A Jornada do Príncipe escrita por Andy


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi, leitores lindos da minha vida!
Desculpem, eu estou postando muito tarde hoje. É que eu não sei o que há comigo, mas eu passei mal o dia inteiro hoje. Ainda estou meio enjoada, na verdade. Simplesmente não faço ideia do motivo. Espero que amanhã eu já esteja bem.
Eu respondo aos comentários de vocês do capítulo anterior assim que puder, tá? Obrigada por estarem participando tanto, vocês me deixam muito feliz! Fantasminhas se revelando e tudo ♥. Aliás, nós chegamos aos 100 acompanhamentos!! Eu não estou acreditando até agora! Muito obrigada! Eu fico lisonjeada com toda a atenção que esta fanfic anda recebendo. E novos leitores, sejam muito bem-vindos, viu? =3
Bom, vou parar de falar, que já enrolei demais com esse capítulo. Espero que vocês gostem!

Xoxo



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Legolas quase deu meia-volta ao ouvir o som que vinha do pavilhão central. Se não fosse por Thranduil e Syndel, que o ladeavam protetoramente, ele provavelmente teria feito isso. Não havia ânimo suficiente nele para se juntar satisfatoriamente à alegria que ecoava do local, iluminado com o que parecia ser a luz de mil estrelas. Ele se sentia um intruso ali, e ainda nem havia chegado lá. Syndel percebeu a hesitação dele e pôs a mão sobre seu ombro. Ele olhou para ela, e ela sorriu levemente. Ele forçou um sorriso para ela, depois tornou a olhar para a frente decidido. Precisava encontrar Gandalf.

~~ ♣ ~~

Madlyn manteve a cabeça baixa ao passar pelo pavilhão de Menegroth. Mas isso não pôde impedir que ela ouvisse os sussurros. As vozes da desaprovação. Ela quase se arrependeu de ter saído de seu quarto, para começar, mas depois de pensar um pouco, achou que Eöl tinha razão. Por mais triste e morta que aquela terra lhe parecesse, ainda era o Reino Abençoado. Ela devia tentar conhecê-lo.

Conforme ia avançando pelo longo corredor de pedra cinzenta, ela começou a ouvir um som alto, vindo de algum lugar adiante. Ela reergueu a cabeça, intrigada. Havia luz vindo do pavilhão central, o que devia ser normal. Mas também havia música e o som de centenas de risadas. Madlyn se lembrava claramente de que o pavilhão estava praticamente vazio quando ela tinha passado por ele antes, com os elfos verdes. Curiosa e intimidada ao mesmo tempo, ela continuou andando para lá.

~~ ♣ ~~

— Mithrandir!

O mago se virou ao ouvir seu nome. Parecia um pouco contrariado por ter sido interrompido no meio da canção animada que Frodo e Sam entoavam em dupla, dançando no pequeno palco improvisado ao lado da fonte que havia no centro do pavilhão. Mas seu rosto logo se suavizou em um leve sorriso, quando viu Legolas.

— Ah! Então você veio!

— Gandalf. — Legolas fez uma leve reverência de cumprimento, que o outro dispensou com um gesto impaciente. — Quando disse que eu devia fazer exatamente o que a Madlyn me pediu... Você se referia a quando ela me pediu que me lembrasse de como tudo tinha sido?

Gandalf sorriu de novo.

— Se foi o que ela lhe pediu, então era o que ela queria pedir. E se ela pediu, é porque era o que precisava ser pedido.

Legolas ficou apenas olhando para ele, confuso.

— Oh! Veja! Acho que é a minha deixa! Eu apostei com Haldir que se ele fosse capaz de adivinhar o personagem histórico em que eu estava pensando, eu cantaria a próxima canção. — Gandalf ia se afastando, mas Legolas segurou a manga de suas vestes, mantendo-o ali.

— Mithrandir! O que isso quer dizer?

— As palavras não “querem” dizer nada. Elas simplesmente dizem o que dizem.

— O qu...?

