InSanidade escrita por Hissa Odair


Capítulo 4
Ataques


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Eu demorei pra postar, mas nem tanto né?
Esse capítulo está maior, já que tem muito conteúdo.
Introduzo um gênero (logo vou colocar nos lance da fic pra não ter problema).



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Autora Pov's

*Limpando a garganta* Essa batalha está acontecendo alí mesmo no campo de futebol, onde é a vez dela de fazer o teste para sair da seleção de futebol japonesa.

Vozes das pessoas na arquibancada latiam na mente da morena. Estava confusa ao extremo com o que ocorria. Fora isso, sentia a sanidade saíndo de sua mente e isso a deixava ainda mais desesperada, visto que já tinha tomado a injeção.

Então fica paralisada, sem conseguir mover um só musculo. Estranhamente as expressões faciais estavam suaves. Estava certa de que deveria sair da seleção japonesa mas ... E agora?

Um lado queria continuar na seleção japonesa, por mais que a razão estivesse ainda no cérebro dela (um pouco). Por mais que sentisse medo, no fundo gostava muito do futebol. As vozes da plateia diziam pra ela chutar a bola no gol. Acham que ela desobedeceriam a tanta gente?

Outro lado sabia que seria melhor para Inazuma Japão que ela saísse da equipe. E também não teria que suportar essa pressão que o FFI trazia. Acham que ela sairá para não atrapalhar?

Infelizmente ou felizmente, ela teve um desmaio e foi retirada do campo, e não onseguiu recuperar os sentidos naquele dia. Não passara no teste e teria que continuar a estar no Inazuma Japão.

No dia seguinte ...

Acordo já me amaldiçoando. Como posso ser tão fraca?! Desmaiar no campo daquela maneira ... Tinha que ser eu mesmo! Não passei no teste e não poderei mais sair do Inazuma Japão.

Minha cabeça está latejando um pouco. Estou na minha habitação, e fico pensando no nada um pouco, e logo em seguida trato de desamassar minha cara e dar um jeito no meu cabelo.

No campo ...

Eu tinha acordado bem no início do treino e acho que dá tempo para r correndo para treinar.

–DESCULPE! - eu fui logo gritando e fiz uma reverencia geral - Sinto muito por ...

Paro automaticamente de falar quando vejo olhares de medo, indiferença e uma certa supresa em minha direção. O que está acontecendo? Morimura parece que vai sair correndo a qualquer instante. Minaho-san é o único que não parece demonstrar muita diferença.

Eu fico sem saber como reagir a isso. Ouço alguém limpar a garganta atrás de mim e dou um pulo que vou um metro pra frente e por pouco não me controlo e saio correndo.

Autora Pov's

Encaro um senhor com um bloco de notas em uma mão e uma caneta em outra. Keiko o cumprimentou e fez um reverencia breve e depois foi em direção ao meio do campo como se nada tivesse acontecido. Pensou em ficar perto de Morimura, que fazia ela se sentir relativmente bem, mas quanto mais se aproxmava mais parecia que ela ficava pálida e dava passinhos pra trás.

Não ficou nem meio segundo pensando no motivo dessa reação da pequena quando Sakura falou com voz tremida para ela:

–K-kei-k-ko ... E-esse senhor quer fa-falar com você.

A morena ficou muito confusa.

No fim daquele dia.

Keiko Pov's

Ferrou tudo! Acabou! A mentira que eu sou foi desmascarada! Eles descobriram que eu sou uma órfãzinha que é assassina.

Não consigo evitar derrubar uma pequena lágrima aqui embaixo da minha cama onde eu estou (queria ficar sozinha e achei embaixo da cama uma ótima ideia [quem sabe o palhaço do mal que mora aí não me pxava pra um fim do mundo pra tudo acabar de uma vez?![)

Enfim ... Vocês sabem do que eu estou falando ... Cruzes estou falando sozinha O.o. Acho que esse remédio tem alguns efeitos colaterais (ou seja eu mesma).

~flashback on~

O senhor foi bem direto: Queria fazer umas perguntas pra mim para uma reportagem sobre mim, já que daqui a pouco vai fazer exatamente dez anos desde o assassinato de Bob Jackson, que seria o meu estuprador e minha vítima.

Agora que parei pra pensa isso deve ter virado uma boa reportágem. Não é todo dia que uma garotinha órfã de 6 anos enfia uma faca na testa de um estuprador (por sinal ele em sí é conhecido, eu andei ouvindo uns boatos quando estou nas ruas) a sangue frio. Enlouqueceu e passou 10 anos em um manicômio. E agora está na seleção de futebol do Japão (o que em si já é uma notícia bem digna, já que esse FFI é bem popular)

Credo, senti peninha de mim mesma (só um pouquinho).

Enfim, eu realmente queria cavar um buraco e me enterrar quando ele falou com todas as palvras que eu acabei que dizer o que ele queria comigo. Agora entendo porque que eles me olhavam daquela maneira. Talvez eles pensem que sou uma assassina psicopata ou uma pobre coitadinha que se deve ter pena.

Eu não queria responder nenhuma pergunta, mas qualquer coisa era mais prefirível que ir treinar com os outros naquele momento, então somente concordei com a cabeça e eu, o tal repórter e fomos até um lugar mais reservado para as perguntas.

Ao que parece o senhor Kurowiua deu a permissão já que tecnicamente ele é meu representante legal.

~Flashback off~

Enfim ...

Eu saio do meu dormitório de um jeito bem disfarçado e discreto ... Se não fosse pela bela ombrada que eu sem querer dei em Sakura ¬¬.

