Ataque ou Defesa escrita por nanah_sm


Capítulo 15
Capítulo 15 - Edward




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Mas apesar da simpatia de todos, eu ainda sentia um frio na barriga ao pisar naquele lugar e com certeza Edward não deveria estar muito entusiasmado também, então me armando de coragem e segurando forte a mão de Jasper passei pela porta rezando para o jantar ocorrer sem problemas com o “Cullen do mal”.

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POV Edward

Eu estava jogando com a minha bola de futebol preferida, uma Adidas autografada pelo Ronaldo Fenômeno, que eu consegui comprar no E-Bay depois de um mês de trabalho suado como faxineiro no hospital de Forks.

Eu estava deitado na minha cama e jogava a bola no teto e a segurava de novo, minha preciosa bola jamais saia do meu quarto pra correr o risco de ser maculada por qualquer ação da natureza ou pessoa sem coração, eu escutava a movimentação no andar de baixo, as risadas de Emm e também cheirava o incrível jantar que a minha mãe preparava.

Eu estava com raiva, muita raiva, porque aquela trupe de interesseiros estava vindo jantar aqui em casa, não que eu achasse que a culpa era dos pais de Isabella, os pais não são responsáveis por todos os defeitos dos filhos, eu somente achava que eles poderiam armar para que os nossos pais se dessem bem, Tânia fez isso muito bem feito, até hoje sinto-me mal por ter desmascarado-a para Carmem e Eleazer, mas era necessário e eu não ia deixar a mim e minha família cairmos nessa cilada novamente.

Emm  e Esme já vieram ao meu quarto tentar me arrastar para o maldito jantar, mas eu não iria, era obvio que Jasper estava achando que só porque não saímos no tapa no treino ele já era aceito por mim, grande engano. Eu iria pelo menos manter o meu protesto em forma da ausência até ter uma idéia do que fazer para mostrar a todos a verdadeira face daquela dupla de primos.

_Você vai descer e jantar conosco – falou Esme entrando no meu quarto, me fazendo jogar a bola na parede onde quicou e foi parar perto da porta nos pés de Emmett.

_Nem pensar, me recuso a fazer o papel de anfitrião para essa dupla de interesseiros – levantei da cama e caminhei em direção aonde minha bola tinha parado _Você não pode me obrigar.

_Quer apostar – falou Emmett pegando minha bola antes que eu chegasse a ela e dando um sorriso ameaçador.

_Como você pretende me obrigar? – perguntei irritado _Me carregando até a mesa e me atando na cadeira? – perguntei sarcástico _Acho que os convidados não vão achar muito legal.

_Não – falou dando um passo pra trás _Eu só vou lavar com álcool a sua preciosa bola autografada pelo Ronaldinho – e dizendo isso saiu em disparada escada abaixo.

_Não se machuquem – Esme gritou antes que eu saísse correndo porta afora atrás de Emmett.

O vi descendo o ultimo degrau da escada enquanto começava a descer o primeiro e sair voando pela porta da frente. Desci de três em três os degraus e sai pelo mesmo caminho. Eu escutava as risadas da minha mãe enquanto eu fazia a volta pela casa tentando encontrar Emmett que eu tinha perdido do meu campo de visão desde que saiu pela porta.

_Porra Emmett, se eu te pego te mato vagabundo – murmurei.

Dei a volta por todo o quintal da nossa enorme casa branca, passei pela parte de trás da casa onde tinha uma parede de vidro que nos permitia ver o bosque que tinha atrás da casa e o rio que passava a uns metros mais atrás, nossos pais gostavam da natureza e por causa do frio que fazia em Forks eles preferiram a parede de vidro a uma varanda na parte traseira da casa.

Espiei para ver se tinha algum sinal de Emmett dentro da casa, mas só o que eu vi foi Rosalie sentada na escada rindo. Traidora, pensei.

Continuei minha volta pela casa sorrateiramente, passei pela janela da cozinha onde Esme já estava, ela me acenou e me deu um sorriso, passei batido nem espiando pra dentro porque ela sempre se manteve neutra nas nossas discussões. E como eu tentava estrangular Emmett seis dos sete dias da semana ela só avisava: Sem informações e guarida, eu sou a Suiça.

Entrei pelo portão da garagem silenciosamente, vasculhei o jipe de Emmett e o meu Volvo não encontrando nada, a Mercedes ainda estava com Carlisle no hospital, então sobravam dois lugares desocupados na garagem e ainda nada de Emmett, subi os degraus em direção a porta que saia na sala e a abri vagarosamente, ainda nada de Emmett, dei um suspiro frustrado e continuei a procurar.

Subi então as escadas, onde agora não Rosalie não estava mais e fui para a minha ultima esperança, a toca do urso, vulgo o quarto de Emmett. Chegando lá encostei o ouvido a porta tentando ouvir alguma coisa, mas o quarto estava silencioso, abri com cuidado uma frestinha da porta para espiar, o quarto parecia deserto, tinham roupas espalhadas pelo chão, a cama desarrumada, alguns copos na mesa do computador, nada fora do normal, me esgueirei rapidamente pela fresta da porta.

