Saint Seiya New Generation escrita por Bárbara Szabo


Capítulo 7
Ida ao Japão


Notas iniciais do capítulo

Lá vai mais um, espero mesmo que gostem! E sim Ana, você me ajudou szszszsz



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O caos no mundo. A queda dos titãs. A divisão dos domínios. Nos livros antigos, é mencionada uma profecia, qual foi contada em segredo a Zeus, pouco depois da paz se estabelecer no mundo. Ela dizia que Gaia se rebelaria contra ele e tentaria tomar o comando da terra para si. Junto de seu filho, e de seus guerreiros, ela lutaria contra Athena e seus cavaleiros em uma árdua guerra.
Ao saber disso, Zeus a lançou um feitiço, trancando a mesma enquanto ela dormia, e jogou sobre uma ninfa o dever de guardar a chave dessa prisão; passando assim o governo terrestre a Athena. Para Gaia ficar novamente livre, eles precisariam de um coração repleto de amor, e da garota juntos. Mas caso a menina morra, a titã ficaria presa por mais duzentos anos, até que a reencarnação da guardiã volte a terra...
Seiya tinha voltado com Vênus, Kiki e Diana, até o prédio do Grande Mestre. Eles haviam sido abordados por flores, que possuíam doce fragrância sonífera. Assim como Áries e Touro, Carol também estava na casa de John, mas esse acabou adormecendo, então a amazona de Câncer resolveu ficar e proteger a casa do amigo. Com um de seus golpes, a amazona queimou as flores, mas mesmo assim o perfume adormecedor custou a ir embora. As três amazonas resistiram por mais tempo, graças as máscaras. Já Seiya e Kiki tiveram que sair logo dali ou perderiam o controle e dormiriam também.
O terremoto foi embora tão misteriosamente quanto apareceu. Michel chegou um tempinho depois, alegando que tinha ido até Star Hill para ver o que poderia ser feito, mas voltou no caminho ao sentir o cosmo estranho se aproximar do santuário.
Depois de muito debater, decidiram então voltarem ao Japão. No santuário ela seria um alvo obvio, e o quanto mais eles adiassem a luta, melhor para o treinamento dos cavaleiros de bronze.
Quando cada um voltou ao seu respectivo quarto, já havia fragmentos da aurora no céu. Eles tinham que dormir pelo menos sete horas de sono, já que partiriam o mais tardar às quinze horas. Jabu e Mia dividiram o mesmo quarto no andar de cima, para o escorpiano ficar de olho na aprendiza, caso ela tivesse uma hemorragia repentina.
Saori foi a primeira a levantar. Acordou de uma da tarde, tomou um banho rápido e ao sair do quarto passou acordando todos, para que não se atrasassem. Agora ela se dirigiria ao quarto de Michel. Bateu na porta e nada. Mais uma vez e um tempinho depois passos foram ouvidos e logo a porta foi aberta.
– Senhorita Athena! – Disse um pouco surpreso, ajeitando a roupa. Ele só usava seu manto costumeiro e um colar, novo para Saori, ele não era nem muito pequeno, nem muito grande, extremamente pontudo e afiado, feito de diamante na forma de uma fenda.
– Olá... – Disse desgrudando os olhos do acessório e voltando a vista para os olhos castanhos do mesmo. – Bom dia Michel.
– Bom dia! – Sorriu o mesmo, passando à destra nos cachos desarrumados.
– Gostaria que você se tornasse, oficialmente, o responsável de fazer com que Kiki e os outros se divirtam bastante amanhã, pôs será o aniversario dele, e eu não vou está aqui.
Ele fez uma expressão surpresa, dando uma tapa na testa. – É mesmo! Amanhã é a festa de Kiki. Esqueci-me do aniversario do mentiroso.
Quem pós esse apelido no jovem foi Diana, ao descobrir que o mesmo completava ano no dia primeiro de abril.
Saori sorriu, balançando a cabeça. – Agora está lembrado. Assim que eu chegar ligarei para saber como estão indo os preparativos, certo?
