Encontros escrita por Alexandra Eagle


Capítulo 1
Capítulo 1 - Um Amanhecer de dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fic, eu espero que vcs gostem!
Meus agradecimento à minha linda best do Zapzap que tem mais codinomes do que o Parcival kkkkk



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Mais um dia acabara de começar no platô; o sol brilhava e os seus primeiros raios mais intensos invadiam a casa da árvore. Roxton foi o primeiro a acordar. Todos logo estariam de pé para ir em mais uma excursão pela selva em busca de suprimentos.

Roxton pensou em se levantar da cama antes de todos para ir preparar logo o café para animar Marguerite e assim diminuir o seu mau humor matinal. Ele se lembrava de que já faziam três semanas desde que saíram para explorar e acabaram presos em uma caverna após um desabamento.

- Eu nunca pensei que o dia em que eu senti que tudo iria acabar se tornaria o dia em que eu descobri o que de mais precioso eu tenho em minha vida: o amor de Marguerite!

Com o sentimento do amor florescendo a cada lembrança que vinha em sua mente, ele terminou de preparar o café e se dirigiu ao quarto de Marguerite com uma xícara preparada para ela. Desceu as escadas e parou em frente a cortina que servia de porta para dar mais privacidade a herdeira; ele puxou lentamente o pano para o lado e fixou o olhos em Marguerite, que ainda estava dormindo.

Roxton foi chegando cada vez mais perto, colocou a xícara em cima da penteadeira e se sentou na cama. Ele observou a beleza da mulher que havia construído tantas barreiras em torno do coração por segurança e auto preservação; barreiras que ele lutou tanto para quebrar. O homem se sentiu orgulhoso por ela ser tão linda, forte, inteligente, entre outras coisas boas e ruins. Assim quase que sem perceber ele desceu seus lábios ao encontro dos dela. Marguerite acordou lentamente com uma sensação gostosa e muito familiar em seus lábios, ela devolveu o beijo que logo foi se tornando mais intenso e profundo. Maguerite quebrou o beijo e encarou Roxton com um brilho nos olhos...

- Eu posso me acostumar a acordar sempre assim...

- Nada me faria mais feliz. Eu trouxe o seu café!

- Tenho que dizer que se não fosse pelo simples fato de que daqui a pouco estaremos andando nessa maldita selva, hoje seria um dia perfeito.

- Não vai ser tão ruim assim meu amor, estaremos juntos!

- Juntos também com Challenger, Verônica e quem sabe encontramos o Malone também. Não será exatamente uma viagem muito romântica, se é que você me entende.

Roxton deu um sorriso sem graça. A falta de privacidade para explorar os seus sentimentos de amor por sua amada o incomodava cada dia mais e, além disso, Marguerite o fez prometer que não iria contar que eles estavam juntos como um casal.

- Marguerite, não acha que já esta na hora de contarmos que estamos juntos? Sabe, eles entenderiam que precisamos de momentos a sós. Eu não gosto de não poder te abraçar, segurar a sua mão ou dizer que te amo... Só por que alguém pode nos ver. Não estamos fazendo nada de errado e eles são nossos amigos tenho certeza de que ficarão muito felizes por nós.

Eu te amo!

Marguerite arregalou os olhos, o seu rosto ficou com semblante de medo, surpresa e felicidade...

- John... eu... (suspiros).

Marguerite se sentou na cama pensando em como dar uma resposta satisfatória. A verdade é que ela estava com muito medo e insegura quanto ao destino de sua relação; as barreiras podiam não existir mais em seu coração, mas todos os seus segredos e as consequências de escolhas erradas ainda estavam muito vivas na mente da bela morena. “Aqui no platô é uma coisa, mas e quando voltarmos? E se eu tiver que deixá-lo ou, pior, e se ele me deixar? Ou, meu Deus, e se pra ele tudo que estamos vivendo agora for apenas mais uma aventura?... Só mais uma conquista entre tantas outras!!! Malone com certeza vai escrever sobre isso em seus diários e eu vou ficar sendo conhecida por toda a sociedade de Londres como o divertimento do famoso caçador... eu queria ser alguém de quem ele pudesse se orgulhar, com quem ele pudesse entrar de mãos dadas no grande salão sem causar um alvoroço de fofocas e perguntas impertinentes... Eu te amo tanto John; pena que na vida minha vida o amor parece que simplesmente não se encaixa!”

Roxton olhou para ela preocupado esperando uma reposta. Percebendo que os olhos dela estavam marejados ele a abraçou e beijou sua testa.

- Está tudo bem, meu amor, eu posso esperar até que você esteja pronta. Só espero que não demore muito, as vezes é difícil me conter...

Os dois trocaram sorrisos. Marguerite se sentiu aliviada por não ter que dar uma resposta naquele momento. Ele abraçou ainda mais forte o corpo frágil de sua amada e sentiu o calor do corpo dela, ele sabia que o medo e a incerteza ainda eram fantasmas presentes, mas nada iria afastá-lo, pensou.

