A Esposinha escrita por Puella


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Cof! Cof!

Não, não é nenhuma piada. Eu atualizei mesmo. É uma longa história... acontece que eu ano passado havia decidido me aposentar das fanfics, e tirei um ano sabático... mas agora eu meio que senti saudade e resolvi voltar, timidamente, se é que me entendem, porque ainda estou um pouco receosa.... faz tempo que não atualizava e não sei se tem mais alguém acompanhado ela... e bem eu tinha parado numa parte que foi digamos cruel com quem lia, hehehe e bem, espero compensar de alguma forma.

É isso, boa leitura...



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Loki mal ouviu as palavras do guarda e saiu rápido da biblioteca. Entrou na ala das curandeiras sem rodeio algum, e viu quando Theoric, o outro guarda, trazia a jovem nos braços. Ele se aproximou dos dois, ao mesmo tempo em que fitava sua jovem esposa e sentia um certo desconforto de vê-la nos braços de outro homem.

— O que houve? – ele tocou na tez gelada de Sigyn.

— Não sei dizer Alteza, Lady Sigyn parecia tonta e desmaiou, tive que segurá-la antes que ela atingisse o chão.

Uma das curandeiras pediu para colocarem a jovem em uma das camas para ser examinada.

— Iremos cuidar dela Alteza – uma das curandeiras, Ingard, uma mulher de sinais maduros falou de forma tranquilizadora – ela ficará bem. Pedimos que nos deixe a sós.

Loki teve que acatar ainda contrariado. Estava preocupado. Sigyn estava pálida e tinha pele levemente suada e gelada. Estaria doente? Ele aguardou pacientemente do lado de fora da sala de cura. E é claro, não tardou muito para que as paredes do palácio real ficassem a par do desmaio da esposa do príncipe caçula de Odin.

                                                                       *

No momento em que desmaiou, Sigyn se sentiu envolvida por uma imensidão negra, onde não via e nem ouvia nada. Não soube exatamente por quanto tempo ficou naquele estado de dormência. Abriu lentamente os olhos sentindo os mesmos serem perfurados pela claridade das velas. Ao longe, percebeu que já era noite em Asgard. Estava em seu quarto, o quarto que dividia com seu marido.

— Acordada? – a voz leve e sorrateira fez com a jovem tivesse um pequeno sobressalto.

Então percebeu a presença de seu marido, sentado ao seu lado. Ele parecia frio e calmo, mas havia algo em seu olhar que aparentava preocupação.

— Está se sentindo bem?

— Estou bem – mas logo sentiu um embrulho terrível no estômago e correu para o banheiro do quarto, vomitando em seguida. A jovem se apoiou na pia, ofegante, então sentiu uma mão fria lhe segurando e outra lhe fazendo um leve carinho no ombro.

— Estou doente? – ela pensou em voz alta.

— Não, minha cara, longe disso.

A jovem girou o corpo para encará-lo.

— Não estou?

— As curandeiras olharam você, está tudo bem! Na verdade, não poderia estar melhor – à medida que ele falava, um meio sorriso se desenhava em seus lábios.

— Do que está falando? – Sigyn arqueou uma das sobrancelhas.

— Não imagina o que seja?

— Não, diga logo o que é?

Loki ficou fitando aquele rosto impaciente, ela ficava bonita daquele jeito.

— Tem certeza que não sabe?

— Loki...

Ele tocou de leve o ventre da jovem que acompanhou a sua mão com o olhar e depois voltou a fita-lo nos olhos.

— Você está grávida.

Sigyn ainda teve mais alguns enjoos naquela noite. Ela estava esperando um filho, grávida de algumas semanas. Esta cumprindo exatamente aquilo que sua mãe tanto lhe havia instruído. Acordou levemente enjoada, e logo não tardou a vomitar de novo. Frigga apareceu no quarto para parabenizá-la, e logo também tratou de fazê-la tomar um chá para aliviá-la um pouco dos enjoos, algo que Sigyn aceitou de bom grado.