Mal dei dois passos e ouvi a porta bater fortemente se fechando, virei e me deparei com Emmett encostado a mesma com os braços cruzados me encarando.

_Acha mesmo que eu ia dar bobeira e esconder a bola aqui? – perguntou divertido.

Deixei meus ombros caírem em sinal de derrota e respondo um fraco “Não”.

_Bom, basta você saber que ela está segura e muito bem guardada e vai continuar contendo o autografo até depois do jantar, caso você compareça eu te devolvo intacta, se não... – e deixou a frase morrer ai, me deixando muito mais angustiado.

Eu ainda tentei argumentar com o idiota do meu irmão mais velho, mas parece que nada do que eu disse entrou naquela cabeçona dele, era como se aqueles idiotas tivessem feito lavagem cerebral nele.

Depois de muita argumentação e muito medo do que o estúpido fosse fazer com a minha preciosa bola me dei por vencido e segui para o meu quarto a fim de me arrumar para o maldito jantar, entrei e imediatamente fui cegado pelos raros raios vermelhos de sol que pouco apareciam em Forks anunciando o crepúsculo de mais um dia, caminhei até a janela que era quase de todo tamanho da parede e observei-os por alguns instantes enquanto os mesmos sumiam por entre as árvores, era como a cena de um seriado, mas não de um seriado legal de ação ou uma comédia, mas um de terror daqueles que o mocinho começa inteiro e só Deus sabe como acaba.

E se por acaso ninguém percebeu eu sou o mocinho e os monstros que vão me assombrar essa noite chamam-se Isabella e Jasper. Só espero chegar vivo até o próximo episódio.

Depois de banhado e vestido fui até a frente do espelho conferir o resultado, calça jeans, camiseta preta em sinal de luto, tênis... Tudo ok. Passei um pouco de pomada para manter o cabelo no lugar e peguei uma das minhas balas de menta e joguei na boca.

Estava me preparando pra descer quando ouvi o barulho terrível daquele mostro que aquela Isabella chama de caminhonete. Então eles estavam chegando? Me apressei e desci as escadas a tempo de ver meus pais saírem pela porta da frente e Emmett e Rosalie saírem do quarto dele arrumando as roupas. Os dois se agarrando no quarto. Que novidade. Pensei sarcástico.

Espiei pela janela e os vi cumprimentado meus pais, o Sr e a Sra Swan desceram da viatura e os “primos do inferno” e a baixinha da lata-velha. Sra Swan não era muito parecida com Isabella, seus cabelos eram como um loiro escuro e seus olhos pareciam claros de onde olhava e tinha um sorriso delicado e sonhador que a deixava jovem mesmo com as marcas de expressão que eram claramente visíveis, já o Sr Swan era muito parecido com a filha, com a cabelo castanho e os olhos também, apesar de que mesmo não gostando de admitir, nela eram um conjunto perfeito com a sua pele de porcelana.

E ela estava mesmo linda essa noite, mesmo com aquelas roupas de menino que ela usava, calça jeans larga que não fazia nada para esconder as coxas grossas e o quadril proporcional e aquela jaqueta amarela enorme que eu sabia escondia uma cintura fina e um busto no tamanho certo.

Balancei a cabeça afastando esses pensamentos, já me deixei enganar por um rostinho bonito uma vez e não iria repetir esse erro.

Vi ela pegar a mão do primo que estava no seu melhor estilo motoqueiro com calça jeans, bota e jaqueta de couro, como sempre com aquele estilo super confiante de andar, nem parecia o fracote que desmaiou por causa de uma bolada hoje no treino. Eles seguirem em direção a porta, me afastei da janela e fui me colocar do lado de Emmett e Rosalie no pé da escada esperá-los entrar.

_Seja bonzinho Ed – Emmett murmurou _Ou eu vou lavar sua bola com álcool.

_Vai se ferrar – murmurei.

E então eles passaram pela porta, vi os olhos da dupla de primos se arregalarem provavelmente não esperando que eu fosse me dar ao trabalho de comparecer a esse jantar, não pude deixar de sorrir pelas expressões deles e na mesma hora uma idéia de surgiu, afinal eu era obrigado a estar no jantar, não era obrigado a me comportar bem, meu sorriso só aumentou.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, mas isso já é de prache não é mesmo?? rsrsrsrsrsrsrs
Espero que gostem dessa pequena visão do Ed da história, não sei se farei outro, mas achei legal.
Espero seus reviews dizendo o que acharam.
Ah e isso do Ronaldo é homenagem já que ele anunciou o fim da carreira e eu adoro muito ele e pra mim ele vai ser sempre um jogador incrível, superando todos aqueles problemas de saúde.
Bjossss