- John, você está me apertando e o meu café vai esfriar!

- Tem mais café no bule; e quanto ao aperto eu posso trocar por carícias, o que você me diz?…

- Verônica já deve estar acordada e eu ainda tenho que me arrumar...

- Eu te ajudo, vou tirar essa camisola pra você.

Roxton fez uma cara de pura malícia, chegou perto dos lábios dela e a encarou com um brilho nos olhos. O beijo foi instantâneo, intenso e desesperado, eles mal conseguiam respirar tamanha a sede um do outro.

Roxton subiu a camisola e viu que ela não vestia nada por baixo; suas mãos deslizaram por todo o corpo dela, sua boca mordiscava e sugava o longo pescoço até os seios. Ele escutou um barulho vindo do andar de cima da casa, então se apressou, abriu a braguilha da calça, acariciou as coxas macias da mulher; assim que ela abriu as pernas ele a penetrou.

Marguerite sufocava a vontade de gemer sucumbida com prazer que estava sentido, ela o beijou e Roxton continuou as investidas torcendo pra ninguém entrar no quarto.

Verônica acordou, fez sua higiene pessoal e caminhou para cozinha para preparar o café. Ela olhou, reparou que estava tudo pronto e ficou satisfeita.

- Hum... só pode ter sido o Roxton, mas onde ele está?

Verônica arqueou uma sobrancelha imaginando onde Roxton poderia estar e logo o quarto da herdeira veio a sua mente. “A esses dois... Quando vão logo admitir seus sentimentos?”. Com esse pensamento, Verônica deu um sorriso que logo desapareceu com a imaginação de onde poderia estar Malone; ela desejou profundamente que ele estive junto dela.

Challenger caminhou até a cozinha todo animado pensando nas novas descobertas científicas que poderiam ocorrer nesta nova viagem à selva.

- Bom dia, Verônica!

- Bom dia, quer um pouco de chá?

- Sim, por favor. Onde está Roxton? É melhor acordar Marguerite. Temos que partir cedo para explorarmos o máximo possível com a luz do dia, nosso estoque de remédios está muito baixo.

- Sim, você tem razão. Bom, Roxton está no quarto da Marguerite. Creio que ela já está acordada... – Veronica deu um sorrisinho maroto para que Challenger pudesse compreender a mensagem.

Quinze minutos depois, Roxton emergiu do andar de baixo com um sorriso de ponta a ponta e o rosto corado. Ele viu Verônica lavando umas xícaras, chegou perto e a cumprimentou. Ela olhou bem para ele e todas as suas suspeitas foram confirmadas.

- Bom dia, Roxton. Marguerite já está pronta? Precisamos ir logo.

- Ah sim, ela está se vestindo... ah... bem, ela já está vindo.

Muito sem graça por ter praticamente se entregado, Roxton foi preparar as armas. Verônica sorriu e revirou os olhos.

Marguerite logo apareceu com a cara fechada e pensativa, nem se quer percebeu a presença de Verônica; ela se sentou a mesa e pegou uma fruta que custou a morder de tão perdida em seus pensamentos. Verônica notou que havia algo de errado, pôs a mão no ombro da herdeira e...

- Marguerite, você está bem?

– Ah bom dia, Verônica. Sim, eu estou bem, é só essa maldita viagem que eu não estou nem um pouco a fim de fazer.

Veronica percebeu que não era só isso, mas decidiu não continuar o assunto já que ela sabia que Marguerite não iria contar nada – infelizmente, já que Verônica a considera como uma irmã e estaria disposta a ajudar com seus problemas.

Challenger saiu do laboratório e perguntou se estavam todos prontos para seguir viagem. Marguerite foi a última a entrar no elevador; além das duvidas, medo etc, que assolavam sua mente, ela sentiu uma tontura que logo passou. Isso já estava acontecendo há alguns dias. Uma suspeita veio a sua mente como uma bala e um arrepio subiu por sua espinha. “Estou com um pressentimento ruim...”. Ela desceu e encontrou os outros membros da casa na clareira. Verônica veio ate ela:

- Marguerite, você demorou; tem certeza de que esta tudo bem? Você está muito pálida, talvez seja melhor ficar aqui. Eu posso ficar com você ou o Roxton.

Marguerite levou um susto com a observação de Verônica sobre sua aparência, ela não queria alarmar ninguém, principalmente Roxton. Então fez o que achou melhor: fingiu que estava tudo bem e que não havia motivos para se preocupar.

- Está tudo bem, Verônica. Eu já disse, não dormi direito e estou com um pouco de dor de cabeça, mas é só isso. Além do mais, precisamos ir nessa viagem e se vou ficar doente é melhor que o estoque de remédios esteja bem abastecido!

- Bom se você diz... Então vamos, os outros já estão nos esperando.

- Sim, vamos.


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