Conto de Uma Fada escrita por minsantana


Capítulo 14
Capítulo 14 – Segredos de fada




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Dormimos (ou tentamos) como planejado, as fadas no quarto de hóspedes e os meninos no quarto do Frank.

O dia amanheceu e eu ainda estava de olhos bem abertos. Não consegui dormir nenhum minuto aquela noite, pensando no perigo que todos nós corríamos com Aguane a solta pela Terra. Ela sempre foi uma fada muito poderosa e perigosa, mas só eu acreditava nisso. Até aquele momento.

- também não dormiu? – me virei e vi que Joan também estava acordada.
- nem um segundo.
- eu tentei descansar, mas foi impossível. Fiquei preocupada com você. – ela disse se sentando na cama.
- como está seu braço?
- perfeito. Só minha asa ainda não está completamente bem.
- a Aguane pode vir atrás de nós. Acho melhor você voltar pra Guhur, Joan. Lá você estará mais segura.
- eu não vou te deixar aqui pra essa louca vir e te matar, não mesmo! Eu fico até minha asa estar curada. Além do mais... – ela parou e olhou pra porta.
- o Frank. – eu disse dando um sorriso.
- o quê?
- não finja que nada aconteceu. Eu vi sua cara de boba pra ele. E ele correspondeu.
- você ta doida? Não tem nada entre nós dois.
- mas...
- e nem vai ter! Ele é um humano, Maya!
- o Gerard também é, e veja só. Nós nos damos muito bem. – eu senti meu rosto corar.
- não me diga que vocês.... – eu virei o rosto com vergonha. – oh grande deus das fadas, não acredito!! – ela tampou a boca tentando rir.
- é, nós fazemos o que os humanos fazem, o que você morria de curiosidade pra saber como era, lembra? – ela abriu a boca espantada – muitas vezes. – meu rosto ficou vermelho.

Ouvimos alguém bater na porta e eu fui abrir. Era Gerard.

- bom dia, minha fadinha. – ele me deu um beijo. – imaginei que estivessem acordadas. Eu e Frank também não dormimos de tão preocupados com vocês. Ele está lá na cozinha, venham.

Gerard segurou na minha mão e nós o seguimos até a cozinha. Frank estava de cabeça baixa, parecia estar dormindo.

- hey, Frank. – Gerard deu um tapa da cabeça dele.
- aiii! Isso dói, kct! – ele olhou pra Joan envergonhado – ah, desculpe, saiu sem querer.

Ela ficou olhando pra ele sem entender e eu fiz um sinal com a mão para ela esquecer.

Tomamos café da manhã e eu tive que ensinar Joan a comer tudo que ela nunca tinha visto na vida, como aconteceu comigo da primeira vez. Frank olhava pra ela encantado, era muito engraçado ver aquele homem cheio de desenhos pelo corpo com cara de criança carente! Gerard também já tinha percebido o clima e morria de rir cada vez que Frank repetia 10 vezes a mesma frase tentando pedir o açúcar pra Joan.

Durante todo o dia, ficamos trancados em casa com medo de sair. Frank não sabia bem o que estava acontecendo, mas apoiava nossas decisões sem reclamar.

Alguns dias se passaram e nenhum sinal de Aguane perto de nós. Aquela sensação que tanto me atormentava havia sumido e Gerard começou a achar que ‘o caminho estava livre’ para que voltássemos pra casa. Estava quase tudo certo, Joan iria ficar em nossa casa nova com a gente até poder voar novamente para Guhur. Só teríamos que buscar nossas coisas na pousada e levar pra nossa casa.

- eu vou com você.
- não, Maya. É melhor você ficar aqui com o Frank e a Joan.
- e se algo acontecer com você?
- nada vai acontecer.
- eu vou mesmo assim. Não posso correr o risco de perder você. – ele me olhou sorrindo e cedeu aos ‘meus encantos’.
- então vamos. O que não faço por você...

Deixamos Joan na casa de Frank e saímos. Prometemos voltar até o fim da tarde, sãos e salvos para buscar Joan e levá-la até a casa. Seria assim, se nada de errado acontecesse antes disso...

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