Even in Death escrita por LAURA BATHORY


Capítulo 2
Não esperava por isso


Notas iniciais do capítulo

Sei que disse que escreveria todo sábado, mas veio-me em mente parte da história que ficaria legal.
Então lá vai...
Espero que gostem!



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Eu não sei o que pensar.

–Espera aí! Mas eu não sabia que vocês estão namorando, por que vocês não nos contaram? -digo correndo atrás dele, quando chegamos ao carro ele vira e olha para mim.

–Pelo mesmo motivo que você não admite para ele que você o ama. -ele sorri e entra no carro.

–Não espera, -digo entrando no carro. -mesmo que eu sentisse isso, como acha que eu iria falar para ele . Ele não se abre comigo. E olha que ele diz que sou a melhor amiga dele. -digo.

–Simples. -ele diz com um sorriso sorrateiro nos lábios. -Fala que você aceito se mudar para Nova Orleans.

–Mas eu não aceitei. -digo, mas depois percebo que...- espera, como você sabe sobre essa promoção? -digo olhando para ele um pouco assustada.

–Todo mundo do laboratório sabe, e na delegacia também. -ele diz rindo de mim.

–Mesmo assim, ele já sabe que eu não aceitei. -digo triste, logo percebo que eu estou me entregando de que amo o Mac.

–Não sabe, porque foi ele que nos disse dessa promoção, e prometeu que os manteria informado. -ele diz estacionando o carro em frente a orfanato. -E não sabe o como ele estava nervoso.

–Eu percebi sim, mas ele falava que era só um problema com o Sinclair. -digo saindo do carro.

–Pois é, e agora acredita que ele o ama? -ele diz dando risada, e então nós caminhamos até a enorme porta de entrada do orfanato.

Quando atravessamos a porta, me arrepio toda, esse orfanato parece com o qual eu morei até meus 14 anos. Enquanto andamos pelo corredor cheio de salas com camas bem arrumadas, vem a minha mente os gritos das minhas amigas ou o meu e a imagens de ser puxada pelo braço, com as mãos fétidas do diretor em direção ao porão, não gosto de lembrar o que ele fazia conosco lá.

Chegamos a sala do diretor, ele está olhando as crianças pela janela. A freira que nos acompanhou o avisa e fecha a porta. Ele é auto e um pouco acima do peso, seu cabelo é grisalho e está sob um belo terno.

–Elas são lindas. -diz ainda olhando as crianças. Sua voz não me é estranha.

–Sim elas são. -diz Flack olhando para ele.

Ele se vira em nossa direção e então me lembro é ele. Olho bem para ele, enquanto me vem flashes da minha infância no orfanato, no porão, das minhas amigas, mortas.

–Meu nome é... -ele não termina.

–Adolf Korvokian. -digo dando um passo para trás.

–Sim, exato. Já nos conhecemos? -diz ele um pouco curioso e me analisando.

–Não, estava no site do orfanato. -digo disfarçando meu espanto.

– Ok, eu sou o detetive Flack e essa é a detetive Bonasera, viemos aqui porque encontramos uma de suas crianças morta num viaduto perto daqui. -diz Flack.

–Oh não, deve ser a Sophia, ela sumiu ontem a noite antes do jantar. -diz ele se sentando em sua cadeira. Me sinto enojada a cada segundo que fico nessa sala.

–Sabe me dizer quem ficava com ela, alguma amiga. -pergunta Flack.

–Claro, me acompanhem por favor. -diz ele se direcionando a porta.

Estamos voltando para a saída, Flack está ao meu lado, enquanto Adolf está na nossa frente.

–Você está bem? -pergunta-me Flack.

–Estou, estou sim. -digo dando-lhe um sorriso fraco.

Enquanto o diretor chama as crianças. Fico voltando as imagens aterrorizantes em minha mente.

–Essa é a Anne, a melhor amiga de Soph. -diz ele atrás de uma garotinha de cabelos louros e olhos castanhos. A mão de Adolf está em seus ombro e ela parece desconfortável com isso.

–Olá Anne. -digo sorrindo ´para ela que me retribui fracamente. -você pode me dizer quando foi a última vez que viu sua amiga Sophia?

–Eu à vi ontem a tarde enquanto brincávamos o parque, então o di... -ela para de falar, percebo que a mão do diretor está mais apertada em seu ombro. -então ela falo que ia no banheiro e não voltou mais. Aconteceu alguma coisa com ela? -diz a menina com lágrimas nos olhos.

–Não minha flor, ela está bem, ela só foi para um lugar melhor, está bem?-digo limpando uma lágrima solitária que caia em sua bochecha direita.

– Está sim. -ela diz sorrindo.

–Agora vá brincar. -digo e então ela sai correndo. -Isso é tudo, se precisarmos de algo ligamos. -digo e então vamos embora.

Já estamos no laboratório, a viagem de volta foi rápida e silenciosa. Vou a sala de Mac para atualiza-lo e volto para a minha, tento mexer com a papelada dos relatórios dos casos anteriores, mas não consigo tirar as lembranças da minha cabeça.

Estou deitada em minha cama, tinha 6 anos. Vejo a porta de nosso dormitório abrindo divagar e então vejo sua silhueta na escuridão, alto e sob seu terno fino. Ele se aproxima de minha cama e me puxa para fora dela, enquanto caminhamos pelo corredor, pergunto-lhe o que eu fiz e para onde ele estava me levando, ele não disse nada, apenas olhou para mim com um olhar severo e então apenas deixei ele me levar, não queria ser castigada. Chegamos ao porão, ele trancou a porta e então veio em minha direção, estava muito assustada. Ele me pegou com força e eu comecei a gritar e me deu um tapa na cara que me fez cair, ele me pegou novamente só que dessa vez arranca meu pijama e me joga em cima de um sofá velho, então o vejo abaixar suas calças. Naquele momento eu só conseguia chorar.

Acordo de meus pensamentos com a porta se fechando, e vejo Mac vindo em minha direção.

–Por que está chorando? -me diz preocupado.

Não percebi que estava chorando e limpo meu rosto rápido como se fosse adiantar alguma coisa.

–Nada, é só um cisco que entrou em meu olho. -digo tentando disfarçar.

–Claro e entrou nos dois olhos ao mesmo tempo. -ele diz sorrindo. Ele vem até mim e me puxa, levando-me para o sofá. -É por causa do caso, não é?

–Não é, sério. -digo sorrindo nervosamente.

–Então por que? -ele diz olhado em meus olhos, quase perco os sentidos olhando em seu pequeno oceano nos olhos. -Pode confiar em mim.

–Foi ele, Mac. -digo enquanto uma lágrima sai de meus olhos.

–Ele quem? -pergunta um pouco aflito.

–O diretor Korvokian, ele que matou a Sophia. -digo e ele me olha espantado.

–O que por que você acha isso? -ele pergunta pegando em minhas mão, na hora não percebo, mas depois sinto como é delicado seu toque, mas isso não tira o terror da minha mente.

–Porque ele matou minhas amigas de infância no orfanato em que morei. -digo olhando-o fixamente nos olhos e ele faz o mesmo.


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Notas finais do capítulo

Meio macabro, eu sei, mas é importante para o desfecho desse caso e de suas vidas.
Até o próximo capítulo. ;)



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