– Como quiser Athena. – Ele fez uma pequena reverencia, enquanto a jovem o retribuiu e desceu pelas escadas daquele cômodo.

Primeiro quem almoçou foram as mulheres, já que nenhum dos outros poderiam ver seus rostos. O que deixou um Seiya muito emburrado no sofá.
Um tempinho depois, as amazonas e Saori saíram da sala de jantar. E em frente a ela, os meninos já esperavam.
– Finalmente acabaram! – Falou com raiva, se desencostando da parede.
– Nossa, cavalinho! Calma. – Riu Bela, passando por Seiya. Qual cruzou os braços, fechando a cara.
– Fique sabendo, Belinha, que esse apelido serve para nós dois, tá! – Falou um pouco irritado para ela, que ria.
– Menos papo e mais ação. – Disse Hyoga, empurrando o amigo para dentro da sala de jantar.

Depois de todos já terem acabado, e já de malas prontas, foram para a parte de trás do santuário, perto do jardim de Athena. Lá se depararam com uma grande área vazia.
John, que ia junto com eles – já que Seiya ia ajuda-lo a treinar; franziu o cenho. – Ué. O que tem aqui?
– Fique olhando. – Comentou Shiryu, de cabeça baixa e braços cruzados, com um sorriso divertido nos lábios. Era até engraçado ouvir aquilo do libriano.
Mais então o chão deu uma leve temulência e se partiu ao meio, começando a abrir devagar. Na verdade não era o chão, e sim uma porta falsa, e à medida que se abria, eles podiam ver o jatinho subindo lentamente à superfície.
Quando o mesmo se estabeleceu no chão, Saori foi chegando perto. – Senhoras e senhores! Apresento-lhes o Gulfstream G550, um dos meus mais novos jatinhos. Ele foi projetado especialmente para viagens longas. Espero que gostem! – O sorriso egocêntrico que se formou em seus lábios era inevitável perante aquilo, afinal, ela tinha a fundação GRAAD.
– Nossa! – Gustavo arregalou os olhos, indo mais para perto.
– Caramba! – Tamina se surpreendeu, o olhando.
– O que é isso?! – Perguntou retoricamente a Cisne, surpresa.
– Nada mal. – Luna balançou a cabeça positivamente, olhando bem o modelo.
– Acho que eu posso voar nisso! – Ironizou Mia, sorrindo em baixo da máscara.
Eles foram até a escadinha que levava a porta, e como ela já estava aberta, entraram.
Na parte de dentro, ao lado esquerdo, encontrava-se o piloto e o copiloto juntos a porta da cabine. Eles estavam com o braço direito dobrado na frente do corpo e o esquerdo atrás. Eram ambos orientais e fizeram uma breve reverencia, enquanto eles passavam para o lado direito do jatinho, onde se sentariam.
Logo na parte esquerda da aeronave se encontrava duas poltronas, uma de frente a outra, e no meio das duas, uma mesinha com um jarro de rosas vermelhas. Atrás delas tinha um pequeno balcão de madeira, e para terminar ele era seguido de mais duas poltronas, viradas uma para a outra, com uma mesinha entre elas e a mesma decoração.
Ao lado direito se encontrava um sofá de quatro lugares, seguido de duas poltronas emparelhadas e de costas a estrada. Na frente das mesmas tinha mais duas poltronas e entre elas uma mesinha, já essa trazia uma jarra de lírios. E para terminar, mais dois acentos virados um para o outro, que ficava exatamente de lado com o ultimo do lado esquerdo, e em sua mesa trazia rosas vermelhas.
– Caramba... – Gustavo passou, olhando em volta admirado, enquanto se sentava no meio do sofá, com Bela a sua direita.
Shiryu se sentou na primeira poltrona, ajudado por Rachel, que foi logo se sentar na de par e de costas a entrada, perto a janela.
– Imagino quanto tenha custado! – Comentou Mia com o mesmo tom irônico, indo para os fundos, e se sentando na ultima cadeira do lado esquerdo.
– Saori realmente administra muito bem a fundação. – Falou Tamina, se sentando de frente a loira.
