltar para sala de espera, quero estar lá quando o medico aparecer.

Um ruído soou entre os três e Jo rapidamente pegou o celular que estava guardado em seu bolso, a detetive olhou a tela do aparelho e depois encarou os dois.

— Eu preciso fazer uma ligação, avisar a Ellie que não tenho horas para ir embora. – Ela se distanciou.

— Mac, você precisa procurar uma ajuda. – Susan disparou.

— Su, agora não é a hora. – Ele negou. – Eu vou ficar bem, eu juro. – Ele se afastou e desviou da senhora, caminhando em direção a sala.

— Mac. – Ela o chamou e ele a olhou. – Por que nunca a procurou ? Retornou as ligações dela ?

Mac permaneceu em silencio por alguns segundos, ele olhou para o outro lado e viu Lindsay com a cabeça escorada no ombro de Jess que mantinha sua cabeça escorada na da amiga. Ele voltou o olhar para a senhora Hammerback.

— Eu estava com raiva. – Susan deu alguns passos até ele. – Ela tinha me deixado, ela não me contou, não ... – Ele parou. – Ela não tinha insistido o suficiente.

— Você sabe que ela tentou.

— Eu sei, mas, eu não queria a culpa de ter deixado ela ir, de não ter tido um minuto para ela, como ela pediu. – Ele olhava a senhora. – Então, foi mais fácil culpar ela, mesmo eu tendo sido um covarde, que agora está com medo de ouvir que eles... – A voz dele falhou e os olhos azuis se encheram. – Não conseguiram salva-la, eu não sei se consigo passar por isso de novo.

Susan sentiu seus olhos queimarem tanto quanto os de Mac ao ouvir que aquela possibilidade estava aberta e livre para acontecer. Ela sabia o que ele estava  sentido e só de pensar que poderia acontecer o pior com Stella, era como se um buraco se abrisse e a sugasse para o fundo abismo.

A senhora apenas seguiu seu insistindo e abraçou Mac que depois de alguns segundos, retribuiu o gesto.

...

O fim de tarde já tomava conta da grande cidade. A cirurgia se estendeu por horas e não houve nenhum sinal ou noticia sobre o estado de Stella Bonasera em nenhum momento, a sala continuava ocupada pela equipe que pareciam estar mais calmos, mas do mesmo jeito, era desesperador não saber nada sobre a amiga e isso ainda estampava seus rostos.

 Millie havia chegado para ficar com o filho depois que soube o que havia ocorrido através da TV, a senhora Taylor que sempre viu Stella como a mulher certa para seu menino se mantinha ao lado dele, confortando-o o máximo que conseguia e podia.

As duas portas se abriram e um homem de cabelos grisalhos as atravessou ao lado de uma mulher que carregava uma prancheta, eles caminhavam até a sala com passos largos,  ambos vestiam  um conjunto azul escuro e um jaleco azul claro cirúrgico aberto no meio. Mac conseguiu identificar de longe a mulher que vinha em sua direção, ele se levantou atraindo os olhares da equipe que ao notar que os médicos se aproximavam, se levantaram juntos.

— Familiares de Stella Bonasera ? – Ele indagou e todos se levantaram.

— Somos nós. – Susan respondeu prontamente.

— Eu sou o doutor Charlie Williams e essa é a doutora Aubrey Hunter, nós somos os médicos responsáveis pela senhorita Bonasera. – Se identificou.

— Como ela está, doutor ? – Susan indagou. – Ela está bem ? O senhor conseguiu salva-la, certo ? – Em disparada, Susan foi amparada por Sid.

— Su, querida, calma. – Ele tocava nos ombros dela. – O doutor Williams vai falar. – Mesmo tentando acalmar a esposa, ele tinha o mesmo olhar que ela para o médico. O olhar de desespero e medo.

— A cirurgia da senhorita Bonasera foi bastante complexa, nós conseguimos retirar os fragmentos de dentro dela,  nenhuma das balas atingiram algum órgão, porem atingiram uma veia e uma artéria que ficam muito próxima ao coração e  que a fez perder muito sangue, mas, ainda conseguimos estabiliza-la antes dela sofrer um choque hipovolêmico. Mas como eu disse a vocês, a cirurgia foi complicada e ... – Era notável o cuidado que o médico usava.

— Por favor, doutor. – Susan o interrompeu. – O que aconteceu ? – Ela ergueu o volume da sua voz. – Apenas nos diga.

— Stella sofreu duas paradas respiratórias e uma cardiorrespiratória durante a cirurgia, ficando parada durante cinco minutos na ultima. Nós conseguimos reanima-la, mas, o caso dela é complicado, ela tem hematomas internos graves e costelas quebradas, o pulmão dela estava com água e os exames feitos com uma amostra de sangue recolhida na sala de operação estão baixos demais, ela está a beira de uma anemia profunda. – Os olhos fixos e vermelhos encaravam o médico. – Stella não estava conseguindo receber oxigênio suficiente, seu corpo não estava recebendo o oxigênio necessário, pelo menos parte dele.

