Miss Right escrita por BangLoma


Capítulo 2
Previsão: pancadas de chuva & trovoadas


Notas iniciais do capítulo

música do final: https://www.youtube.com/watch?v=vnEHiMVgEII
~chu



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Ruas vazias e mentes gritante, uma noite intensa a percorria e se formava, a lua iluminava encantadoramente de forma hipnotizante. Os olhos das pessoas eram perturbadores a todo instante a rondando o incomodo era inevitável andava quase correndo na expectativa de chegar mais rápido em casa, mas parecia cada vez mais longe, tão distante... Inalcançável.

A garota andava correndo e tão hipnotizada com o brilho intenso que tropeçou e esbarrou em um rapaz.

– Desculpe-me.

–Tanto faz...

–Ok.

O rapaz virou e a encarou, Haru desviou o olhar e virou-se para seguir caminhou, mas o rapaz segurou seu pulso.

–Ei! O que acha que esta fazendo?

–Te conheço?

–De forma alguma, cheguei há pouco tempo na cidade.

Haru se soltou e prosseguiu caminho, antes de adentrar em casa ela olhou o jardim de sua casa sob a luz da lua, fechou os olhos e respirou fundo sentiu o cheiro ali presente e a leve brisa gélida de todas as noites; foi então que sussurrou:

–Amanha irá chover...

~~~~

“Perto e distante, a mesma coisa acontecia de forma distinta.”

Ryan acabará de acordar já estava pronto para sair, mas antes saiu na sacada e debruçou-se na grade:

“Dia radiante, noite intensa, mudança repentina no ar o céu perdestes a cor...”.

Ryan pegou um guarda-chuva e saiu de casa.

Mas parou na mesma esquina na qual viu a garota virar, ficou encarando e imaginando se fora apenas ilusão de sua mente ou se realmente a viu. Seu pensamento foi cortado ao ver Haru vir em sua direção pelo mesmo caminho que a outra fizeste na noite passada.

–Bom Dia primavera. – Ryan sorriu ao dizer.

–Oi? Bom Dia. – inevitavelmente ela achou aquilo engraçado e rio de volta.

– Mora por aqui? Não idiota se ela esta vindo por aqui mora do outro lado da cidade.

– Calma, responder não vai me ofender. Moro no final do segundo quarteirão e você?

–Eu moro ali. –Apontou para a segunda casa do lado da casa de esquina, era uma casa grande de dois andares com um exterior belo, seu interior não aparentava ser muito diferente daquilo.

–Oh sim, bela casa.

–Obrigada.

Eles começaram a andar a caminho do colégio, até que Haru reparou:

– Guarda chuva? – Haru questionou curiosa.

–Sim, aparentemente mais à tarde.

– Eu sei, mas é que muitos ignorariam achando que sairia sol depois.

–E você mesmo sabendo por que não trouxestes o seu?

–Eu não gosto prefiro tomar chuva.

Os dois adentraram pelo portão da escola passando por Sam e um grupo de pessoas sem nota-los.

Mas eles não passaram despercebidos aos olhos dos de mais. Antes que pudessem adentrar a escola alguém puxa Ryan:

–Lory? Sam? Oi! Bom dia! –Ryan diz animado.

–Bom dia. – Haru diz em seguida.

–Bom dia! – Sam e Lory respondem juntos.

–Ryan por que tem me ignorado ultimamente?- Lory questionou.

–Mas eu nem tenho a visto Lory, nos últimos dias você tem estado sumida.

–Essa desculpa não cola meu amigo. – Sam disse ao rir.

–Ué, Por que não? –Ryan aparentemente confuso questionou.

–Porque a Lory e as amigas dela são da nossa sala esse ano, e olha que já faz um mês e meio.

–Sério? Desculpe-me Lory, eu juro que não sabia. –Ryan estava constrangido, não sabia como reagir, apenas sabia que a presença de Lory lá ou não, não tinha diferença alguma para ele.

–Para quem disse tinha começado a prestar atenção nos mínimos detalhes, você está bem ceguinho não? – Haru o fitou curiosa.

–Engraçadinha. –Ryan se fez de bravo, mas logo riu.

–Ryan como pode fazer isso comigo? Notou até a novata e eu não. –Lory fazia drama como uma criança de cinco anos muito bem mimada.

–Talvez ela merecesse ser notada. Agora vamos entrar? Hoje saímos na hora do intervalo.

Os alunos entraram em sala, deu-se o inicio das aulas, mas os alunos não estavam muito interessados no que era lhes dito.

“Palavras atoas que se dispersavam ao ar incapazes de entrar nas mentes desconectadas ao momento, mentes agitadas e turbulentas, impacientes e cansadas, a escuridão aparecia e penetrava aos poucos a sala, grossas nuvens raivosas e impacientes cobriam o céu como uma manta cobre uma cama.”

As aulas foram lentas, mas de forma quase imperceptível quando finalmente se deram conta já era hora de irem para casa. Ryan olhou para trás na esperança de encontrar Haru ali e convidar-se a ir com junto dela até parte do caminho, mas novamente a garota já tinha saído sem que pudesse ser notada.

“Como ela faz isso? Como consegue sair tão rápido e de maneira imperceptível? Se eu conseguir ir rápido talvez possa alcança-la...”.

O rapaz saiu às pressas nem ouviu seus amigos o chamar, assim que colocou os pés para fora do portão os primeiros pingos grossos chocaram-se com o chão, Ryan abriu o guarda-chuva que era tão enorme que caberia até quatro pessoas sob a sua “proteção” contra os enfurecidos pingos de chuva, os relâmpagos clareavam o céu, os trovões estrondosos ecoavam na rua. Parecia uma tempestade insurgente...

Haru estava logo à frente literalmente brincando na chuva, a garota estava totalmente encharcada, mas parecia não se importa quanto a isso, apenas queria sentir a chuva em si, deslizando pela sua pele. As pessoas que passavam pela rua larga e longa de carro olhavam a garota com estranheza provavelmente achavam ela louca por estar daquela maneira em meio a uma tempestade.

“Não sei se riu ou se mato, parece uma criança que sente e deslumbra pela primeira vez a chuva, ela fica graciosa assim com suas roupas e cabelos molhados e colados junto a si em seu corpo, se secos eles eram lisos e lindos, molhados eles eram levemente cheio de pequenas ondas mal feitas e ainda mais lindo, poderia observa-la assim por horas, mas acho que não seria uma boa ideia ela pode ficar doente”.

– Está se divertindo primavera?

–Sim, essa chuva esta ótima. –Ela sorria alegremente.

– Chuva? Modéstia a parte Haru isso já deixou de ser chuva e passou a ser tempestade há muito tempo.

– Então notou esse mínimo detalhe?

–Vai continuar jogando isso na minha cara não é?

–Sempre.

–Tudo bem, agora venha vamos sair dessa chuva. – ele dizia ao esticar a mão.

–Não, eu não quero pode ir.

–Você vem sim.

–Não.

–Então eu também não vou. –ele disse fechando seu guarda-chuva, em segundos as partes que ainda restavam secas ficaram encharcadas.

–Não seja teimoso, vai embora Ryan.

–Não seja teimosa, vamos embora Haru. –Ele dizia imitando a garota. Que o olhou desgostosa.

–Não. – Ela disse o empurrando levemente insinuado para que seguisse caminho.

–Então você vem junto. –Disse trazendo a garota junto a si segurando-a pelo pulso, ele se mantinha um passo a frente dela sem solta-la.

–Eu sei andar!

–Eu sei.

–Então me solta!

–Não, quem garante que não vai correr?

–Eu!

–É pouco.

–Ruun.

Permaneceram calados até chegarem à mesma esquina na qual se encontraram horas mais cedo.

– Eu moro pra lá. –A garota apontou emburrada para a curva.

–E eu aqui e é bem mais rápido que ir até sua casa, a tempestade não vai passar tão cedo... Se continuar molhada assim vai ficar doente.

–Aé, e planeja fazer o que?

–Nada.

Eles passaram silenciosamente pela casa vazia e escura por conta das janelas fechadas.

–Mora mais alguém aqui? –Haru perguntou quebrando o silencio.

–Sim, minha irmã mais nova, minha mãe e meu pai.

–Ah.

–Tem irmãos?

–Uh? Tenho um irmão mais velho.

–Ele se chama outono?

–Não besta. –Ela inevitavelmente riu daquilo, já ouvistes essa piada outras vezes, mas ainda parecia engraçada.

Ela mantinha um doce sorriso em seus lábios. Sua risada era calma e ao mesmo tempo contagiante, o Rapaz estava parando admirando aquele delicado sorriso.

Eles subiram as escadas que levavam ao longo corredor onde se encontravam quatro portas, eles adentraram na do meio ao lado direito, no qual era o quarto de Ryan.

Era um quarto grande e organizado, muito bem organizado por sinal, muito diferente do que poderia imaginar ou do que lembrava-se do quarto de seu irmão. Era um quarto na cor verde-água, mantinha uma cama de solteiro, prateleiras na parede com livros, cd’s, jogos nada fora do normal, uma escrivaninha e um guarda roupas embutido na parede.

–Andrew. –Haru disse do nada.

– O que? – Ryan se vira para olha-la, deixando as gavetas do guarda roupa aberto, pois procurava algo que ainda não havia encontrado.

–É o nome do meu irmão. –Ela sorriu ao lembrar-se dele.

–Ah sim. –Ele virou-se sentindo se envergonhado por ter pensado que ela confundira-o com o nome de outro garoto. Finalmente achou o que procurava.

–Tome. –Ele esticou uma toalha para que ela se secasse.

–Obrigada.

Ele a encarava curioso, enquanto ela secava gentilmente seus cabelos e rosto fazendo com que os mesmos bagunçassem.

–você por acaso não trouxesse alguma troca de roupa na mochila né?

–Por que eu teria? Bom, tenho apenas um short. –Disse olhando na mochila.

–Não sei. –ele riu. – Você tem que trocar de roupas.

–Eu posso ficar com essas.

–Se a roupa secar no seu corpo você pode pegar até uma pneumonia. –ele exagerou. – por mais que assim esteja sexy- ele sussurrou.

– O que?

–Acho que as roupas da minha irmã de dez anos não vão lhe servir. Não é? –ele mudou o assunto.

–Olha só se ela for uma criança de dez com corpo de uma jovem de 17, o que eu acho impossível. –Ela riu.

–O que faremos agora?

–Eu não sei.

–Que tamanho usa?

–Pequeno.

–Então as da minha mãe não serve.

Ele dirigiu-se ao seu guarda roupas e analisou suas roupas, pegou uma camisa, afinal não usara um tamanho tão grande ou tão pequeno, porém suas roupas eram um modelo masculino.

–Vista isso por enquanto, vou me trocar no outro quarto, pode usar o meu.

–ok.

Poucos minutos ele bateu na porta.

–Posso entrar?

–Claro, sinta-se a vontade finja que pertence a você.

–Vou sentir então.

Apesar do modelo masculino, quase lhe caiu perfeitamente por um segundo ele se perguntou se não havia comprado um modelo feminino, mas percebera que ainda assim era lhe um pouco grande.

Ele abriu a porta de vidro que dava na sacada, a chuva caia levemente agora sobre sua sacada formava-se pequenas possas, algumas gotas se chocavam e se dispersavam formando gotículas menores, os relâmpagos dançavam no céu clareando o mesmo em sua própria melodia o único capaz de lhe acompanhar nessa valsa sem passos específicos era o vento que ia à mesma intensidade e direção.

Haru toca levemente o ombro do rapaz que retrai levemente o corpo talvez como susto ou apenas uma reação instantânea a aquele delicado toque que transpassou suas energias numa troca exata e momentânea.

–Te assustei? Você tem uma visão privilegiada daqui, pode ver cada tipo de pessoa que passa aqui, de todos os tipos, com um “q” diferente e algo em especial a apresentar.

–Não me assustou. Sim é uma das melhores visões que poderia ter daqui é essa... Mas não só ela.

– A chuva não demorara a passar, ela demorara apenas alguns minutos ainda e depois sua tormenta irá passar devagar quase de forma imperceptível para a maioria das pessoas que se mantém desligada.

Ficaram sentados no tapete do quarto de Ryan conversando sobre tudo e ao mesmo tempo não dizendo nada, enquanto a chuva não dava trégua, mas como a garota previu a chuva passou em alguns minutos, ela ficou lá até perto de anoitecer e depois foi embora recusando a companhia de Ryan até sua casa, mas pelo menos até aquela mesma esquina ele foi junto à dela e ficou a observando até ela desaparecer em meio às pessoas.

A família de Ryan chegou logo em seguida mantendo sua rotina familiar, observava sua irmã Peggy deitada no mesmo tapete em que estivera com Haru minutos atrás.