Depois de gritar um belo "Me desculpe", eu percebo que ela está me encarando como se eu fosse matar ela como se nada importasse, mas ela voltou ao normal ao perceber que eu estava tão (ou mais) assustada quanto ela.

Eu me virei e saí com passinhos curtos, porém apressados (eu acho que eu me assemelharia ao Snoppy das tirinhas de jornais que eu vi em um dos exercícios de interpretação de texto) saí dali e depois corri pra bem, bem longe.

Covardia? Pode apostar que sim.

Sei que sou uma simples ratinha covarde. Mas não vou me culpar agora.

Eu acho que ainda fala um pouco até a hora do almoço (uns 26 minutos) ... Eu acho que vou ficar por aqui mesmo ...

5 minutos depois ...

Certo ... Eu realmente não consigo ficar parada aqui sem fazer nada.

Nesse exato momento vejo que o campo está livre e pego uma bola de futebol que estava bem em um canto, e começo a tentar driblar os cones que permanecem no mesmo local da última vez que o vi.

Me surpreeendo levemente ao ver que estou conseguindo fazer isso razoavelmente bem.

Certo ... *chutando a bola pra bem longe competamente assustada*

Tem algo muito errado aqui O.O!

Assim que arrumo coragem e vergonha na cara pra voltar a encarar os demais jogadores do Inazuma Japão ...

Engulo seco assim que entro no refeitório, e pego a mnha bandeja e pego um sei-la-o-que (não sei bem qual é o nome que é a primeira coisa que eu vejo na frente e depois tento rapidamente um lugar pra sentar.

Vejo a pequena Morimura com sua típica carinha fofinha (imagino como consegue ser assim tão bonitinha e inocente *pose pensante*) e penso em me sentar com ela, mas a mesma se levanta meio assustada.

Nesse momento, começo a sentir uma coisa subir pelo meu corpo. Uma energia muito estranha.

Estranha e familiar demais ...

Sinto meu coração bater forte e minha cabeça doer um pouco. Começo a suar frio. Agora não. Nesse horário, a senhora que me dá as injeções está fora de serviço,, almoçando em qualquer outro lugar que eu não sei e nunca pensei em saber.

Só tenho que me acalmar e tudo vai acabar bem ... No limite do possível.

Me sento na mesa (agora vazia) e fico encarando a mesa e tentando me controlar ao máximo possível, e parecia estar funcionando bem, mas eu estava certa?

Obviamente que não!

Eu juro que tentei evitar.

Autora Pov's

O refeitório estava relativamente silencioso, com apenas alguns sussurros, mas o "silêncio" acabou quando uma risada chamou a atenção das pessoas aí presentes.

Tudo bem se fosse só uma risada de pessoa normal ... Mas era uma risada diferentes que pessoas que trabalham em hospícios e manicômios conhecem muito bem e já se acostumou.

Uma infeliz risada diabólica/insana.

A morena estava ainda se contendo, mas notava-se de lone que os braços começavam a se contorcer aos poucos, mesmo que levemente.

Ao mesmo tempo em que isso acontecia deslizavam pela boxexa da morena uma ou duas lágrimas, que vinham de um lado mais racional dela.

Realmente se sentia péssima quando isso acontecia, e claro, a dor de cabeça que sentia quando sua mente era quase que dividida ao meio também não ajudava.

Então Keiko se levantou bruscamente, se nenhum motivo aparente. Mas ela tinha.

Com certeza tinha.

Correu de forma assombrosa até onde seria a cozinha, esbarrando e derrubando com ombradas tudo que vinha pela frente, e assim que entra, fica revirando as gavetas até achar o que queria.

Passou um ou outro seundo só admirando a faca afiada de cortar carne (quem sabe humana?) com cabo de madeira que até achou bonitinha por um milésimo de segundo, mas não estava com cabeça pra isso.

"Finalmente vou acabar com isso que ainda Keiko chamava de vida. Bem, espero algum dia encontrar o Bob no inferno"

Infelizmente ou felizmente antes dela conseguir o que queria, o lado insano deu uma brusca parada e se virou rapidamente para trás, e provavelmente foi um dos maiors erros (ou uma das maiores sorte) de sua vida quando a senhora cujo nome nem se lembrava (será que era porque estava fora de si?!), que era Kabata-san conseguiu de algum modo segurar firmemente o braço de Keiko, mas a senhora estava muito assustada com isso.

Até aí tudo bem, mas vocês acham que o ladinho fofo e amável de uma Keiko fora de si (sintam a minha ironia) ia parar de se mexer e entregar a faca assim de boa?

Ela mudou de objetivo.

"Tem tantas pessoas no céu que uma a mais não vai fazer diferença".

Já estava condenada a ir ao inferno não é mesmo?

Tentou atacar a senhora, e no sentido de "estoupoucomelinxandoseelamorrer". A maioria das pessoas estava em choque mas se moveram rapidamente quando finalmente se tocaram as más intenções de Keiko.

Um bom tempo depois ...

Lê-se, uma Keiko com os pulsos amarrados por uma corda (que por sinal, foi meio complicado de achar, já que tudo estava muito confuso), sendo injetadano ombro e quase desmaiando logo em seguida, mas não desmaia, apenas sente uma leve dor de cabeça e a visão embaçada como já era de se esperar.

Não conseguiu se controlar, mas graças a Deus estava tudo bem, e ninguém havia se machucado.

Agora a culpa batia com força no coração da morena e sabia que agora sim havia conseguido estragar tudo.

Estava agora derubando uma lágrima que não era solitária, já que foi seguida por outras. Um choro totalmente silencioso.

A senhra que a injetou, desamarrou a jovem visto que estava bem visível a sanidade dela e que ela não faria mal a uma mosca ... Pelo menos até o dia seguinte.

