I'm not afraid anymore escrita por CRAZY


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Desculpem a demora.
Boa leitura!!!



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Me sentia tão bem. Pela primeira vez na vida consegui me esquecer de todos os problemas.

Eu sabia que ele gostava de mim de verdade e comigo acontecia a mesma coisa. Ele parecia ser diferente comigo... Se importava e não é com qualquer pessoa que ele sente isso. Eu estava muito feliz, eu queria muito que aquilo acontecesse.

Ficamos daquela maneira por um bom tempo, não queríamos que acabasse e também parecia que uma força magnética nos envolvia, não conseguíamos evitar.

Mas me lembrei dos meus pais, do evento, do quanto eu estava atrasada, do quanto eu iria escutar quando chegasse em casa.

Me lembrei também que se eles descobrissem que eu gosto de um drogado eles me trancariam do meu quarto pra sempre, colocariam Federico na cadeia e conseguiriam o que querem: Chamar a atenção.

Foi então que eu o empurrei para trás, nos separando.

– O que foi? – Perguntou ele me olhando atencioso.

– Tenho que ir. – Eu disse quase virando a esquina.

– Espera Ludmila. – Disse ele me segurando pelo braço.

– E agora, como ficamos? – Ele perguntou.

– Eu... Tenho que ir Federico, tô muito atrasada.

Ele me soltou e eu fui correndo, a chuva estava menos forte, mas ainda sim estava chovendo. Aquilo era tão... Errado! Não sou de chorar e por isso me segurei para que isso não acontecesse. Escalei até a janela do meu quarto, acendi a luz e vi minha mãe sentada na minha cama, com cara de quem comeu e não gostou. Eu estava ferrada.

– Onde estava Ludmila?

– Eu vou me arrumar pra evento.

– Não vai não.

– Que?

– Não dá mais tempo Ludmila.

Fiquei em silencio olhando pra baixo.

– Agora me responda onde você estava. – Disse ela muito brava.

– Na... Tipo uma...

– Não minta Ludmila!

– Na casa da Naty! Hoje é aniversário dela.

– E está com os olhos inchados por que? Estava chorando?

– Não! Claro que não!

Ela se levantou e foi até mim.

– Perdemos um evento muito importante, cheio de celebridades por causa dessa garota idiota! Uma delinquente!

– Da próxima vez que você falar assim da Naty perto de mim, eu...

– Você o que? Vai me bater? Me por de castigo? – Disse ela irônica, me cortando.

– Ela não é delinquente! Ela é livre, faz o que bem entende, nunca se envolveu em um crime, mora sozinha, tem a vida dela! Ela é tudo que eu gostaria de ser!

Priscila me deu um tapa na cara, me deixando com um dos meus olhos roxos.

– Filha minha não vai ser uma estúpida, uma pessoa sem futuro! Minha filha vai ser como eu quero que ela seja!

– Então eu não sua filha!

Ela só faltou explodir! Pegou a chave do meu quarto, foi até a porta e disse:

– Tá vendo aquilo ali? – Perguntou ela apontando para um canto no teto.

– O que aquela droga?

– Uma câmera.

– Não podem fazer isso! E a minha privacidade!

– Eu faço as ordens aqui. Você não sairá do quarto, caso contrario você se arrependerá muito mais! Você não sairá daqui até não aprender a lição, e outra, se você não estiver aqui até no máximo meio dia e quarenta você estará ferrada. -Dito isso bateu a porta com força e me trancou lá.

A aula termina ao meio dia e trinta. Pra chegar em casa sem nem falar com o Federico dá uns dez minutos, ou seja, não vou poder falar com ele, nem com a Naty, nem dar uma passadinha na sorveteria pra tomar um sorvete.

Eu estava com tanta raiva que minha vontade era quebrar aquele quarto inteiro. Tomei um banho para me acalmar e fui dormir.