~~~~

O mesmo jardim em forma de labirinto, o mesmo cheiro, as flores pareciam agora molhadas talvez houvesse garoado lá também, ainda assim o céu estava tão azul quanto à própria cor.

–Você voltou? –A garota perguntou de algum canto do jardim.

–Aparentemente sim.

–Pensei que quisesse ir embora...

–Eu queria, mas parece que gosto de sonhar com este lugar e até mesmo com você. –ele sorriu.

–Eu já disse você pode ir embora quando quiser.

–Eu sei. –ele disse enquanto andava até ela. – Mas quem é você? – ele perguntou tentando toca-la.

Mas novamente a garota desviou, ele se manteve parado atrás dela sentindo a fragrância que ela exalava e reconhecendo aqueles ombros e cabelos que lhe recordavam muito alguém.

–Você me conhece, eu sou alguém que você conhece. Você conhece este labirinto perfeitamente o formato dele tudo aqui ninguém conhece melhor do que você, que tal começar a olhar os mínimos detalhes que ninguém repara ao invés do superficial que já esta desgastado de tanto que o olham e não compreendem.

–Você... –Ryan tentou puxa-la, mas ela correu e tudo ficou turvo, acordou puxando a si próprio... Mas aquela fragrância estava presente ali em seu quarto tomando conta, ele respirava lentamente dando leves suspiros conforme degustava daquele cheiro...

“Menina bonita

Eu realmente gosto de você sorrindo ao meu lado

Você está brilhando

Para poder roubar a bela você

Eu quero que você

Porque você é minha

(ooh) Especial, (ooh) especial

(Ooh) Especial, menina, especial especial

(Ooh) Especial, (ooh) especial

(Ooh) Especial, menina, especial especial

Primavera e verão , outono e inverno

Independentemente desses, você é tão bonita

Depois de vê-lo pela primeira vez ,

mesmo quando fechar os meus olhos , eu vejo sua silhueta

É tão doce tão sexy hey

Nada vem ao meu alcance por causa de você

I, durante todo o dia toda a noite”


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