O mago tratou de desaparecer na multidão, deixando Legolas ainda mais confuso do que já estava. Ele ficou parado ali por um momento, até que percebeu que devia parecer estranho, sozinho ali, e saiu do meio do salão. Ele andou meio desorientado por algum tempo, cumprimentando vagamente pessoas que não fazia ideia de quem eram, até que encontrou um banco de pedra encostado a um canto e se sentou nele com um suspiro cansado.

~~ ♣ ~~

Madlyn demorou aproximadamente três segundos para vê-lo, e menos do que isso para sentir sua presença. Quando ela chegou no pavilhão apinhado, sentiu-se intimidada por todos aqueles rostos mortos. Mais do que meramente intimidada, sentiu-se até repelida por eles. Mas então houve aquele calor emanando de um canto, como se a própria sol(1) estivesse no ambiente. E ela soube, com um misto de euforia e medo, que ele estava ali.

Juntando-se à multidão, ela foi andando devagar até lá, tomando cuidado para não chamar atenção para si mesma, o que foi surpreendentemente fácil. Ela continuou andando até vê-lo claramente, e então parou de uma vez. Legolas estava sentado sozinho, muito sério, parecendo estar com a mente longe dali.

Ela pensou em ir falar com ele, mas o que poderia dizer, que ainda não tinha dito? Ela queria dizer que sentia muito, queria tentar explicar... Mas como poderia? Se tentasse, ela tinha certeza de que ele não ouviria. Não havia nada que ela pudesse fazer ou dizer agora para consertar as coisas. Mesmo assim, tudo o que ela queria era falar com ele.

Resistindo fortemente a esse impulso, temendo fazer alguma bobagem que só piorasse tudo, ela se esgueirou para trás de uma estátua de Manwë(2) que havia a um canto e se escondeu ali.

~~ ♣ ~~

Legolas permaneceu onde estava, mas sua mente estava bem longe dali. Ele ainda se ocupava do enigma que Madlyn e Gandalf haviam lhe proposto. Ele devia se lembrar de como tudo havia sido até ali... De tudo o que tinha acontecido.

Ele balançou a cabeça, frustrado. É claro que ele se lembrava de tudo. Cada detalhe. Mas que diferença isso fazia?

Ele se levantou, inquieto, determinado a ir embora dali. O barulho não o ajudava em nada a pensar com clareza, ao contrário. Ele já ia se esgueirando entre a multidão, quando viu Syndel. Ela dançava com Thranduil, parecendo absolutamente feliz, quando seus olhos encontraram os do filho. Ele desviou o olhar rapidamente e se virou, pegando uma taça de vinho de uma bandeja que estava em cima de uma mesa, como se estivesse procurando por ela. Depois, voltou para o banco em que estava e se sentou de novo, sentindo uma pontada de culpa. Tinha prometido para a mãe. Precisava ficar pelo menos mais um pouco.

~~ ♣ ~~

Quando Legolas se levantou, Madlyn se preparou para segui-lo, mas desistiu quando percebeu que ele ia voltar. Em vez disso, ela aproveitou para escanear o lugar em busca de, quem sabe, uma desculpa para se aproximar dele. Foi então que ela notou, com uma sensação estranha, que não era a única a observá-lo.

A alguns metros de distância, encostada a uma pilastra, estava uma elfa ruiva que não tirava os olhos de Legolas. Madlyn não podia dizer com certeza, mas achava que ela devia ser bonita. É claro, para ela, a elfa tinha os mesmos traços pálidos e mortos que todos os outros. Mesmo assim, havia algo na forma como a outra se portava que a fazia pensar que ela devia ser bonita. Para não falar no tom avermelhado de seus cabelos, que intimidaria qualquer garota. De um jeito ou de outro, Madlyn não gostou nem um pouco de vê-la observando Legolas. E gostou menos ainda quando a ruiva pareceu se decidir e, hesitando apenas brevemente, se afastou da pilastra e começou a andar em direção a ele, de cabeça erguida, atravessando facilmente a multidão que dançava e ria.

Madlyn sentiu seu estômago se contorcendo desconfortavelmente e parecia que garras de gelo arranhavam seu peito enquanto ela observava a elfa se aproximar de Legolas e chamá-lo. Ele ergueu a cabeça para ela de uma vez e empalideceu, como se tivesse visto um fantasma. Mesmo assim, Madlyn percebeu que ele sorriu quase instantaneamente, e não precisou ler os lábios dele para saber qual nome havia saído deles: Tauriel.