– Deusa da sabedoria, meninas. – Sorriu John, se sentando na cadeira ao lado direito, ficando bem de lado a Andrômeda.
– Mais ela sempre foi muito boa com administração mesmo. – Shun veio chegando, indo para a poltrona de frente ao geminiano. – Ela que cuidou das finanças do santuário após as guerras.
– Obrigado pelos elogios pessoal, mas só cumpri minha função. – Falou a mesma, chegando perto da poltrona de pares, acompanhada por Hyoga. Ela se sentou também perto a janela, de frente a Rachel; e o loiro ao lado de sua aprendiza.
– Vamos ter alguma parada no meio do caminho, senhorita? – Perguntou Jabu, chegando perto e indo se sentar ao lado dela. Mas Seiya foi mais rápido, se sentando com destreza e olhando para o escorpiano com cara debochada, por ter chegado primeiro.
– Talvez pararemos em Hong Kong... – Respondeu, olhando a cara de poucos amigos dos dois.
– Certo. – Ele estava de cara fechada, mas decidiu não discutir. – Obrigado. – Suspirou e foi se sentar na poltrona de frente a Shiryu.
Luna se jogou perto do braço do sofá, ao lado esquerdo de Gustavo, e então fechou os olhos. “Vai ser uma longa viagem...” Pensou frustrada a amazona. Quando de repente alguém se sentou de uma vez entre os dois, deixando o lugar apertado.
– Ai! – Luna virou a cabeça para o lado, querendo ver quem era. E para sua surpresa era Ikki. “E quem mais poderia ser?” Ela se ajeitou por causa do pouco espaço. Gustavo sentou mais perto de Bela, para não ficar tão apertado. Enquanto Ikki se acomodou folgadamente.
– Sabia que tinha lugar mais para lá? – Ironizou, se referindo ao espaço que Gustavo acabou de ocupar. Então virou a cabeça para o estreito corredor de entrada.
– Mais eu preciso falar com você. – Sussurrou perto do ouvido dela.
A amazona se arrepiou um pouquinho, e voltou-se para ele outra vez, não esperando o tom sério que ele usou. Em vez de sentado, o Amamiya estava deitado no sofá, com a coluna um pouco curvada e os pés esticados, o que o deixou na mesma altura que o rosto da garota. Seus olhos azuis fitavam os da máscara dela, e Luna pode notar que eles pareciam repletos de curiosidade, seja lá do que fosse.
Ela olhou para os lados, suspirando. – Pode ser rápido? Não quero falar muito enquanto isso aqui estiver no ar.
O Leão não falou nada, e um fragmento de sorriso se formou em seus lábios. – Quem diria! Uma fênix com medo de voar. – Disse sarcasticamente, se aproximando mais.
Luna ficou parada, o encarando nas orbes azuis. Mesmo ele sendo irritante do jeito que era, Ikki seria seu mestre, e eles tinham que começar a parar com essas alfinetadas se queriam se entender. Contanto que a primeira a fazer isso não fosse ela. – É claro que não estou!
– Claro que não. – Ele permaneceu com a mesma expressão, deixando Luna confusa sobre o que pensar ou falar.
Foi aí que ela ficou um pouco inquieta, então resolveu logo abrir o jogo e tentar cortar o assunto ali. – Eu só nunca voei antes okay?
– Ah sim, entendo.
– Era isso que queria falar? – Perguntou, tentando se manter calma enquanto o jatinho começou a se mover.
– Não. – Ele ficou observando a reação da garota. Ela tinha se enrijecido um pouco, colocando a canhota sobre o braço do sofá. Na verdade, ele não sabia o que pensar, normalmente diria que ela era fraca, mas sabia que não era verdade. – E aquele cosmo?
– Hm? – Ela o olhou, com a cabeça um pouco inclinada.
– Lá na floresta. Você emanou um cosmo grandioso. – Falou, se endireitando no sofá.
