Margot já tinha ouvido falar do grande Aslam mas nunca tinha o visto pessoalmente. Margot ficou sem ar ao vê-lo, com seus olhos esbugalhados e petrificados, olhando para o leão sem piscar.
–Olá mocinha, o que faz aqui? –Perguntou Aslam com sua voz firme.
–E-Eu vim ver os reis e rainhas. –Gaguejou Margot
–Hum... –Aslam a encarou por alguns segundos – Qual seu nome, minha querida? –Perguntou o leão.
– Margot... – Margot queria mentir mas não conseguiu.
– Hum.... Você veio de muito longe. Só para ver os novos reis e rainhas Margot? –Como ele sabia de onde Margot viera?
–S-Sim – Disse a menina
–Tome cuidado Margot essas estradas são muito perigosas para uma menina.
–Disse Aslam, indo em direção à praia.
Alguma coisa dizia a ela que Aslam sabia quem ela era e também o que fora fazer em Cair Paravel. Margot fechou os olhos e respirou fundo por cerca de 5 segundos, e tornou a abri-los. Passou pela grande porta onde estava parada e se deparou com um enorme salão de festas: com muitos seres de todas as espécies, muitas frutas e um enorme banquete.
Margot ficou encantada com toda a beleza do local e abriu um sorriso, que durou pouquíssimo tempo, pois logo lembrou-sr o porque de estar ali. Margot caminhou pelo salão percorrendo os olhos para todos os lados a procura os novos reis e rainhas, até que ela vê em uma varanda um fauno e ao seu lado está uma menininha com uma coroa na cabeça. Margot não acredita na cena que vê, aquela menina é rainha de Nárnia? Ela é apenas uma criança. Então ela se lembra que ainda existem mais três, Margot dá as costas para a menina e o fauno e volta a procurar pelos outros irmãos.
Andando mais uma vez pelo salão ela encontra mais dois: um rei e uma rainha. O rei tinha cabelos loiros e olhos claros, parecia ter uns quinze anos, mais ou menos a idade de Margot. A rainha tinha cabelos negros e os olhos também eram claros. Quando Margot dava pequenos passos em direção a eles mais um ,menino se aproximou. Esse tinha cabelos negros e olhos escuros, e também tinha uma coroa na cabeça, fez ela parar.
–Viva ao rei Pedro! O magnifico. – Disse o Moreno para loiro. “Pedro’’ pensou Margot “ esse é o seu nome. ”
–Ed onde esteve? –Perguntou o rei Pedro sorrindo para o moreno.
–Estava por aí. – Respondeu. Nesse instante, o rei Pedro olhou para Margot parada no meio do salão, olhado para eles, o que faz ela dar meia volta e sair correndo. Ele não poderia vê-la, não podia saber que ela existia, a única coisa que veio em sua mente no momento em viu o rei olhando para ela foi sair correndo igual a uma doida, deixando-o completamente confuso. Margot atravessou a porta, a mesma por onde entrou, e foi em direção a floresta onde deixou seu cavalo. Quando chegou lá, montou nele e galopou de volta para a torre sem nem olhar para trás.
Depois de longas horas de viagem ela finalmente chegou a torre, guardou o cavalo e entrou. Na sala, Winy estava sentada em uma poltrona com as duas mãos na cabeça. Margot caminhou devagar, e Winy pareceu não perceber sua presença.
–Oi. –Disse Margot baixinho, mas foi o suficiente para fazer Winy saltar da poltrona e correr para abraçar Margot.
– Onde esteve senhora? – Disse Winy desesperada, ela estava com os olhos vermelhos de tanto chorar.
– Eu só fui dar uma volta Winy.
–Uma volta bem longa, a senhora sumiu por horas.
– Eu não fui muito longe, não há com o que se preocupar. –Disse Margot confortando Winy com um abraço.
–Eu espero senhora, pois ninguém pode lhe ver. –Disse soltando Margot
–Eu estou cansada, e preciso de um banho. -Disse Margot mudando de assunto.
–Sim senhora, vou esquentar água para o seu banho. – Winy foi em direção a cozinha e Margot subiu as escadas em direção ao quarto. Depois de tomar seu banho e se vestir, Margot deitou-se na cama sem tirar da cabeça aqueles olhos azuis encarando-a no salão do castelo de Cair Paravel. Ela apertou os olhos e balançou a cabeça. Soprou a única vela que iluminava o quarto deixando tudo na maior escuridão. Margot está novamente na floresta, mas desta vez, ela não é mais uma menininha. Ela tem sua idade atual e está correndo. Mas desta vez ela sorri e o sol ilumina o seu caminho. Margot está sendo perseguida por alguém e de repente tropeça em uma raiz, quando se levanta é surpreendia com um abraço bem forte. Quando seu perseguidor a solta e ela consegue ver seu rosto se abre em um enorme sorriso.
–Pedro. – Ela diz sorrindo.
Pedro também está sorrindo, mas de repente ele para de sorrir e tira uma mecha de cabelo dos olhos de Margot e coloca atrás da orelha, e vai se aproximando dome seus lábios. É quando uma nuvem negra surge deixando o ambiente escuro. Um vento frio tomou conta do lugar, fazendo Margot olhar em volta assustada.
–O que pensa que está fazendo Margot? –Disse a voz da feiticeira. –Você está me traindo. Ele me matou, ele é um assassino. Margot volta a olhar para Pedro e leva um susto ao vê-lo enfiando uma espada no coração da feiticeira branca.
– Ele é um assassino. –Disse a feiticeira. Os olhos de Margot se encheram de lágrimas ao ver essa cena. Sentiu uma fraqueza nas pernas e cai de joelhos no chão.
–Não, não, não... –Lamenta ela. Margot acorda assustada e se senta na cama rapidamente pensando no seu sonho, a feiticeira tinha razão, não podia estar gostando do assassino de sua mãe. Margot se levantou-se tirou sua roupa de dormir. Vestiu um vestido vermelho claro com detalhes pretos. Arrumou seus cabelos loiros, deixando meio preso meio solto e desceu para a cozinha.
–Bom dia senhora. –Disse Winy sorrindo. –Como dormiu?
–Não muito bem, tive pesadelos. – Respondeu Margot.
–Sinto muito senhora. Gostaria de uma xícara de café?
–Sim, por favor. –Falou Margot. Winy serviu o café em uma xícara e entregou a Margot, em seguida Winy pegou um buli com leite fresco e um recipiente com açúcar, e coloco-os próximo a Margot.
–Ah, senhora? Antes que eu me esqueça, recebi uma carta do senhor Remo, ele disse vem hoje para começar os exercícios. –Acrescentou Winy
–Ótimo. não vejo hora de começar. –Disse Margot.
Uma hora depois uma carruagem se aproxima da torre, Margot ficou parada na frende da casa, esperando a carruagem se aproximar. Quando a carruagem parou, Remo desceu e caminhou até ela.
–Bom dia senhorita. Está pronta para começar? –Perguntou o fauno olhando nos olhos de Margot.
–Já nasci pronta senhor. –Diz com um sorriso no rosto.