~~ ♣ ~~

— Meu senhor Legolas?

O coração dele disparou imediatamente ao ouvir o som da voz dela, e ele sabia que não tinha sido só por causa do susto. Quando ele ergueu a cabeça para olhar, sentiu aquele conhecido frio na barriga que sua presença sempre evocava, e aquele sorriso estúpido que ele não conseguia evitar se espalhando por seu próprio rosto. E todo o complicado raciocínio que ele vinha tecendo a respeito do possível significado das palavras de Madlyn se esvaiu por completo de sua mente. Aliás, tudo se esvaiu de sua mente. Ele demorou um pouco mais do que devia para exclamar:

— Tauriel!

Ela sorriu, um tanto desconfortável, e fez uma reverência:

— Faz algum tempo, não é? Estou feliz que meu senhor tenha chegado a salvo em Tirion.

Ele ficou apenas olhando para ela, avaliando seu rosto. Era ainda mais belo do que ele se lembrava. Aquele retrato em seu quarto não chegava nem perto. E o som de sua voz...

Quando percebeu que ela estava esperando por uma resposta, ele pigarreou, constrangido, tentando reganhar o controle de seus pensamentos:

— Obrigado. Você... Quer se sentar? — Ele se afastou, dando-lhe espaço.

Ela olhou para o rosto dele por um momento e depois para o banco de pedra, parecendo avaliar alguma coisa. Ele franziu a testa. Esperava que ela aceitasse de imediato. Ela tornou a olhar para ele, agora com uma expressão de cumplicidade:

— As canções dos elfos são maravilhosas... Mas também podem ser um tanto barulhentas, não é?

Ele ergueu as sobrancelhas para ela, surpreso com a resposta.

— Eu vi que meu senhor parecia concentrado em alguma coisa. Me lembro muito bem dessa expressão. Estava pensando em algo importante. — Ela fez uma pausa. — O senhor quer dar uma escapada? — Ela sorriu levemente.

Legolas a encarou por mais um instante, absolutamente perplexo. O coração dele batia disparado, sem que ele compreendesse muito bem por quê. De repente, uma imagem de seu sonho surgiu em sua mente, o que fez com que ele se levantasse de uma vez, num gesto de inquietação. Tauriel entendeu isso como um sim e, fazendo uma reverência, se virou e começou a abrir caminho por entre a multidão. Legolas se apressou em deixar a taça intocada sobre o banco e a seguiu, engolindo em seco.

~~ ♣ ~~

Madlyn entrou na multidão assim que viu que Legolas pretendia ir com a ruiva e se esforçou para se aproximar o máximo que podia deles sem ser notada. Ela respirava lentamente, tentando controlar a raiva profunda que sentia. Uma coisa era pensar em Tauriel como alguém distante, uma imagem do passado de Legolas. Outra coisa completamente diferente era vê-la ali, concreta, real. E com ele.

A raiva tornava a escuridão pior. Havia muito tempo que Madlyn havia percebido isso. A raiva, o ódio, tudo isso a cegava ainda mais. Era difícil ver o próprio Legolas, por mais que ele brilhasse. Ela cerrou os dentes, tentando conter esses sentimentos, enquanto seguia os dois até uma varanda que não tinha notado antes, que ficava escondida atrás de uma grande estátua de Yavanna(3). Ela se escondeu atrás da estátua e ficou observando, mas a música que vinha de trás de si fazia com que fosse difícil ouvir o que eles diziam.

~~ ♣ ~~

Tauriel se apoiou na amurada e Legolas a imitou, meio sem jeito. Ela não olhou para ele, mantendo os olhos fixos em algum ponto no horizonte. Ele olhou também e viu o que ela provavelmente observava: não muito longe dali, a Taniquetil (4) se erguia, linda e imponente.

— Eu... — Tauriel finalmente rompeu o silêncio. — Eu ouvi dizer, meu senhor...