— Como assim ? O que está querendo nos dizer ? – Danny perguntou curioso.

— Ela não estava conseguindo respirar, não sozinha. – Aubrey se pronunciou. – Por isso, ela precisa de ajuda para receber o oxigênio.

— A Stella está em coma ? É isso ? – Sid falou com a voz tremula.

Susan olhou assustada para o marido e depois para os médicos, esperando assim como todos uma confirmação para a pergunta de Sid.

— Sim. – Concordou. – Eu sinto muito, mas, Stella está em coma induzido.

— Coma induzido ? – Susan repetiu.

— Sim. – Os médicos concordaram.

E foi naquele instante que um buraco pareceu se abrir embaixo do time, sugando-os para dentro. Stella em coma ? Aquilo era surreal de ser ouvido e mais ainda de ser imaginado ! Eles estavam falando da mulher mais cheia de vida e independência que todos ali conheciam bem e amavam.

— O caso dela é grave mas já estamos cuidando, fazendo de tudo para que ela fique bem,  ela vai estar em tratamento para se recuperar dos hematomas, da anemia, das balas. – Aubrey olhou o time, um por vez. – O coma induzido nada mais é que uma sedação profunda que vai ajudar Stella a se recuperar melhor, sem nenhum esforço físico ou estresse pós traumático.

— Quer dizer que vocês podem dizer quando ela vai acordar ?

— Não. – Ela negou. – Isso depende dela, do metabolismo do remédio pelo organismo dela, mas, conforme o estado dela vai mudando, a sedação vai sendo alterada.

— Nós podemos ve-la ? – A voz tremula de Lindsay indagou-os.

— Não. – O medico negou. – Pelo menos não hoje, Stella vai ser estabilizada e acomodada no quarto, queremos observa-la nas primeiras horas e depois liberar quaisquer visita. – Ele explicou. – Amanhã eu posso começar a liberar visitação, mas, dois por vez e dentro do horário de visitas estabelecido pelo hospital. Eu recomendo que vocês vão para casa e descansem, agora é tudo o que podem fazer !

Os olhares desolados e mais desesperados ainda encaravam os médicos, algumas lagrimas escorriam pelos rostos cansados e as outras era possível ver que estavam sendo seguradas ao máximo. Danny abraçou a esposa que aceitou o abraço e escondeu o rosto dentro do abraço; Don fechou os olhos deixando as lagrimas caírem, o perito sentiu um toque em sua mão, ele abriu os olhos e olhou devagarinho para o lado, cruzando o olhar imediatamente com o olhar castanho que ele conhecia bem, Jess tinha seu rosto todo molhado, ela tocou com sua outra mão no ombro dele, apoiando a cabeça no peito do ex. Sheldon e Adam eram abraçados por Jo que entre eles, mantinha seu apoio e atenção focado nos dois que tinham seus olhos vermelhos. Sid abraçava a esposa por trás, Susan tinha seus braços cruzados, ele apenas colocou os dele por cima dos dela, como se estivesse protegendo-a, como um escudo, ele depositou um beijo em sua cabeça, enquanto a mesma deixava as lagrimas caírem. Mac abaixou seu olhar para o chão, sua respiração pareceu pesar toneladas naquele instante e o som da risada de Stella ecoavam em sua cabeça, seu coração batia disparadamente, as lagrimas caíram pelo seu rosto queimando, ele sentiu a mão de sua mãe em seu ombro.

— Aliás, alguém aqui é McKenna Boyd Taylor Jr ? – Ele indagou curioso.

Mac olhou para o médico, todos fizeram o mesmo.

— Sou eu. – Se aproximou. – Mac Taylor.

— Precisamos conversar, Sr. Taylor. – O médico o olhava fixo e sério.

— Pode falar. – Mac o olhava curioso.

— Existe uma procuração assinada por Stella Bonasera, uma procuração que coloca você como o responsável por ela e por qualquer decisão a ser tomada no caso dela não poder responder.

— O que ? – Reagiu surpreso. – Isso deve ser um engano !

— Não, não é ! – Aubrey estendeu o objeto que segurava para Mac que aceitou. – Aqui está a procuração assinada por ela. – O médico olhava Mac.

Os olhos de Mac corriam pelas linhas, as linhas que diziam em nome da Stella que ela autorizava Mac a responder por qualquer coisa relacionado a ela, caso a mesma não pudesse fazer isso. A duvida de se aquilo era real foi embora no mesmo instante que Mac viu no final da folha a assinatura de Stella e na linha de cima, em minúscula fonte a data de quando foi assinado tal documento.

