O que os olhos não veem o coração não sente. escrita por iane


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, boa leitura e desculpe qualquer erro.



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– Amanda! Amanda! A-m-a-n-d-a! – E o garoto se obrigou a gritar, mas com toda aquela algazarra ninguém deu ouvidos ao rapaz, apenas a menina ao seu lado que se virou assustada como se tivesse sido pega em flagrante.

– Você tá fazendo de novo Amanda, tá olhando pra Manu e babando.

– Cala a boca, Felipe.

O intervalo das aulas era bem conturbado, todos os adolescentes falando muito alto, alguns riam e brincavam ou brigavam com os outros, sendo esses atos consentidos ou não.

Em uma das mesas do refeitório a jovem menina de cabelo e olhos negros, e a pele morena apoiavam os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos dando um longo suspiro. – Olha Felipe, eu sei que tenho que parar com isso, mas eu não consigo.

– Então diz logo que está afim dela e acaba com isso. – Pelo tom de voz era claro o descontentamento do rapaz. Seu cabelo liso e loiro caia um pouco sobre seus olhos enquanto o mesmo massageava as têmporas mostrando sua irritação com aquilo.

– Mas se ela falar não ou pior se ela espalhar pra todo mundo da escola que eu sou ... que eu sou... Isso vai acabar com a minha vida. – A menina talvez fosse chorar, Felipe era seu melhor amigo desde o primeiro ano no colégio, mas ele não era bom com essas coisas, ele só era bom em surfar e pegar gatinhas.

– Amanda, todos os garotos daqui já te cantaram, até eu já te cantei e você nunca ficou com nenhum, o pessoal já deve desconfiar. É nosso último ano aqui. Cara, você só tem 16 anos a vida começa agora. Vai logo!

A morena parecia pensar no que seu amigo falou, mas não parecia que ia realmente tomar qualquer decisão.

– Olha garota, se ela te der um fora, daqui a dois meses quando nos formarmos você não terá que olhar na cara dela de novo, nunca mais.

– Nunca mais. – Repetiu Amanda e aquelas palavras desencadearam uma serie de sentimentos dentro dela. Nunca mais ver Emanuela, sem nunca ter confessado seus sentimentos. – Olha, eu vou. Deseje-me sorte. – E levantou de súbito assustando o surfista que não estava esperando por isso, ia fazer três anos que os dois eram amigos e um ano que ele descobrirá o amor da menina e a estava dando apoio e escondendo seus sentimentos amorosos por ela. – É agora ou nunca Felipe. – Ela retirou os óculos de armação dourada e entregou ao rapaz.

– Por que está tirando os óculos Amanda?

– E como dizem: O que os olhos não veem o coração não sente. Se ela me der o fora talvez assim doa menos.

O menino nada disse apenas colocou sua mão no meio das costas da garota e deu-lhe um leve empurrão fazendo-a andar.

Foram vinte longos passos até fazer uma pequena volta em um grupo de garotos que estavam jogando Magic ¹ no meio do pátio. Daí mais cinco passos até a mesa onde a Manu estava sentada com suas amigas, os risos e a conversa pararam imediatamente ao notaram a morena em pé próxima a elas.

– Você quer alguma coisa garota?! – Uma das meninas do grupo falou de forma bem ríspida, causando um frio na espinha de morena, que tremeu.

– Seu nome é Amanda não é? Aconteceu algo? – Manu falou de forma bem calma, como sempre falava com todos, e assim que terminou sua frase o sinal tocou informando a todos que o intervalo havia terminado e era para retornarem as salas. Todas levantaram e foram em direção à saída do pátio, mas Emanuela ainda a para Amanda.

– Vamos Manu! – A mesma garota de antes gritou já no corredor das salas. A loirinha olhou para a sua amiga que a esperada no corredor, depois se virou olhando novamente para Amanda, ficando com uma expressão questionadora no rosto.

– Não é nada, eu só me confundi. – A morena falou isso, sem expressão. Se uma pedra falasse, ela teria em seu rosto a expressão que Amanda tinha agora.

– Certeza? – Manu perguntou e novamente esperou algo da morena, que apenas balançou a cabeça positivamente. Então a loira se virou a encaminhou para sua sala, se virando no inicio do corredor, dando um leve aceno e um sorriso para a morena que estava parada imóvel, petrificada.

Uma mão pousa no ombro da jovem que estava no meio do pátio, era seu amigo que estava com uma expressão indecifrável, ele lhe estendeu os óculos que a mesma prontamente pôs no rosto, talvez para disfarçar sua frustração com o fracasso causado por ela mesma.

– Amanda, não fique assim, tentaremos de novo amanhã. – O rapaz disse enquanto a consolava dando leves batidas com sua mão, que ainda estava no ombro da garota. – Vamos para a aula.

– Não Felipe, e como você disse daqui a dois meses quando nos formarmos eu não a verei nunca mais. E o que os olhos não veem meu amigo, o coração não sente. – E respirou fundo. – Vamos pra aula.


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Notas finais do capítulo

Eu gosto do Felipe, ele é um bom amigo. E a Amanda é uma medrosa.
Tchau, tenha uma boa vida.



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