— Por que continua me chamando assim? — Ele a interrompeu. — Eu pensei que nós fôssemos... amigos. — Ele sentiu uma leve fisgada no coração ao pronunciar a palavra.

Tauriel pareceu levemente desconcertada, chegando até a corar um pouco, mas logo se recuperou, balançando levemente a cabeça:

— Desculpe. É que já faz muito tempo.

— Eu sei.

O silêncio que se estabeleceu entre os dois foi estranho. Incomodava. A mente de Legolas corria solta por todas as memórias e seu coração não sossegava. A sensação era tão vertiginosa que ele se apoiou com mais força na amurada.

— Eu ouvi a história, Legolas. Sobre Gimli e... A garota.

— Eu não quero falar sobre isso. — Ele a interrompeu.

Ela assentiu, compreensiva.

— Tudo bem. Como quiser.

O silêncio voltou, agourento. Agora, um sentimento ruim crescia dentro de Legolas, evocado pela mistura das memórias sobre Madlyn com a euforia da presença de Tauriel. Ela se aproximou devagar e estendeu a mão como se fosse tocar o braço dele, mas hesitou e desistiu, recolhendo o braço, mas permanecendo próxima a ele.

— Mas eu só quero que o sen... Que você saiba que se precisar de alguém, eu estou aqui.

Legolas olhou para ela, surpreso. Ela sustentou o olhar.

— Eu sei como é. Perder alguém.

Ele continuou a encará-la por um momento, tentando sem sucesso ler seus olhos. Tauriel era ainda mais indecifrável do que a Madlyn. Ele assentiu:

— Obrigado. Eu vou me lembrar disso.

Ela sorriu levemente e voltou o rosto para a noite, olhando as estrelas.

— É lindo, não é?

— O quê?

— O céu noturno.

Ele se virou para olhar também e ao fazê-lo, acabou se aproximando mais de Tauriel. Ela não se afastou.

— Sim. É. Parece que há mais estrelas aqui do que no Leste.

— Eu acho que há. Aquela ali, por exemplo... — Ela apontou.

— Verdade. Qual é o nome dela?

— Nive.

— E onde está a constelação de Leynfar?

~~ ♣ ~~

Madlyn se concentrava apenas em respirar agora, enquanto as lágrimas que não conseguiam chegar a seus olhos fechavam sua garganta. Ela mantinha os olhos fixos em Legolas e Tauriel, odiando com todas as suas forças a música que impedia que ela ouvisse o que eles diziam. Ela não estava gostando nem um pouco da forma como eles estavam próximos. O jeito como eles se posicionavam em relação um ao outro, como se fossem cúmplices de longa data.

Ainda pior era a forma como Legolas ria para ela. A forma como olhava para ela, como se ela fosse a única elfa em Valinor naquele momento. A forma como ele, que antes parecia tão desesperado para sair dali, agora parecia estar torcendo para que aquela festa nunca acabasse.

Tudo isso fazia com que um frio insuportável dominasse o interior de Madlyn, indo em direção a seu coração, ameaçando transformá-lo em gelo.

~~ ♣ ~~

— Eu não acredito que você estava aqui esse tempo todo, e nunca tinha reparado no céu! — Tauriel sorria.

— Na verdade, eu não reparei em nada. Não andei muito por aí.

— Você não está falando sério! Quer dizer que ainda não viu o lago?

Ele meneou a cabeça, divertindo-se com o espanto dela.

— Nem a floresta?

Ele negou de novo.

— Pelas estrelas! Eu não acredito que você ainda não foi à floresta!

— Não fui. Eu estive esse tempo todo trancado no quarto do Gimli.

Tauriel balançou a cabeça levemente, numa repreensão. Legolas tratou de fazer uma cara de culpa, mas depois sorriu. Por algum motivo, ele não conseguia parar de sorrir na presença dela. Era um alívio, depois de tanto tempo.

— Isso não pode continuar assim. O que você vai fazer amanhã, Alteza?

— Eu acho que você está prestes a me dizer.

