Ataque ou Defesa escrita por nanah_sm


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic. A história ta meio chata porque eu preciso dar uma base pra sesnrolar ela, mas ela vai melhorando com o tempo rsrsrsrs



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Cheguei em frente a minha nova casa e observei-a enquanto Charlie e Renné tiravam as malas do carro. Charlie veio morar aqui faz um mês quando foi transferido de Phoenix para ser xerife neste buraco no meio do mato chamado Forks e agora que ele encontrou uma casa viemos de vez pra cá. Quanta diferença da minha linda e ensolarada Phoenix. Olhei para o céu e a chuva fina tocou meu rosto fazendo com que eu fechasse os olhos é, pensei, nada será como antes.

_ É linda não é mesmo Bella- perguntou Renné com um sorriso enorme no rosto,e os olhos cor de mel brilhando, pra ela está tudo lindo desde que estejamos todos juntos.

_ Sim- respondi tentando dar um sorriso que pela sua expressão não convenceu muito. Olhei de novo para casa, desta vez prestando mesmo atenção, tinha dois andares, não era muito grande, quase do mesmo tamanho de todas as outras pelas quais passamos no caminho.

 _Posso entrar?- perguntei a Charlie. Teria que fazer alguma coisa antes que começasse a chorar no meio da rua e nada melhor que explorar meu novo lar.

 _Claro meu bem- falou me passando a chave que estava no bolso do seu uniforme, enquanto ainda tirava as malas de dentro da viatura, sim viatura da policia, na qual ele foi nos buscar no aeroporto de Seattle, e o pior foi que eu tive que vir no banco traseiro, refletia enquanto ajeitava minha mochila no ombro e me encaminhava á porta da frente.

A abri e notei que entravamos direto na sala, era pequena, tinha uma lareira com varias fotos dos meus jogos de futebol, nossos estofados velhos que eu tanto gostava de dormir, a estante que era nova estava com uma TV de plasma que também era nova, e com varias fotos vergonhosas de todos os meus aniversários, natais e ação de graças.

_Qual é o meu quarto?- gritei da porta para Charlie que já vinha em direção a casa carregando algumas das malas.

 _Segunda porta á direita, a primeira é o banheiro, a da frente é o nosso quarto. Balancei a cabeça afirmativamente e subi as escadas, entrei na primeira porta que era o banheiro, era todo branco, não muito grande como toda a casa, mas não era do tipo entra de frente e sai de costas, fechei a porta e me direcionei a que devia ser o meu quarto, abri e me deparei com minha cama que estava com um cobertor roxo que eu não conhecia, Charlie quer se desculpar por me tirar do meu mundinho pra me trazer pra esse fim de mundo, pensei e confirmei minhas suspeitas ao olhar para o lado e ver ao invés de meu velho e lento computador em cima da escrivaninha havia um notebook novinho com um laço vermelho. Sorri, um sorriso sincero que eu não dava desde que fiquei sabendo que ia ter que largar tudo em Phoenix, meus amigos, meu time de futebol, a escola pra vir pra esse fim de mundo. Peguei minha mochila e coloquei em cima da cama, tirei de lá meus troféus de futebol e minhas medalhas e comecei a arrumar numa prateleira vazia que tinha acima da minha cama igual no outro quarto, sorri de novo, Charlie estava fazendo um bom trabalho tentando me comprar. Ouvi um barulho na porta e me virei, era Charlie entrando com minhas malas, ele sorriu pra mim.

 _Gostou?- Perguntou timidamente. Nesse ponto eu era muito parecida com ele, tímida e reservada, bem diferentes de Renné sempre tão extrovertida e espontânea.

 _Do cobertor, do notebook ou da prateleira? Está tentando me comprar xerife?- Perguntei cruzando os braços no peito e levantando uma sobrancelha. Charlie riu. _Bom podemos dizer que eu tentei, mas só você vai me dizer se eu consegui- falou colocando as minhas malas em cima de um tapete roxo que eu nem tinha reparado que estava ali.

_Eu queria que você se sentisse bem aqui, eu sei que é tudo verde, que tem três mil e poucos habitantes e que é muito frio, mas é um lugar bom, calmo e se você quer saber eu descobri uma coisa que você vai gostar muito- Ele parou fazendo suspense.

_O que você descobriu?- Perguntei curiosa.

_ Forks High School tem um time de futebol, bem pelo menos o masculino eu sei que tem- Falou sorrindo, eu sorri também e o abracei. De tudo que eu mais sofri por perder o time de futebol foi o que mais doeu, porque as amigas que eu mais gostava eram do time, tudo que eu mais gostava em Phoenix era o time.

_Ahh que lindo!!- Renné falou da porta do quarto com lagrimas nos olhos, revirei os olhos, ela é tão manteiga derretida _Também quero- Falou fazendo bico e entrando no abraço que agora era grupal.

Depois da cena patética do abraço grupal em família e das lagrimas incontidas de Renné ela e Charlie foram arrumar as coisas dela no quarto e provavelmente matar a saudade, já que fazia quase um mês que eles não se viam, ECA, eu busquei meu som que ainda estava na viatura, coloquei uma musica qualquer razoavelmente alto para não ouvir os barulhos do quarto dos meus pais e fui desfazer minhas malas, o closed era até que bem gradinho e couberam todas as minhas coisas.