Mas ela não se mexeu e muit menos saiu do local. Foram necessários 10 minutos para que ela parasse de se xingar e se levantar, indo até o banhero e limpando a face, e logo em seguida ir para o campo, onde se realizava o início do treinamento.

Ela chega no campo e ve que o treino ainda não tinha começado direito. Assim que consegue arranjar coragem para se approximar.

–Etto ... Por favor, me desculpem - eu reverencio a todos e não me "levanto" - Eu imploro. Me perdoem - a essa altura tento ignorar a vontade de chorar de novo (sim, eu sou muito chorona) - Eu poderia ter machucado vocês ... Eu não queria fazer isso ... Não consegui evitar ... POR FAVOR ME PERDOEM!

Assim que ela "levantou", ela vi que todos permaneciam mudos, mas pareciam sentir pena.

"Ou você causa nojo, ou causa pena, acostume-se com isso Keiko"

Keiko estava bem contrariada, então se calou e foi andando em estilo Snoppy até um pneu, e vi como estava colocado nos demais e conseguiu um modo de "vestir" aquele negócio, e começou a andar com o pneu, se esforçando ao máximo para aumentar a velocidade aos poucos, e conseguindo mais ou menos.

Claro, com um peso como aquele ela também não conseguia andar tao bem, mas se virava.

Os jogadores olhavam para ela sem saber bem o que pensar, um misto de pena, desconfiança, uma gotinha de medo/receio/preocupação pela própria vida e, quem sabe, e entre um deles, uma preocupação um pouco maior.

Keiko continuava andando/correndo, e fazia isso tentando se conentrar ao máximo no nada. Tentava se desligar do mundo, pelo menos um pouco.

Depois dos 10 anos com a parte com sanidade em um mundo preto e vazio, já estava se acostumando ao vazio e a escuridão, tanto que já consegue fingir que está na mente e não na realidade.

No dia da partida ...

Keiko Pov's

"Hoje será a partida contra o Big Haves, e eu não estou tão nervosa quanto a minha primeira partida.

A senhora que me injetava foi dispensada ontem, e a partir de hoje eu mesma vou fazer isso.

Falando nisso, eu já não sinto dor de cabeça, apenas uma leve tontura.

Meu lado mais "sombrio" não apareceu novamente.

Os demais membros do Inazuma Japão esqueceram do ocorrido daquele dia (pelo menos é o que parece), claro, tenho quase certeza que se eu tiver um ataque, vou acabar assustando eles, mas não voltarei a cometer esse deslize.

Morimura está com muito medo de mim. Agora, em teoria, eu me sentiria solitária, mas não estou.

A propósito, esses ultimos dias Minaho-san tem falado um pouco comigo, e as vezes ele me olha estranho, parece que ele está tentando descobrir como é a minha personalidade, pelo menos foi o que ele disse quando eu perguntei.

Ee falou algo sobre eu ter uma personalidade diferente das outras pessoas e que meu jeito de agir contrariava todas as previsões dele. Eu não sei que tipo de cara de tonta que eu devo ter feito, mas depois ele falou que não era nada e que era melhor eu esquecer isso.

Aimi veio aqui mais uma vez, e ela ficou falando com um dos garotos, e eu apenas tinha suspirado um tanto constrangida e depois voltei minha atenção para algo que nem me lembro.

Antes que eu me esqueça, Minaho-san começou a usar o sufixo -chan quando fala comigo, e eu não sabia bem se eu devia dar importância a isso ou não, então apenas me calei, mas tenho certeza que fiquei com uma cara meio estranha, porque ele começou a ficar um tantnho vermelho, coisa que eu também ignorei."

Paro de escrever quando vejo que tem uma bola de futebol vindo em minha direção, e por pouco que ela acerta minha cara, mas consigo receber o que eu me lembrei se chamar passe, e chutei na direão de Manabe-san.

"A sim, Manabe-san parece um tanto arrogante comigo, bem eu já me acostumei a essas atitudes. É normal que depois de tudo o que eu fiz, ele se irrite comigo, e não o culpo, mas coloco meio ponto na escala de perigosidade. Devo tomar muito cuidado quando o avistar e não falar besteira."

Escrevo rapidamente no caderno.

Eu estou me aquecendo dando uns passes com uma bola de futebol junto com Manabe-san e Minaho-san, antes de começar a partida.

As vezes chega a ser cômico a maneira como eles se falam, agora a pouco Manabe-san fala algo sobre o Minaho-san ficar em um ângulo cujo número esqueci, e Minaho-san falou: Não sou um transportador de ângulos!

Eu tinha começado a rir um pouco, mas me recomponho, antes que eu chame a atenção.

Depois ...

Eu só irei jogar no segundo tempo, e novamente vou trocar com Morimura. Eu fico sentada no banco ouvindo comentários ve ou outra, mas assim que chega o intervalo, eu vou me injetar quando noto algo muito estranho, vejo qu o líquido que geralmente tinha um tom meio bege, agora é transparente. Eu pergunto ao treinador, e ele apenas diz que é um outro remédio com efeito igual.

Eu acreditei no que o senhor disse e me injetei em um cantinho do banheiro, mas também notei que ele era muito mais líquido que sólido, e nem doeu, e muito menos senti um efeito colateral.

Sei que a resposta para isso está na ponta da língua, mas ainda não caiu a ficha.

No campo ...

Bem, aqui estou eu novamente. Eu sinto um nervosismo muito forte, mas acho que é o mesmo que senti na última partida.

Nessa partida percebi que Sakura está um pouco estranha (parabéns, eu falo como se fosse a pessoa mais normal do mundo) nessa partida, mas deixei isso quieto.

