Quarteto Fantástico: O Destino da Latvéria escrita por Larenu


Capítulo 5
Morto-Vivo


Notas iniciais do capítulo

Algum de vocês é fã de The Legend of Zelda? Se sim, estou para postar uma fic de Zelda chamada "The Legend of Zelda: Hyrule Legends - Book I: Awakening". Fiquem na expectativa!



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O sol entrava pela janela quebrada da sala onde Sue Storm estava. Queria que o dia anterior tivesse sido um sonho, mas não foi. Olhou em volta e estava sozinha. Levantou-se então do sofá e caminhou até a provável porta de um banheiro. Com a mão na barriga devido à dor das cólicas, entrou no banheiro.

O cômodo era enorme. Lá dentro cabiam doze banheiros do tamanho dos do Edifício Baxter. O banheiro das suítes era ainda maior, mas este era impressionante o suficiente. Sue empurrou uma das portinhas de madeira e se curvou sobre a privada. Então, vomitou.

Após terminar de colocar para fora o jantar da noite anterior, Sue saiu do banheiro e subiu as escadas até seu quarto e de Reed. Ele mexia no tablet, sentado na cama ao lado do corpo morto.

— Sue, que bom que está acordada! — disse ele ao vê-la. — Ajudei Johnny a arrumar as antenas hoje de manhã.

— Voltaram a se falar?

— Não exatamente. Tive que usar Valéria de porta-voz.

Sofrendo com a dor das cólicas, Sue se sentou.

— E esse corpo, o que faremos com ele?

— Estávamos te esperando para levá-lo ao Fantasticarro.

— Já podemos ir, então.

— Não quer nem comer?

— Estou sem fome. — Realmente o estava, só que por causa do vômito.

Sem questionar, Reed pegou algumas coisas e esticou o braço sob o corpo, funcionando como uma maca de hospital.

— Venha.

Os dois saíram do quarto com o corpo. Chamaram Ben e Johnny e então foram falar com Boris. O idoso pareceu descontente, mas, já que o normal dele era semelhante a isso, ninguém ligou. Mas deveriam, pois, assim que eles saíram, Boris tratou de se comunicar com o Doutor Destino.

— Doutor Destino, eles estão a caminho do Fantasticarro.

Ótimo, Boris. Vetor já está a postos.

Doutor Destino esticou o braço para desligar.

— Espere, tem mais uma coisa. É sobre minha neta.

O que tem Valéria?

— Quero saber se — havia medo na voz de Boris — Valéria vai mesmo que fazer aquilo.

É o Destino dela, Boris.

— Mas Doutor, você não a ama mais?

Eu o faço, Boris. Mas é exatamente por causa disso que o Destino de Valéria é esse.

Boris desligou a transmissão e sentou num sofá. Ele amava sua neta e não queria que o destino dela fosse tão terrível. É por um bem maior, Boris, pensou. Mas que interessava isso? Como podia um avô permitir que sua neta fosse sacrificada por um maníaco para que o louco obtivesse um poder ainda maior?





Do lado de fora do castelo, o Quarteto Fantástico caminhava até o Fantasticarro. A névoa estava concentrada apenas em alguns pontos, o que dava a eles uma chance de chegar ao Fantasticarro. Johnny ia na frente, parecendo nervoso com algo, seguido por Sue e Reed, que carregavam equipamentos, e então por Ben, que carregava o corpo.

Chegando ao transporte, a porta estranhamente não se abriu sozinha. Reed teve que abri-la manualmente, o que demorou alguns minutos. Foram então para o pequeno laboratório que tinham ali e deitaram o corpo de Victor em uma mesa retangular.

Reed tentou mexer em alguns comandos, mas as coisas pareciam não estar funcionando.

— Ben, fique aqui com Johnny. Eu e Sue vamos verificar as coisas do lado de dentro. Tente entrar em contato com H.E.R.B.I.E., está bem?

— Sim, chefia.

