I'm not afraid anymore escrita por CRAZY


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

OI PEOPLE!!! Desculpem não ter postado ontem, é que eu perdi o capitulo DUAS vezes >:(
Boa leitura!!!



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Respirei fundo e comecei a andar em direção a ele. Passei por ele e o olhei, ele olhou pra mim e eu desviei o olhar. Mas ele não falou nada, apenas sorriu. Continuei andando só que parei. A Naty ia ficar chateada de fazer tudo isso e ficar toda empolgada e eu volta e dizer que não falamos nada. Voltei e fui em direção a ele.

Eu estava meio brava também. Puxa assunta sem nem me conhecer, fica me olhando sem parar no intervalo e agora ele não fala nada? Ah, qual é?!

– Qual é a sua hein cara? - Eu disse parando na frente dele de braços cruzados.

Ele riu brevemente e disse:

– O que eu fiz? - Disse ele com um sorrisinho na cara.

– Não se faça de trouxa que isso é uma coisa que você não é!

– Como sabe se eu não sou trouxa ou não? Me conhece a um dia! - Disse ele mais firme. Recuei um pouco, por alguns instantes esqueci que estava falando com alguém que estava se drogando naquele exato momento.

– Desculpa. Eu tô meio...

– Alterada. - Completou ele rindo.

– É.

– Eu também.

Eu sorri e olhei pra baixo.

– Porque você tá aqui sempre?

– Você só me encontrou aqui duas vezes.

– Tanto faz!

– Sempre mato a última aula pra vir aqui, pra...você sabe.

– Sim.

– Te vi no intervalo.

– Eu percebi. Por quê?

– Você não gosta de ver coisas bonitas? - Perguntou ele.

– Gosto, claro.

– Então, eu também. - Corei e olhei pra baixo. Aquilo foi uma cantada? Sério?

– Você é legal. - Disse ele.

– Valeu, você também.

Ele fez que não com a cabeça, olhando pra baixo, estava sério.

– Que foi? - Perguntei.

– Você acha mesmo que eu sou legal?

– Acho.

– Não é bem assim. - Disse ele voltando a me olhar.

– Não?

– Claro que não.

– Porque não?

– Esquece.

– Não, mais eu quero saber!

– Pra que? Vai mudar alguma coisa pra você?

– Talvez.

– Não vai não! Cuida da sua vida que eu cuido da minha! – Disse ele desencostando da parede e vindo em minha direção e eu recuei para trás. Fiquei ofegante, meu coração e minhas pernas ficaram trêmulas, estava com muito medo. Os olhos deles intensos, arregalados e avermelhados me deixavam ainda mais assustada. Mas depois olhar dele pareceu triste.

– É melhor você ir para a sua casa. – Disse ele encostando na parede novamente e colocando o cabelo para trás.

– É melhor mesmo. Não me importo com você mesmo! – Eu disse brava. Quem era ele pra falar comigo daquele jeito?

Saí andando até o final da viela, mas antes de virar olhei para ele. Estava com a cabeça encostada na parede, olhando para cima. Então fui embora pra minha casa.

Chegando lá, meus pais estavam no escritório como sempre. Tentei passar por eles sem que me notassem, mas não deu certo como sempre.

– Porque está chegando tão tarde? O que estava fazendo Ludmila?– Perguntou minha mãe vendo alguns papéis.

– Nada.

– Você não me engana Ludmila.

– Eu estava conversando com o professor sobre a matéria dele que eu não havia entendido.

– Melhor assim. O vestido tá em cima da sua cama.

– Vestido?

– O vestido do evento. Você tem duas horas pra se arrumar. E nem se anime, você vai pra escola normalmente amanhã, esse evento termina mais cedo que os outros.

Bufei e fui para o meu quarto, a parte de faltar era a única parte positiva da coisa toda. Coloquei a mochila em cima da poltrona e olhei pro vestido cor de creme com uma faixa preta na cintura, tomara que caia, na altura dos joelhos. Era bonito, tenho que admitir. Meu celular tocou dentro da mochila e eu o peguei para atender, era a Naty.

– Oi Naty.

– E como foi?

– Tô bem, obrigado. – Eu disse irônica.

– Para vai Lu! Conta como foi!

– Não dá pra contar agora. Tenho um evento pra ir.

– É verdade né, a escola toda vai ver. Bom, mas depois me conta nos mínimos detalhes.

– Tudo bem.

– Será que o Federico vai ver?

– Não importa.

– Já que você diz... Então tchau e boa sorte.

– Obrigado, vou precisar.

Desliguei o celular e o joguei em cima da cama e fui pro banheiro tomar um banho. Depois me maquiei, fiz um penteado e coloquei o vestido. Me olhei no espelho e gostei do que vi. Então resolvi descer logo.

– Estamos atrasados! – Gritou minha mãe enquanto eu descia a escada.

– Eu tô no seu prazo de duas horas. – Eu disse.

– Vamos logo! – Disse meu pai abrindo a porta.

Fomo até a calçada e minha mãe disse bravíssima:

– Agora Vicente está atrasado! Que maravilha.

– É um irresponsável mesmo!

– Motorista idiota!

Em cinco minutos ele chegou e ouviu muito durante a viajem, então para acabar com aquele clima eu perguntei:

– É sobre esse tal evento?

– Sobre drogas.

– Sobre o que?

– Drogas. Não se preocupe, é só falar mal dos drogados que tá bom. – Disse ele rindo.

Ai não. Tô ferrada!

Depois de mais um tempo de carro finalmente chegamos no local onde aconteceria o evento. Estava cheio de fotógrafos, repórteres e gente da mídia.

Fomos direto para um tapete preto, no qual ficamos parados sorrindo para tirarem fotos nossas, como se fossemos a família mais feliz do mundo.

Depois de quase meia hora parada naquele tapete, não conseguia mais parar de sorrir e meus pés estavam doendo muito com aquele salto que fui obrigada a usar.

Então começou a parte das entrevista, a parte mais chata. Na verdade só falam com meus pais e esquecem que eu existo, mas assim é melhor, não quero aparecer tanto. No máximo dizem “Sua filha está linda, parabéns. Bom evento pra vocês” e vão embora. Mas dessa vez não foi assim. Uma repórter de cabelos vermelhos, depois de falar com meus pais, me perguntou:

– Você sabe que faremos uma pequena entrevista com você falando sobre drogas antes de começar as palestras. Você está nervosa?

– Entrevista?

– É filhinha. Aquela que eu te falei. – Disse minha mãe com um sorriso falso na boca. Ela não falou nada!

– Não. – Respondi.

Claro que eu estava! Não sei dar entrevistas! Será que vou fazer errado? E se eu pagar um mico? E se o Federico ver?


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Notas finais do capítulo

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