Ela o olhou por um tempo. Ikki havia jogado aquilo tão inexpressivamente que Luna não sabia se era bom ou ruim. – Eu... – Mais ela nem teve tempo de falar, pois o jatinho tinha dado uma grande empinada, decolando, o que a fez cair para cima do cavaleiro.
Eles não foram os únicos que sofreram com aquele movimento repentino. Todos na aeronave tinham sido um pouco chacoalhados. Mas o jatinho se estabilizou logo, e agora sobrevoavam tranquilos.
– Caros senhores passageiros. Pedimos desculpas pela breve agitação, mas tinha uma falha na pista. Agora seguiremos sem mais imprevistos até Tokyo. – A voz do copiloto saiu de um caixinha de som perto a entrada, e um aos fundos, fazendo eles se acalmarem um pouco.
– Está tudo bem? – Perguntou Ikki, olhando para amazona enquanto segurava seus braços. Que experiência para primeiro voou.
Ela olhava para ele, ainda um pouco surpresa. Seu coração batia acelerado com o susto que tomou e suas mãos seguraram os ombros dele com certa força. A amazona sentiu vontade de abraça-lo só para ter algo em que ficar segura, mas logo o soltou, se afastando. – É claro que estou bem.
Ikki a observou, então deu de ombros, voltando à posição desleixada que estava. Resolveu deixar o assunto para outra hora, para não perturba-la, embora gostasse muito de fazer isso.

Quatro horas depois; Gustavo havia dormido de boca aberta e com a cabeça inclinada para trás. Bela estava com o cotovelo apoiado no braço do sofá, segurando o queixo com a palma da mão. Ikki estava com os braços cruzados e os olhos fechados, de vez em quando se remexia e olhava para os companheiros. Luna havia dormido com os braços cruzados sobre o braço do sofá, e a cabeça em cima deles. Shiryu ficou imóvel na cadeira, com os braços cruzados e os olhos fechados, sabe-se lá se dormia ou apenas estava quieto. Jabu olhava distraído pela janela às nuvens do entardecer, com o cotovelo direito na mesa, e a palma da mão apoiando o queixo. Rachel dormiu com a cabeça no ombro de Hyoga, que apoiou a cabeça na dela quando cochilou. Tamina havia reclinado a cadeira, dormindo encolhida na mesma. John colocou os fones de ouvido, reclinou a cadeira e ficou olhando pela janela. Shun mexia nas pétalas das rosas, e de vez em quando olhava para Mia, para ver se ela não tinha magoado o ferimento; mas ela dormia tranquilamente, de costas para o rapaz. Já Seiya e Saori estavam acordados. A menina olhava da janela, enquanto o garoto estava escutando musica, e quando o mesmo tirou os fones e reclinou a cadeira, chamou a atenção da roxinha.
– Com sono, Seiya?
– Não, não. Só preguiça mesmo, Sao. – Ele sorriu, olhando-a de canto, enquanto mexia no fio do fone em volta de seu pescoço. – E você?
– Eu? – A garota riu, se ajeitando na poltrona. – Eu estou ansiosa demais para dormir.
– Ansiosa? E por quê?
Saori o olhava com um brilho no olhar e um sorriso animado.
– Conheço esse olhar. – O garoto abriu um grande sorriso, se desencostando da poltrona e virando-se para ela. – O que está pensando em fazer, Saori?
– Eu tive uma grande ideia! – Sussurrou a garota, se aproximando de Seiya.
– E qual seria? – Ele se aproximou mais, falando igualmente baixo.
– Tirarei a máscara das amazonas! – Falou ao ouvido dele, demonstrando animação em sua voz.
Seiya quase se engasgou com a notícia, começando a tossir. – O-o quê?! Como assim?! Saori, você ficou louca?! – Ele jogava as palavras, ainda surpreso, enquanto Saori fazia sinal de silêncio com as mãos.
– Fale baixo! Vai estragar a surpresa. – Falou próxima a ele, olhando para os lados. – É! Isso mesmo que ouviu. E eu não estou louca, senhor Seiya! Posso muito bem fazer isso. – Ela cruzou os braços, numa atitude meio birrenta. – É o seguinte, a regra é: usar máscara para esconder sua feminilidade em batalha e lutarem de igual para igual, certo?