Separei meu pijama das meninas super poderosas, que eu fui obrigada a comprar quando descobri que ia vir pra essa cidade gelada, minha nécessaire e fui para tomar banho, bati na porta e ninguém respondeu, entrei e me despi para tomar meu banho, me olhei no espelho e constatei que chapinha seria desnecessária já que com a umidade desta cidade ela não iria durar mais que alguns minutos, isso se durasse, seria melhor deixar meu cabelo com o seu ondulado natural, na cor eu nuca mexi, sempre gostei do castanho que fica um pouco avermelhado no sol, apesar de que nesta cidade eu nunca veria ele ficar avermelhado, não faz sol mesmo.

 Meus olhos castanhos estavam quase fechados e com enormes olheira e meus lábios estavam secos, maldita mudança brusca de temperatura, vou ter que comprar hidratante labial, pensei nem um pouco feliz, peguei meu xampu de camomila, meu preferido para deixar o cabelo mais liso, ia ter que trocar ele também, meu sabonete liquido e minha esponja e fui para o chuveiro, a água quente correndo pelo meu corpo me deu uma melancolia, lembranças da cidade quente de onde eu vim vieram a minha mente, sol, calor, treinos de futebol, as festas do time.

_Droga- falei socando a parede, deixei que as lágrimas que eu tanto segurei corressem livres pelo meu rosto agora que ninguém podia ver. Foi difícil deixar tudo de lado, mas a família vem em primeiro lugar, como Renné me ensinou, depois de esvaziar as glândulas lacrimais olhei minhas mãos e constatei que meu dedinho estava vermelho _ Droga- Falei de novo, desta vez sem socar a parede, amanhã ia estar roxo.

Depois acabar meu banho me enxuguei, vesti meu pijama e quando sai do banheiro esbarrei em Renné que tinha um sorriso maior do que qualquer um que eu vi este mês, não quero nem pensar o motivo desse sorriso, ECA.

_Filha já estava indo no seu quarto te chamar, vamos o jantar já está pronto.

_Foi você que fez?- Perguntei elevando uma sobrancelha, o sorriso mudou para uma expressão de culpa. Ai isso não vai dar certo, me lamentei internamente.

_Não tinha nada pronto e aqui não tem nenhum restaurante que entregue em casa, já que a cidade é bem pequena, ai resolvi fazer uma experiência com o que tinha na geladeira- Ela falou abrindo aquele sorriso “colgate” de novo.

_Vou acabar de me arrumar no quarto e já desço- Falei correspondendo com um sorriso sem dentes, ela concordou com a cabeça e desceu a escadas enquanto eu me encaminhava ao meu quarto.

Assim que entrei me encostei na porta fazendo uma careta, por mais que Renné tivesse boa vontade as invenções dela nunca davam certo, lembro-me com clareza da ultima vez, tive uma indigestão tão grande que quase perdi a final do campeonato interescolar. Estava escovando o cabelo quando senti duas batidinhas rápidas e três lentas na minha porta, suspirei aliviada,era o sinal, afinal fome eu não ia passar, corri e abri a porta vendo Charlie parado a frente dela com um pacote de biscoitos recheados, ele sorriu e me entregou dizendo:

_Foi só o que deu pra surrupiar sem que sua mãe visse

_Obrigada pai, pelo menos de fome eu não vou morrer- Falei sorrindo pra ele, era bom estar com ele de novo.

_Se eu confessar que estava com saudades até da comida da sua mãe você acredita- Ele falou sorrindo amarelo pra mim.

 _E se eu disser que estava com saudades de você roubando comida escondida pra mim quando ela vai cozinhar você acredita?- Respondi Ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido: _Senti tanto sua falta moleca.

Eu retribui o abraço e senti um nó na minha garganta, respirei fundo pra reprimir o choro que estava vindo e respondi com a voz mais controlada que pude: _Também senti saudades pai.

Charlie se afastou sorrindo e gritou das escadas pra eu ir rápido que o jantar já estava na mesa. Eu guardei os biscoitos embaixo do travesseiro e desci as escadas, entrando na cozinha vi meu pai sentado à mesa olhando desconfiado pra panela á sua frente, me sentei na cadeira a sua frente enquanto minha mãe trazia o refresco e colocava em nossos copos.

_Então querem que eu sirva vocês?- Renné perguntou pegando o prato de meu pai, ele sorriu amarelo pra ela e assentiu positivamente. Quando ela abriu a panela eu e Charlie nos olhamos apreensivamente, o cheiro não era lá muito ruim, então ela encheu o prato de Charlie com uma gororoba meio laranja e com uns negocinhos verdes, vi Charlie engolir em seco e me lançar um olhar desesperado, apenas dei de ombros, o que eu poderia fazer, eu também iria para o sacrifício.

