– Me diz Murta, quem matou você?- perguntei novamente, a expressão que ela tinha aparentava estar voltando no tempo, há cinquenta anos atrás.

– Eu estava no banheiro trancada em uma das cabines chorando porque Olivia Homby havia caçoado os meus óculos, então eu ouvi um barulho e fui ver oque era e depois...

– E depois?... e depois murta diz.

– Depois... Morri- disse a fantasma voltando em si.

– Murta tente se lembrar de algo a mais...

– Eu lembro que antes de morrer eu vi olhos grandes e amarelos olhando diretamente para mim. Depois desse ocorrido virei oque você vê agora.

– Sinto muito pelo que te aconteceu Murta.

– Ela fiou em silencio.

– Murta seja lá oque te atacou, voltou para o castelo e agora esta aqui fazendo varias vitimas.

– Eu prometo descobrir e vingar por sua morte- ela sorriu e veio até mim para um abraço, mas ela atravessou por mim, e a sensação foi como se tivessem jogado um balde de agua gelada em mim.

– Desculpa- disse ela vendo minha cara de aflição.

– Não foi nada, afinal você não tem culpa de estar assim. Tenho que ir Murta, tenho que falar com Harry- despedi e sai do banheiro.

– Ravenna, volte aqui- disse Gina a alguns passos de distancia.

– Oque faz aqui Gina? Tinha que estar no dormitório.

– Eu sei onde fica a câmara... a câmara secreta que vocês tanto falam...

– Como assim Gina?- perguntei, mais nem me importava de como ela ficou sabendo, eu só queria saber onde era.

– É no banheiro interditado- disse a Gina-vamos, precisamos salvar os outros- ela me puxou pelos braços e me levou para o banheiro Murta ja não estava mais ali, mas eu pude ouvir seus choromingos pelas paredes ao redor do banheiro- É aqui.

– Gina aqui onde? Não tem entrada alguma por aqui- Gina com impaciência apontou uma torneira, a torneira estava suja de poeira, passei a mão por ela para limpar e senti um relevo nela. Era um desenho de uma serpente nela entalhado.

– Aperte a serpente e fale em língua de cobra para a porta abrir.

Olhei para ela com um olhar curioso, mas fiz oque ela pediu. E assim que eu comecei a falar o lavadouro em forma de fonte começou a se expandir e a afundar no chão. Joguei Gina para traz, para que ela não caísse no buraco que havia se formado no chão.

– Como sabia disso?- perguntei assustada.

– Eu peguei o diário de Tom que você deixou em cima da cama. Agora vamos pule- eu olhei para ela com uma desconfiança e ela disse- deixa eu pulo primeiro depois você vem atrás de mim- olhei para ela petrificada então quando recobrei a consciência ela estava prestes a se jogar, até que ela se jogou e eu não tive tempo para reagir.

– Giiiiinaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!- gritei procurando ela no buraco do chão.

– Pula Ravenna, não há perigo algum- pulei sem pensar duas vezes, não podia deixar Gina sozinha naquele lugar escuro, a senhora Weasley nunca me perdoaria. Quando finalmente cheguei no chão Gina me ajudou a levantar. O lugar era muito escuro e um cheiro desagradável.

– Lumus- disse acendendo a ponta da varinha.

– Venha Ravenna me siga- disse ela pegando em minha mão para acompanha-la.

Passamos por vários pilares até que ela parou em um lugar espaçoso com uma escultura gigante de um homem na parede.

– Gina que lugar é esse?- mas ela me ignorou e disse em voz alta que ecoou no lugar todo.

– Fiz oque pediu, trouxe a menina.

– Muito bem senhorita Weasley, se aproxime com a nossa amiga- Gina me puxou forte pelos braços uma força que não cabia em uma criança de onze anos.

– Oque esta fazendo Gina? E que lugar é esse?

– Esperei muito por sua chegada senhorita Evans- diz uma voz masculina- lembra se de mim?- perguntou um garoto que eu já havia visto, o garoto do diário, Tom.

– Riddle?- perguntei duvidosa. Era para ele estar velho.

– Sim querida, eu mesmo. Que foi? Esperava alguém mais velho?- disse o rapaz num tom de deboche.

– De certa forma sim, jugando pelo fato que já faz cinquenta anos que estava nessa estatura- ele deu um sorriso malicioso e depois estalou os dedos.

Gina que estava do meu lado olhava de um lugar para o outro com medo nos olhos, até que ela olhou para Tom e para mim e se pôs a minha frente me empurrando para longe de Riddle.

– Foge Ravenna, foge... não vou deixar ele te machucar você também.

– Gina calma- segurei ela pelos braços e ela ajoelhou na minha frente- Tom não fara nada comigo. Ele ajudou a descobriu quem era o herdeiro e veio nos ajudar agora- ela negava com a cabeça enquanto chorava- Não é mesmo Tom?- ele não respondeu.

– Lira ele não é quem você pensa que é. Ele na verdade é Vol...- ela foi interrompida por um raio vermelho que fez ela cair no chão tremula, se retorcendo de dor. Levantei as pressas e corri até Ridde.

– Oque fez com ela? Faz isso parar- disse agoniado com os gritos de dor dela.

– Não se preocupe, vai passar logo- disse ele com o mesmo sorriso- enquanto isso quer ouvir uma história?- perguntou ele mesmo eu não respondendo se sim ou não.

– Como sabe a escola tem quatro fundadores, Godric Gryffindor, Rowena Ravenclaw, Salazar Slytherin, Helga Hufflepuff. Todos viviam em harmonia exceto Salazar que achava que só alunos que vinha de uma linhagem de sangue puros devia estudar nessa escola... olha- interrompeu-se ele e apontando para Gina- ao disse que ia passar logo.

Olhei para ela que agora estava imóvel e sem uivos de dor.

– Onde eu parei mesmo? Assim... infelizmente ele ao conseguiu convencer os outros sobre sua ideia. Então, antes de deixar a escola Salazar construiu essa câmara onde vive um monstro para limpar o mundo bruxo das escorias trouxas, e que apenas com um olhar... pode matar. E somente seu herdeiro poderá abrir a câmara- ele me olhava como se esperasse alguma ação de minha parte- Já descobriu quem é o herdeiro?

– Bom... Harry disse ter visto em seu diário que Hagrid quem abriu a câmara da primeira vez. Talvez ele tenha aberto a câmara novamente. Mas eu não consigo acreditar nisso.

– Hagrid? Aquele paspalho nem sabia que a câmara existia, até a morte daquela garota inútil.

– Se não foi ele, então foi...

– Só quem pode abrir a câmara é descendente de Salazar. No caso eu.

– Então esse tempo todo foi voce?- perguntei om raiva nos olhos.

– É incrível a capacidade de poderes que uma metamorfomaga tem- disse apontando para os meus cabelos negros- respondendo sua pergunta... se não fosse a pequena ajuda de sua amiga ali- apontou novamente para o corpo caído de Gina- eu nunca teria conseguido atacar novamente.

– Você não é humano. Meus amigos estão petrificados, e alguém vai pagar por isso- peguei minha varinha e comecei a soltar lampejos de todas as cores mas nenhum atingia ele. Então em um piscar de olhos já não estava mais empunhando minha varinha.

– Posso torna-la uma grande bruxa, habilidades você já tem, só precisa ser instruída por um grande mestre.

– Já tenho um grande mestre, Dumbledore é o nome dele, enquanto você, é apenas um zero a esquerda, Tom Riddle.

– Bem... sua mãe não disse isso na ultima vez que me viu...- disse me pegando pelos ombros.

– Do que esta falando?- perguntei confusa.

– Não se lembra, você esteve lá o tempo todo, desde então soube que seria uma grande bruxa. Por que essa expressão confusa? Sabia que eu só poupei sua vida aquela noite por que você...

– Ravenna- gritou Harry- por que a esta segurando Tom?

– Olha só finalmente, senhor Potter.

– Harry oque faz aqui? Quem disse onde ficava a câmara?

– Isso é o de menos agora, todos estão preocupados, professora Mc.Gonagall disse que haviam trazido você e Gina para a câmara. Ainda bem que Tom estava aqui. Onde esta Gina?

– Não Harry, você entendeu tudo errado, Gina me trouxe aqui a mando dele. De Riddle. Ele é o herdeiro de Salazar.

– Do que esta falando?- perguntou Harry.

– Pode deixar srt Evans eu explico.