O cavaleiro concordou, tentando entender no que isso diferenciava.
– Mais não quer dizer que elas precisem usar enquanto não estiverem em batalha. Além do mais, eu como Athena, posso abrir exceção à regra.
– Claro, será ótimo! Mais por que isso agora?
– A ideia foi irmos para o Japão clandestinamente. E morar em uma mansão já é chamativo demais, imagine com um bando de garotas com máscara?
Seiya concordou com a cabeça. Até que fazia sentido. E agora que ela tinha tocado no assunto, como seriam as bronzeadas sem máscara?
– Do que estavam falando? – Perguntou Shun, assustando o Sagitário. Ele estava recostado na parte de cima da poltrona do menino, e a seu lado esquerdo estava John, com seu headfone pendurado no pescoço e os braços sobre a poltrona de Saori.
– Caralho Shun! Pensei que estivessem dormindo. – Disse o moreno, levando a destra ao coração.
O virginiano começou a rir da reação dele, balançando a cabeça em negação. – Desculpe!
– Falávamos o quanto estamos animados para rever o Japão.
– Mais nós não... Ai! – Começou Seiya, mas foi interrompido por uma cotovelada que recebeu no braço por Saori.
John arqueou uma sobrancelha e Shun semicerrou os olhos, encarando os dois.
– Sei... – O garoto de cabelos verdes cruzou os braços.
– Desde quando se tornaram tão curiosos? – Disse o moreno em um tom indignado.
– Desde sempre. E também, desde que não tem mais nada para fazer. – John apoiou o queixo na mão, com cara de tédio.
Realmente, já se passou muito tempo de voou e eles haviam ficado quietos. É possível que os anos tenham os amadurecido um pouco. Ou era simplesmente sono.
– Talvez possamos animar um pouco. – Disse a roxinha, dando de ombros.
– Animar um pouco? – Falou Mia, se sentando na poltrona.
Os cavaleiros que estavam de pé se viraram para ela, enquanto Seiya e Saori se ergueram um pouco para vê-la. Nenhum ali esperava que ela estivesse acordada.
– Você não estava dormindo? – Perguntou Seiya, com cara de confuso.
– Estava, mas acabei acordando com um “O quê?! Como assim?! Saori, você ficou louca?!” – Respondeu, imitando o tom esganiçado que a voz de Seiya teve. Então se levantou.
Saori, Shun e John começaram a rir, enquanto o moreno cruzou os braços, indignado.
– Mais e então, o que podemos fazer aqui? – Mia colocou as mãos no quadril.
– Hm... Admito que eu não sei... – Falou Athena, se ajoelhando no assento. – Tem muita coisa para se fazer.
– Muita coisa? – Jabu rodou a cadeira para eles, ainda permanecendo sentado.
– Mentira que dá pra fazer isso né?! – Perguntou a loira, animada ao ver que a cadeira girava.
Shun sorriu, olhando a garota. Nem parecia que ela estava machucada, e como era feliz... É uma pena que isso não duraria muito, graças à guerra que se iniciaria. Então ele ficou perdido em seus pensamentos, olhando a jovem, qual conversava com os outros.
– Não é mesmo Shun? – Cutucou Saori, o acordando do devaneio.
– Hm? Claro, claro. – Concordou com a cabeça, fingindo ter certeza; seja lá do que fosse; que ela tinha dito.
– Viram só? – Ela olhou para os outros, com os braços em direção a Shun.
– Você quer mesmo brincar disso? – John o olhou, surpreso.
O virginiano franziu o cenho. “De quê?”, perguntou, movendo os lábios para que ninguém ouvisse.
Gêmeos fez cara de surpresa ao perceber que o mesmo não fazia ideia do que acabara de concordar, então um leve sorriso se formou em seus lábios, um sorriso divertido e um tanto maldoso, que fez Shun ter um breve calafrio. – Ele adorou gente!
O garoto estava gélido, tentando disfarçar. “Mas do que raios eles estavam falando?” Perguntou-se Shun, mentalmente.