Eu recebi um passe e quase que xingo a pessoa mentalmente. Mas passo rapidamente para Matatagi-san e tudo dá razoavelmente certo.

Fico bem surpresa ao ver que Ibuki-san criou uma nova técnica especial e ao mesmo tempo um tanto mais tranquila, será mais fácil agora assegurar uma vitória.

Vejo que os outros jogadores parecem mais decididos, acho que sentiram o mesmo que eu ou assim espero.

SInto uma forte dor de cabeça martelar na minha mente, e não consegui acreditar no que era.

Não ... Por favor, de novo não ...

Água ... A Injeção é água ...

Minha sanidade ... Saia para fora de mim como o suor frio que agora escorria pela minha testa.

Autora Pov's

Se ajoelhou no gramado verde e levou as mão á cabeça, tampando os ouvidos. Tremia muito e ao mesmo tempo, por dentro não se mexia nem um pouquinho.

Começou a falar seu nome baixinho, como se, caso não fizesse isso, iria esquecer. Falava com descrição mas aos poucos ia aumentar a voz, de forma que fosse audível. Começou a se lamentar de não ter se matado quando tinha coragem (que só era obtida na loucura).

Ela estava em um estilo diferente do ataque de loucura de alguns dias atrás. Era uma loucura mais calma e assustada, diferente do lado praticamente psicopata e suicida.

Pânico. Essa palavra define muito bem.

Se levantou tremendo e olhou para trás e todo Inazuma Japão olhava pra ela com medo.

Então, de alguma forma que desconhece, ela conseguiu se recompor, e ficar normal no limite do possível.

Não sabia o que falar, apenas, suspirou e andou até a sua posição no campo, como se nada tivesse acontecido, mas com uma pequena nuvenzinha negra em cima de si, como se fosse um anime ou um desenho animado.

Pouco depois ...

Não conseguia acreditar no que droga acontecia na mente dela. Era para ela estar delirando, mas por incrível que pareça ela estava bem.

"Bem demais ..."

Prestava toda a sua atenção na partida, numa tentativa frustrada de parar de se preocupar com aquilo, pelo menos só até a partida acabar.

Foi então que levo uma bela de uma ombrada de Sakura, e as duas caem no chão. Keiko se machucou um tantinho, mas nada que chegasse a doer. Por sua vez, Sakura fingiu estar machucada, e fazia questão de demonstrar isso.

Perfeito, tão fingida quanto o Neymar.

Então pensaram em trocar de jogadores, e Sakura rapidamente fingiu estar melhor e que não tinha necessidade, mas acabou sendo substituida mesmo assim.

Antes de voltarem a suas posições, Keiko viu Sakura olhar irritada para o chão, e começou a sentir pena, algo lhe dizia que Sakura não estava nem um pouco bem, e isso a preocupava por mais que seu caso era bem sério, via o suposto problema de Sakura mais sério.

Um tempo depois ...

Matatagi tinha marcado um gol com sua nova técnica especial.

Keiko observava e ouvia os comentários que os meninos faziam entre si de longe. Estava pensando no motivo para que a injeção não tivesse o remédio, e sim água, não compreendia qual era a intenção do treinador. Era muito perigoso deixa-la assim: sem remédio e em um local com muita gente, o que poderia, além de machucar alguém causaria muito polêmica.

A essa altura, já tinha se acostumado a receber passes, e chutar para alguém rapidamente. Infelizmente, quando recebeu um passe, se viu cercada por 4 jogadores da Big Haves. Somente pensou em uma coisa.

"Agora ferrou de vez"

Viu eles começando a fazer a técnica especial de defesa, e foi como se estivesse parando no tempo, pensava no que poderia fazer. Então sente algo bater na sua mente.

Um sorriso se formava nos finos lábios, um sorriso maléfico.

Começou a dar umas risadas diabólicas, seguidas de um olhar assassino , direcionado diretamente para um dos jogadores que realizava a técnica (a loira para ser mais específica), que congelou de medo, parando de correr, o que fez com que os outros 3 esbarrasem com tudo nela o que fez os 4 caírem no chão.

–Brincadeirinha - Keiko disse com um sorriso fofo no rosto com uma pequena caretinha - Tsurugi-san! - disse chutando a bola e sua direção.

Um passe perfeito.

Se não fosse pela personalidade bizarra que ela tinha, teria se sentido orgulhosa de si mesma.

Deu uma breve olhada para o banco e viu Sakura meio entristecida. Começou a pensar no que poderia estar a deixando assim.

Olhou ela olhar para alguém na arquibancada. Com esforço (e se desligando da partida), viu um casal.

"Esses não são os pais de Sakura?".

~flashback on~

Ouviu uma conversa entre os pais de Sakura e a rosada. Não entendia direito porque falavam dessa maneira.

–Por que falam dessa maneira?

~flashback off~

Agora entendia. Tinha uma suspeita do que Sakura sentia.

–Ela precisa estar nessa partida mais que eu - falou baixinho.

A partida ainda corria, sendo que Tsurugi não tinha conseguido marcar um gol, e ainda estavam empatados.

Recebeu um passe, e deixou um jogador dar um carrinho, o que fez ela cair, começou a fingir que tinha se machucado.

Assegurou que o jogador não tinha culpa, e que ela tinha caído de mal jeito, e foi substituida por Sakura, que notou um sorriso feliz vindo de Keiko quando se dirigia ao campo.

No final da partida ...

Keiko viu no fim da partida, Sakura falando com os pais. Apesar de todo o esforço de Sakura, os pais não aceitaram o fato de não ter sido ela quem marcou o gol da vitória. Keiko nem pensou duas vezes, foi correndo na direção de Sakura.