Odin a congratulou, e é claro, a jovem não pode deixar de notar certo brilho que o esposo tinha diante de seu pai. Ela não era tão boba, sabia que sua gravidez também era uma forma de Loki impressionar o rei, já que seus outros irmãos não haviam tido filhos também.  

Sua mãe tinha razão quando dizia que entrar para a corte era como entrar numa espécie de jogo onde valia tudo para conseguir influência e poder. De inicio quando a novidade foi anunciada, suas cunhadas e cunhados ficaram surpresos. Apesar de ter ajudado Sif, a esposa de Thor ainda nutria uma rivalidade com a jovem. Mas por outro, Sigyn foi muito esperta quando ajudou Sif a se entender com o esposo.

Thor ficou muito feliz, de todos os irmãos de Loki, foi que mais celebrou a noticia com genuína alegria. Sigyn tinha muita estima por ele, Thor era espontâneo e irradiava um brilho nas pessoas, era contagiante.  Loki certa vez lhe segredou que ele o irmão eram cumplices na infância e adolescência, Thor costumava dizer que ele era o seu irmão mais querido, o seu preferido. Ao fim da conversa ele emendou dizendo que Thor e Odin eram parecidos no que se dizia respeito a ter alguém como seu “preferido”.

Nas semanas seguintes Sigyn teve que se contentar em ficar no castelo. Loki não queria que ela saísse nem mesmo para cavalgar. Não era muito aconselhável que jovens grávidas andassem a cavalo. Ela insistiu, mas ele não deixou. Sigyn ficou um pouco inconformada, sentia falta das crianças, de Ulrich. Queria saber se seu amiguinho estava melhor.

Em uma destas tardes a jovem entrou trazendo os costumeiros biscoitos com chá para o marido, quando notou uma figura feminina dentro da sala. Era ruiva como ela, porem mais alta, com curvas acentuadas e seu vestido azul deixava-as bem visíveis. Loki estava sentando falando alguma coisa enquanto fitava um pergaminho. Sigyn fitou a jovem de soslaio, e notou que ela olhava para Loki com certa cobiça. E isso não agradou Sigyn nenhum pouco.

Loki sentiu os cheiros dos biscoitos e então fitou os olhos azuis de sua esposa.

— Estão com um cheiro ótimo – ele comentou.

Só então a outra mulher fitou Sigyn, não percebido a jovem ali ao seu lado.

— Quem é essa? – Sigyn soltou a pergunta olhando para outra.

— Lorelei Incantare – a jovem sorriu amavelmente – Mestre Loki, ela é realmente como senhor descreveu, um verdadeiro encanto, aliás, meus parabéns pela gravidez Lady Sigyn.

Sigyn não sorriu tão pouco agradeceu. Antes que o ambiente se tornasse desconfortável, Lorelei trocou mais algumas palavras e saiu.

Loki permanecia calmo durante a cena toda. Sigyn perguntou outra vez.

— Quem era essa?

— Ela se apresentou para você – ele respondeu calmamente – foi aluna minha anos antes.

Ele se levantou da cadeira indo até ela. Tirou delicadamente a bandeja que ela ainda segurava, Ela ainda o fitava séria.

— O que quer que eu diga? – ele comentou com humor – Acho que um de nós está bem enciumado.

— Não gostei da forma que ela olhava para você – a garota falou de maneira rápida – juro pelas Norns, que se pudesse furava aqueles dois olhos dela!

— Ei... shhh – ele colocou um dedo em seus lábios – esse tipo de emoção não faz bem nem pra você e nem pra ele... hum?

A jovem fez um beicinho de irritação.

— Eu só... – ele lhe interrompeu com um beijo.

— Eu me casei com você, é a mãe do meu filho. E apenas isso – deu mais um beijo, um pouco prolongado em seguida se afastando um pouco - Agora que tal comermos uns biscoitos?


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Notas finais do capítulo

Tem alguém aí ainda? se tiver manda um oi ^^