Tauriel olhou para ele, surpresa. Não se lembrava de ele ser tão provocador. A forma como ele disse aquilo quase a fez se lembrar de Kili. Esse pensamento provocou uma pontada aguda em seu interior. Ela forçou um sorriso para Legolas:

— Então nós vamos fazer um piquenique amanhã na hora do almoço, e depois vamos dar uma volta por aí.

— Parece bom.

— Ótimo. Talvez eu possa lhe mostrar alguma coisa do paraíso.

Legolas sentiu borboletas no estômago e tentou reprimir os pensamentos que invadiram sua mente, instigados por aquelas palavras. Ele balançou a cabeça imperceptivelmente, tentando se concentrar. Tauriel já estava se afastando em direção à estátua que levava de volta à agitação da festa.

— Tauriel?

— Já está tarde. — Ela se virou para olhar para ele. — Você vai ficar aí?

De repente, Legolas começou a se sentir muito cansado. Por algum motivo, ele se sentia também mais leve e relaxado. Surpreso, percebeu que talvez agora finalmente conseguisse dormir.

— Não, eu... Acho que vou acompanhá-la até Greenwood.

Tauriel sorriu e, sem dizer mais nada, se virou e voltou a andar. Legolas se apressou em segui-la.

~~ ♣ ~~

Madlyn percebeu tarde demais que aquela era sua deixa para se afastar. Quando ela deu por si, Tauriel e Legolas estavam quase ali. Ela deu alguns passos para trás, mas não foi rápida o suficiente para evitar que seus olhos se cruzassem com os de Legolas. Ele e Tauriel pararam. Legolas fechou a cara e se colocou ligeiramente à frente de Tauriel, como se quisesse protegê-la.

A elfa ruiva ficou surpresa com a atitude dele e olhou desconfiada para Madlyn. Só então, avaliando a cor de sua roupa e o corte peculiar de seus cabelos, foi que ela compreendeu quem ela era. Ela ficou em dúvida sobre como reagir.

Madlyn estava paralisada diante da fúria nos olhos de Legolas. Toda a raiva que sentia por ele e por Tauriel segundos atrás se dissipou em uma onda de pânico. O estômago dela se revirava desconfortavelmente.

Tauriel percebeu que Legolas tremia levemente, o que a surpreendeu. Ela nunca o havia visto nervoso antes. Ele nunca hesitava diante de perigo algum. Ela se lembrava das incontáveis batalhas juntos e sabia de cor as canções que contavam sobre as lutas que ele travou contra os servos de Sauron durante a Guerra do Anel.

Então, ela decidiu tomar uma atitude e pôs a mão gentilmente sobre o ombro dele:

— Legolas. Vamos.

Ele olhou brevemente para ela, e depois tornou a olhar para Madlyn. Desta vez, a elfa escura entendeu o olhar dele como um aviso de que ela não deveria tentar nada. Não que fosse necessário. Ela ainda não tinha conseguido se lembrar de como se mover. Ou como respirar.

Sem dispensar mais um olhar que fosse para ela, Legolas se virou e começou a andar depressa, atravessando o salão. Tauriel deu uma última olhada para Madlyn e o seguiu decidida.

Assim que o brilho de Legolas desapareceu, Madlyn sentiu o frio e a dor tornando a dominá-la, mais fortes agora. Então, ela se virou e correu de volta para a escuridão de Nan Elmoth.


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Notas finais do capítulo

(1) Nada de erro de digitação. Eu não sei se vocês sabem disso, mas o sol, para os elfos, é uma entidade feminina. Quando eles se referem a ele, falam “ela”, “a sol”. Na verdade, se pararmos para pensar, não há nada no sol que diga que ele é “masculino”. É uma convenção da nossa língua. Deve haver outras línguas que consideram o sol como um “ser” feminino também. De qualquer forma, foi só um charminho que eu decidi colocar nesse trecho, nos pensamentos da Madlyn.

(2) Manwë é o Vala principal... O “rei” dos Valar, por assim dizer.

(3) Yavanna é outra Vala, a “Provedora de Frutos”, como seu próprio nome diz. Esposa de Aüle, o criador dos anões.

(4) A Taniquetil é a mais alta montanha de Arda. No topo dela, está o palácio de Manwë.