– Para mim está ótimo. – Disse Mia, chegando perto do esverdeado.
– Se vocês estão dizendo, então eu acho que... – Dizia Seiya, mas foi interrompido por Hyoga.
– Ai Seiya! Será que não consegue ficar em silêncio por um minuto? – Disse o loiro, se mostrando incomodado. Ele levantou a cabeça, enquanto pressionava o nariz perto aos olhos, para despertar.
– Ah! Qualé né Hyoga! Como se eu fosse o único a falar aqui! – Disse, um pouco exaltado, usando o mesmo tom esganiçado de antes.
– Mas tem uma voz chata! – Lamentou-se Rachel, levantando a cabeça do ombro do Aquário.
John riu, batendo palmas. – Parabéns, senhor Sagitário! É a terceira pessoa que você acorda. – Disse o mesmo em tom irônico.
– Quarta! – Anunciou-se Tamina, levantando o braço esquerdo. Sua voz saiu abafada por ela está de bruços na cadeira.
– Caramba! Vocês tem sono leve né? – O rapaz se sentou emburrado.
Andrômeda riu, se virando para eles, ainda deitada. – Do que estavam falando afinal? – Perguntou ela, enquanto passou a destra pelo cabelo, levando-os para o lado direito e apoiando o cotovelo do mesmo lado no recosto do assento, segurando a cabeça com a mão.
“Tami, minha heroína!” Pensou Shun, fingindo um bom drama mental.
– Iremos brincar de Verdade ou Desafio! – Informou Saori, com autoridade.
Shun virou a cabeça devagar para a garota, com os olhos fitos, tentando controlar sua abismação. Não acreditava que tinha concordado com aquilo.
– E terá bebida, Saori? – Perguntou Ikki do sofá, voltando à atenção para eles.
– Nem todos são maiores de idade como você, Ikki. – Disse Shiryu, finalmente mostrando está acordado, mas sem sair de sua posição.
– Ah, mestre! – Lamentou-se Gustavo, levantando a cabeça. – Seria tão legal!
– Mas é claro que não! Ora, já se viu. – Repreendeu Shiryu, levantando a cabeça.
– Será que vocês poderiam simplesmente mostrar que estavam acordados, ou dormirem de verdade?! – Comentou Seiya, indignado com a quantidade de pessoas, antes dormindo, e agora despertas.
– Ela por exemplo. – Falou Jabu, virando a cadeira para Bela. – Está dormindo ou acordada?
A amazona suspirou, se debruçando sobre o braço do sofá, e permanecendo daquele jeito, sem falar nada. O Escorpião olhou-a, então se voltou para os outros com cara confusa. Saori balançou a cabeça, para que trocassem de assunto, então bateu palma, indo para perto do balcão.
– Eu estava brincando pessoal, ainda é cedo demais para Verdade ou Desafio. O que não quer dizer que escaparam! – Falou, com os olhos cerrados. – Bom, estão todos acordados? – Perguntou, olhando ao redor.
Luna, que era a única de cabeça baixa, levantou a destra, fazendo sinal de positivo.
– Maravilha! – Sorriu ela, com o mesmo olhar que tinha feito antes para Seiya. O que fez o moreno arregalar um pouco os olhos. – Eu tenho algo a declarar. – Disse, ainda com o mesmo olhar. – Na verdade, uma ordem.
Eles a olhavam sem entender, ainda por cima, Seiya estava segurando o queixo, olhando para a mesma de forma indignada. Mas logo entenderam, quando Saori finalmente falou.
– Amazonas, tirem suas máscaras.
– O quê?! – Exclamou as garotas em uníssono.
Não pode ser. Claro. Ela deve está brincando, só pode. Era o que se passava na cabeça das amazonas. Todos ali sabiam que era proibido, e não seria ela, Athena, que desconheceria isso. Os garotos; com exceção de Shiryu e Seiya; a olhavam confusos e surpresos. Ela só pode estar brincando.
– Isso mesmo que ouvira. – Ela ainda sorria, se apoiando no balcão. – Não precisam se preocupar. Eu tenho toda liberdade para dar essa ordem.