–Sakura-san! Você estava incrível! Sabia que você ia conseguir! - Keiko falou com voz de garota meiga e entusiasmada.

Os pais de Sakura olhavam a morena com espanto. Eles viram a reportágem no jornal. Eles viram ela no campo (as câmeras tinha focado nela nessa parte). E agora ela agia como se fosse a fã número um da filha deles.

–Vocês são os pais de Sakura-san? Que demais! Vocês são muito sortudos de terem uma filha como ela! Eu sou uma das fãs de Sakura! Me chamo Keiko! - Keiko gritou com um brilho nos olhos além do normal, e depois fez uma reverência - Sei que talvez pensem mal de mim, mas eu tenho certeza que não sou a única que admira Sakura-san! Ela é muito talentosa e não acho que aquela outra tenha sido melhor que Sakura-san. Sakura-san deveria ter ganhado!

DIto isso, Keiko fez outra reverência e saiu dali aos pulinhos, deixando os pais de Sakuraa e a própria rosada ali.

Sakura entendeu o que Keiko quis fazer.

–Keiko é muito fã minha ... Ela quer ser igua a mim - Sakura "explicou" aos pais.

–Você tem fãs Sakura? - a mãe perguntou enquanto começava a sorrir de orgulho - Essa é a minha filhinha!

Keiko viu a cena escondida e saiu aos pulinhos, sem fingimento dessa vez.

No dia seguinte ...

Keiko Pov's

"Eu ainda não aconsigo acreditar na felicidade que eu sinto nesses momentos. Não me lembro de ter me sentido assim.

Perdi completamente o medo da Sakura, acho que ela está começando a se tornar minha colega, coisa que eu estranhei de início.

O treino de hoje foi diferente. Todos pareciam mais animados do costume devido a vitória.

Eu realmente senti alegria ao treinar.

Aqui, escrevendo nesse caderno, posso assegurar que estou me segurando para não chorar de alegria. Sim, sou muito chorona, vivo chorando, apesar de que, durante os 10 anos no manicômio, eu não me lembro de ter consciencia suficiente para chorar de forma normal, muito menos de alegria e felicidade.

As pessoas me olham estranho, provavelmente me acham muito bipolar. Ainda a alguns dias eu tentei me suicidar. Eles sabem do meu passado de assassina. E agora estou sorindo como se fosse uma pessoa normal e alegre."

Estou escrevendo isso, sentada no banco. Ainda com um pequeno sorriso, volto a fazer desenhinhos dos membros do Inazuma Japão, e consegui fazer um desenho fofo da Sakura. Eu me concentro nos detalhes quando ouço algo que me chama a atenção. Algo do único membro do Inazuma Japão que tem os 5 pontos de perigosidade.

–Tenma, você não pode se iludir tanto em um mundial.

Eu tinha esquecido desse detalhe. Eu ainda não sou útil ao time. Sei que consegui ultrapassar a técnica dos Big Haves, mas isso não significa nada.

Releio o que acabo de escrever. Sinto-me uma tonta por ter pensado que tudo estava bem.

Arranco a folha do caderno e amasso, jogando em uma lata de lixo que por acaso estava aí.

"Isso não está no seu nível Keiko, pare de negar isso para si mesma"

"Ainda não entendo como pude ser tão tonta. Sei que não tenho ainda o nível para ser digna disso. Sei que Shindo-san tem razão.

Talvez euzinha deva parar de me iludir e voltar a lembrar os antigos tempos do orfanato. Onde Keiko era (e ainda é) minha superiora e eu aprendi coisas importantes. As regras e a disciplina. As vezes nem parecia que éramos só pequeninas de 4 anos (foi quando começamos a conversar e ela me educou a maneira dela."

Naquele mesmo dia ...

Foi comunicado pelo próprio treinador que hoje não teria treino, o que me deixou um tanto contrariada.

Quando me dei por mim, estava ouvindo o que os outros ia fazer naquele dia.

Então comecei a pensar no que EU faria, e minha mente ficaria um vazi se não fosse pelo grilo que estava aí.

Cri cri, cri cri ...

Sakura perguntou se eu gostaria de ir ao centro comenrcial com ela e Morimura, mas pensei que se eu fosse eu seria não só um peixe fora d'água, mas sim o peixe frito do jantar :(.

Enfim, eu falei que eu ia ver uma amiga (que mentira u.u) e dar uma passeada por aí. Elas até perguntaram se era a "ruiva que vem me ver vez ou outra" (ou seja, Aimi) e eu concordei (Keeeikoooo que coisa feeeeeia u.u. Não acho digno eu mentir desse jeito u.u) sem saber o que inventar.

Eu estava pensando se eu deveria treinar com Ibuki e Tsurugi (eu ouvi eles falando [tenho uma boa aldição quando quero]) ou pegar uma bola de futebol e treinar sozinha por aí.

Inconscientemente faço uma caretinha e começo a encarar o sol (isso mesmo Keiko, pode ficar cega a vontade) enquanto ouço os demais falando.

Pego o meu caderno e começo a escrever o destino de todos em suas respectivas páginas, onde também está localizado o grau de perigosidade.

"Matatagi-san foi ver os seus irmãos menores no dia (data)"

"Sakura foi ao centro comercial no dia (data)"

"Morimura foi ao centro comercial no dia (data)"

"Ibuki-san treinou co Tsurugi-san no dia (data)"

"Tsurugi-san treinou com Ibuki-san no dia (data)"

"Manabe-san descansou/dormiu no dia (data)"

"Tetsukado-san foi correr um pouco no dia (data)"

Eu não vi o capitão, e agora não sei aonde ele foi. *Contando todos os que eu escrevi* Falta o capitão, Kusaka-san e Minaho-san. Minaho-san estava aqui agora ha pouco e não me lembro de ter visto Kusaka-san.