Com um sorriso ansioso ela serviu o meu prato e o seu, era sempre assim quando ela fazia suas experiências culinárias, ela ficava ansiosa enchia nossos pratos e fazia com que eu ou Charlie provasse antes dela, agente dizia que estava ótimo e comíamos o quanto dava praticamente empurrando com o dedo, e ela comia tudo e ainda repetia com vontade, como ela conseguia isso ainda era um mistério, mas ela fazia e então nós tomávamos todo o refresco pra tirar o gosto ruim da boca e quando Renné finalmente dormia Charlie ia pro meu quarto e comíamos os biscoitos surrupiados antes do jantar.

_Charlie você será minha cobaia hoje- Renné falou quicando ansiosa a cadeira, Charlie olhou pro prato e pegou o garfo como se estivesse pegando uma faca pra cortar o próprio dedo. Não posso negar as semelhanças, afinal nas duas opções pode-se parar no hospital. Vi seus olhos lacrimejarem quando deu a primeira garfada, ótimo ela exagerou na pimenta de novo, pensei.

 _Está ótimo como sempre meu bem- Charlie falou tomando um grande gole de refresco.

 _Ótimo, então podemos todos comer.

Cutuquei a gororoba e vi que o negocio era meio mole, vamos ao sacrifício, pensei e dei a primeira garfada. Porque temos que ter tanto medo de quebrar o coração dela e nunca dizemos a verdade? Me interroguei mentalmente enquanto tentava engolir aquilo, realmente ela tinha exagerado na pimenta, no sal, acho que na abóbora também e pelo jeito tinha queijo na coisa, ECA.

Renné me olhou sorrindo e eu retribui tratando de empurrar aquele troço goela abaixo, bebi todo meu refresco e comi metade da comida do prato, Charlie e Renné também comiam em silencio, eu desconfio que Charlie só não abria a boca pra não correr o risco de vomitar na mesa, , hora de fugir pensei, me espreguicei e levantei fingindo um bocejo.

_Tava ótimo mãe, mas eu tenho que dormir afinal amanhã eu começo na escola nova- Acenei indo em direção as escadas.

_Boa noite- ouvi os dois responderem.

Subi as escadas e fui em direção ao banheiro onde escovei muito bem os dentes e fiz um xixizinho básico, me dirigi ao meu quarto onde logo me enfiei embaixo das cobertas para esperar até a hora de Charlie vir para comermos os biscoitos, fiquei escutado a chuva lá fora e olhei o relógio, eram 22h44min ainda iria demorar para Charlie vir, mas levando em conta que Renné devia estar cansada da viagem assim como eu estava devia pegar no sono mais cedo, senti minhas pálpebras pesarem quando escutava a chuva lá fora que agora parecia se intensificar, senti a inconsciência chegar e me deixei levar, com certeza Charlie me acordaria quando viesse comer os biscoitos.

Senti alguma coisa me balançando delicadamente e sussurrando meu nome, abri os olhos um pouco incomodada com a claridade do abajur e encarei aqueles olhos castanhos tão parecidos com os meus que me olhavam sorrindo.

_O que era aquilo que ela fez hoje? –me perguntou fazendo cara de nojo, eu ri.

 _Não sei, foi você que foi o ajudante- Falei ainda rindo.

_Eu vi ela cortando uma abóbora e ralando queijo, ela sempre me expulsava da cozinha quando eu tentava entrar.

_Bem que eu desconfiei do queijo- Falei enquanto abria o pacote de biscoitos, ofereci um a Charlie.

_E então o que achou de Forks? Não é tão ruim quanto aparenta- sorriu esperançoso, o que eu diria na verdade eu odiei esse buraco frio onde me meteram e quero voltar a minha quente e ensolarada Phoenix? Não, nunca machucaria os sentimentos de Charlie, então eu fiz o que podia para dar um sorriso que parecesse sincero e falei corando, uma marca registrada de quando eu minto, sorte Charlie não ser observador.

_Eu não consegui conhecer direito a cidade, mas não me parece tão ruim assim- e enchi a boca de biscoito para não falar mais nada.

_Aqui é bom sabe, o trabalho é pouco, só alguns montanhistas que se perdem na mata, algumas infrações de transito, nada muito perigoso acontece por aqui- E nada emocionante também, completei mentalmente e comi mais um biscoito pra não ter que falar mais nada.

E assim se foi o pacote inteiro, esse era o nosso momento, sentados na cama de madrugada comendo biscoitos, era o momento que eu mais me sentia perto do meu pai, nós falávamos pouco, mas nos entendíamos sem palavras, ambos sabíamos que a comida de Renné era intragável, mas comíamos pra deixá-la feliz. Charlie se dirigiu para a porta e eu me ajeitei embaixo das cobertas, ele me deu um beijo na testa e desligou o abajur.

_Boa noite moleca- falou na porta.

_Boa noite xerife- falei me ajeitando melhor na cama, ouvi Charlie fechar a porta enquanto eu caia na inconsciência de novo, amanhã seria um longo dia, escola nova de cidade pequena, argh, eu devo ser a noticia da escola. Tenho que procurar o professor de Ed. Física quando chegar à escola. E com esse pensamentos acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam??