A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 6
Capítulo V - Dança Aérea


Notas iniciais do capítulo

O Capítulo saiu mais cedo, pois é o aniversário de um grande fã da Fic, o Gabriel Peclat. Enfim, Feliz Aniversário, e curta seu presente ;)



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Teu Próximo Adversário é... Ele lança uma Sombra Colossal sobre um lago enevoado. Ele voa por todo o céu. Para alcança-lo, a tarefa não é fácil.

Após as descrições de Dormin a respeito do Próximo Colosso, me montei em Agro, e desci as escadas do Santuário. Antes de levantar minha espada, notei algo de estranho. De cima do morro onde enfrentei o Primeiro Colosso, subia um tipo de Luz do chão, que tocava o céu, fazendo um círculo de nuvens ao seu redor.

O que é isso? – notei que o mesmo acontecia da direção de onde enfrentei o anterior, o Quarto – É melhor esquecer... esse lugar todo é misterioso.

Ao erguer a minha espada, notei que o Próximo Colosso estava na direção Esquerda, próxima do anterior. Ao dar um toque nas rédeas, Agro recusou se mover.

– O que há de errado, Agro? – percebi que sua respiração estava ofegante – Você não pode estar cansada... Será que é sede? Ou fome?

Precisava encontrar rápido um pouco de água. Logo me lembrei das palavras de Dormin, sobre o tal “lago enevoado”. Será que podemos saciar nossa sede lá?

Bati as rédeas mais uma vez, e Agro começou a cavalgar rapidamente, quase fazendo-me cair. Levantei novamente a espada, para verificar novamente meu destino. Depois de alguns segundos, cheguei até um corredor de terra, com um desfiladeiro logo ao lado. Após atravessa-lo, cheguei a um local grande, com uma passagem mais à frente, e algumas árvores, sendo que em uma delas, possuía frutas.

Mas algo me chamou muito a atenção. Havia um templo, semelhante ao do Santuário, onde Dormin disse que se eu lhe oferecer uma prece, meus ferimentos seriam curados. E havia também um tipo de Lagarto.

Porém não era um Lagarto comum. Ele tinha a cauda branca e brilhante. Sabia que se comesse-o, algo de diferente aconteceria. Olhei para os lados, e nenhuma fonte de água por perto. Desci de Agro, e peguei meu Arco e Flecha. Haviam muitas frutas naquela árvore. Diferente da última vez, eu dividi as frutas com Agro.

Ela parecia ter saciado sua fome, porém, era óbvio que a fruta não iria saciar sua sede. Espere um pouco, Agro... – tinha certeza de que o lago estava por perto, pois o ambiente já parecia estar um tanto nevoento.

Peguei mais algumas flechas, e mirei no Lagarto de cauda branca. Um tiro e o acerto em cheio. Como estava no topo do Templo, caiu alguns centímetros até outro ponto superior do templo. Ele era escalável, e tive que subir para pegar a cauda. Ela parecia brilhar, mesmo quando arrancada de seu corpo.

Dei uma pequena mordida. Diferente dos lagartos que comi antes, esse tinha um certo sabor. Em mais duas mordidas, comi o resto. Pulei de uma altura de mais ou menos 3 metros, mas caí seguramente. Me aproximei do Templo, que brilhava igual ao do Santuário. Guardei minha espada, me ajoelhei, e fechei meus olhos.

Após algumas preces, abri meus olhos e me levantei. Não sabia como aquilo funcionava, mas confiava na palavra de Dormin. Eu então, subi em Agro, e continuei meu caminho. Após passar por uma abertura entre uma montanha, cheguei ao lago.

A égua disparou em direção da água, me derrubando em meio ao lago. A água estava fria, mas tolerante. Agro começou a beber da água, e vendo aquilo, abri um sorriso. Sede e Fome saciadas. Agora, posso seguir meu caminho.

Aquilo, na verdade, não parecia ser um simples lago. Haviam construções, o que dava a impressão de que o local foi, na verdade, inundado. Parece que uma grande chuva caiu por aqui... – ironizei em meus pensamentos. Após passar por baixo de uma das construções, me deparei com um pilar que podia ser facilmente escalado.

Alguns metros acima, passei por um corredor com cercos de ferro em volta. Subi um pequeno lance de escadas, e tive uma visão da qual nunca imaginei contemplar. Estava mais ou menos a 30 metros da água, e mesmo com um cercado de ferro a minha gente, pude ver o lago inteiro. Construções subiam da água, e a névoa era bem densa. Havia um buraco na cerca, permitindo que alguém pulasse até a água.

Porém, algo interrompeu meus pensamentos. De repente, fui encoberto por uma enorme sombra, que passou rapidamente. Quando tentei descobrir sua origem, notei uma Ave Enorme sobrevoando o local. Tinha mais ou menos uns 40 metros do bico a cauda, e de asa a asa.

Ele emitiu um rugido bem agudo, e pousou em um enorme pilar que havia no fim do Lago, há muitos metros de distância. Ele fechou as asas, e ficou me observando. O que... é isso...? Como vou derrotar isso?!

Se eu pulasse, iria aumentar ainda mais a nossa distância de altura. Porém, não havia outro jeito. Pulei, e estendi meus braços para baixo e meus pés para cima, mergulhando perfeitamente. Será que consigo escala-lo pela cauda? Ela está bem próxima do chão... E será que posso escalar aquele pilar?

Tive que nadar até uma das construções próximas, o que demorou pouco menos que 40 segundos. Ao chegar até ela, haviam três plataformas. Subi a que estava no meio, e observei a Criatura. Será muito arriscado me aproximar. Se eu não posso chegar até ele... vou traze-lo até mim! – disse, preparando um assovio.

Ao escutar o assovio, a criatura se mexeu, mas não levantou voou. Peguei então meu arco, e preparei uma flecha. Ao dispara-la, ela nem chegou perto. Preciso de mais força...! – peguei outra flecha, e disparei novamente, porém, errei.

– Droga...! – usando mais uma Flecha, segurei bem firme, e fechei os olhos. Me acalmei, e então, disparei. Acertei seu rosto em cheio. – Isso!

A Criatura levantou voou, e veio em minha direção. De repente, ela abaixou sua distância, preparando um Rasante em minha direção. Na velocidade em que vinha, praticamente me pegou de surpresa. Uma única ideia me veio à cabeça, e só tinha uma chance.

Em questão de meio segundo, pulei da plataforma, em direção à asa direita, onde consegui me agarrar em seus pelos. A Ave subiu sua distância da água, e começou a bater suas asas. Me segurava da única forma possível, e quando o Colosso se acalmou, consegui ficar em pé. Tentei dar alguns passos, porém, a criatura se inclinou para o lado, fazendo-me perder o equilíbrio, e cair.

Me segurei por sorte na parte petrificada de sua asa direita, onde mais abaixo, havia mais pelo. Eu sentia que o Ponto Fraco estava em sua asa. Eu então, me soltei, e me agarrei logo embaixo, bem sobre o Selo.

O Colosso virou novamente para o lado, ficando em direção reta. Eu então, preparei um único golpe, e com toda a minha força, finquei a espada no Selo. O Sangue negro jorrou, e o símbolo desapareceu. Escutei um rugido agudo de dor, e então, a criatura girou no ar, e quando ficou de Ponta-Cabeça, acabei me soltando, e caí daquela altura em meio a água.

– Merda...!

Subi novamente em outra plataforma próxima de onde caí, e preparei meu Arco. Como o Colosso agora não posou no Pilar, era difícil acerta-lo com as Flechas. Após umas 5 tentativas, o acertei. Ele então, preparou mais um Rasante, e eu pude me agarrar novamente.

Colosso idiota, pude subir novamente em cima de você! – após parar de bater as asas, fui em direção à Asa Esquerda. Novamente, um golpe serviu para acabar com aquele Selo, e fazer ficar de Ponta-Cabeça de novo. Porém, me agarrei com força, impedindo-me de cair. Mesmo com dois selos destruídos, ele ainda havia mais um. Pelo jeito, estava em sua cauda. Corri até ela, e em seu fim, havia o último Ponto Vital.

Três ataques foram o suficiente para acabar com aquele Selo, e fazer o Colosso cair lentamente. Pulei daquela altura, e caí em segurança dentro da água. Ao se chocar com o lago, o Colosso originou várias ondas de água, que me empurraram contra a parede.

De longe, pude ver as essências saindo da água, e se aproximando lentamente de mim. Ao me possuírem, senti meu corpo entrando na água. Entrei em desespero, pois ia me afogar, mas não tinha mais controle sobre meu corpo. Só me restou a escuridão, e a mesma luz de sempre. Novamente, sussurros misteriosos ecoaram, também e pude escutar aquela voz de novo, não entendendo o que dizia.


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Notas finais do capítulo

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