Essa falta de informações me deixa um tanto inconformada, assim qu tenho a brilhante e genial ideia de perguntar (quer ver que eu vou me ferrar?) para eles aonde eles irão.

Dou uma leve corrida em busca dos 3.

Um tempinho depois ...

Eu encontrei o capitão e ele disse que ia ver os vídeos sobre o nosso próximo aversário (Leões da Arábia). A curiosidade começou a bater um pouco mas eu só me despedi e sai apressadamente, afinal eu ainda tinha 2 pessoas para encontrar.

"O capitão ficou assistindo vídeos sobre os Leões da Arábia no dia (data)"

Ainda falta encontrar dois.

Talvez seja isso o que farei nesse dia livre.

Um tempo depois ...

Estou quase desistindo de achar Minaho-san e Kusaka-san. Nesse momento estou ... (Por favor, rufem os tambores) ...

Perdida! :(

Nesse tempo tentando lembrar o caminho de volta para casa, eu começo a pensar e me dou conta que també não sei onde o Shindo-san foi, mas como tenho um medo assumido por ele, não vou saí por aí procurando, mas caso o veja de longe vou perguntar (já que isso seria um milagre divino, já que eu estou procurando Kusaka-san e Minaho-san e não os achei).

Enfi, eu estou em um lugar estranho, mas de longe eu tenho a ligeira impressão de ver Kusaka-san.

Me aproximo pouco de lá, apesar de sentir que é uma péssima ideia. Ando com meu típico jeito Snoppy tristinho de ser, quando paro bruscamente.

Vamos aprender a somar :)!!

4 individuos entre eles Kusaka-san + Chegada de indivíduos que não parece serem do bem + Um Kusaka-san irritado e gritando + Uma briga formada = Uma Keiko Saindo correndo, não sem antes de cair no chão 3 vezes e gritando de forma desesperada.

–AAAAAHHH!!! SOCORRO! POLÍCIA! BOMBEIROS! CRUZ VERMELHA! ALCÓLICOS ANÔNIMOS! PAPA! JESUS! BATMAN! - eu grito caíndo 3 vezes no chão e me levantando, e correndo e círculos.

A esse ponto, de tão alto que eu gritei consegui chamar a atenção dos indivíduos. Parei de correr e fiquei olhando pra todos com cara de relógio.

Vocês me pergunta o motivo de ser um relógio. Simples, a explicação é lógica: Tinha ficado um total silêncio e eu comecei a olhar para a cara de todas as pessoas, de um lado para o outro, o que me faria parecer um pouco com um relógio se pensarmos que meus olhos seriam ponteiros.

Então eu fiz uma reverência breve e saí de lá e estilo Snoppy sério (lá vai o Snoppy) como se nada tivesse acontecido. Como se eu não estivesse com medo.

"Kusaka-san estava com colegas no dia (data)"

Um tempinho depois ...

Agora, ainda falta achar Minaho-san e que sabe Shindou-san. Mas tenho que me lembrar que estou perdida, apesar de ter quase certeza de já ter visto esse lugar antes.

Vou seguindo pelas ruas tranqulas de Inazuma quando finalmente avisto Minaho-san, ele está com o típico ar detetivesco, como se fosse aquele famoso detetive Sherlock Holmes. Me aproximo com passos curtos e rápidos(lá vem a Snoppy).

Ele parece tão focado em algo que nem repara na minha aproximação. Olho na direção que ele está olhando e vejo uma garota de cabelos negros e olhos verdes, bonita por sinal.

–O que está olhando? - a pergunta sai de minha boca se que eu perceba me assustando.

O pior nem foi a pergunta, mas foi o tom em que eu disse. Estranhamente, parecia que eu estava um tanto irritada, mas na verdade eu estava mais é curiosa, não tenho nenhum motivo para estar irritada, pelo enos eu acho.

Minaho-san se vira em minha direção, e juro que parecia nervoso com algo, e se eu pudesse apostar, não teria nada a ver com a garota que ele estava observando.

–O que está fazendo? - eu pergunto, agora com minha pequena aura normal.

(Autora: Ou seja, a tristinha medrosa).

–Está vendo aquela menina? - concordo com a cabeça - Ela parece muito com a sua suposta amiga na personalidade.

Arqueio a sobrancelha confusa.

–Dá pra notar que vocês não são amigas de longe - Minaho san fala enquanto olha para a garota.

A garota de cabelos pretos e olhos verdes está falando agora com uma garota loirinha. A loira permanecia com a mesma expressão facial quando a morena a insultava com um ar superior.

–Isso também acontece com você a garota ruiva - Minaho-san fala normalmente agora e encarando.

–Isso é normal, a loirinha deve ser inferior a morena, assim como eu sou inferior a senhorita Sazaki - eu falo a formalidade que só deveria falar a Aimi se querer - DIgo ... Aimi ...

–Então assume que não são amigas - ele fala com um pequeno sorriso vitorioso.

Droga ...

–E-eu não quis dizer isso Minaho-san - eu falo nervosa.

Aimi vai me matar ...

–A-aimi-san vai me matar ... - eu falo meio desesperada e tento encontrar algo para mudar de assunto - A! Esqueci. O que você estava fazendo?

–Eu? Eu estava analizando o comportamento das pessoas - ele fala ainda vendo a cena entre a loira e a morena.

– *Loading* ...

"Minaho-san analizou o comportamento das pessoas no dia (Data)"

*pensamento* Sejá lá o que isso queira dizer ...

–E o que você está fazendo? - agora, ele que perguntou.