— Mac ? – A voz de Sid pediu a atenção dele.

Mac olhou para o time que o encarava curiosos, perdidos. Ele olhou para os médicos, Aubrey mantinha os olhos focados nele que ao trocar o olhar com ela estendeu imediatamente o papel para ela.

— Quer dizer que se ela não voltar, se ela não reagir mais, eu sou o responsável por desligar... – Apontou em direção as portas por onde os médicos passaram e parou a frase bruscamente.

— Caso aconteça alguma coisa e ela não reagir mais, então, sim. – O médico concordou. – Você é o responsável por desliga-la.  

Mac a cabeça lentamente em sinal de negação, ele desviou o olhar para o chão  e fechou os olhos por alguns segundos.

— Junior. – Ele ouvia a sua mãe chama-la.

— Senhor Taylor, com base na procuração assinada por Stella Bonasera, você não é apenas o responsável por ela como também é o único que pode ficar com ela, sem horas para entrar no quarto dela ou sair. – A voz de Aubrey o atraiu.

— Eu posso ?

— Sim, como a doutora Hunter disse, com base a procuração dando a você os direitos de responder por ela, então, você é o único que pode ficar com ela no quarto. – Um bipe foi ouvido assim que ele finalizou. – Bom, se vocês me dão licença, eu tenho outra cirurgia em alguns minutos. – Olhando o pager e o guardando novamente. – Ouçam o meu conselho: Vão para casa e descansem ! Amanhã o horário de visitas estará aberto e poderão ve-la. Dra. Hunter. – Aubrey assentiu e o médico se retirou.

— O doutor Williams está certo. – A médica concordou. – É melhor irem para casa, tentarem descansar. Eu prometo que vou cuidar da Stella. – Olhou para Susan.

— Eu posso ve-la ? – Mac olhava Aubrey.

— Você está sujo de sangue, e Stella acabou de sair da cirurgia, ela está sendo acomodada no quarto e o doutor Williams quer atenção extra para ela nas primeiras horas. – Mac suspirou frustrado. – A partir de amanhã você poderá entrar e ficar com ela.

— Obrigada, dra. Hunter. – Susan agradeceu.

— A recepção tem todas as informações sobre a visitação e os horários– Avisou. –  Eu tenho que ir, com licença. – Pediu e se afastou.

Mac viu a mesma atravessar as portas por onde passou. Depois de alguns segundos ele se virou para a equipe, Jessica e Lindsay juntas enquanto sua mãe abraçava Susan Hammerback.

— Mac ? – A voz de Flack chamou sua atenção. – Você está bem ? – Ao seu lado, Don colocou sua mão em seu ombro.

—  O documento foi feito há alguns meses atrás, Don. – Don o olhou curioso. – Eu não entendo. – Balançou a cabeça. – Por que Stella me colocaria como responsável por ela depois de tudo o que eu fiz ? Ou melhor, o que eu não fiz ? Por que ? – Encarava Flack confuso.

— Eu não sei,  mas, talvez porque vocês sempre foram melhores amigos e apesar de tudo, ela nunca tenha deixado de ver dessa forma.

Don se afastou e seguiu em direção a Susan e Sid, abraçando-os. Todos estavam arrasados, e mil possibilidades passavam por suas mentes conturbadas, Mac se virou e olhou novamente para a porta por onde os médicos passaram. Tudo o que Mac queria era poder ve-la e toca-la, apenas para sentir que era real, as possibilidades do “E se” o deixava angustiado e ao mesmo tempo desesperado, porque se algo acontecesse diferente do ela acordar, a decisão estava nas mãos dele e a culpa provavelmente cairia sobre ele.

Os milhões de porquês tomava conta dele e dos pensamentos, ele ainda não acreditava e entendia o motivo de Stella ter colocado ele naquela posição, ele havia feito tudo o que não deveria ter feito, assim como havia os milhões de porquês,  havia os milhões de motivos para ela odia-lo.

— Querido. – A voz de sua mãe o tirou dos pensamentos. – Você está bem ? – Sentiu sua mão toca-lo.

— Eu não consigo entender. – Engoliu a vontade de chorar. – Por que eu ?

Millie respirou fundo e tocou o rosto do filho.

— Quando ela acordar, você poderá fazer essa pergunta. – Mac a olhava. – Junior, ela vai acordar, acredite nisso, acredite nela. Stella sempre foi forte e não é agora, não é alguns aparelhos que vão mudar isso. – Mac fechou os olhos deixando algumas lagrimas. – Pode parecer estranho o que eu vou te falar agora, mas, é um pouco bom poder ver você assim, a flor da pele.

Mac olhou confuso para a mãe.