*****

Passei o resto do final de semana no quarto, minha mãe levava a comida até lá e eu comia no quarto mesmo. Ridículo! Me sentia um animal de zoológico!

Federico me ligava quase dez vezes por dia. Eu entendo, depois daquilo ele quer uma resposta. Ele devia estar preocupado também. Eu queria tanto falar com ele, mas não queria preocupa-lo ainda mais. A Naty ligava também, mas eu também não queria enche-la com meus problemas.

Finalmente a segunda-feira chegou e eu pude sair do meu quarto. Antes de sair minha mãe disse:

– Você sabe quando tem que chegar não sabe?

– Sei, sei. Posso ir?

Ele fez que sim com a cabeça e encontrei Natália na esquina me esperando.

– O que aconteceu? – Perguntou ela enquanto caminhávamos. Contei resumidamente o que aconteceu depois da festa.

– Ludmila isso é crime!- Disse ela nervosa.

– Eu sei, mas o que quer que eu faça?

– Denuncia eles!

– Você acha mesmo que vão prender os advogados mais famosos do país?

– Ludmila, mas... Isso não pode ficar assim!

– Tá tudo bem Naty. Agora eu vou poder sair do quarto.

– Você não vai poder nem sair de casa!

– Melhor que ficar só no quarto.

– Ludmila não acredito que uma garota como você vai deixar por isso mesmo.

– Naty agora já foi. Esquece tá bom.

Depois das três primeiras aulas, chegou o intervalo e o Federico veio falar comigo.

– Ludmila o que aconteceu?

– Federico, é melhor ninguém ver a gente junto.

– Por que?

– Se a imprensa pegar, meus pais me matam!

– Ludmila precisamos conversar e você sabe disso.

– Não vamos poder conversar nem agora e nem depois da aula.

– Por que?

– Uma longa história.

– Então vamos nos encontrar no lugar de sempre e matar a última aula.

– Federico, não...

– Por favor. – Disse ele me olhando nos olhos.

– Tá bom.

As duas aulas seguintes se passaram e eu dei um jeito de sair da escola pra encontrar o Federico. Eu já estava ferrada e estava me arriscando ainda mais, mas eu sentia falta de Federico.

Chegando lá, o vi fumando e parecia muito ansioso, me aproximei dele e perguntei:

– Então...

– Eu quero saber como a gente vai ficar depois de sábado.

– Federico, eu acho que não existe “a gente”.

– O que?

– Olha, não dá entendeu!

– Não, não entendi.

Contei para ele o que aconteceu quando eu cheguei em casa e todas as regras impostas por minha mãe.

– Não vou deixar isso ficar assim. – Disse ele desencostando na parede, com intenção de ir até minha casa.

– Federico para!

– Eu não vou deixar você na mão deles! Eu não vou deixar que eles te tratem dessa maneira! – Disse ele muito bravo.

– Federico deixa isso quieto, por favor!

Ele respirou fundo e encostou na parede.

– É que eu te amo Ludmila! E detesto essa coisinha de amor impossível entendeu! É ridículo!

– Eu sei, mas imagina se meus pais... – Eu disse me segurando para não chorar.

– Para de pensar neles! Você tem que começar a fazer as coisas que bem entende, não tem mais cinco anos!

– É mais complicado do que parece!

– E você? Você me ama?

Fiquei em silencio por um tempo, sem saber se digo a verdade ou não.

– Amo. – Eu disse deixando uma lágrima escapar.

Ele me abraçou forte a disse:

– Então quem escolhe com quem quer ficar é você.

– Eu adoraria se fosse assim.

Ficamos um tempo daquela maneira até que me separei.

– Vou indo.

– Vai ser minha namorada ou não? – Perguntou ele sorrindo.

– Por enquanto não.

Ele ficou cabisbaixo.

– Mas por favor não desista de mim. – Eu disse o abraçando de novo.

– Eu nunca faria isso.


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Notas finais do capítulo

Preciso de mais comentários gente!!!! Divulguem a fic! Bjs!!!



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