–... ... ... ... Nada de útil - eu falo por fim - Somente ... Sei lá ... Anotando coisas no meu caderno ...

–Posso ver?

Penso um pouco. Eu realmente não achei uma boa ideia de início.

–Se eu não mostrar vai parecer que eu estou escondendo algo? - eu pergunto.

–Provavelmente.

–Não é nada de interessante, são só uns rabiscos tortos e anotações sobre alguns temas e ... - fui cortada.

–Diário? É comum garotas terem um, apesar de que você não é uma garota que segue bem esses padrões - ele falou sorrindo.

–Eu não chamaria de diário. Prefiro chamar de caderninho. No diminutivo mesmo. E eu não entendo os seus padrões - eu falo começando a ficar contrariada, com um pingo de irritação.

–É simples de aprender, só precisa de prática e tempo ... Está vendo aquela criança aí? - ele aponta para um menininho que não aparentava ter mais que 7 anos - O que você consegue definir só de ver essa criança?

Olho o menino, e as meias me chama a atenção, igual a calça torta. Estou muito nervosa

–... Não sei ... Hum ... Ele ... Está acompanhado pelo pai que provavelmente é pai solteiro ... Está desempregado e provavelmente em busca de emprego e deixou o filho aí por não ser responsável ... Deve ter mais ou menos uns 7 anos mas com inteligência de 4 quando se trata de assuntos escolares ... Leve transtorno de bipolaridade ... Perturbado pela ausencia de uma figura materna, já que os pais são separados há pouco tempo, não deve ser mais - eu falo com receio.

Nesse momento um senhor que é a cara do menino aparece, pega o filho, que não para de olhar para todos os cantos, mas com um sorriso no rosto, que logo some ao ver uma senhora de cabelo verde água, e aí ele começa a gritar "Mamãe!" sem parar e só para quando o pai compra uma sorvete e enfia na boca do pequeno o sujando, e o menino, todo melado de sorvete, larga o cartão feito a mão e os dois vão embora. O pai estava completamente frustrado, e nem ligou quando sem querer pisou no pé da criaturinha que seria o filho.

–Eu tinha visto esse senhor com o filho quando me aproximava. Nenhuma mãe que se preze deixaria o filho usar uma meia de uma cor e a outra de outra cor e com a calça torta. Imaginei que não tem uma mãe que cuida disso, apesar de que, talvez a mãe estivesse viajando, o pai não coreria o risco de levar uma bronca da esposa caso descubrisse, muito menos em saber que ele está desempregado. Pela cara de ansiedade que o senhor tinha quando entrou em um local com uma placa "PROCURA-SE técnico de informática" pensei na chance de estar desempregado, o que foi só afirmado quando ele saiu frustrado. ELe não é muito responsável com a criança ao julgar pela situação do menininho e o cartão feito pelo próprio menininho. O cartão tinha tantos erros de ortografia só no título que vi que, mesmo sendo pequeno, ele não era muito bom na escola. E em relação ao transtorno de bipolaridade, eu já vi esses sintomas de monte. E quanto a falta da figura materna, eu passei a infância em um orfanato, e alguns que não queriam aceitar isso, ficavam olhando para as mulheres adultas, como se fossem a mãe disfarçada ou algo do tipo. Coisa que eu nunca fiz já que não sei como ela é e não me interessa mais.

... Que droga eu acabei de falar?!

Cheguei a uma conclusão: Eu sei demais sobre pais para uma simples órfã.

–O senhor poderia ser viúvo - ele menciona, mas parece feliz com a resposta.

–Não creio. Se a mãe tivesse morrido, ele estaria mais acabado levando em conta o luto, fora que as reações são diferentes. Eu acho que o senhor é separado da esposa, mas não faz muito tempo.

–Você foi muito bem para sua primeira vez - ela sorri e eu sorrio um pouco de volta, antes de perceber o erro que cometia.

Não é asim que as coisas funcionam ... Keiko, lembre-se da sua posição no losango da sociedade.

–Tenho certeza que se você treinasse e se esforçasse chegaria muito longe - ele disse sorrindo, e começando a analizar agora, um rapaz.

–Qua... - paro de falar.

Não é assim que as coisas funcionam.

Por que eu estou falando tanto assim?

Tudo bem, eu perdi o medo de Minaho-san mas ...

Isso não me permite falar de igual para igual.

Esse sorriso de a pouco não deveria existir. Nem o meu nem o dele.

E até agora algo que não compreendi bem: Por que eu fiquei um pouco irritada ao ver Minaho-san olhando uma garota?

Não. Algo está muito errado.

–Sabe que isso é bullyng? - Minaho-san fala me tirando dos pensamentos.

–Isso o que? - eu pergunto meio confusa.

–O que a morena faz com a loira e o que a sua conhecida faz com você - ele disse siplesmente.

–Claro que não é bullyng. Bullyng é uma coisa completamente diferente - eu nego agora começando a pensar um pouco.

–Então qual é a diferença?

–... ... ... Bulyng acontece quando a pessoa "bullynada" pensa que é mais do que o bully diz, e se ofende com isso, sendo que o que o bully fala não é nada mais que a pura verdade. Eu pertenço ao grupo que já sabe reconhecer o lugar na pirâmide ou losango social. Os demais são pessoas que pensam que são mais do que elas são de verdade, mesmo que se sintam um pouco mal por isso. É um grupo superior é aquele que aduca os inferiores a sabere seu lugar inferior, nesse caso, a loira e a Aimi ... Pelo menos é o que eu acho.

Ficou um silencio absoluto de minha parte e da parte de Minaho-san. Parecia que eu falava algo de errado, mesmo sendo uma verdade.

