Songfics escrita por Sweet Girl


Capítulo 4
Chandelier


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos! Eu estou muito feliz com os comentários de vocês e quero avisar que farei os pedidos, só preciso me inspirar para conseguir escrever, mas vou fazê-los, só não sei quando.
Bom, esse capítulo não ficou muito bom, acho, mas espero que gostem. Boa leitura!



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– Pelo amor de Deus, Anna, pare de chorar garota! - A mãe exclamava.

– Eu o amava mãe. – A menina resmungou, com o rosto no travesseiro.

– Amava? Amava nada! Você só quer saber de farra, como pode amar alguém? – Sua mãe era cruel.

– Você não está ajudando mamãe.

– E o que você quer que eu diga? Garotas festeiras não se machucam.

– Me deixe sozinha mãe, eu quero ficar sozinha.

– Se é isso que você quer, tudo bem. – A mãe saiu de seu quarto e em seguida de sua casa, se Anna queria ficar sozinha ela iria ficar sozinha, sua mãe tinha mais o que fazer.

“Garotas festeiras não se machucam.” – A frase se repetia na cabeça de Anna, agora sozinha em sua casa. Seu namorado havia terminado com ela no dia anterior, em uma festa que estavam. Estava claro que ela ainda não havia superado.

“Como garotas festeiras não se machucam? Todo mundo se machuca!” – A garota pensava, sua mãe não estava certa. Ou então ela era uma garota festeira diferente, na verdade ela nem era festeira, só ia em algumas festas com o namorado, nada demais, agora não iria mais, ele havia a deixado.

Anna se levantou para lavar o rosto, para tentar parar de chorar, aproveitou e ligou o rádio em uma estação qualquer.

“Garotas festeiras não se magoam

Não sentem nada, quando vou aprender

Vou desmoronar, vou desmoronar

Sou aquela que ‘ligam para se divertirem’

Os telefones ficam tocando

Estão tocando minha campainha

Eu sinto o amor, sinto o amor.”

Ela suspirou pesadamente, a música estava descrevendo o que ela sentia naquele momento.

A garota foi até sua geladeira e tirou de lá uma garrafa. Não era de fazer isso, mas naquele dia iria beber, queria esquecer o que havia acontecido e enquanto bebia prestou mais atenção na letra da música.

“Um, dois, três, um, dois, três, beba

Um, dois, três, um dois, três, beba

Um, dois, três, um, dois, três, beba

Engulo tudo até perder a conta.”

Isso que ela pretendia fazer, beber até perder a conta, até esquecer seus problemas.

“Vou me balançar no ritmo do lustre, no ritmo do lustre

Vou viver como se não houvesse amanhã

Como se não houvesse amanhã

Vou voar como um pássaro pela noite

Vou sentir minhas lágrimas enquanto elas secam

Vou me balançar no ritmo do lustre, no ritmo do lustre.”

Bem que Anna queria fazer isso, voar como um pássaro, viver como se não houvesse amanhã, sentir suas lágrimas secarem, mas estava quase impossível.

As lágrimas não cessavam de forma alguma, a cada gole de sua bebida mais lágrimas escorriam, molhando ainda mais as suas bochechas já vermelhas.

Já voar como um pássaro e viver como se não houvesse amanhã também era difícil, a garota vivia para agradar os outros, vivia de rótulos que colocavam nela, como o de garota festeira, rótulos que na verdade não eram reais.

Anna fingia estar sempre feliz para satisfazer a vontade dos outros, para não ser julgada, porque com um único momento de fraqueza já nos chamam de depressivos, de coisas ruins, como se eles fossem felizes sempre, não tivessem nenhum momento de tristeza na vida e ela também não podia voar, não podia voar porque estava presa a seus rótulos, se mudasse colocariam defeitos, mesmo que já colocassem nela assim a mesma não queria mais nenhum, por isso iria se mostrar forte para todos, menos quando estivesse sozinha em sua casa.

“E estou aguentando firme pela vida

Não vou olhar para baixo, não vou abrir os meus olhos

Mantenha meu copo cheio até de manhã

Porque estou aguentando firme essa noite

Me ajude, estou aguentando firme pela vida

Não vou olhar para baixo, não vou abrir os meus olhos

Mantenha meu copo cheio até de manhã

Porque estou aguentando firme essa noite

Firme essa noite.”

As lágrimas estavam mais fracas e Anna também, ela finalmente estava sendo tomada pelo sono mas não queria dormir, ela tinha esperança que seu telefone iria tocar a qualquer momento e seu namorado a pediria para voltar, se ela estivesse dormindo perderia a oportunidade e seu título de garota festeira, não queria perder seu título, por mais ruim que fosse ainda queria ser vista como forte, porque fracos a sociedade julga mais. Lá se foi outra garrafa, Anna não dormiria, não enquanto pudesse encher seu copo e esperar pela ligação, não enquanto seu corpo estivesse aguentando.

“O sol nasceu, eu estou um caos

Preciso ir embora agora, preciso fugir disso

Lá vem a vergonha, lá vem a vergonha.”

Anna viu o belo sol aparecer em sua janela e sentiu um aperto no coração. Ele não havia ligado e nem ligaria, como explicaria a mãe que chorou por um cara que não está nem aí para ela? Como explicaria aos outros que agora já não tem namorado? Isso se já não soubessem, as notícias corriam rápido naquela cidade, ainda mais quando se tratava de pessoas solteiras.

Anna desejava sumir, desaparecer, porém não tinha para onde ir. A única pessoa que tinha era a mãe, mas depois de mandá-la ir embora a mesma não iria querer vê-la tão cedo, além do mais ela não queria ver ninguém, queria fugir sozinha e viver sozinha para sempre, só que isso não era possível, até porque ela mal se aguentava em pé naquele momento, havia bebido demais para ficar acordada.

“Vou me balançar no ritmo do lustre, no ritmo do lustre

Vou viver como se não houvesse amanhã

Como se não houvesse amanhã

Vou voar como um pássaro pela noite

Vou sentir minhas lágrimas enquanto elas secam

Vou me balançar no ritmo do lustre, no ritmo do lustre.”

E assim Anna se levantou da cama onde estava jogada e largou a garrafa no chão, caminhando até o banheiro. Lavou o rosto outra vez e penteou seus cabelos, mostraria ao mundo quem ela era de verdade, que estava solteira e que não precisava de um namorado para ser feliz, apesar de que o amava, mostraria que não era uma garota festeira e sim uma garota sentimental, uma garota que também sofre.

“E estou aguentando firme pela vida

Não vou olhar para baixo, não vou abrir os meus olhos

Mantenha meu copo cheio até de manhã

Porque estou aguentando firme essa noite

Me ajude, estou aguentando firme pela vida

Não vou olhar para baixo, não vou abrir os meus olhos

Mantenha meu copo cheio até de manhã

Porque estou aguentando firme essa noite

Firme essa noite.”

Se livraria de todos os rótulos que haviam imposto a ela desde que nasceu, seria uma nova Anna e aguentaria firme por ela mesma, por sua vida. Conseguiria nem que fosse sozinha, porque ela merecia mais que rótulos, merecia viver como queria.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado tão ruim assim, prometo que o próximo será melhor. Se tiverem mais alguma música para indicar podem deixar aí, até o próximo!