– Mas Saori... – Rachel tentou argumentar, mas a garota lhe mostrou a palma da mão para que parasse.
– A regra, deixada por Athena, é: Usar máscara para esconder a feminilidade e poder lutar de igual para igual. A regra temporária, também deixada por Athena, – Ela arqueou a sobrancelha, com o ego um pouco elevado aquele momento. – É que: Enquanto estiverem clandestinamente no Japão, morando em uma mansão, ficaram disfarçadas como garotas normais. E elas não usam máscaras.
As amazonas ficaram em silêncio por um tempo, se olhando. Ela tinha razão, mas não quer dizer que elas ainda não se sentissem inseguras.
– Então, terei que escolher a primeira? – Falou Saori, colocando as mãos no quadril.
– Eu vou. – Mia chegou perto da garota. Sabia que as outras ainda estavam um pouco inseguras. A loira levou as mãos até a máscara, mas logo voltou a abaixa-las. – Não está zoando não, né?
– Claro que não! – Ela riu, olhando para a menina.
– Okay. – Mia suspirou, segurou a máscara e a tirou de uma vez, fazendo a franja que cobria sua testa balançar. Ela tinha lábios pequenos, mas bem rosados, de olhos em uma cor azul como o céu.
Seiya assobiou, brincando. Hyoga ergueu uma sobrancelha, surpreso. “Minha versão feminina?” Pensou o loiro.
– Sua cara, Hyôga! – Riu Rachel, olhando para a menina.
– Haha, Ráshel! – Disse sarcástico. Mas ele também pensou nisso.
Jabu bateu palmas. – Essa é minha garota! – Brincou, fingindo emoção.
A garota riu, entrando na brincadeira e indo abraça-lo. Shun sorriu, a olhando. “Ainda por cima é linda.” Pensou ele.
– Já que está tão animada, Ráshel, por que não tira sua máscara agora?
– O-o quê...? Eu...
– Não tem problema, já disse. – Saori balançou a cabeça, com um sorriso doce.
– Está bem. – Ela levou as mãos à máscara.
– Não, não! – Exclamou a roxinha. – De pé.
Rachel suspirou, deixando os ombros arriarem e se levantando sem vontade. Ela tirou aquela coisa do rosto, jogando a franja para o lado e trancou a respiração ao vê-los encara-la.
A garota tinha olhos verdes e brilhantes, um pouco grandinhos, e seu rosto era delicado e um pouquinho fino.
– Ownt! Que coisa mais linda! – Disse Hyoga, tentando deixa-la com vergonha.
– Arrasou hein! – Brincou Gustavo, rindo.
– Linda! – Disse Shiryu, batendo palmas.
– Idiota! – Ela riu do libriano, se sentando.
Hyoga riu, colocando o braço direito sobre o ombro da aprendiza, a puxando para seu ombro, então olhou em volta. – Quem agora? – Perguntou Aquário, olhando para Tamina com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso de canto.
A menina corou ao ver ele, e logo depois todos os outros, a encarando.
– Eu...? A-ah... – Olhava para os lados.
– Vai Tami! – Pediu Rachel, fazendo cara de cachorrinho abandonado.
Ela suspirou, se levantando e tirando a máscara. Tamina tinha lindos e inquietos olhos azul mar, nas bochechas rosadas tinham algumas sardinhas e os lábios pequenos se apertavam constantemente, enquanto as mãos não paravam de mexer e estralar os dedos.
Hyoga assobiou, a olhando. Ela era linda.
– Mas que fofinha! – Shun a abraçou apertado.
– O legado dos belos cavaleiros de Andrômeda está preservado. – Disse Seiya, fingindo seriedade, mas levou uma tapa na nuca do verdinho, enquanto Tamina ria.
Jabu olhou para Bela, então sorriu. – Hey, Pégaso! – Chamou, cutucando os pés dela com os seus.
A garota demorou um pouco, mas então levantou a cabeça. – Oi. – Então notou que todos a olhavam, começando a balançar a cabeça negativamente. – Não gente, não! – Ela não estava com mínima vontade de fazer aquilo.