–Entendeu? - eu pergunto de forma um pouco mais tranquila e gentil, tentando quebrar o gelo.

Ele não respondeu.

–Você é muito diferente Keiko-chan - ele falou e eu arqueei as sobrancelhas.

–Eu sou diferente, mas vocês são mais do meu ponto de vista - eu argumento.

Agora ele parecia um tantinho contrariado.

–Para mim o jeito informal como as pessoas se tratam me surpreendeu nos primeiros dias no Inazuma Japão. Queria desistir mas não consegui. Nem era por causa dos treinos que eu não reclamo, ou pelas pessoas que me davam muito medo, mas por saber que eu iria estragar algo - eu falo sem pensar, olhando para o céu com algumas nuvens negras - Vai chover ...

Eu sorrio um pouco, tentando disfarçar o belo nó e minha mente.

É tão estranho, no início, nos meus primeiros dias no Inazuma Japão, eu tenha tanto medo das pessoas em minha volta e de estragar tudo ... agora estou falando de coisas inúteis como o que eu sinto, meu medo e conversando normalmente.

Isso está errado.

–Eu estou muito mal educada desde que me acostumei a vocês - dou u sorriso seguido de uma caretinha - As vezes até parece que eu tenho os mesmos luxos de Aimi-san.

–Luxos? - ele pergunta.

–Você sabe do que estou falando. Ter colegas - eu dou um pequeno sorriso - E também de gostar de um menino, apesar de ... - paro de falar.

Ouço alguém chamar meu nome de longe.

Vejo Sakura seguida de Morimura que parecia cansada com algo (provavelmente correram um pouco).

–Sakura? - eu me viro e vejo Sakura, tentando disfarçar um sorriso - Morimura?

–... A, gomen, estamos atrapalhando a conversa? É que a gente tinha voltado depois do nosso passeio quando a gente encontrou o outros, e descobrimos que Kusaka foi detido pela polícia! - ela falou apressada - Parece que ele brigou com uns sujeitos junto com uns colegas.

Começo a ficar nervosa.

Meu Deus por que eu não gritei mais alto? Quem sabe realmente o batman aparecesse *viajando na maionese*???

–Kami-sama ... - eu murmuro para mim mesma.

Na sede do Inazuma Japão (sei que tem um nome certo mas eu me esqueci então com licensa) ...

Assi que nós 4 (eu, Minaho-san, Sakura e Morimura) chegamos, Sakura logo me afasta dos outros dois e vamos a u lugar vazio de gente.

–Amiga, Keiko? - ela fala sorrindo, mas um sorriso diferente.

Aimi usa esse sorriso quando fala com determinado garoto quando vem aqui supostamente me ver, mas acaba tocando uma ou outra palavra com um dos garotos.

Um sorriso que me dá um tantinho de nada de medo.

–Pensei que voce ia ver a sua amiga não que ia ver o Minaho - ela agora sorri de maneira mais animada - Por que não me avisou? Eu poderia ter te dado uma mãozinha já que é minha amiga não é? Você poderia ter colocado um vestido que você deve ter e eu sei que você ficaria linda com uma trança lateral embutida. É fácil de fazer, eu te ensinava. Meu Deus, agora que eu paro pra pensar vocês formam u casalzinho bonitinho e ...

Ela para de falar ao ver a minha expressão séria.

–Sakura, acho que me entendeu errado, eu entendi o que quis dizer, mas está enganada, eu realmente estava com inha amiga, mas ela teve que ir embora, e eu fiquei vagando, e comecei a conversar com Minaho-san. E eu não me sentiria bem com um vestido ou com o cabelo amarrado. Agradeço por sua boa intenção, mas não é necessário, não há nada entre mim e Minaho-san - paro para dar um suspiro, e percebo que na minha garganta se formou um nó, que e impedia que eu falasse direito, e tenho que simular um sorriso amistoso e alegre.

Em uma das vezes que Aimi veio me ver ela reallmente falou comigo. Ela mencionou o que era gostar de alguém, namoro e romance, me lembrando sempre que isso não era do meu nível. Aimi continua e ensinando, me ajudando, devo ser grata por isso, apesar de tudo.

A! Agora que penso um pouco, eu tinha demorado para me tocar, mas agora ...

Faço uma pequena reverência e saio apressada, em direção a minha habitação, onde me deito e começo a refletir sobre tudo o que aconteceu desde que saí do manicômio, e começo a anotar tudo no meu caderninho.

"Eu sinto que não estou obedecendo mais as regras impostas pela minha posição.

Ultrapassando os meus direitos de ser inferior.

Sinto-me feliz e alegre.

Por mais absurdo que pareça, posso considerar as pessoas como conhecidos e colegas, e Sakura agora é minha amiga.

Falo normalmente com Minaho-san, e me senti feliz de um modo diferente.

Não sei se eu realmente estou começando a gostar de Minaho-san, mas se eu realmente estiver ...

Seria tão errado se apaixonar?"

Autora Pov's

Estava começando a, enfim, entender se realmente Aimi-san está com a razão. E, mesmo que inconscientemente, pensando se Sakura estava certa, se ela realmente estava gostando de Minaho.

Pensava enquanto uma lágrima saiu sem querer.

A primeira lágrima que derrubava por amar.


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Notas finais do capítulo

Tudo o que está em itálico é escritos do caderninho.
Desculpem-me mas estou com pressa pra durmir antes que minha mãe me mate.
Ficou meio estranho, mas será que mereço um comentário bunitinho ^^"?
E sim, ela bancou a louca de propósito pra quebrar a técnica adversária.
"Ser louca te suas vantagens, as pessoas tem receio e medo de você".
KISSES!



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