Sue e Reed caminharam na direção da saída.

— Espere, Sue. Vou com você — se ofereceu Johnny, como se Reed não existisse.

Os três saíram do veículo, deixando Ben sozinho. Ele se sentou no banco do motorista e tentou ligar o Fantasticarro, mas não conseguiu. O Coisa não percebeu, mas estranhos fios amarelos surgiram no ar, se entrelaçando e formando um homem amarelo. O homem esticou sua mão aberta na direção do corpo.

Um fio amarelo saiu de cada dedo, indo até o corpo. Cada um deles se prendeu a uma das cinco bolinhas de metal na parte de trás do corpo (uma na cabeça, uma em cada braço e uma em cada perna). Em seguida, o homem desapareceu.

O Coisa estava distraído com o monitor, portanto não percebeu sua visita. De repente, porém, uma mão encostou em seu ombro. Coisa pulou na cadeira ao se virar e ver o corpo com o rosto ensanguentado olhando em seus olhos.





Do lado de fora, Reed Richards observava os circuitos queimados do Fantasticarro.

— Johnny, vá avisar Ben de que não há nada a fazer — pediu Sue.

— Certo, irmã.

Ele levantou voo.

— Reed, tem algo que preciso falar para você — disse ela, aproveitando o momento a sós.

— Diga, Sue.

— Olhe para mim. — Ele assim fez. — Reed, estou grávida.

— Você está...

Então eles ouviram gritos masculinos no exato momento em que Johnny e Ben surgiram para estragar o momento do casal.

— Mo-mo-mo... — começou Ben.

— Mo o quê? — perguntou Sue.

— Morto-vivo! — respondeu Johnny.

Foi então que surgiu o corpo andante, cambaleando na direção deles.

— Sue, campo-de-força!

Ela tentou, mas não conseguiu, pois sentiu uma súbita dor abdominal e se jogou no chão. Sue vomitou, deixando Reed preocupado. Por causa disso, eles não perceberam o aumento da névoa envolta deles e as estranhas faíscas rosas pulando do sistema frito do Fantasticarro.

— Ben, Johnny, defendam-nos, rápido!

Coisa se posicionou entre o morto-vivo e Sue, enquanto Johnny arremessava bolas de fogo na névoa. Os fios amarelos atrás do morto-vivo começaram a formar o homem novamente, enquanto as faíscas se aglomeravam numa forma humanoide. Então, o chão tremeu.

Todos pararam e olharam na direção do tremor. Um enorme homem de metal surgiu no horizonte, avançando como um touro. Foi quando Reed fez as ligações óbvias. Ele olhou para o homem amarelo.

— Simon Utrecht, Ann Darnes, James Darnes e Mike Steel.

— Sim, meu caro Richards. Somos nós! — gritou o homem amarelo.

Sue se levantou, olhando a mulher de névoa nos olhos. Johnny se colocou de frente para o homem de choque rosa. Ben cerrou os punhos olhando para o homem de metal. Reed se posicionou de frente para o homem amarelo e o morto-vivo.

Então, eles avançaram.






No esconderijo do Doutor Destino, o mesmo fitava a lâmina sagrada do clã Zefiro, usada para cerimônias de sacrifício. Ele a escondeu em sua roupa quando Valéria entrou no lugar.

— Olá, Victor.

Valéria se sentou no colo dele e removeu a máscara. De olhos fechados, ela se aproximou para beijá-lo.

— Você sabe que eu te amo, não é, Valéria?

— Claro, meu Doutor Destino.

— Você também me ama?

— Sim.

— Que bom.

Sem hesitar, Doutor Destino enfiou a lâmina sacrificial nas costas de Valéria.





Algo cortou o coração de Boris. Foi uma sensação dolorosa, como se arrancassem uma parte de si. Ele soube de imediato o que estava acontecendo. Não havia dúvida para aquele velho: sua única descendente viva, a bela e jovial Valéria, estava sendo sacrificada por um bem maior.


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