– Não precisa ter vergonha, Belinha! – Disse Seiya, sorrindo.
– Eu sei, mas... – Ela suspirou. Não era vergonha, e sim o pesar que ainda não a tinha deixado desde que viu Jack fechas os olhos pela última vez. Mas resolveu ceder, para ver se não voltavam a falar com ela. Bela então tirou a máscara.
Os olhos estavam um pouco inchados, com olheiras. O rosto estava um pouco molhado e trazia uma expressão seria.
Todos que a olharam sentiram muito, pois ela estava assim por Jack, mas Jabu ficou a olhando encantado, ela era muito bonita, e sem entender também o que estava acontecendo.
– O que foi? – Perguntou Mia, curiosa.
– Perdi alguém, mas está tudo bem. – A amazona voltou à posição que estava, de cabeça baixa no braço do sofá.
Um momento de silêncio se seguiu, pós a lembrança da guerra voltou em suas mentes, junto com as das passadas, e das pessoas que perderam nelas. O clima estava pesado.
– Então... – Falou Hyoga, tentando cortar a tensão. – Já foram todas?
– Não. Faltou a Fênix aqui. – Disse Ikki, com um tom divertido na voz, por poder perturbar a garota. Não queria admitir, mas estava ansioso para ver o rosto dela, desde que já tivera visto metade, na noite anterior.
Luna suspirou, ficando com a cabeça ainda baixa como se aquilo não tivesse sido com ela. “Ele tinha que fazer isso, né?” Pensou ela, morrendo de raiva dele no interior.
– Luna! – Chamou Gustavo, com tom maldoso e divertido. – Sabemos que você está acordada, flor.
– Deixem isso para lá, eu sou feia. – Disse, tentando da maneira mais ridícula do mundo se safar.
– Não nos importamos com isso! – Shiryu sorriu de canto, ainda na mesma posição.
Ela suspirou, levantando a cabeça, tirou a máscara, olhando ao redor e deixando o cabelo cacheado ir um pouco para frente, torcendo para que não notem sua ruborização. A amazona tinha olhos marcantes e de um castanho reluzente, sua boca era fracamente avermelhada e um pouquinho carnuda, com um pequenino ponto na maçã esquerda do rosto.
– Feia né?! – Disse Seiya, sarcasticamente.
– Feia pacas hein! – Disse John, no mesmo tom de Sagitário.
– Oh! Coloca a máscara de volta aí, na moral vey! – Falou Gustavo, brincando.
– Haha! Aproveito e arrumo uma para você também! – Falou ela, jogando a máscara no garoto.
Eles começaram a rir, enquanto Ikki ficou a olhando. Ela era mais linda do que esperava. Foi quando sentiu uma pequena ansiedade enquanto a olhava, que tratou de desviar o olhar. “Isso não acaba bem. Nunca acaba.” Pensou, fechando os olhos e cruzando os braços.
– Então, o que temos para fazer aqui... – Saori parou um pouco, pensando. – Temos Xbox; filmes; karaokê; e comida.
– Cê disse comida? – Mia olhou para ela.
– É. Temos... – Ela colocou a destra no queixo, pensando. – Torta de chocolate e morango; Bolo de morango; Torta salgada; Frutas; Café; Leite; Chá; Suco...
Jabu a olhou surpreso. – Nossa, muita coisa hein!
– Uhum! – Ela riu, cruzando os braços. – Pedi para que colocassem muitos lanches aqui, já que passaremos umas quinze horas de voou.
– Quinze horas?! Ah mano... – Luna virou a cabeça para trás, no recosto do sofá.
– Calma, só faltam onze horas. – Shiryu sorriu, se recostando na cadeira e fechando os olhos.


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Notas finais do capítulo

Isso é tudo por hoje
Espero que tenham gostado, por favor me digam o que acharam, eu ficaria super feliz
Primeira fic, e saber o que acham é muito reconfortante ao nervosismo, mas enfim, kissus de cereja e até a próxima.



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