— Me mostra o quão humano você é, o quão bem ela fez a você que a possibilidade de perde-la é devastadora e te faz mostrar que é como qualquer um. – Sorriu fraco. – Eu nunca tive duvidas que Stella era a pessoa que te faria alguém melhor, e se ela consegue fazer isso, então, eu também estava certa sobre ela ser a mulher perfeita para você. – Mac beijou a mão de sua mãe, que o abraçou. – Ela vai voltar, eu sei disso. – Sussurrou. – Ela nunca deixaria nem você e nenhum deles para trás, filho, acredite na Stella !

— Eu quero, mãe. – Se afastou. – É o que eu mais quero, mãe.

Millie limpou as lagrimas dele.

...

A porta se abriu e Danny deu espaço para Lindsay passar, em seguida ele entrou e fechou a porta, a risadinha fez com que Lindsay o olhasse com lagrimas. Ele abraçou a esposa que chorou silenciosamente em seu peito.

— O que vamos falar para ela ? – Sussurrou.

— Eu vou falar com ela. – Afastou Lindsay e limpou as lagrimas dela. – Não se preocupe, okay ?! Eu vou falar com ela sobre isso.

 – Danny. – Ela o chamou. – Eu estou com medo.

— Eu sei, amor. – Ele concordou. – Eu também estou.

— Mamãeeeee, papaiiiiii. – A vozinha chamou suas atenções.

Eles olharam e viram Lucy parada olhando para eles, sorridente enquanto a mãe de Danny estava parada atrás dela. Lindsay sorriu fracamente e andou em direção a menina, se agachando ao chegar perto.

— Oi, querida. – Manteve o pequeno sorriso.

— Você estava chorando ? – Ela perguntou colocando a mãozinha no resto de Lindsay. – Por que, mamãe ?

Lindsay sentia vontade de chorar, mas, segurou ao máximo. Ela pegou a mão de Lucy que estava em seu rosto e a beijou delicadamente, ela tentou dizer algo, justificar o seu estado mas as palavras não saiam, paravam em sua garganta como o choro.

— Lucy, querida, por que não deixamos a mamãe e o papai tomar um banho ? – A voz de Daisy Messer chamou a atenção da garota. – Depois eles conversam com você ! Vem, vamos comer o resto dos muffin que o tio Louis trouxe. – Estendeu a mão para a garota.

Lucy olhou para Danny que caminhou até ela e a pegou no colo.

— Muffin ? Parece delicioso. – Lucy sorriu. – Você vai deixar um pra mim ? – Lucy negou. – Eu não acredito nisso, senhorita gulosa Messer. – Lucy riu.

— Eu vou guardar um para a madrinha, papai. – Danny sorriu para a filha.

— Eu tenho certeza que a madrinha vai amar. – Lucy olhou para  Lindsay que concordou.

— Ela adora muffin. – Comentou tentando manter um sorriso.

— Então, vamos ? – A avó a chamou.

Lucy concordou e foi no colo da senhora que deu um olhar para o filho e em seguida para a nora, saindo em seguida. Lindsay o olhou, Danny se aproximou e segurou a mão dela, levando-a para o quarto.

...

 “ – Afinal, de uma forma ou de outra, eu sempre vou ser a mulher da sua vida, a que  as vezes te deixa maluco ou muito bravo, mas, que você adora”

“ – Eu ainda não te deixei com cabelos brancos o suficiente, detetive – Talvez umas ruguinhas, mas, isso só te deixa mais charmoso”

Seus olhos se abriram e encararam o teto do quarto, as memórias o visitavam, ele conseguia ouvir nitidamente a voz dela e todos os detalhes das memorias que teve. Ele se virou para o lado e olhou o relógio na cabeceira ao seu lado, era quase quatro da manhã e tudo o que conseguiu desde que chegou em casa foi tomar um banho, comer alguma coisa por ser obrigado pela sua mãe, e então dormir um cochilo de alguns minutos. E agora ele se encontrava ali, sem sono e pensando em Stella.

 Ele se recordou de todos os momentos bons com ela, e sorriu. A risada dela soava pelo ouvido de Mac enquanto a mente dele relembrava da vez que foram em uma competição de cachorros e ele perdeu a aposta e ela o fez pagar; ou da vez que apostaram um corrida de verdade e ela ganhou, Stella se gabou daquilo por um mês, mas, ele adorava quando ela sorria e falava daquilo, nunca o enjoava. E era em momentos de nostalgia que ele se perguntava: Como ele nunca havia visto ou notado ?

Ele era apaixonado por sua melhor amiga ! 


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Notas finais do capítulo

E então ? Comentem e NÃO ME MATEM ! POR FAVOR

OBS > São os comentários, suas opiniões que fazem a fic andar, quem estimulam os autores a continuar ! Fantasminhas, apareçam !! Também preciso de vocês, por favor.

Beijos ♥ até o próximo



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